Asteróides

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Acima: Imagem do asteróide 951 "Gaspra", enviada pela "Galileo" e colorida em laboratório.

O que são Asteróides?

São corpos rochosos, sem atmosfera que orbitam o Sol, porém são muito pequenos para serem classificados como planetas. Conhecidos como "minor planets", dezenas de milhares de asteróides estão concentrados no conhecido "cinturão de asteróides": Um grande anel localizados entre as órbitas de Marte e Júpiter distante aproximadamente de 2 a 4 UA (300 a 600 milhões de Km).

Estima-se que o somatório da massa de todos os asteróides, poderia formar um corpo de diâmetro aproximado e 1.500 Km, ou seja menos da metade da Lua. O maior asteróide é Ceres, sendo inclusive o primeiro a ser descoberto em 1801, possui cerca de 1.000 Km de diâmetro. Dezesseis asteróides possuem diâmetro de 240 Km ou mais. A maioria dos asteróides do cinturão segue uma órbita elíptica, estável, na mesma direção que a Terra, levando de 3 a 6 anos para completar uma órbita em torno do Sol.

Os dados sobre asteróides vêm de três fontes principais: observações feitas da Terra; dados enviados pela "Galileo"; e análises de meteoritos em laboratório. Os asteróides são classificados em diferentes tipos, de acordo com o seu Albedo

Observação: Albedo é a medida de refletividade de um objeto, ou brilho intrínseco. Uma superfície branca de reflexão perfeita possui Albedo de 1,0. Uma superfície preta de absorção perfeita possui um Albedo de 0,0.

A maior parte dos asteróides pode ser classificada em três categorias:

1- Tipo "C" (Carbonaceous): Inclui mais de 75% dos asteróides conhecidos. Muito escuros, com um Albedo de 0,03 a 0,09. Os asteróides Tipo "C", concentram-se nas região externa do "cinturão de asteróides".

2- Tipo "S"(Silicaceous): Correspondem a cerca de 17% dos asteróides conhecidos. São relativamente brilhantes, com um Albedo de 0,10 a 0,22. Os asteróides Tipo "S", concentram-se nas região interna do "cinturão de asteróides".

3- Tipo "M" (Metallic): Inclui praticamente todos os demais asteróides conhecidos. Também são relativamente brilhantes, com um Albedo de 0,10 a 0,18. Os asteróides Tipo "M", concentram-se nas região intermediária do "cinturão de asteróides".

Perigo de Colisão?

Em 30 de junho de 1908, um pequeno asteróide de cerca de 100 metros de diâmetro explodiu sobre a remota região de Tunguska, na Sibéria, devastando uma área de mais de 500.000 acres de floresta.

Uma aproximação perigosa, ocorreu recentemente, em 23 de março de 1989, quando um asteróide de cerca de 400 metros, pesando 50 milhões de toneladas e viajando a 74.000 Km/h, aproximou-se a uma distância de 640.000 Km da Terra. Cientistas estupefatos, estimaram que a Terra e o asteróide haviam passado pelo mesmo ponto no espaço com apenas seis horas de diferença.

Acima: Asteróide 253 "Mathilde".

Foi descoberto em 12 de novembro de 1885,por Johann Palisa em Viena, Áustria. O nome é uma homenagem à esposa do astrônomo Moritz Loewy, na época vice-diretor do Observatório de Paris. Embora a existência do "Mathilde" seja conhecida há mais de um século, foi apenas em 1995 que observações mais precisas permitiram classificá-lo como sendo um tipo "C".

Características do asteróide 253 "Mathilde":

Diâmetro: 61 km

Massa aproximada: 200 x 1015 kg

Período de rotação: 418 horas

Período orbital: 4,31 anos

Classe espectral: "C"

Albedo: 0.036

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A missão NEAR

A nave de 495 Kg, foi lançada em 17 de fevereiro de 1996. Enviada pela NASA para pesquisa de asteróides na região do "cinturão de asteróides", a NEAR (Near Earth Asteroid Rendezvouz) completou todas as tarefas a ela atribuídas e algo mais. Esse algo mais foi o pouso realizado no asteróide "Eros" em 12 de fevereiro de 2001. A missão NEAR pode ser resumida nas palavras de Robert Farquhar, diretor da missão no Laboratório de Pesquisas Aplicadas (APL) da Johns hopkins University, em Laurel, Maryland: "Esta missão foi um sucesso e foi muito além do planejado. Conseguimos as primeiras imagens de um asteróide da classe "C" quando a sonda sobrevoou o asteróide "Matilde" em 1997. Acrescentamos duas séries de imagens de baixa altitude das extremidades do "Eros", quando a NEAR sobrevoou o asteróide em outubro e janeiro passados. Por fim conseguimos pousar uma sonda em um asteróide no dia 12 de fevereiro. Tudo isso sem custo extra."

Em 01 de março de 2001 o controle da missão cortou o contato rádio, após ter concedido uma sobrevida de 10 dias à sonda, permitindo que a superfície e o subsolo do asteróide "Eros" fossem examinados por um espectômetro de raios gama. Missão cumprida a NEAR repousa silenciosa na face sul de "Eros", na porção conhecida como "Hímeros".

As imagens acima foram enviadas pela "NEAR", no dia 14/02/2000, quando encontrava-se a cerca de 330 Km do asteróide 433 Eros.

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Fundo:Charles Messier: M1 (Nebulosa Caranguejo)
Crédito:
NOAO

O astrônomo francês, Charles Messier nasceu em 26 de junho de 1730. Fascinado com um cometa e com eclipses vistos quando criança, em sua cidade natal (Bandonvillier), tornou-se um astrônomo "caçador de cometas", tendo registrado cuidadosamente suas observações.

Enquanto procurava por cometas, Charles registrou as posições de cerca de 100 objetos difusos que apareciam em posições fixas no céu.

Esse objetos são atualmente conhecidos como nebulosas, sendo hoje referenciadas pelo número atribuído por Messier em seu catalógo de observações. O primeiro objeto registrado por ele foi a nebulosa caranguejo aqui utilizada como fundo dessa página.

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