
Abandono...
Nos olhos
de um dos meus
amores errantes, em um passado muito distante, vi a tristeza do abandono e
escrevi este texto com o coração dilacerado. A
voz da mulher que possui o corpo veludo, naquela ocasião, era plangente,
tinha um tom de melancolia sentimental, levemente chorosa, magoada, sentida e
triste. O cruel e
desapiedado golpe que a desventura proporcionava ao espírito da mulher simples,
naquela ocasião, foi sentido pelo
meu ser
como uma convulsão inexcedível. Sofri com a possibilidade de um dia sentir
essa desgraça.
Wilson M.
Pereira
É o chorar de
tristeza ante a ausência do amor esperado,
é o sofrer ao ver o
tempo devagar custar a passar,
é querer sentir
o
beijo ausente na amargura presente,
é pensar em
preencher o espaço vazio com o beber sozinha,
é dizer para si
mesma que é feliz mascarando o crescente
desgosto do
gigantesco sofrer por viver de ilusão.
É procurar a verdade
presente no amor ausente,
é deixar o riso
sardônico substituir a
esperança sonhada,
é fingir
não
saber que é apenas o complemento de um principal,
é viver na crença
inútil que a ilusão supera a realidade,
é sentir esvair-se
do interior mais forte a fraqueza existente,
é desejar parar o
tempo inexorável com o choro inútil.
É olhar em volta e
não achar o que espera encontrar,
é ceder aos impulsos
materiais desprezando a fé,
é alimentar
fantasias impossíveis, sonhando acordada,
é mirar-se num
espelho e não ver o melhor reflexo,
é gritar a todos e
não ser ouvida dizendo-se desprezada,
é estar em uma
multidão e sentir-se só e abandonada.
Wilson M.
Pereira
Solidão
Somos iguais
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