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A Aventura dos Faróis

Farol estrutura elevada bem visível no topo da qual se coloca uma luz que serve de ajuda à navegação. Um farol consta essencialmente do edifício, da origem luminosa e do aparelho óptico. É colocado nas costas, ilhas, baixios, etc., e, algumas vezes, montados em barcos especiais surtos, de modo a constituírem uma marca bem visível no mar. Caracterizam um farol a cor, carácter, o período e fases, intensidade luminosa e o seu alcance. De dia, a forma e cor do edifício do farol servem de reconhecimento, e de noite, as caratcterísticas da luz. Serve de orientação aos navegantes, de noite pela luz, e de dia, pelo corpo do edifício*.


farolUm farol é uma torre dotada modernamente de um holofote potente, cujo facho de luz é visível a largos quilómetros para ajudar a navegação. Utilizados desde a antiguidade, quando eram acesas fogueiras ou grandes luzes de azeite (de oliveira ou de baleia), os faróis foram concebidos para avisar os navegadores que se estavam a aproximar da terra, ou de porções de terra que irrompam pelo mar adentro.

Quatro elementos principais constituem um farol: um pedestal de tamanho variável, que é uma torre situada num promontório (falésia, elevação), construído em pedra, metal ou madeira; uma lâmpada que emite luz; um sistema óptico que reflecte essa luz até ao horizonte e uma lanterna, que protege a lâmpada e a óptica das intempéries. Um farol é constituído em função da distância a que se quer que seja visto pelos navegadores. O alcance geográfico, distância que se vê a luz, depende da relação da altura do farol com a distância que se está e da altura do próprio barco.

Contudo, o farol não é apenas esta construção que interessa apenas aos navegantes. Ao longo dos anos, o farol passou a significar guia, rumo, nada mais que um amigo que indica os perigos e acidentes num percurso turbulento que é o mar e nos conduz com segurança até o objectivo. A construção deixa de ter significado apenas para a navegação e ganha outro significado, não é à toa que sites e livros sobre faróis são lançados. Tanto pela beleza das construções, e das paisagens que circundam os faróis, quanto pela idéia que saiu da navegação e corre pela vida afora.

E foi encantado pela construção e pela ideia de uma guia, que embarcamos por esta aventura: fotografar todos os faróis de Portugal. Não apenas para conhecer as construções, mas as paisagens que o circundam, a gente que o visita, ou não, a sua história, a sua beleza. Serve-nos como guia não dos perigos do mar, mas da indicação do fim da terra e do começo do mistério quando o seguro acaba. Começando por agora, acabando quando puder. Sejam bem vindos!


Fonte:
*Diário Ilustrado da Marinha, do comandante António Marques Esparteiro, em "Faróis de Portugal" de João Francisco Vilhena e Maria Regina Louro, 1995.
Clube Júnior, abril/2007.

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