Comunidade de Olho na Escola Pública - COEP

23/06/2006 09:02
O mau professor está nu.

Os maus professores e os “ consultores educacionais ” jamais perdoarão o NAPA (Núcleo de Apoio aos Pais e Alunos) por denunciar publicamente a enganação que é feita nas escolas públicas.
Todo o tempo, principalmente nos anos eleitorais, aparece pelo menos um espertalhão com uma proposta mágica para “revolucionar” a educação. Alegando tratar-se de uma “proposta inovadora”, eles pedem dinheiro, muito dinheiro para implantar a proposta... e tempo, muito tempo para apresentar os resultados positivos...
Criam-se “institutos e fundações de grupos empresariais” para apresentar a “nova roupa do rei”, quer dizer, o novo e revolucionário projeto pedagógico .
Mas, como todo “mágico” sabe, a ilusão precisa de uma parceria real, de um cúmplice para fazer com que os tolos acreditem na ilusão. Estes “consultores educacionais” são parceiros/cúmplices dos maus profissionais das escolas públicas.
Qualquer educador sabe que é possível alfabetizar uma criança em 2 anos. Mas os “consultores educacionais” pedem que aguardemos um prazo de 20 anos para fazer a avaliação da sua proposta mágica. Enquanto isso, os maus profissionais das escolas públicas ficam sem avaliação e livres para promover todo tipo de farra: abusos contra alunos, pais e comunidade; faltar por todo e qualquer motivo, principalmente para assinar o ponto nos pseudos congressos educacionais; etc.
Parece a historinha: O burro do rei e o professor-espertalhão :
Um rei tinha um burro de estimação. O burro só faltava falar.
Um professor-espertalhão propôs-se a ensinar o burro a falar.
Como a tarefa era muito difícil, pediu 20 anos de prazo... 20 anos dando aulas no palácio real.
Os amigos do “professor-espertalhão” ficaram preocupados: e se o burro não aprender a falar?
Resposta do “professor-espertalhão”: em 20 anos, um dos três (eu, o burro ou o rei) estará morto. Enquanto isso, serão 20 anos de boa vida e mordomias no palácio real.

O NAPA é odiado pelos maus profissionais porque propõe uma avaliação continuada sobre o desempenho dos professores. A nota do aluno é a nota do professor. Escola que não ensina a ler nem a escrever deve sofrer intervenção. Os maus profissionais devem ser reciclados ou demitidos. Deve-se criar a Ouvidoria do Aluno – um órgão independente que não tenha vínculos com a corporação escolar.

O NAPA jamais será “perdoado” por ter colocado em pauta a seguinte Questão de Valor: a escola só tem valor se o aluno for prioridade absoluta.

Postado por: Mauro A. Silva - sócio-fundador do NAPA e coordenador do Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública

Publicado originalmente no blog Cremilda Dentro da Escola - cremilda.blig.com.br