Movimento COEP - COMUNIDADE DE OLHO NA ESCOLA PÚBLICA
Não basta ser professora... Tem que ser Educadora!!!
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S. Paulo, 05 de julho de 2001.
Ofício Circular nº COE07001
Ref.: Críticas à CPI da Educação promovida pela Câmara Municipal de S. Paulo (Série: Safadezas na Educação);
Para: Assessorias de imprensa e comunidade em geral
CPI da Educação: A Vingança das Corporações
Toda vez que vimos um professor reclamar da falta de tempo para preparar aulas, lembramos que foi a própria corporação que escolheu esta “jornada de trabalho”...
Tanto a atual Comissão Parlamentar de Inquérito da Educação quanto a realizada em 1998 configuram-se como autênticos instrumentos das corporações dos profissionais da Educação: ambas não se aprofundaram nas reais causas da baixa qualidade do ensino, preferindo o discurso fácil da campanha salarial.
Note-se que qualquer educador sabe que a principal mazela da educação é a falta de compromisso dos professores com uma única escola: a maioria prefere “vender aulas” para várias escolas....Assim, não pode ser avaliado pela “produtividade” de nenhuma delas. Lembramos ainda que foram as próprias corporações que negociaram com o Governo Paulo Maluf a mudança da jornada de trabalho:
§ Na gestão Erundina, a jornada previa 30 horas semanais, sendo 20 horas em sala de aula e 10 horas para preparação das aulas;
§ No acordo dos professores com o prefeito Maluf, ficou acertada uma jornada de 25 horas exclusivamente em sala de aula....Assim, o professor “caixeiro viajante” poderia também “vender aulas” na rede estadual...
Já na CPI de 1998, recusamos-nos a comparecer, pois seu presidente só tinha interesse em ouvir o presidente do sindicato “denorex” (aquele que parece mas não é...). Tanto o COEP quanto o Fórum Municipal de Educação propuseram uma investigação sobre a utilização dos recursos enviados às escolas e também sobre a exclusão dos alunos, pais e comunidade da proposta escolar. Mas, o interesse corporativo falou mais alto.
Neste “Psicodrama” atual, temos como presidente um diretor-professor que vive disputando a presidência do sindicato “denorex”, uma das entidades ilegalmente beneficiadas com as 120 mil “dispensas de ponto de professores” para participação em eleições sindicais...Quem paga a conta é justamente as milhares de crianças sem escola.
Outro fato que nos causou perplexidade foi a forma de tratamento dispensada aos antigos Secretários de Educação: a fúria do diretor-presidente está sendo canalizada contra a ex-secretária Hebe Tolosa. Será por se tratar de uma mulher? Difícil comprovar....Mas, existem vários fatos que podem esclarecer esta “preferência”:
1. Foi a única que enfrentou o sindicato “denorex”;
2. Processou as professoras que levaram alunos deficientes para “protestarem” na frente da Secretaria;
3. Demitiu a diretora e delegada de ensino quando identificaram uma escola municipal em que uma menina de 12 (doze) anos “dava aulas” para 40 crianças do 2º ano do Ensino Fundamental;
4. Impediu diversas despesas ilegais por parte de escolas e delegacias de ensino. Ex.: compra de 1 milhão de Apitos, Compra de milhares de fitas-cassete com o “Hino Nacional”; aluguel de 100 ônibus p/ excursões das escolas para “apreciarem” quadros pintados por uma delegada de ensino, etc...
5. Desautorizou várias indicações de vereadores, muitos dos quais apóiam o atual executivo;
6. Em sua gestão, não liberou nenhum “funcionário” para participar de eleição sindical...Note-se que todos os outros secretários permitiram “dispensas ilegais”.
O COEP sempre foi um tenaz crítico do Executivo Municipal, principalmente no que se refere à promiscuidade das corporações com o governo Pitta-Maluf. Também criticamos publicamente a Secretária Hebe Tolosa no seu período de governo, especialmente na forma de indicação dos Pais no Conselho do Fundef. Mas, nunca deixamos de reconhecer qualquer proposta que beneficiasse a melhoria da qualidade na Educação.
Finalizando, apresentamos um último fato objetivo, talvez o mais importante, para explicar a “fúria” da CPI contra a Sra. Hebe Tolosa: presidir uma entidade que defende os direitos dos pais de alunos(APAESP – Associação de Pais do Estado de São Paulo). A cruzada dos “senhores feudais da educação” prega a desmoralização das entidades que denunciam as Safadezas na Educação.
(a) Coordenação: Mauro A. Silva – Grêmio SER Sudeste –
5 Anos de Defesa Contra Abusos do Poder Público
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Fechar a Febem/SP. Diga não à tortura.