Medo
das
minhas
verdades
secretas
que
se
escondem
no
universo
dos
meus
eus
paralelos,
parecendo
mentiras
não
ditas.
Medo
desse
amor
latente,
revolto
em
mistura
explosiva
da
sensibilidade
explícita
mesclada
na
saudade
lúcida
e
louca,
da
coragem
e
covardia
de
viver
no
limite
contestável
da
prudência.
Medo
da
presença
vitoriosa
da
ausência,
contida
e
retida
no
balanço
inconstante
que
vem
e
se
perde
no
tempo
impreciso,
do
que
fui,
penso
que
sou
e
talvez
serei.
Medo
de
minhas
vontades
incontroláveis
se
perderem
no
vácuo
inatingível
da
ousadia,
produzida
pelo
desejo
florescido,
no
corpo
e
alma
da
mulher
em
brasas,
que
surge
como
vulcão
incandescente
de
chamas
em
espirais
crescentes
alcançando
dimensões
imprecisas,
descompassando
e
ultrapassando
todos
os
limites
da
razão
consciente.
Medo
de
nada
e
de
tudo,
medo
do
dia
e
da
noite,
medo
de
minhas
tormentas,
medo
da
minha
bonança,
medo
de
mim
!
Fernanda
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