Ambiciosa
Para aqueles fantasmas que passaram,
vagabundos a quem jurei amar,
nunca os meus braços lânguidos traçaram
o vôo dum gesto para os alcançar ...
Se as minhas mãos em garra se cravaram
sobre um amor em sangue a palpitar ...
__Quantas panteras bárbaras mataram
só pelo raro gosto de matar !
Minh’alma é como a pedra funerária
erguida na montanha solitária
interrogando a vibração dos céus !
O amor dum homem ? __Terra tão pisada,
gota de chuva ao vento balouçada ...
Um homem ? __Quando eu sonhei o amor de um Deus ! ...

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