FARDO

 

 

Que faço com este fardo,
de tão cruel ficou pesado,
de tão inútil ficou penoso,
de tão perverso ficou doído?

Que faço com este amor,
de tão falso se tornou amargo,
de tão ausente se fez dor,
de tão indefeso se fez terno?

Que faço desta vida,
deste cruel momento,
desta inútil existência,
deste corpo maltratado?

Que faço deste amargo destino,
deste falso sabor adocicado,
deste sentimentos de amor ausente
e indefeso às suas mágoas?

 

Fernanda Kato

 

 

 

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