Drogas

 

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Drogas

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Drogas

 

Descomunal é a força do Juízo Final agora, em sua última fase. Não há povo na Terra, uma só comunidade ou família que seja, um indivíduo sequer que não esteja hoje sob os efeitos do grande ajuste de contas, recebendo de volta tudo o que foi gerado pela sua vontade, seus pensamentos e suas ações.

Há anos as pessoas sentem uma inquietação interior que não se deixa aplacar por nada, aumentando progressivamente. Uma grande parte atribui esse desconforto, aparentemente sem motivo, à vida agitada de nossa época, e procuram alívio nos divãs dos analistas ou em medicamentos para stress. Ao verem tantas outras pessoas na mesma situação, sentem-se mais ou menos consoladas, justificando assim também outros sintomas de stress que detectam em si, como: nervosismo, irritação, mau-humor, explosões de raiva, insatisfação com a vida, depressão, sentimentos de inveja e cobiça, etc.

Somente algumas poucas atribuem a essa inquietação interior alguma causa própria, isto é, algo que elas mesmas tenham feito e que provocou esse sentimento interior de falta de paz. Essa é, porém, a única maneira correta de enfrentar o problema. Pois tudo o que nos atinge, seja de bom ou de mal, temos de atribuir somente a nós mesmos.

Partindo deste reconhecimento, e procurando com humildade e sinceridade a razão do seu sofrimento, a respectiva pessoa acabará por encontrar de alguma forma a explicação verdadeira, sem lacunas, sobre aquilo que a atinge tão dolorosamente. Ao encontrar a explicação, terá também achado o auxílio verdadeiro para se libertar de suas dores de alma, o qual consiste, única e exclusivamente, na sintonização acertada de sua vida com as indesviáveis Leis que regem a Criação.

Essa libertação do errado e do mal depende sempre apenas da própria pessoa. No esforço sincero e diligente à procura de uma saída do labirinto em que entrou, reside uma atitude de doação, e por isso ela pode receber auxílio. Não diferentemente. Nem imediatamente. Foi ela própria quem quis entrar no labirinto, apesar de todas as advertências e avisos. Mais ainda: ela ajudou a construir o labirinto com sua maneira errada de pensar, falar e atuar. Por isso, agora, ela tem primeiro de reconhecer que está num labirinto, e que por conseguinte a vida que leva tem de estar errada. Depois desse reconhecimento ela precisa ainda mostrar que quer realmente sair de lá, ou seja, ela tem de se esforçar nesse sentido. Então, e somente então, receberá o auxílio de que necessita, mas sempre na medida do próprio esforço. Não mais. Trata-se de uma efetivação da Lei do Equilíbrio.

É um caminho penoso, difícil, mas não existe outro. O labirinto do viver errado foi construído em profundezas abismais. Por isso, quem quiser sair de lá precisa escalar paredões íngremes, até conseguir, pouco a pouco, vislumbrar um pouco mais de Luz à sua frente, quando então a subida também não será mais tão difícil e a saída já estará nitidamente reconhecível. Quem for sincero em sua tentativa de escalada e se esforçar correspondentemente receberá, de modo automático, como efeito das Leis da Criação, uma corda, em que poderá se alçar com segurança. A corda, evidentemente, não o livra do esforço em subir, mas o conduz para fora com absoluta certeza, se ele não esmorecer em sua escalada.

Já com os que não são sinceros o processo é diferente. Em grandes grupos procurarão encontrar saídas amplas e confortáveis, bem sinalizadas e arejadas, que os levem sem esforço para fora daquele local de sofrimento. Contudo, esses atalhos que imaginam ter tomado para cima os conduzem para profundezas ainda maiores, de onde nunca mais será possível achar o caminho de volta.

Todos os que seguem por esses falsos atalhos são espíritos fracos, indolentes, incapazes do mínimo esforço em melhorar a sua maneira de ser. Preferem desperdiçar o escasso e preciosíssimo tempo terreno que ainda lhes resta com charlatães, ao invés de dar um único e verdadeiro passo no sentido do aperfeiçoamento espiritual.

O grupo daqueles que segue pelo atalho do consumo de drogas é o que já desceu mais fundo e rápido. São tão broncos, preguiçosos e covardes, que tentam achar um alívio imediato, instantâneo, para suas aflições de alma. Mesmo que esse alívio dure apenas alguns segundos e destrua progressivamente seus corpos e suas almas.

O Juízo força a movimentação de tudo quanto jazia parado ou escondido na alma humana, para que a pessoa reconheça aquilo que tem de errado dentro de si e se liberte do mal, ao mesmo tempo que procura reforçar aquilo que reconhece como bom.

Como isto, porém, exige esforço próprio, a maior parte dos seres humanos, por comodismo, sucumbe ao mal que revive em seus íntimos nessa época. Com isso, eles próprios imprimem em si o cunho de sua absoluta inutilidade na Criação e se condenam no Juízo. Eles mesmos confirmam com a sua atitude serem inúteis e nocivos na Criação; eles mesmas se apresentam afoitamente como o joio que tem de ser eliminado durante a colheita do trigo.

O aumento desenfreado do consumo de drogas no mundo, bem como o surgimento contínuo de novos entorpecentes, é um sinal claríssimo da decadência humana, uma prova a mais de que a imensa maioria da humanidade se decidiu, pela última vez, em favor das trevas. 

Os especialistas costumam dividir as drogas em dois tipos: leves e pesadas. Drogas leves são as que causam "dependência psíquica", que significa o desejo irrefreável de consumir a droga. Drogas pesadas são aquelas que além da dependência psíquica causam também a física, ou seja, a sua falta acarreta uma síndrome de abstinência tão violenta, com sintomas físicos tão dolorosos, que o viciado procura desesperadamente pela droga a fim de aliviar a ânsia de consumo. Por essa razão, fumo e álcool podem ser considerados como drogas pesadas, apesar de serem socialmente aceitas.

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Fumo

 

A dependência psíquica de alcoólatras e fumantes inveterados não é, como se imagina, originada apenas de suas vontades. Tais pessoas atraem almas que possuem o mesmo tipo de pendor, as quais ficam então próximas a elas, na tentativa de usufruir um pouco do prazer ocasionado pelo vício.

É o desejo dessas almas, pesadamente carregadas de vícios e pendores, que o viciado na Terra sente como uma compulsão incontrolável para fumar ou beber. Torna-se assim, por vontade própria, escravo dessa escória invisível que ainda vive nas regiões mais baixas do chamado além. É essa também a razão de cerca de 90% dos fumantes não conseguirem deixar o vício, independentemente do método usado em suas tentativas.

Até aproximadamente metade do século XX o hábito de fumar era tido como socialmente elegante, e praticamente ninguém se importava com os malefícios que eventualmente pudesse causar. Nas últimas décadas, porém, apesar de as propagandas de cigarro continuarem vendendo uma imagem de saúde e intrepidez, quase sempre relacionada a algum tipo de esporte, a verdade começou a vir à tona.

A verdade tem de aparecer agora em todos os aspectos da vida humana, independentemente dos desejos ou atos de pessoas ou nações. Tudo quanto for errado e falso será descoberto e mostrado à luz do dia, antes de ser destruído para sempre. Quem não quiser ou não puder reconhecer esse errado, e preferir continuar aderido a ele, sucumbirá conjuntamente. Isso vale para tudo, de falsas crenças religiosas a hábitos errados de vida. Tudo quanto é falso tem de se mostrar como realmente é, antes de desaparecer por completo.

Há alguns anos, um médico me disse que fumava por não existir ainda nenhuma comprovação científica de que o cigarro realmente fazia mal à saúde. Hoje, conforme se verá mais à frente, ele já não poderia dizer isso.

Na década de 30 surgiam uma média de 5 artigos por ano nas revistas americanas sobre os malefícios do fumo. A partir de 1955 esse número subiu para 35 artigos anuais em média. Na década de 70 já se sabia que o fumo provocava o aparecimento precoce da menopausa e aumentava o risco de osteoporose nas mulheres tabagistas.

Em 1980, um trabalho publicado pelo Departamento de Saúde dos Estados Unidos, demonstrou que no homem o fumo reduzia os níveis do hormônio testosterona. Em 1986, naquele país, o hábito de fumar foi identificado como a principal causa de morte evitável, responsável por mais de 300 mil mortes por ano, 135 mil das quais por câncer no pulmão. Morriam na época quase 800 americanos por dia vítimas do cigarro. A Sociedade Americana do Câncer informava que o fumo tinha os seguintes efeitos no organismo humano: enfisema, câncer da laringe, câncer do pâncreas, câncer da bexiga, infarto do miocárdio, úlcera péptica, câncer bucal, câncer do pulmão, câncer do esôfago, problemas durante o parto e com o feto. Aliás, diga-se de passagem que o câncer não é uma prerrogativa do cigarro exclusivamente, mas do fumo de uma maneira geral. O Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos informou que o consumo de um charuto por dia, mesmo sem se tragar a fumaça, dobra as chances de ocorrência de câncer no esôfago e na boca; comparada à do cigarro, a fumaça do charuto emite 20 vezes mais amônia, cádmio e outros agentes cancerígenos.

Em 1995, uma pesquisa realizada em doze países por um instituto francês de oncologia, revelou que nada menos que 97,5% dos casos de câncer do pulmão estavam relacionados ao hábito de fumar. Novas pesquisas demonstraram posteriormente que o fumo está também diretamente relacionado ao câncer de mama, câncer de colo do útero e câncer cervical. O cigarro já foi apontado como fator de risco de 24 doenças diferentes. Segundo a OMS, o fumo aumenta em quase dez vezes a chance de ocorrer derrame cerebral, além de ser responsável por 75% dos casos de enfisema e bronquite no mundo.

Em 1997, um estudo divulgado nos Estados Unidos indicava que mais de 40% dos casos de câncer do estômago estavam ligados ao fumo. Também neste ano os próprios fabricantes de cigarro admitiram os malefícios do fumo, ou foram forçados a fazê-lo. O dono da empresa de tabaco Ligget Group, em depoimento na Corte de Miami, afirmou que "o cigarro causa câncer, doença cardíaca, enfisema e provoca dependência em muitas pessoas." Um pesquisador disse que a empresa RJR sabia há mais de 25 anos que o cigarro causava enfisema, conforme verificado em coelhos de laboratório. Logo depois, o presidente da maior companhia de cigarros do mundo, a Philip Morris, admitiu a possibilidade de o cigarro ter sido o responsável pela morte de 100 mil americanos. Em troca do encerramento de 17 ações coletivas contra os fabricantes de cigarro, a indústria americana de tabaco concordou em aplicar US$ 368,5 bilhões em saúde pública nos próximos 25 anos.

Nos Estados Unidos o consumo de cigarros cresceu vertiginosamente neste século. Em 1930 foram vendidos 120 bilhões de cigarros; em 1945, 267 bilhões; em 1988, 595 bilhões. Estima-se que cerca de três mil crianças começam a fumar a cada dia no país. De 1989 a 1993, o número de fumantes americanos com idade entre 12 e 17 anos que compram o próprio cigarro subiu 62% de acordo com o Centro de Prevenção e Controle de Doenças de Atlanta.

A indústria de tabaco calcula que as vendas no mercado asiático crescerão 33% entre 1991 e 2000. Na China, o número de fumantes cresce 2% ao ano desde 1985, e já há no país 180 fábricas de cigarro. Uma pesquisa mostrou que apesar do seu modesto poder aquisitivo, os chineses se dispõem a gastar uma média de 60% de sua renda pessoal na compra de cigarros… Estima-se que 500 mil chineses morrem anualmente vítimas do fumo. Em Cingapura, 5% dos habitantes com 18 ou 19 anos fumavam em 1987; em 1996 eram 15%. Em Taiwan, apenas 3% dos jovens entre 15 e 17 anos tinham o hábito de fumar em 1985; em 1991 eram 20%. Na Rússia, em 1997, metade dos jovens de 16 e 17 anos eram fumantes.

No Brasil, o consumo de tabaco subiu 127% entre as décadas de 70 e 90, enquanto a população cresceu 55% no mesmo período. Em 1970 havia no país uma mulher fumante para cada grupo de 13 homens fumantes; em 1995, para cada grupo de 11 homens fumantes havia 10 mulheres que fumavam. Para provar sua "emancipação", a mulher escolheu o caminho do vício, tornando-se tão escrava desse pendor quanto o homem… Em 1995 estimava-se que morriam 100 mil pessoas por ano no Brasil devido ao fumo. Um feito que certamente não comoveu a maior indústria de fumo do país, que naquele ano teve o maior lucro nominal em seus 93 anos de operação.

Estima-se que no mundo todo haja atualmente 1,1 bilhão de fumantes, que contribuem com uma morte a cada dez segundos decorrente de alguma doença relacionada ao fumo. O consumo mundial de cigarros aproxima-se de 6 trilhões de unidades por ano, ou quase 11 milhões de cigarros por minuto. Conforme dados do Banco Mundial, o custo do fumo no mundo atinge 200 bilhões de dólares por ano, através de perdas de vidas, gastos com saúde, diminuição de produtividade por doenças, etc. Uma curiosa estatística informa que um fumante trabalha, em média, seis dias a menos por ano que o não-fumante por conta das "paradinhas" para fumar.

Em outubro de 1994, o FDA, órgão que fiscaliza remédios e alimentos nos Estados Unidos, remeteu um relatório ao Conselho Nacional de Entorpecentes no Brasil, alertando sobre a produção em solo brasileiro de um fumo hipernicotinado, proibido nos Estados Unidos. Esse tipo de tabaco, apelidado de "Y-1", é produzido por engenharia genética e contém 2,5 vezes mais nicotina que o fumo normal, viciando portanto muito mais. Na mesma época, o ministro da Saúde brasileiro também denunciou a utilização de amônia pelos fabricantes de cigarro no tratamento das folhas de fumo. A amônia estimula a liberação de nicotina, ajudando a viciar mais rápido; é o mesmo efeito gerado pela acetona na cocaína. Aliás, o fumo age no cérebro de forma similar à cocaína, liberando a dopamina, um estimulante associado à sensação passageira de bem-estar. Em janeiro de 1997, a agência Associated Press confirmou que o fumo Y-1 foi introduzido clandestinamente no Brasil e em outros países do Terceiro Mundo durante a década passada.

O FDA elaborou ainda um estudo classificando a nicotina como droga e reconhecendo que o cigarro causa dependência. Apesar dessas conclusões óbvias, o estudo deixou apreensiva a poderosa indústria de tabaco norte-americana, que movimenta no país anualmente cerca de 45 bilhões de dólares. A razão é que caso esse conceito fosse transformado em lei, a venda de cigarros seria controlada como qualquer outra droga vendida ao público. Ainda mais porque se descobriu que um grande fabricante americano de cigarros também estava utilizando amônia para "turbinar" o fumo e escapar dos equipamentos do governo que medem os índices de alcatrão e nicotina.

Atualmente sabe-se que a fumaça do tabaco possui mais de 4.700 substâncias tóxicas, 50 das quais comprovadamente cancerígenas, como o polônio — um elemento radioativo — o arsênio, o níquel, o cádmio, o benzopireno (substância derivada do petróleo e altamente cancerígena, que sempre aparece na queima do papel do cigarro). Apenas para que o papel queime de maneira uniforme e a cinza não se fragmente são adicionados ao cigarro mais doze tipos de venenos químicos. Para se conseguir um cigarro "light", com baixo teor de nicotina e alcatrão, é necessário adicionar outros dez tipos de substâncias tóxicas. A cada tragada o fumante leva para dentro do corpo também amônia (utilizada como desinfetante), benzeno (utilizado na fabricação de DDT), acetona (solvente), formol (líquido conservante) e milhares de outros gases tóxicos e partículas em suspensão.  Além disso, como a planta do fumo é muito suscetível ao ataque de várias pragas, são utilizados potentes agrotóxicos na lavoura, que acabam por enriquecer o coquetel de veneno de que o fumante se serve cada vez que acende um cigarro.

A mais grave das doenças provocadas pelo cigarro é certamente o câncer de pulmão. Em agosto de 1995, cientistas americanos identificaram mudanças genéticas no tecido do pulmão relacionadas ao hábito de fumar, capazes de conduzir ao desenvolvimento de um futuro câncer. Analisando o DNA das lesões, eles descobriram uma supressão em genes que já haviam sido relacionados ao câncer do pulmão. Segundo esses pesquisadores, as lesões pré-cancerosas no trato respiratório aumentam na mesma proporção do número de cigarros fumados. Em outubro de 1996, os pesquisadores americanos explicaram em detalhes, pela primeira vez, o mecanismo molecular que faz uma substância presente no cigarro provocar tumores malignos no pulmão. Em 1997, o câncer de pulmão atribuído ao cigarro já era a principal causa de morte de mulheres americanas que contraíam câncer.

Um estudo publicado pela revista Saúde Pública apresentou uma estatística estarrecedora. Entre o início da década de 60 e meados dos anos 80, o índice de mortes por câncer de pulmão nos Estados Unidos entre mulheres fumantes aumentou 500%, e entre homens fumantes 200%. Isso, apesar do atual predomínio naquele país dos cigarros de "baixos teores". No Brasil, um hospital especializado em câncer estima que 94% dos pacientes que passam pelo departamento de cirurgia torácica têm câncer no pulmão por conta do fumo.

Durante o 9º Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, esses percentuais sobre câncer do pulmão foram confirmados pelo especialista canadense, Dr. Luís Louhani. Segundo o médico, de cada cem pacientes que descobrem estar com câncer de pulmão no mundo, 95 são fumantes. Desses, 80% têm o diagnóstico em estágio avançado da doença, disseminada pelo corpo no processo metastático, não podendo mais ser submetidos a cirurgias por causa do tamanho e da gravidade dos tumores, acabando por morrer da doença.

Recentemente cientistas ingleses publicaram no The British Medical Journal, o mais completo estudo sobre enfarte já realizado, abrangendo um total de 46 mil pessoas. Segundo os pesquisadores, fumantes da faixa dos 30 a 40 anos sofrem cinco vezes mais ataques cardíacos do que os não fumantes na mesma faixa etária, o dobro do que se acreditava até então. O estudo mostra que quando um fumante dessa faixa etária tem um ataque cardíaco, há 80% de chance de o cigarro ter sido a causa...

Os mais insuspeitos problemas de saúde estão relacionados ao hábito de fumar, comprovados através dos últimos estudos e descobertas. O fumo enrijece a aorta, duplica a chance de perda dos dentes, retarda o desenvolvimento de dentes permanentes em crianças expostas à fumaça, quase triplica a possibilidade da ocorrência de um determinado tipo de cegueira, provoca danos nos ossos, causa rugas, queda de cabelo, deixa o cabelo branco mais cedo, e nas mulheres aumenta o risco de fratura do quadril. O Dr. Malcolm Law, da Escola Real de Medicina de Londres, afirmou que "fumar é a maior causa de fratura do quadril."

Hoje em dia observa-se em todo o mundo uma reação crescente contra o fumo e os fumantes em geral. Quem se convence dos malefícios do cigarro não quer mais ter a saúde ameaçada por ser um fumante passivo compulsório. Ainda mais quando se sabe que 40% dos casos de câncer do pulmão em não-fumantes deve-se ao fumo passivo. De acordo com um pesquisador americano, a quantidade de alcatrão despejada no ar pela fumaça dos cigarros de baixos teores é 30% mais rica em poluentes que a dos cigarros comuns, causando portanto mais danos ainda ao fumante passivo. A explicação é que como o filtro dos cigarros "light" impede a passagem do alcatrão, a substância se concentra na brasa e a fumaça acaba ficando mais venenosa.

Aliás, a esperança de que os cigarros de "baixos teores" fossem menos maléficos, não resistiu aos primeiros estudos feitos a respeito. De acordo com a Sociedade Americana do Câncer, a fumaça de baixo teor fez crescer muito (aumento de 142% nos fumantes) o número de vítimas de uma variedade de neoplasia (câncer), o adenocarcinoma, que ataca as células secretoras de muco dos brônquios e da periferia dos pulmões.

A forte vontade interior dos não fumantes em dar um basta nessa absurda situação de inalantes compulsórios de fumaça, não fica sem efeitos na matéria mais fina, no mundo do além. Lá tomam forma configurações geradas pelos pensamentos e pela vontade intuitiva dos seres humanos inconformados com o hábito de fumar. Essas configurações influenciam ainda outras pessoas que, por sua vez, geram novas configurações e assim por diante. Um dos efeitos na matéria grosseira visível de toda essa influência crescente é o aparecimento de leis que restringem cada vez mais a "liberdade" do fumante, o incremento das campanhas anti-tabagistas, o aparecimento de métodos e produtos para se deixar de fumar, etc.

E as descobertas sobre os males causados pelo fumo passivo fornecem cada vez mais munição contra essa inconcebível arrogância de fumar. Um estudo realizado pela Universidade de Harvard em maio de 1997 mostrou que a chance de desenvolver problemas cardíacos é 91% maior em não fumantes expostos à fumaça de cigarros. Outros estudos mostram que fumantes passivos sofrem de hipertensão, alergias, infecções respiratórias, aterosclerose e morrem duas vezes mais de câncer de pulmão do que as pessoas que não têm de conviver com fumantes. O fumo também está associado à redução do desenvolvimento dos pulmões das crianças, tornando-as possivelmente mais suscetíveis a doenças pulmonares.

Entre os fumantes há também quem justifique o seu hábito mencionando velhinhos centenários que fumaram a vida toda, desde a adolescência, e que continuam gozando aparentemente de boa saúde. Esses casos isolados, porém, não servem de contraprova aos malefícios do fumo. Pelo contrário. Alguns organismos são mais resistentes do que outros e conseguem suportar por mais tempo o ataque da fumaça do tabaco, principalmente se a pessoa tem outros hábitos de vida que podem ser considerados como saudáveis, como a movimentação do corpo e a alimentação correta. Mas esses casos, entusiasticamente alardeados, são tão raros — e é por isso que são noticiados — que é de se admirar que haja quem ainda se impressione com isso. Deveriam chamar a atenção justamente por serem raros.

Se uma pessoa que fumou durante décadas morre em idade avançada, não significa que não tenha prejudicado o seu corpo e principalmente a sua alma enquanto vivia na Terra; provavelmente padeceu de várias doenças de que poderia ter ficado livre caso não tivesse esse vício. Além do mais, quem fuma comete um crime contra o Amor do Criador, ao contribuir para envenenar o ar de que todas as criaturas necessitam para viver.

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Álcool

 

Assim como o cigarro, o álcool também causa dependência, apesar de ser uma droga aceita socialmente. A diferença é que, ao contrário do fumo, o álcool só se torna danoso quando consumido em excesso, e prejudica apenas o alcoólatra. Naturalmente, as pessoas que convivem com um alcoólatra também sofrem indiretamente com os efeitos do vício, mas não do álcool propriamente.

Se uma pessoa tem os sentidos alterados pelo consumo de uma droga, seja maconha, heroína, cocaína, LSD ou álcool, seu modo de viver já se torna contrário às Leis naturais, e ela terá de arcar com as conseqüências de sua atitude de afronta a essas Leis.

Os dados estatísticos que acompanham o vício da droga álcool não são menos significativos que os do fumo.

A Organização Mundial da Saúde considera o alcoolismo uma das doenças que mais matam no mundo. Em meados da década de 80 a Organização chegou à conclusão que em três países europeus, França, Inglaterra e País de Gales, o consumo de álcool e as psicopatias alcoólicas aumentaram vinte vezes em 25 anos. Na ex-Iugoslávia, 50% dos homens admitidos em hospitais psiquiátricos tinham a origem de seus males centrada no consumo de álcool. Na já distante década de 70, o governo dos Estados Unidos estimava que o alcoolismo causava um prejuízo anual ao país nunca inferior a 30 bilhões de dólares. E uma pesquisa recente indicava que de cada quatro suicidas americanos, um era alcoólatra. Estima-se também que o álcool seja responsável por 100 mil mortes anuais evitáveis nos Estados Unidos, 17 mil das quais relacionadas a acidentes de trânsito.

No Brasil, há quem afirme que o alcoolismo desperdiça ou consome mais recursos do que a totalidade das importações brasileiras ou todo o orçamento da Previdência Social. O suicídio é 58 vezes mais freqüente em alcoólatras do que no resto da população, e entre 30% a 40% dos acidentes de trabalho são devidos ao alcoolismo. Em 1989, 14% dos jovens brasileiros entre 10 e 18 anos ingeriam bebida alcoólica mais de seis vezes por mês; em 1996 esse percentual subiu para 19%. De 1989 a 1993, o número de jovens que fazem uso pesado do álcool (vinte vezes ou mais por mês) cresceu 50%. No domingo, dia do auge etílico semanal no Brasil, cambaleiam pelo país de 12 a 15 milhões de bêbedos. Estima-se que 9% das mulheres e 15% dos homens no país sejam alcoólatras. O Dr. Luiz Carazzai, estudioso de dependências químicas, informa que mais da metade dos acidentes de trânsito no país estão relacionados ao consumo de álcool, causa também de 87% dos casos de agressão registrados nas delegacias da mulher.

As mulheres alcoólatras grávidas podem prejudicar de forma irreversível seus futuros filhos. O álcool cruza a barreira placentária e se distribui no líquido amniótico e em vários tecidos fetais. Num congresso de obstetrícia realizado na Espanha em 1984, uma obstetra informou que haviam nascido naquele país, no ano anterior, cerca de mil bebês com a "síndrome alcoólica fetal", quase o mesmo número de mongolóides. As crianças nascidas com esta síndrome apresentam, entre outros, os seguintes sintomas: peso e altura inferiores à média, diâmetro reduzido da cabeça, rosto assimétrico, fissuras na pálpebra, deslocamento da pélvis, anomalias cardíacas, deficiência da performance motora, retardo mental, epilepsia, hérnias… Já foram catalogadas 91 malformações relacionadas à síndrome alcoólica fetal.

O álcool ingerido em grandes quantidades dificulta também a assimilação de vitaminas pelo organismo, principalmente a B1, essencial para a saúde dos nervos. É por isso que os alcoólatras têm os nervos afetados. Muitos passam então a fumar, na tola ilusão de assim contrabalançar o seu problema de nervos. Com isso mergulham ainda mais profunda e seguramente rumo à total degradação física e anímica.

No alcoolismo crônico é comum a ocorrência do Delirium tremens; o alcoólatra treme pelo corpo todo, sua temperatura pode chegar acima de 40ºC e o suor é tão abundante que ele pode morrer de desidratação; a pele fica avermelhada em razão dos danos aos vasos sangüíneos sob a pele. Os nervos afetados podem causar impotência; o indivíduo também pode ficar estéril em razão dos efeitos tóxicos no esperma. A alta ingestão de álcool aumenta os riscos de câncer na boca, garganta e esôfago, além de provocar gastrite e úlcera; no fígado podem surgir cirrose, hepatite e câncer. O álcool ainda pode causar pressão alta, arritmia, ataques cardíacos, derrames cerebrais e danos aos músculos cardíacos. Os eletroencefalogramas de alcoólatras mostram que há um encolhimento cerebral; a destruição das células cerebrais provoca deterioração intelectual, perda de memória e demência. Também são comuns sintomas de depressão.

Uma amostra ainda mais clara da decadência cada vez mais acentuada dos viciados em drogas é o crescimento da "dependência cruzada". Antigamente, num grupo de alcoólicos anônimos só se viam alcoólatras, e num grupo de narcóticos anônimos apenas toxicômanos. Hoje em dia não é mais assim. Há cada vez mais casos mistos de alcoolismo e dependência de drogas dos mais variados tipos, consideradas ilegais.

Este o panorama geral do consumo de fumo e álcool e suas principais conseqüências. Vamos verificar agora a situação das outras drogas, as socialmente condenáveis (por enquanto). 

Um artigo publicado no jornal The Washington Post por Patrick Murphy, ex-chefe de polícia da cidade de Nova York, trazia o seguinte título: "A guerra contra as drogas acabou. As drogas venceram!". Segundo Patrick, "o comércio de drogas é hoje um dos mais bem sucedidos empreendimentos, com lucros que podem chegar a US$ 150 bilhões neste ano [1995]." Em 1996, o FBI encaminhou um relatório à Interpol informando que no ano anterior os traficantes haviam movimentado em aplicações, investimentos e lavagem de dinheiro mais de US$ 200 bilhões. Em julho de 1997, o Serviço de Controle de Doenças da ONU divulgou um relatório informando que o narcotráfico já representava 8% do comércio mundial, com um faturamento de US$ 400 bilhões. Segundo o relatório, a lavagem de dinheiro do narcotráfico havia assumido proporções capazes de desestabilizar as economias nacionais, e tendia a "minar a integridade do sistema financeiro mundial". Em Myanmar (antiga Birmânia), o narcotráfico controlava 60% dos negócios na capital no início de 1998.

O consultor da OMS e diretor do Centro Médico Marmattan, em Paris, Dr. Claude Olivenstein corroborou o desabafo de Patrick Murphy: "A sociedade fracassou na luta contra as drogas e é preciso encontrar uma nova estratégia contra o problema. (…) Nunca a produção foi tão importante, nem tantos países estiveram envolvidos pelo tráfico como agora, apesar de todos os programas de repressão."

Nos anos 40 o consumo de drogas era praticamente desconhecido da população ocidental. É certo que as pessoas já haviam ouvido falar de ópio, morfina e cocaína, mas o grupo de consumidores dessas drogas era reduzido. Não havia nem sinal de traficantes ou de barões da droga, tampouco de vendedores de drogas nas esquinas.

No início dos anos 60, o consumo de drogas no mundo praticamente se restringia ainda aos países desenvolvidos, resumindo-se geralmente à morfina e à heroína. Cocaína, maconha e LSD eram raridades quase desconhecidas. Com a chegada do movimento hippie esse quadro mudou drasticamente. Ser jovem era se rebelar contra os valores da época, e isto significava consumir drogas…

De lá para cá o consumo de drogas cresceu estratosfericamente em todo o planeta. Estima-se que só o comércio da cocaína movimente cerca de 100 bilhões de dólares anuais, com um crescimento de 10% a cada ano. A produção anual de cocaína na América do Sul é da ordem de mil toneladas; a quantidade apreendida não representaria mais que 1% do volume traficado. No México, o valor movimentado com as drogas supera os lucros do petróleo e o valor da dívida externa. Nos Estados Unidos, cinco mil pessoas ingressam diariamente no mundo das drogas, contribuindo para manter a pujança do comércio internacional de entorpecentes. Um relatório publicado pela ONU em setembro de 1997 estimava em 340 milhões o número de viciados em droga no mundo, mais que o dobro da população brasileira.

Apesar de toda a repressão e campanhas de esclarecimento, o consumo de drogas cresce imperturbavelmente em todo o mundo. Percebendo ser uma luta vã, o governo da Suíça tentou inovar em 1992, ao liberar o consumo de tóxicos num local predeterminado, uma estação de trens desativada localizada a um quilômetro do centro da capital, Zurique. O mundo todo passou a testemunhar, ao vivo, cenas até então exclusivas do dia-a-dia dos viciados. Os "junkies", como eram chamados, se drogavam estendidos num chão coberto de lixo, sangue, seringas usadas, chumaços de algodão, restos de comida e excrementos. Quando eles não conseguiam mais injetar as drogas nos braços e nas mãos, procuravam alguma veia em qualquer outra parte do corpo: no pescoço, nas pernas, nas axilas e até na língua. Essas imagens serviram, ao menos, para mostrar até onde as pessoas podem cair moralmente quando querem, até o ponto de eliminarem de si qualquer resquício de dignidade humana.

Em fevereiro de 1995 o governo suíço finalmente proibiu o espetáculo degradante. Os viciados se dirigiram então a um local alternativo: apartamentos comprados para esse fim pelos próprios traficantes…

A solução para esse novo problema? Máquinas de fornecimento automático de drogas, controladas por computador e pagas pelo contribuinte suíço. Isso mesmo! Os junkies entram numa casa discreta, sem placa na porta, e recebem do computador sua ração diária de heroína. A máquina conhece os dados pessoais da "clientela", os hábitos de consumo e a dosagem máxima para cada caso. Nas palavras da gerente do local, "nossos pacientes sabem que podem contar com a droga e vivem com maior dignidade..." E para ratificar a solução encontrada, os suíços aprovaram num plebiscito, por esmagadora maioria (71%), a prática governamental de distribuição de doses de heroína aos viciados...

No Brasil ainda não avançamos tanto, mas estamos progredindo. Em março de 1998, a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo começou a distribuir um kit para drogados, na tentativa de conter o avanço da AIDS entre os usuários de drogas injetáveis. Além da seringa, o kit trazia um pequeno tubo com água destilada para diluir a cocaína, um recipiente apropriado para a mistura e lenços antissépticos, destinados à limpeza dos sangramentos.

Como já anteriormente esclarecido, um dos mais infalíveis sintomas da decadência irrefreável da humanidade é a modificação dos conceitos. Coisas que há poucos anos causavam justificada repulsa acabam, com o tempo, sendo aceitas como normais. Isso vale para tudo: no modo despudorado de se vestir, na proliferação epidêmica de filmes e revistas pornográficas, no uso do linguajar chulo, na quantidade e intensidade de crimes de uma maneira geral e, também, como não poderia deixar de ser, em relação ao consumo de drogas.

Hoje em dia, as notícias sobre consumo e apreensão de drogas mal produzem um bocejo em quem ainda se dá ao trabalho de acompanhá-las. Passou a ser algo corriqueiro, parte do mundo moderno. No Brasil, alguns bailes da periferia da cidade do Rio de Janeiro são patrocinados abertamente pelos traficantes. Na Colômbia, o presidente do país foi acusado de ter tido a candidatura financiada pelo narcotráfico, e uma pesquisa do Instituto Gallup mostrou que 66% dos colombianos achavam que o fato não era razão para escândalo...

Vejamos então como se dá o surgimento e o consumo das drogas ainda consideradas ilegais e os seus efeitos no ser humano, uma vez que das "legais" já falamos. Digo propositadamente ainda consideradas ilegais, porque já existem campanhas para a descriminação do uso de algumas drogas, principalmente a maconha. Há, inclusive, quem defenda uma legalização ampla de todas as drogas. Um psiquiatra desses mais avançados apresentou os seguintes argumentos nesse sentido: "A humanidade sempre consumiu drogas e é preciso abrir o debate sobre sua legalização. (…) O uso recreacional não é perigoso para nenhuma droga. (…) Na verdade a droga é algo bom. Se não fosse, seria fácil largar."

Já vimos até aqui vários casos em que os conceitos do que é certo e do que é errado foram se toldando irresistivelmente com o passar dos anos, de modo que não há necessidade de nos determos na análise de mais este exemplo.

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Maconha e Derivados

 

A maconha é de longe a droga ilegal mais consumida no mundo. Em junho de 1997, a ONU estimava em 140 milhões os consumidores de maconha no mundo, cerca de 2,5% da população da Terra. E avisava que este número deveria aumentar, pois "o uso vem crescendo dramaticamente nos últimos anos."

Um comitê do Congresso dos Estados Unidos calculou, na década de 80, que os americanos fumavam todos os anos 8.750 toneladas de maconha. O órgão federal que combate as drogas no país calcula que houve um aumento de 30% no consumo da droga apenas nos anos de 1994 e 1995. Até 1970 não havia um só pé de maconha nos Estados Unidos; no início de 1996 a erva já era o principal produto agrícola americano, com um movimento anual de US$ 32 bilhões, seguida à distância pela produção de milho, com US$ 14 bilhões… Em 1992, 4% da população americana era usuária da droga.

O Brasil passou de importador para exportador de maconha em 1998. No início daquele ano, a maconha já era o principal produto da economia de algumas cidades localizadas no "polígono da maconha", no nordeste do país.

O consumo da droga já não é considerado crime na Holanda, Suécia, Canadá e algumas regiões dos Estados Unidos. Na Rússia, uma lei aprovada recentemente, legaliza o "tráfico em pequena escala" da maconha. Na Holanda, que se decidiu pela descriminação há mais de 25 anos, existem cerca de dois mil pontos de venda legal de maconha. Um detalhe: 50% dos presídios do país são ocupados por autores de crimes relacionados com a droga. Na Espanha, em 1997, aconteceu a "Copa da Maconha", em que 50 "agricultores" se reuniram para provar suas colheitas e eleger a melhor maconha do país; o objetivo manifesto era pressionar o governo pela legalização.

Nos Estados Unidos, há até uma revista especializada no cultivo e preparo da maconha, com um número estimado de 1 milhão e 600 mil leitores por mês, segundo o editor. O sucesso é tão grande que a revista promove anualmente, na Holanda, um gigantesco "festival da maconha"… Esse sucesso também pode ser avaliado pelo gráfico abaixo, que mostra o crescimento do consumo de maconha nos últimos tempos por jovens americanos na faixa de 12 a 17 anos, de acordo com dados do Departamento de Saúde e Serviços Humanos:

 A droga é obtida de folhas e flores secas do cânhamo indiano, e apresenta cerca de 60 substâncias psicotrópicas solúveis na corrente sangüínea, sendo a mais importante delas conhecida como THC. Uma maconha "normal" tem um teor de cerca de 8% de THC. Existem mais de 400 outras substâncias químicas na planta, das quais muitas não se conhece ainda os efeitos.

Já se catalogou cerca de 50 efeitos relacionados ao consumo da maconha. Alguns deles: tremor corporal, vertigem, náuseas, vômitos, taquicardia, excitação psíquica, diarréia, alterações sensoriais, oscilação involuntária dos olhos, zumbidos, desorientação, medo de morrer, depressão, alucinações, amnésia temporária, pânico, idéias paranóides… Um estudo aprofundado de cinco anos (1992 a 1997) feito pela OMS mostrou que a substância interfere na memória de curto prazo, reduz sensivelmente a capacidade de aprender e de raciocinar, causa lesões na traquéia, nos brônquios e nas células de defesa chamadas macrófagos alveolares.

A redução das defesas imunológicas do viciado em maconha o torna propenso a contrair uma infecção por fungo, o qual freqüentemente vem aderido à planta. Essa doença é a aspergilose, que se manifesta através de febre, calafrios e choque, podendo gerar abcessos no cérebro, rins, baço, fígado, coração e tiróide.

O viciado em maconha prefere passar por tudo isso ao invés de enfrentar a realidade da vida com coragem e determinação. Por isso, ele, juntamente com todos os viciados em qualquer tipo de droga que altera a percepção dos sentidos, fazem parte de um dos mais abjetos grupos de seres humanos. São fracos e covardes na mais profunda acepção desses termos. Escolhem conscientemente destruir suas almas e corpos, para não terem de fazer nenhum esforço próprio no sentido de uma melhoria interior. No fim de suas vidas, criminosamente desperdiçadas, assemelham-se a amontoados de lixo com algum movimento próprio, cambaleando, indiferentes, rumo ao incinerador que já os aguarda.

Há algum tempo surgiu uma nova variedade de maconha, chamada "skunk" ou "supermaconha". O skunk é produzido em laboratório com variedades de cânhamo cultivados no Egito, Afeganistão e Marrocos, apresentando um teor de THC de até 33%. Seus efeitos são dez vezes mais potentes que os da maconha comum. No Brasil, o Departamento de Investigações sobre Narcóticos já alertou que o consumo do skunk está crescendo.

O haxixe também é obtido a partir do cânhamo, com a diferença de que utiliza a resina que cobre as flores e as folhas da parte superior da planta. É um extrato, e portanto mais potente que a maconha comum. O haxixe é muito consumido no Oriente, sendo que um dos principais produtores é o Líbano, onde o cultivo domina as atividades agrícolas do norte do país. As apreensões de haxixe refinado, pronto para consumo, são cada vez mais freqüentes na Europa.

Um estudo realizado em 1994, nos Estados Unidos, demonstrou que adultos que usaram maconha quando crianças tinham 17 vezes mais chances de se tornarem usuários regulares de cocaína. Dois trabalhos publicados na revista Science em 1997 mostravam que os efeitos produzidos no cérebro pela maconha são semelhantes aos da heroína e cocaína.

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Cocaína e Derivados

 

A cocaína é uma das substâncias extraídas das folhas da coca, um arbusto originário da região andina.

Foi isolada pela primeira vez em 1880, para ser empregada como anestésico local em cirurgias do nariz e da garganta, e depois como analgésico. Empregava-se também a cocaína para combater vômitos e enjôos, através de poções. No início do século ela ainda podia ser comprada livremente, era um medicamento como outro qualquer. Recomendava-se apenas que o doente, tratado com cocaína, permanecesse deitado por algum tempo.

Quem daqueles médicos do início do século poderia imaginar que aquela inocente substância terapêutica transformar-se-ia, em algumas décadas seguintes, num dos maiores flagelos da humanidade? Na década de 80 ela chegou a ser chamada de "caviar das drogas", em razão de seu consumo generalizado pelos endinheirados executivos americanos, os "yuppies". Em 1996, só nos Estados Unidos, havia 14 milhões de viciados em cocaína, que consumiam regularmente 400 toneladas da droga por ano.

Como vício a cocaína é consumida na forma de cloridrato, sendo absorvida por via oral ou nasal. Chegando à corrente sangüínea a droga começa a atuar nos neurotransmissores cerebrais, principalmente a dopamina. Conforme já esclarecido, esses neurotransmissores é que permitem que um neurônio (célula nervosa) mande uma mensagem a outro, já que eles não se tocam. Num processo normal, a dopamina leva a mensagem de um neurônio a outro e depois é reabsorvida pela célula de origem. A cocaína impede essa reabsorção, obrigando a dopamina a continuar estimulando as células nervosas, gerando uma alta estimulação neurológica que leva o nome de "euforia cocaínica", com a conseqüente exaustão das reservas de neurotransmissores.

Essa curta sensação de prazer, forçada pelo excesso de dopamina no cérebro é suficiente para escravizar milhares e milhares de pessoas. Tais seres humanos cumprem diligentemente um princípio básico da doutrina luciferiana: "viver até exaurir-se".

Viver até exaurir-se! Sacrificar tudo… corpo, alma e espírito em troca de alguns momentos de prazer! É possível imaginar uma atitude mais negligente, mais inconseqüente, mais estúpida do que esta?

De acordo com um estudo elaborado por dois pesquisadores no ano de 1978, o fumante de pasta de cocaína passa por quatro fases distintas no consumo da droga; isso, naturalmente, se não morrer antes de parada respiratória ou cardíaca, ou como se diz mais comumente, de "overdose":

·        1ª fase – Euforia cocaínica: excitação, hipersexualidade, inapetência, hipervigilância, instabilidade emocional, insônia.

·        2ª fase – Disforia cocaínica: angústia atroz, inapetência, insônia, indiferença sexual, apatia, tristeza, melancolia, agressividade.
·        3ª fase – Alucinose cocaínica: alucinações (visuais, auditivas, táteis, olfativas), excitação psicomotora, indiferença sexual.
·        4ª fase – Psicose cocaínica: ilusões paranóides, mania de perseguição, insônia, tentativas de suicídio e homicídio, alucinações (auditivas e olfativas), hipervigilância.

Os sintomas da 4ª fase são comuns entre usuários de grandes doses de cocaína, e mais ainda naqueles que fazem uso da associação álcool-cocaína. No livro Salvar o Filho Drogado, o Dr. Flávio Rotman menciona ainda os seguintes sintomas psicóticos: irritabilidade e inquietação constantes, alucinações visuais aterradoras, desconfiança de tudo e de todos, delírios, crises de medo. No geral, há pelo menos 47 sintomas ou sinais catalogados decorrentes da intoxicação por cocaína em suas várias fases…

Há algum tempo, cientistas americanos descobriram também que a cocaína danifica o cérebro ao produzir um estreitamento dos vasos sangüíneos, que pode até ser fatal Além disso, constatou-se que a substância provoca falhas na memória e no processo de aprendizagem.

Nada disso impede que o consumo continue crescendo inabalavelmente. Uma pesquisa feita em cinco cidades brasileiras em abril de 1996, mostrava que o consumo da droga estava começando cada vez mais cedo: 51% dos jovens que usavam cocaína tinham menos de 15 anos quando a experimentaram pela primeira vez. 

Enquanto que no mundo todo tornava-se cada vez mais nítida a total impotência dos governos, da classe médica e das entidades religiosas no combate ao tráfico e consumo de drogas, surgia, nos Estados Unidos, uma droga derivada da cocaína ainda muito mais poderosa e mortífera, e também muito mais barata: o "crack".

O crack é um derivado químico da pasta de cocaína, sendo oferecido na forma de pequenas pedras que são fumadas em cachimbos improvisados. Provoca intensa euforia e sensação de poder. A dependência é quase imediata: com cinco "pipadas" a pessoa já está viciada. Assim como a cocaína comum, o crack também atua bloqueando a reabsorção de um neurotransmissor, a copamina.

Para os viciados em crack a droga passa a ser literalmente tudo em suas vidas. Muitos chegam a ficar procurando pelo chão alguma pedra perdida, seja onde for, e fazem qualquer coisa para obter dinheiro e conseguir aplacar a necessidade de consumo. Começam vendendo tudo o que é seu ou de seus parentes, depois passam a roubar e se prostituir, e por fim matam se for necessário.

É esta a razão de grande parte dos crimes violentos estarem associados ao crack. De acordo com a Divisão de Homicídios da Polícia da Cidade de São Paulo, cerca de 40% dos assassinatos na capital se devem ao crack, que é também a principal causa de homicídios cometidos contra crianças e adolescentes. Uma coordenadoria criada para investigar as execuções coletivas, cada vez mais freqüentes na cidade, chegou à conclusão que 56% das chacinas registradas em 1995 na cidade estavam relacionadas ao crack. Uma recente pesquisa revelou que 85% dos que aderem ao crack se envolvem com a marginalidade, enquanto que no caso de consumidores de outras drogas esse índice é de 44%.

O crescimento do consumo de crack é tão grande que adquire contornos de uma pandemia. É como se estivéssemos observando a explosão de uma bomba atômica em câmara lenta. A destruição vai avançando incontrolavelmente, sem se deter por nada, alcançando cidades e pessoas muito distantes do ponto de impacto inicial.

O psiquiatra Rubens Campos Filho diz que até o final de 1994, de cada 100 pacientes seus apenas cinco ou seis eram usuários de crack; em julho de 1995, de cada 100 pessoas que o procuravam cerca de 60 eram viciadas na droga. "Trata-se da droga com maior poder viciante já vista. (…) Em vinte anos, não vi nada que proliferasse com tanta rapidez", conclui o médico. O psiquiatra Arthur Guerra de Andrade avisa: "Cada vez que recebo a ficha de um paciente e vejo que ele é jovem e dependente químico, nem sequer preciso vê-lo para saber que é crack."

O número de viciados e vendedores de crack na cidade de São Paulo triplicou em três anos. Em novembro de 1995 a droga já era encontrada em 80% dos cinco mil pontos de venda de entorpecentes catalogados na cidade. O presidente do Conselho Federal de Entorpecentes se confessou perplexo com a explosão de consumo do crack em São Paulo e nomeou uma comissão para estudar o "fenômeno". Segundo monitores do programa SOS Criança, nada menos que 90% dos meninos de rua da cidade já haviam tido contato com a droga…

Das apreensões feitas em 1995 pela Delegacia de Narcóticos e Entorpecentes da Polícia Civil da cidade de Campinas, 80% se referiam ao crack. A Associação Promocional Oração e Trabalho, entidade que dá assistência a viciados em drogas na cidade, informa que há dois anos a quase totalidade das pessoas atendidas eram viciadas em maconha e cocaína; hoje, 60% dos que chegam ali são viciados em crack.

Na cidade de Ribeirão Preto, o crack representa 60% do consumo de drogas. Em todo o Estado de São Paulo já há cerca de 150 mil viciados.

No Estado do Rio de Janeiro, logo depois de a Secretaria de Segurança Pública assegurar que não havia consumidores de crack no Estado, foram apreendidas 1.500 pedras numa favela da Baixada Fluminense.

Ninguém mais indicado para dar um depoimento sobre a relação entre violência e drogas do que o Dr. Carlos Delmont Printes, legista-chefe do Instituto Médico Legal da cidade de São Paulo. Numa matéria jornalística sobre crack publicada em julho de 1995, o Dr. Carlos declarou: "Quando surgiu a maconha há cerca de 40 anos, notamos que aumentaram o número de assaltos com violência sexual. (…) Com a introdução da cocaína houve uma desproporção nos crimes com violência desnecessária. (…) As pessoas [com o uso do crack] sofreram uma quebra total do discernimento, agravando a criminalidade." De acordo também com o IML, a maioria das vítimas de crack morre por hemorragia no pulmão.

A quebra do discernimento pode ser ilustrada por esses dois casos: uma moça de 17 anos que se prostitui para conseguir crack diz não se importar com a possibilidade de contrair AIDS. Ela conta que certa vez, drogada, viu cobras descendo por um poste… Uma outra moça, de 20 anos, diz que cada pedra de crack é uma pessoa, e que todas conversam com ela…

A compulsão pelo consumo da droga é tão avassaladora, que alguns viciados se mudam para as favelas, apenas para ficar mais próximos dos pontos de venda. De cada dez viciados, nove nunca mais conseguem largar a droga, que atinge hoje todas as camadas sociais. Os especialistas afirmam categoricamente que não há hoje, no mercado das drogas, algum produto com efeitos tão devastadores quanto os do crack.

O viciado se degrada tão profunda e rapidamente, e de modo tão visível, que, ao contrário do que acontece com as outras drogas, ele tem plena consciência que a sua transformação é devida ao crack. Um estudo realizado pelo Grupo Interdisciplinar de Estudos de Alcoolismo e Farmacodependência do Hospital das Clínicas mostrou que enquanto apenas 25% dos alcoólatras admitem que o álcool é a causa de seus problemas, esse índice sobe para 73% no caso de consumo de cocaína e 100% para os viciados em crack.

Num artigo datado de julho de 1995, em que comparava os efeitos do crack com os de um mundialmente famoso medicamento antidepressivo, o médico psiquiatra Dr. Auro D. Lescher declarou: "Não merecemos esses dois artifícios químicos que atenuam respectivamente a fome e a cegueira, que ratificam nossa patologia e que matam nossa indignação."

Concordo com o Dr. Lescher, menos na parte em que diz que não merecemos isso.

Em fins de 1997, o governo do Distrito Federal [Brasil] descobriu que o entorpecente mais procurado na capital do país era um novo tipo de droga obtida da pasta da coca: a "merla". Em laboratórios improvisados de Brasília, a pasta vinda da Bolívia, Colômbia e Peru é "enriquecida" com ácido sulfúrico, querosene, gasolina, benzina, metanol, cal virgem, éter e pó de giz.

A merla destrói grande número de neurônios (células cerebrais), prejudica a memória e a coordenação motora, pode causar hepatite tóxica e fibrose pulmonar e, assim como a cocaína, provoca taquicardia e em casos extremos até parada cardíaca.

De acordo com uma pesquisa realizada na época, 68,7% dos usuários de merla roubavam para poder sustentar o vício, 17% se envolviam com o tráfico para poder adquirir a droga e 20,5% haviam tentado se matar para fugir da síndrome da abstinência ou da depressão causada pelo uso continuado.

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Ópio e derivados

 

O ópio é um látex obtido da incisão dos frutos imaturos de várias espécies de papoula. A droga tem o seu consumo largamente difundido no Oriente, principalmente na China, onde existem até locais próprios para se fumá-la. É a única droga que foi motivo declarado de uma guerra, a chamada "Guerra do Ópio" entre China e Inglaterra em 1840. A Inglaterra produzia ópio na Índia e o vendia aos chineses. Quando estes últimos tentaram reprimir a venda ilegal da droga, a Inglaterra declarou guerra à China.

O ópio é aquecido e depois inalado, provocando euforia e sonhos confusos. Não é uma droga muito difundida no Ocidente, ao contrário de seus dois principais derivados: a morfina e a heroína. Essas duas drogas causam profunda dependência, tanto psíquica como física, gerando os efeitos graves da "síndrome de abstinência", além de desenvolverem tolerância.

A síndrome de abstinência aparece quando se suspende bruscamente a droga, e inclui uma enorme gama de alterações físicas e psíquicas. A tolerância significa que os viciados nessas drogas (e outros narcóticos) precisam de doses cada vez maiores para obterem os mesmos efeitos anteriores.

Nas primeiras 4 horas sem a droga, a síndrome de abstinência do viciado em ópio apresenta duas alterações ou sintomas; passadas 8 horas, surgem oito alterações; após 12 horas, registram-se quinze alterações; entre 18 e 24 horas de abstinência, observa-se vinte e cinco alterações no viciado, e entre 24 e 36 horas sem a droga surgem trinta e quatro alterações.

Essas alterações incluem: prostração intensa, tremores musculares, ondas de calor e frio, dores ósseas e musculares, vômitos, febre, diarréia, desidratação, hiperglicemia. Caso o viciado consiga realmente se livrar da droga, após sete ou oito meses ele ainda apresentará os seguintes efeitos remanescentes: diminuição dos batimentos cardíacos, redução da pressão arterial e da temperatura do corpo, aumento de adrenalina no sangue, grande sensibilidade ao stress e aumento de sintomas depressivos. Todas essas alterações trazem o risco de fazer o ex-viciado desistir e retornar ao vício. Ficam então na mesma situação do náufrago que nada, nada, e morre na praia.

O viciado em ópio está sujeito também a complicações neurológicas gravíssimas, como: abcesso cerebral, meningite, necrose da medula, cegueira, crise convulsiva, acidente vascular cerebral, coma narcótico. A tudo isso ele se sujeita, quando decide conscientemente destruir a própria vida.

A morfina foi produzida em laboratório pela primeira vez em 1803, para ser usada como analgésico. É um dos mais ativos alcalóides do ópio.

Nas mulheres grávidas a droga atravessa a placenta e pode induzir ao aborto ou parto prematuro, além de intoxicar o feto, o que freqüentemente o mata após o nascimento. Caso sobreviva, o recém-nascido também apresentará vários sintomas da síndrome de abstinência, como: febre, tremores, vômitos, convulsões e insuficiência respiratória. Uma gestante que se droga é, portanto, duplamente culpada, por agredir dessa maneira criminosa o seu corpo e o do seu filho. 

Na tentativa de encontrar um substituto seguro para a morfina, um laboratório na Alemanha desenvolveu, em 1898, uma substância que era três vezes mais potente que a morfina. Por causa dessa grande potência o composto químico recebeu o nome de "heroína". "A substância não é hipnótica e não apresenta riscos de desenvolver o vício", afirmava na época o Boston Medical and Surgical Journal. Infelizmente, a heroína se mostraria ainda mais viciante que a morfina.

Os efeitos da heroína no viciado são equivalentes aos da morfina, agravados ainda pelos contaminantes utilizados na sua preparação para uso tóxico, que podem causar, entre outras complicações, surdez, cegueira, delírios, coma e morte. A heroína ainda afeta particularmente os rins do dependente. Recentemente, uma bactéria não identificada contaminou uma carga de heroína nos Estados Unidos e matou três viciados em San Francisco.

Usar heroína por três vezes já é suficiente para causar dependência. Com o uso continuado o organismo deixa de produzir endorfinas e entra em colapso se a droga falta: o mais suave estímulo físico é sentido como dor; o estômago e o intestino entram em pane, causando dores abdominais, diarréia e vômito; o coração e a respiração ficam acelerados.

Como a heroína é mais difícil de diluir em água  do que outras drogas, ela costuma entupir as veias, causando flebite (inflamação dos vasos sangüíneos). Com as picadas freqüentes torna-se cada vez mais difícil encontrar uma veia adequada, e o viciado passa a injetar a droga nos pés e na jugular. A longo prazo, as injeções causam inflamação nas válvulas cardíacas.

Até há pouco, imaginava-se que a heroína era uma droga a caminho da extinção, depois do seu apogeu nos anos 70. No entanto, em 1995 já se constatava nos Estados Unidos um consumo crescente do narcótico, que retornava mais barato e letal do que nunca. O DEA, órgão americano de controle de drogas, estima que o consumo de heroína cresceu 20% no país apenas entre os anos de 1994 e 1995. Em 1997 estimava-se em 600 mil o número de americanos dependentes da substância. Segundo especialistas, nunca a qualidade da droga foi tão alta e a oferta tão abundante como agora. O presidente de uma entidade assistencial de Nova York declarou: "A droga é muito barata e muito acessível, e no começo parece mais inofensiva que o crack. (…) Vai levar quatro ou cinco anos até que entendam o perigo que estão correndo e, quando isso acontecer, estaremos vivendo uma verdadeira epidemia."

Um outro exemplo da modificação progressiva dos conceitos de que já falamos anteriormente vem da Holanda: em agosto de 1997, um pastor protestante anunciou a decisão de vender "heroína de excelente qualidade a preços baixos" a um grupo de dez viciados considerados irrecuperáveis.

Em maio de 1996 surgiu uma variante da heroína batizada de "super buick" ou "heroína homicida". Em pouco tempo centenas de pessoas foram internadas na costa leste dos Estados Unidos, intoxicadas e apresentando comportamento agressivo, em decorrência dos efeitos da nova variedade da droga. Pelo menos quatro pessoas morreram.

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Inalantes

 

A falta de recursos não é impedimento para quem está decidido a destruir seu corpo pelo consumo de drogas.

Vários tipos de inalantes, os mais simples e baratos, são usados com esse objetivo. Podem ser solventes (gasolina, adesivos, fluido para isqueiro, acetona, cola de sapateiro, massa plástica), anestésicos (clorofórmio, lança-perfume, éter) ou aerosóis (spray para cabelos, desodorantes). Há também quem muito originalmente faça uso de um simples saco plástico, respirando dentro dele seguidas vezes, chegando até mesmo a sufocar.

Além de efeitos gravíssimos provocados no organismo, os inalantes geram dependência psíquica e tolerância. Depois de absorvidos pela mucosa pulmonar, essas substâncias são levadas para o sistema nervoso central, fígado, rins, medula óssea e cérebro, causando neste último o bloqueio da transmissão nervosa. Dentre os muitos efeitos físicos provocados pelos inalantes, os principais são: euforia, alucinações, depressão, fala arrastada, estados psicóticos e parada cardíaca com morte súbita.

Os meninos de rua que perambulam pelas grandes metrópoles brasileiras, quase todos viciados em drogas, tiveram seu "début" invariavelmente através da cola de sapateiro, um inalante barato e encontrado com facilidade. "Dá uma tonturinha legal", diz um menino de nove anos que cheira cola todos os dias. "Comida? Um sanduíche de vez em quando. Só não pode faltar dinheiro para a cola e o esmalte", diz um outro, prestando conta do que faz com a esmola diária que consegue.

Depois, quando ficam mais velhos e conseguem mais recursos, geralmente através de roubos e assaltos, eles passam para a maconha, a cocaína e o crack, nessa ordem. Isso já é rotina nas grandes cidades, mas o que vem assustando as autoridades são as idades cada vez menores desses consumidores e traficantes mirins. Em São Paulo, o coordenador do serviço SOS-Criança da prefeitura constatou: "Há algum tempo atrás os meninos começavam a se envolver com drogas aos 15 anos; hoje, nessa idade, já são experimentados traficantes." De fato, a polícia civil da cidade constatou que essas "crianças" começam a consumir drogas aos 5 anos e se tornam traficantes com 8 anos. Como se explica isso?

Conforme já dito anteriormente em relação à delinqüência juvenil, a resposta do enigma está na alma desses meninos de rua. Todos eles são espíritos muito sobrecarregados carmicamente, e particularmente com o pendor pelo vício de drogas, que certamente já trazem de uma ou várias vidas terrenas.

Como o Juízo Final produz uma aceleração de tudo, também o que estava aparentemente escondido nas almas dessas pessoas vem agora à tona, mesmo que ainda tenham na Terra o corpo de criança. Elas só conseguem um alívio passageiro de seu pendor entregando-se desenfreadamente ao vício, para o que foram evidentemente conduzidas desde o nascimento, como efeito recíproco de sua própria vontade má em outras vidas. Também aqui esses meninos de rua são os únicos responsáveis pela situação na qual se encontram, vivendo assim num ambiente de extrema miséria e de consumo compulsivo de entorpecentes. Colhem o que semearam.

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Alucinógenos

 

As drogas alucinógenas são conhecidas da humanidade já há milênios, e até hoje ainda estão presentes em alguns grupos humanos em sua forma mais primitiva, através do consumo direto de certos tipos de cactos e cogumelos. Uma índia mexicana diz que os cogumelos — que ela chama de "fungos sagrados"— a levam para um mundo onde "tudo acontece e tudo se sabe". Quando volta da viagem, ela então relata aos outros o que os fungos lhe disseram…

Apesar de provavelmente ser o tipo de droga mais antigo conhecido, foi apenas na década de 60 que os alucinógenos deram um impulso decisivo para a já então irrefreável queda da humanidade.

Foi a época da chamada contracultura. Tendo como pano de fundo o objetivo nobre do pacifismo, jovens do mundo inteiro protestavam viciando-se numa droga alucinógena chamada LSD, o ácido lisérgico. O lema da geração hippie era "sexo, drogas e rock-and-roll". A atitude da juventude daquela época pode ser comparada, por exemplo, a de uma pessoa que percebe estar sendo intoxicada por um determinado alimento e que, para se curar, ingere veneno.

O LSD era utilizado com o objetivo de "aumentar o estado de consciência", para o que ajudava também a bizarra prática da trepanação a que alguns se submetiam, que consiste simplesmente em fazer um buraco no crânio...

Os alucinógenos (existem vários tipos) são substâncias que distorcem a realidade e o estado de percepção. Podem desencadear o aparecimento de estados psicóticos, depressão, pânico e alucinações incontroláveis. A mais conhecida das drogas alucinógenas é mesmo o LSD, uma substância de ação potentíssima, cerca de 300 mil vezes mais forte que a maconha. O viciado em LSD tem, entre várias outras, as seguintes reações:

·        Sensação de perda do limite entre o próprio corpo e o espaço em redor;
·        Sensação de que os odores podem ser tocados;
·        Sensação de que os sons podem ser vistos;
·        Sensação simultânea de alegria e tristeza;
·        Sensação de que se pode voar;
·        Sensação de pânico e de grande vulnerabilidade;
Tentativas de suicídio e surgimento de impulsos homicidas;
Perda de controle sobre os pensamentos;
Reação de "flashback" (alucinações que surgem até vários meses após o uso do LSD).

Vários trabalhos científicos demonstraram que o LSD provoca alterações nos cromossomos, causando assim graves deformidades nos fetos. Ao provocarem essas deformações nos fetos em desenvolvimento, as mulheres grávidas, viciadas em LSD, tornam-se culpadas por atraírem à Terra almas muitíssimo carregadas carmicamente, que só podem encarnar em corpos assim deformados.

Poder-se-ia discorrer sobre várias outras drogas alucinógenas, mas os efeitos são muito semelhantes aos provocados pelo LSD. Ressalte-se apenas que a droga conhecida como PCP (fenciclidina) foi originalmente desenvolvida para uso veterinário, como anestésico. Hoje, é habitualmente usada pelos viciados em combinação com álcool, maconha, heroína, cocaína, barbitúricos e com o próprio LSD.

Há também uma seita que serve um chá alucinógeno, produzido pelo cozimento de um cipó e uma planta, que teria poderes de "desvendar novos mundos" a seus consumidores. Os seguidores da seita chegam a administrar a beberagem até para crianças, e mesmo misturá-la às mamadeiras dos bebês. A substância ativa do chá é a dimetiltriptomina, ou DMT, que foi proscrita para uso humano pelo Escritório Internacional de Controle de Narcóticos, o órgão da ONU encarregado de estudar substâncias químicas e aconselhar os países membros quanto à sua regulamentação. O chá atualmente é exportado para outros centros da seita localizados na França, Espanha, Holanda e Finlândia. No mercado negro, um litro da bebida, suficiente para seis doses, custa 30 dólares.

O viciado em drogas alucinógenas provoca conscientemente alucinações em si para fugir da realidade. A mais grave dessas alucinações, porém, é a de imaginar que pode fazer isso sem estar pessoalmente responsável perante as Leis espirituais da Criação.

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Outras Drogas

 

O consumo crescente de drogas em todo o mundo favorece o aparecimento de novas substâncias viciantes, sejam as desenvolvidas com essa finalidade pelos próprios fabricantes, ou as inicialmente produzidas em laboratórios para fins terapêuticos e que acabam tendo seu uso deturpado pelos que entram em contato com elas, transformando-se em novos flagelos químicos.

A droga hoje conhecida como "ecstasy", ou "pílula do amor", foi inicialmente desenvolvida para uso psiquiátrico, no tratamento da paranóia. Alguns neurologistas também a prescreviam como moderadora do apetite. A droga provoca perda total da inibição e, de acordo com os que a consomem, "intensificação do sentimento de amor ao próximo." Sob o efeito da droga, a pessoa tem a impressão de que é agradável, simpática e muito sensível. Nas danceterias — principais locais de consumo — são comuns cenas de grupos de pessoas caindo e rolando abraçadas pelo chão.

O ecstasy é muito popular nos campus universitários dos Estados Unidos, e na Europa atualmente o consumo só fica abaixo da maconha e do haxixe. Até um livro sobre o ecstasy e a dança já foi escrito… A droga vem se alastrando pelo mundo, e tornou-se um problema crônico até na muçulmana Indonésia. Lá, até mesmo os taxistas da capital, Jacarta, admitem consumir ecstasy em seus períodos de serviço. Uma matéria jornalística sobre o assunto dizia muito apropriadamente: "Talvez a raiz do problema esteja mais fundo: a droga seria apenas um exemplo da grande crise moral por que passa o país, ao lado do aumento dos casos de gravidez na adolescência, contaminação pela AIDS e mortes de escolares de instituições rivais."

Em 1995, na Inglaterra, uma moça de 18 anos morreu depois de tomar um único tablete da droga, fato que não desestimulou o consumo no país, onde se estima que o número de pílulas consumidas a cada fim de semana seja de um milhão e meio. No Brasil, a polícia paulista já manifestou preocupação com o avanço da droga, enquanto que no Rio de Janeiro já foram apreendidos de uma só vez 1.053 comprimidos de ecstasy.

Além da desinibição, a droga estimula a pessoa a dançar continuamente, sem descanso. A maior parte das mortes registradas foi decorrência disso; a pessoa movimenta-se sem parar, sua abundantemente, o corpo esquenta demais (pode chegar a 42ºC e cozinhar os órgãos internos) e a desidratação é fulminante. A droga também provoca um aumento dos batimentos cardíacos e da pressão sangüínea, além de ser extremamente tóxica para o fígado, que pode até parar de funcionar.

Uma outra matéria de jornal "aconselhava" os usuários da droga a descansarem de tempos em tempos durante a dança e beberem bastante líquido, dando atenção aos sinais do corpo, como taquicardia e sede, que chega a ser tão intensa que a língua gruda no céu da boca. No entanto, como a pessoa sob o efeito da droga não fica exatamente com o domínio total da sua vontade, ao procurar atender esses conselhos o usuário pode, sem perceber, beber água em demasia, provocando um colapso do sistema antidiurético do corpo, o que também acarreta a morte. Há registro de um viciado que morreu depois de ingerir de uma só vez 14 litros de água. Quando ingerido com álcool o ecstasy pode causar, além de alucinações, choque cardiorrespiratório.

No início de 1996 começou a surgir notícias sobre o consumo de uma droga que seria ainda mais mortífera que o crack. Era o "crank", cujo princípio ativo é uma substância chamada metanfetamina. As primeiras informações eram de que o crank custa muito menos do que a cocaína e os seus efeitos são mais duradouros. Os viciados permanecem eufóricos por vários dias, antes de mergulhar numa profunda depressão, seguida de paranóia. Nos Estados Unidos, numa localidade onde o consumo é crescente, os crimes aumentaram na mesma proporção em que se registrava um surto de comportamentos bizarros: pais viciados se tornaram negligentes e perderam a guarda dos filhos; um homem de passado inatacável começou a invadir casas para roubar; um outro saiu correndo do seu local de trabalho em busca de uma arma, dizendo-se perseguido por helicópteros… O Dr. Michael Abrams, médico de uma outra cidade em que mais pessoas haviam sido internadas por causa do crank do que pelo alcoolismo, advertiu: "É a droga mais maligna e a que mais cria dependência."

De acordo com a polícia de Myanmar, a "meta" (como é chamado o crank lá) estava rendendo para os traficantes, no início de 1998, de duas a três vezes mais do que a heroína. Em 1995  não havia sido feita nenhuma apreensão da droga no país, mas em 1996 e 1997 foram apreendidos mais de 10 milhões de comprimidos. Segundo especialistas, a meta estava se espalhando pela Ásia; já tinham aparecido pípulas "do Japão à Malásia e da China ao Vietnan".

 A quantidade de pessoas no mundo que estão hoje literalmente viciadas em medicamentos encontrados comumente em farmácias, como estimulantes, tranqüilizantes e sedativos, também não pode ser avaliada corretamente. Também estes são viciados em drogas.

Essas drogas geram igualmente dependência física e psíquica e síndrome de abstinência, devendo ser, portanto, classificadas também como "drogas pesadas". O sedativo metaqualona, por exemplo, foi desenvolvido em 1951 como uma substância para combate à malária; hoje ele é vulgarmente conhecido como "droga do amor" ou "heroína dos amantes"… Atualmente há pelo menos nove tipos de sedativos consumidos largamente como tóxicos, classificados como barbitúricos ou não-barbitúricos.

Apesar de proibida no Brasil desde 1994, a associação de tranqüilizantes com anfetaminas (substância classificada como estimulante) continua sendo receitada e consumida largamente no país, principalmente em remédios para inibir o apetite. Essa associação causa uma fortíssima dependência física e psíquica, o que, no entanto, parece não preocupar muitos médicos, como um endocrinologista brasileiro que em setembro de 1995 declarou simplesmente o seguinte: "Até que é bom os remédios causarem dependência, pois as pessoas tomam a vida toda e não engordam mais…" São médicos dessa estirpe que contribuem para que o Brasil consuma cerca de 23,6 toneladas por ano de anfetaminas8.

Na Holanda, onde vimos que a legislação sobre o uso de maconha e haxixe é flexível, as anfetaminas receitadas para regimes de emagrecimento foram retiradas do mercada há anos. Essas drogas produzem taquicardia, aumento da pressão arterial e levam muitos usuários à esquizofrenia. Apesar das restrições ao consumo, cerca de 30 milhões de pessoas no mundo são consumidoras regulares de anfetaminas, segundo um informe da ONU publicado em Junho de 1997.

No Brasil, para suportar as longas viagens pelo interior do país, praticamente sem dormir, os caminhoneiros consomem enormes quantidades de anfetaminas na forma de cartelas de comprimidos, sem marca, sem bula e sem receita médica. Uma pesquisa médica demonstrou que em 90 medicamentos oferecidos à população do país, como sendo naturais, havia anfetaminas em 74 deles. O psiquiatra paulista Pérsio Ribeiro é de opinião que o consumo de anfetaminas provoca os mesmos efeitos e conseqüências do uso da cocaína… 

Independentemente das sanções terrenas a que está sujeito, o ser humano que conscientemente consome algum tipo de droga para ter alterada, em maior ou menor grau, a sua percepção do mundo, comete um crime em relação às Leis existentes na Criação. Auxílios verdadeiros só poderá encontrar quando ele mesmo se esforçar em sair do pântano em que, por vontade própria, mergulhou. Esse esforço, porém, tem de se desenvolver em seu íntimo mais profundo, e não apenas se exteriorizar como um mero desejo proveniente de vontade mental. Terapias revolucionárias em clínicas famosas de nada adiantarão se o viciado em drogas não promover, ao mesmo tempo, com todas as suas forças, a desintoxicação total da sua alma.

 

Notas de Texto

 

1.      Falamos aqui dos efeitos danosos do vício de fumar à saúde do corpo terreno. Os efeitos na alma do fumante são muito mais incisivos. A quem desejar conhecê-los, indica-se o livro Fios do Destino Determinam a Vida Humana, de Roselis von Sass.

2. Difícil imaginar qual foi o critério utilizado para se avaliar uma vida em dólares. Segundo uma reportagem veiculada na televisão, em novembro de 1995, a quantidade de substâncias tóxicas do cigarro chegaria a 5 mil, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde.

4. A metástase cancerosa é o aparecimento de focos secundários de câncer no corpo, no curso da evolução de um tumor maligno.

5. O cultivo estende-se da rodovia Beirute-Damasco em direção ao norte do país, numa distância aproximada de 50 Km, até as cercanias da cidade de Baalbeck, onde outrora erguiam-se as cidades de Sodoma e Gomorra. O nome Baalbeck deriva de Baal, o mais forte servo de Lúcifer na antigüidade, e que instigou os seres humanos de épocas passadas ao "culto de Baal". O culto misturava mentiras, idolatrias, sacrifícios sangrentos e consumo de narcóticos. Esse culto horrendo e suas conseqüências estão minuciosamente descritos em O Livro do Juízo Final, de Roselis von Sass.

6. Guardadas as devidas proporções, o processo é idêntico ao causado pelos antidepressivos tricíclicos, mencionados no tópico Abalos Anímicos. A cocaína também potencializa os efeitos dos neurotransmissores noradrenalina e serotonina.

7. Mais uma forma de se cumprir a doutrina luciferiana do "viver até exaurir-se".

8. Dados referentes a 1992

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