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Rapel: adrenalina e muita emoção 

Para quem procura descobrir seus próprios limites, sentindo ao máximo os batimentos cardíacos em ritmo acelerados, sentir a adrenalina percorrendo nas veias e ainda muita emoção, o alpinismo é uma forte tentação. Você fica nas alturas e se deslumbra com o que há de mais puro, tendo contato direto com a natureza.

O contato buscado pode ser encontrado em montanhas, rochas, cachoeiras, rochas e árvores o qual daremos mais ênfase, conhecido também como rapel na floresta.

O alpinismo é um processo que começa com a ascensão, que é a escalada, já o rapel é a descensão, a volta ao solo.

Para a prática, são necessários vários equipamentos indispensáveis à segurança do alpinista como capacete, cinto de segurança ajustado (cadeirinha), croll que é preso no cabo e no peito com o auxílio do peitoral, mosquetões de trava, stop para decida que funciona como descensor autoblocante e pode ser substituído pelo pito que é mais moderno, o pompe que funciona como blocante para impulsionar a escalada e o cabo de nylon que pode ser dinâmico, ou seja, conter certa elasticidade ou estático fixo.

"Para começar é essencial um treinamento em terra na manipulação do stop, na colocação da corda, a operação da lavanca, o funcionamento da trava e saber controlar a velocidade na descida", explica Carlos Henrique Mazotti, biólogo e instrutor.

A escalação começa quando o cabo de nylon com chumbada em uma das pontas é injetado no galho mais alto da árvore com a ajuda de uma tacadeira. Em seguida a outra ponta é amarrada num lugar seguro, veste-se o equipamento e o coloca no cabo, e pronto, é só começar a escalada.

"O tempo máximo em que se pode ficar pendurado varia de 10 a 15 minutos, mas preso à árvore pode se ficar quanto tempo quiser, apreciando a paisagem e curtindo a sensação de liberdade que a altura proporciona", conta o instrutor.

Para permanecer na árvore é necessário desprender-se do cabo, fazer a segurança na árvore com uma fita que envolve o tronco da mesma, ficando preso na cadeirinha e no mosquetão. Substitui-se o croll e o pompe pelo stop aí é só curtir a descida.

"Os equipamentos devem ser limpos, deve-se passar óleo nos que precisam e o capacete que é indispensável. Os nós devem ser muito bem feitos e deve-se fazer uma vistoria constante no cabo que ao menor sinal de desfio deve ser trocado", ressalta Mazotti.

 INICIANTES E AVANÇADOS

A diferença entre iniciantes e avançado é aproximadamente 10 aulas que trazem mais segurança para que o alpinista possa escalar e descer o rapel sozinho.

"Para que seja bem aproveitado, deve-se confiar nos cabos e equipamentos, pois assim, logo na escalada vai se percebendo as paisagens ao redor. Você se sente mais solto, mais leve e participa da natureza que está em volta e essa sensação só vem com a pratica", explica Mazotti que já está bem acostumado com essa sensação.

Iniciantes: sobem em árvore de no máximo 10 metros; têm a ajuda de um instrutor para trocar os equipamentos para o rapel; na hora de trocar os equipamentos para a descida em momento algum se desprende do cabo: tira o pompe, coloca o stop, tira o croll do cabo e desce.

Avançados: sobem em árvore de até 60 metros; escalam cachoeiras; fazem tirolesa (corda amarrada em duas extremidades, que serve, por exemplo para atravessar de uma margem para outra por cima do rio); aprende a dar nós melhores; consegue ficar mais tempo em cima da árvore; se prepara para o rapel primeiramente a segurança na árvore, depois tira o pompe, o croll do cabo, coloca o stop e desce.

 LEMA

Todos os tipos de esportes radicais têm uma ligação com a infância porque a memória das brincadeiras nas quais testávamos nossas capacidades no alto, longe do chão, estão entre as mais profundas lembranças. A lembrança de nossa primeira ação e suspensão confiantes. A memória dos prazeres e medos que nós vivenciamos com esses primeiros desafios, todos nós uma vez já escalamos mais alto do que ousaríamos imaginar. Todos nós uma vez gritamos de alegria, cheios de emoção complexas, mas em um singelo e restrito momento de clarividência, certos de estarmos experimentando algo único".

Bárbara Maria da Rocha Campos