A vida...

 

 

A vida cospe em meu rosto
todo seu fel
todo seu mel.
A dor...
O prazer...
O medo...

O destino moldando meus passos perdidos
pela estrada estreita do desejo.
Já não sei o que é razão,
só sei daquilo que sinto,
do que arde em meu peito.

Daquilo que meu corpo sente
e destila nas gotas do suor que escorre
da pele que queima
dos olhos que cegam
das bocas que sugam.
Não preciso saber mais nada.
Fecho as portas do passado.
Fecho os olhos para o futuro.
Quero ser o hoje.
O agora.
O eterno.

 

Fernanda Kato