Meus olhos?
Fecheio-os
cheios de espanto... e pranto.
Prantos...
Tantos...
Amargos...
Embargos da vida !
Minha boca ?
Há muito calei-a.
Agora alheia
não me enxergo ou ouço.
Me vergo...
Inevitável !

Mas, na verdade,
nem de leve eu roço
no porquê ou na verdade.
Meus tímpanos ?
Lacrei-os.
Surda e cega
me tornei muda...
E nada muda !!!

Fernanda