26/06/2007 08:39

Escola "supostamente" corrupta?

Não bastasse os sindicatos dos professores divulgarem "pesquisas fajutas" (93% dos professores teriam sido agredidos por alunos), agora vem o presidente de principal sindicato de SP, a Apeoesp, criticar o afastamento da diretora que "supostamente, cobrava R$ 1 para imprimir provas". (" Escola na berlinda ", Jornal da Tarde, 26/06/2007).

Mais cegos são os que não querem ver
Ora, professor. Faça-nos o favor de respeitar a nossa inteligência.
Todo o Brasil pode assistir à reportagaem do telejornal SPTV 1ª Edição, da Rede Globo, no dia 19/06/2007. Quem não viu nada, ainda pode assistir via internet: " Prova custa um real em escola pública ". Trata-se da escola estadual Maria da Glória Costa e Silva (Sapopemba, zona leste da capital de SP).

Quem é que não sabia de nada?
Será que a Apeoesp não tem nenhum professor-associado que presta serviços na EE Maria da Glória Costa e Silva? Será que nenhum dos professores sabia que a escola praticava tais irregularidades desde 2002?
Seria possível uma investigação minimamente isenta se mantivessem a diretora na Escola? Mesmo com a diretora afastada, tem mães e crianças que estão sendo "pressionadas" a mudarem suas declarações...
Se não fossem as imagens gravadas em vídeo e a "confissão da diretora", não seria surpresa se os sidicatos já viessem esbravejando e ameaçamdo processar as crianças e os pais por "calúnia, difamação ou injúria" praticadas contra a "pobre" diretorinha... dificilmente apareceria um profissional da escola para confirmar que a escola constrangia ilegalmente as crianças que não pagavam a taxa para as provas.

Uma imagem vale por mil palavras
No caso a EE Maria da Glória Costa e Silva, a charge do Renato Machado deixa bem claro como é que a escola avalia as notas dos alunos:
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Apologia à impunidade?
O presidente de um dos mais ricos sindicatos do Brasil declara: "O Estado não supre despesas básicas - como cópias xerográficas para os estudantes - e agora passa a criminalizar professores por irrelevâncias"...
É importante denunciar a omissão do Estado (e dos governantes), mas as cobranças de taxas de R$1 real por prova só são "irrelevâncias" para quem pode pagar R$ 300 pelo uniforme de sua filha... Grande parte dos alunos da escola pública são de famílias sem recursos financeiros... tem muita gente que não ganha R$ 1 real por dia...

A escola pública está na berlinda não pela "suposta" corrupção dos professores e funcionários destas escolas, mas sim pela certeza da impunidade.
Vejam a posição da Apeoesp no caso da diretora que confessou cobrar taxa de R$1 por prova dos alunos: "O presidente do sindicato dos Profesores do Ensino Oficial do Estado de são Paulo (Apeoesp), Carlos Ramiro de Castro, afirmou ontem que a entidade irá recorrer de qualquer punição administrativa que seja imposta a Iael depois da conclusão do inquérito". ("Diretora afastada por cobrar R$1 de alunos diz aque não é criminosa", Diário de São Paulo, 22/06/2007, página A4).

Conclusão:
"suposta" corrupção + certeza de impunidade = falência da escola pública.


Conselho de Escola não pode expulsar aluno.
No caso da escola estadual Professor Amadeu Oliveira (São Bernardo do Campo - SP), o fato é que o conselho de escola não tem poder para expulsar alunos. E ponto.
O caso teve início com uma briga generalizada em uma partida de futebol. Mas, o inusitado, foi "o caso" ir parar no conselho de escola. Lá, um profeesor chegou ao absurdo de dizer que os alunos eram marginais... isto, por si só, já seria motivo para uma punição contra o professor... Parecia que alguns professores estariam apenas procurando um motivo qualquer para expulsar alguns alunos "indesejáveis"...
De qualquer forma, o Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública sempre defendeu que as indisciplinas dos alunos devem ser tratadas com propostas pedagógicas.

Postado por: Mauro A. Silva
enviada por Cremilda