A ÚLTIMA DO GILBERTO por Gilberto Strapazon |
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Melhor Pocotó do que Bocó! Li outro dia um texto daqueles que criticam a música da Eguinha Pocotó e outras tantas manifestações populares. Além do teor moralista, o que acho que seria um desprestígio as nossas mulheres maravilhosas, tem o aspecto de pretender popularizar mais ainda o conceito de que música brasileira é ruim! A última frase do texto é mais ou menos assim: "Eu sabia que outros milhões de brasileiros estavam naquele momento, assistindo o jumento, o cavalinho e a égüinha pocotó, sem perceber que a TV os chamava de burros" Será? A maioria das pessoas que conheço que gosta deste tipo de música, sabem que é só para se divertir e que não tem nada mais ali, senão a melodia e a dança. Não estão buscando significados esotéricos, filosóficos, nem aquelas chatíssimas digressões e intelectualimos, que depois de um dia de trabalho, é a última coisa que se precisa fazer se pretende relaxar e aproveitar um pouco da sua saúde juvenil. A egüinha Pocotó é musicalmente ruim mesmo ou será que lembra alguma vizinha que o autor deve estar doido para comer e não tem coragem porque acha que é pecado? Quem sabe o cara é daqueles que gostam de perguntas retóricas que chateiam até filósofo amante de Jazz ortodoxo? Se isto serve de inspiração, a maioria das músicas americanas são
deste nível para pior. A diferença, é que as pessoas aqui não Por coincidência, a maioria das mulheres que recriminam o funk, e que
são feministas radicais, também costumam achar que sexo é a Olha, fazer música popular, não é fácil. Se fosse, qualquer erudito
gravaria alguns hits só para ter grana para montar seu estúdio e |
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Gilberto Strapazon é compositor, adora rock progressivo e bruxaria em geral. Analista de sistemas e palestrante, desenvolve sofisticados sistemas de computador sob encomenda. Não gosta de pagode, e tem uma namorada prá lá de legal que também gosta de rock. |