
Ignorado Amor

Sem sonhos e sem fantasias,
sem liberdade ( ainda que tardia ),
entra em desatino minh'alma,
que sem sossego e sem domínio,
se corrompe na saudade
de um sorriso teu.
Esquecer de ti não consigo,
e busco, rastejo,
me firo a pele nua,
que sem repouso e sem calmaria,
grita os anseios
das noites frias.
Ignorado amor,
maltrapilho sentimento,
que despedaça minh'alma
ardente em chamas,
viaja comigo corpo adentro,
delineia minha vida afora.
Sufoca essa dor,
essa agonia,
mata essa saudade
despudorada que aflora,
dessa paixão ambígua e louca
que é tua,
da minha vontade de agora.

Nanda

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