
Fim
Das lembranças, fiz minha vida...
Frustração...Abandonou-me a sorte!
A agonia, transformei em grito
consciente que me chega à morte.
Da saudade, fiz firme armadura,
e me prendi numa dura eternidade.
Sofrer...Já não era raro,
dias longos, noites em claro.
Das vitórias, fiz um castelo de euforia
com torres que tocavam as estrelas.
Das perdas, fiz um rio de lágrimas
que correu em busca do afago.
Do leito, fez-se a chama...
Da correnteza, fez-se o desejo...
Do incerto, fez-se o amor...
E o meu rio, sozinho, secou.
O teu silêncio ergueu minha cruz,
o cerrar dos meus olhos regeu meu fim.
Se choro agora é porque te amei,
E nada mais resta dentro de mim.
Nanda
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