Na ginecomastia percebe-se o tecido glandular mamário que geralmente é móvel, de consistência endurecida, bem delimitado, podendo também ser discretamente doloroso. Este não deve ser confundido com a lipomastia que é a gordura subcutânea mole que às vezes faz parecer que meninos obesos tenham mamas.

Normalmente a ginecomastia puberal só surge após o menino ter começado a apresentar sinais de puberdade, tais como aumento dos testículos, presença de pêlos pubianos ou escurecimento da pele escrotal. Quando a ginecomastia surge antes de qualquer sinal de puberdade uma investigação clínica e laboratorial é recomendada.

Entre 10 a 16 anos de idade cerca de 40% dos meninos desenvolvem ginecomastia transitória, com um pico de incidência de 65% aos 14 anos. A ginecomastia puberal desaparece espontaneamente em cerca de 75% dos meninos dentro de dois anos e em cerca de 90% dos meninos dentro do prazo de três anos. É comum também a presença de aumento do volume mamário em bebês de ambos os sexos; esta costuma desaparecer por volta dos 2 a 3 anos de idade.

Inúmeros medicamentos e drogas podem causar ginecomastia, bem como diversas doenças endócrinas, hepáticas, renais e outras. Porém na maioria dos adolescentes a ginecomastia é normal e sem significado clínico mais sério. O surgimento em adultos sempre requer investigação médica adequada.

Existem várias formas de tratamento, e este só é indicado naqueles casos em que existe um desconforto psicológico importante no paciente. Quando a ginecomastia é de aparecimento recente pode-se tentar tratamento clínico, porém se ela é muito volumosa ou de duração maior do que 1 a 2 anos uma pequena intervenção cirúrgica pode se fazer necessária. Mas, como foi dito, somente nos casos em que houver forte comprometimento psicossocial.

Na minoria dos casos em que a ginecomastia é devida a doenças orgânicas, é necessário o tratamento de disfunção que está por trás de seu aparecimento. Uma avaliação médica cuidadosa sempre poderá diferenciar as causas envolvidas nesta situação.