Demora
Minhas mãos
se mantêm nessa insistência de falar,
a um ouvido que não mais me ouve,
pelos olhos que me costumavam ler.
A espera de um sussurrar que
seja,
de uma boca que há muito tempo a mim se cala,
em mãos que não mais me escrevem,
e um coração que me despreza.
Fernanda