Há séculos...



Há séculos os dias se arrastam,
uns após os outros,
infinitamente iguais.
As manhãs,
o sol pálido tentando vencer o resto de noite,
os brancos raios de sol,
os primeiros movimentos,
a cidade tentando acordar....
O mar quase cinza bordando a areia....
Frias manhãs...
As noites...
Negras, profundamente negras...
As estrelas pontilhando
um sorriso prata no rosto da noite.
A lua que brinca de iluminar a escuridão.
Há séculos os dias se arrastam,
uns após os outros,
infinitamente iguais,
como se o tempo não existisse...
Não vejo futuro.
Não tenho passado.
Não vivo o presente.
Só os dias...Eternamente iguais.

 

Nanda