Dois princípios fundamentais presidem os fenômenos vitais: a constância do meio líquido e o fornecimento contínuo de energia ao sistema. É muito importante manter a constância do meio líquido com um fornecimento contínuo de energia

Na diarréia e no vômito, tanto a homeostase quanto o fornecimento de energia estão ameaçados. O primeiro devido às perdas hidroeletrolíticas e o segundo devido à recusa de alimentos pela criança. A perda de estabilidade do meio líquido é preocupante, porque quanto mais jovem o paciente, mais precocemente se transpõe o limite além do qual a produção de energia cessa.

Quanto à energia, a natureza acumula principalmente como gordura, criando uma reserva utilizada quando se tem carência de alimentos energéticos. Na diarréia, principalmente, o distúrbio hídrico e eletrolítico perturba o aproveitamento da energia de reserva. Na desidratação há a necessidade de reparar o déficit de água e de eletrólitos, porque destes não existe reserva para ocasiões de crises.

Há, também, que se providenciar algum modo de suprir o sistema de energia sustando ou, pelo menos, atenuando o processo de autofagia. Acudir o déficit dos eletrólitos Na+ e Cl- é o que se define como uma emergência, porque o esvaziamento do espaço intracelular e a conseqüente deficiência de circulação sangüínea só podem ser combatidos com eletrólitos que prendam a água, cujos movimentos são passivos.

Uma das alternativas para a reposição de energia ao organismo da criança que sofre de desidratação é a administração de água e soro.