Henri Wallon

PERFIL DO PSICÓLOGO

Henri Wallon nasceu na França, em 1879. Seu interesse pela psicologia manifestou-se na época em que terminava os estudos secundários. Ele contou em entrevista que sua inclinação pela psicologia foi uma questão de gosto, de curiosidade pessoal pelos motivos e razões que levam as pessoas a agir. Wallon foi criado em uma família de caráter humanista. Seus parentes possuíam uma tradição universitária e republicana. Era grande admirador de seu avô que, historiador e político, se opunha ao 2ºImpério e, quando deputado na Assembléia Constituinte, foi autor da emenda conhecida como "emenda Wallon" que introduziu a palavra "república" na Constituição de 1875. Aos 23 anos, formou-se em filosofia pela Escola Normal Superior. Como professor da matéria no ensino secundário, discordava dos métodos autoritários empregados no controle disciplinar. Sua inclinação pelo social manifestou-se por várias vezes . Em uma formatura de seus alunos fez questão de lhes advertir sobre a dívida social que tinham para com a sociedade, trabalhando, dava-lhes o privilégio de frequentar o ensino secundário.

A instabilidade social e política da época marcou grande parte da vida de Wallon. As duas Grandes Guerras Mundiais (1914-1918 e 1939-1945), o avanço do fascismo no período entre guerras, as revoluções socialistas e as guerras para libertação das colônias na África e na Ásia atingiram boa parte da Europa e em especial a França. Wallon manifestava simpatia pelos regimes socialistas, alinhando-se aos intelectuais e políticos de esquerda. Antes da Primeira Guerra, vendo o avanço do fascismo, aderiu ao Partido Socialista. Insatisfeito desligou-se logo em seguida. Em 1930 participou de movimentos contra o fascismo, protestando contra a ditadura franquista, na Espanha. Pouco antes da ascensão de Franco, integrou a delegação que foi a Madri levar, ao povo espanhol, a solidariedade dos franceses contra a deposição da República. Tinha grande simpatia pela ex-União Soviética. Em 1931 foi até Moscou para um congresso de psicotécnicos. Após retornar de sua viagem a Moscou, Wallon foi convidado a integrar o Círculo da Rússia Nova, grupo formado por intelectuais que se reuniam com o objetivo de aprofundar o estudo do materialismo dialético e de examinar as possibilidades oferecidas por este referencial aos vários campos da ciência. Essas discussões tornaram-se públicas nos dois volumes do livro À Luz do marxismo, ambos prefaciados por Wallon. Neste grupo, o marxismo que se discutia não era o sistema de governo, mas a corrente filosófica.

A Wallon interessava discutir as possibilidades do materialismo dialético como método de análise e referencial epistemológico para sua psicologia. Deve-se, pois, separar o plano político do científico. O termo marxismo faz hoje pensar num sistema de governo, numa interpretação da Historia, num dogma. Isto tudo estava inteiramente fora do pensamento de Wallon. De Marx, ele ficou com o ideal de libertação e, no plano científico, conservou do marxismo não o ensino de um dogma e sim um método de análise. Wallon também atuou na resistência francesa durante a ocupação nazista(1941-1944). Filiou-se ao Partido Comunista do qual era simpatizante. Manteve a ligação com o partido até o fim da vida. Contrário à sangrenta invasão de Budapeste, Wallon assinou com Pignon, Picasso e alguns outros, "a carta dos dez" que repudiava o ocorrido e cobrava a convocação de um Congresso extraordinário para que o partido revisse a posição de apoio então manifestada. Passou a viver na clandestinidade devido a perseguição da Gestapo (polícia política nazista ). Foi forçado pelo governo de Vichy, a interromper suas atividades acadêmicas. No entanto, não interrompeu sua atividade científica, prosseguindo clandestinamente com as pesquisas em seu laboratório e chegando mesmo a publicar, durante este período, o livro Do ato ao pensamento.

Acreditava-se que pelo fato dos regimes comunistas durante a 2ºGuerra Mundial representarem a única alternativa de superar as injustiças sociais, Wallon não foi muito enfático em se declarar contra as atrocidades cometidas por Stálin. Certamente se Wallon tivesse vivido numa época de menor instabilidade social, não teria tido a necessidade de ser tão claro nas suas posições, nem tampouco teria ficado tão evidente a influência fundamental que o meio social exerce sobre o desenvolvimento da pessoa humana. Wallon possuía uma grande sensibilidade, que se fez presente em sua teoria, que abre grande espaço para o campo estético, o da pura expressividade. Amigo de vários pintores, Wallon possuía em sua casa, uma respeitável coleção, com obras de artistas como Renoir, Matisse e Signac. Vejamos o paralelo que faz entre a atividade do artista e do cientista.

"Há um grande parentesco entre o artista e o cientista. O cientista tem necessidade de mais imaginação do que costuma-se supor. Ele precisa remanejar a realidade para compreendê-la. O artista precisa desarticulá-la para reafirmá-la à sua maneira".

DA MEDICINA À PSICOLOGIA DA CRIANÇA

Na época em que fez seus estudos não existia, na estrutura da universidade , um curso específico de psicologia. Levado pela limitação da circunstância, impulsionado pela tradição médico-filosófica da psicologia francesa, mas também pelo interesse em conhecer a organização biológica do homem, cursou medicina. Formou-se em 1908. Até 1931 atuou como médico em instituições psiquiátricas ( Hospital de Bicêntre e depois no Hospital da Salpetrière ), onde dedicou-se ao atendimento de crianças com deficiências neurológicas e distúrbios de comportamento . Em 1914, mobilizado como médico do exército francês, permaneceu por vários meses no front de combate. De volta a Paris, dedica-se ao atendimento de feridos de guerra e retoma suas atividades na Salpetrière. O contato com lesões cerebrais de ex-combatentes o fez rever algumas concepções neurológicas que havia desenvolvido no atendimento de crianças portadoras de deficiências. Paralelamente à atuação como médico e psiquiatra, consolida-se seu interesse pela psicologia da criança. Os conhecimentos no campo da neurologia e da psicopatologia, adquiridos durante a experiência clínica, terão importante papel na constituição de sua teoria psicológica. De 1920 à 1937, é encarregado de conferências sobre psicologia da criança na Sorbonne e em outra instituições de ensino superior.

Em 1925, funda um laboratório destinado à pesquisa e ao atendimento clínico de crianças ditas "anormais". Por 14 anos, o Laboratório de Psicobiologia da Criança funcionou junto a uma escola na periferia de Paris e só em 1939 mudou-se para sua sede definitiva, onde funciona até hoje(1986). A proximidade da escola não foi somente uma adaptação a limitações circunstanciais, mas um recurso para ter acesso à criança contextualizada, isto é, inserida no seu meio. Esta proximidade possibilitou ainda, ao psicólogo, contato com as questões da educação. Ainda em 1925, Wallon publica sua tese de doutorado intitulada A criança turbulenta. Este trabalho inicia um período de muita produtividade, durante o qual serão publicados seus livros mais importantes, todos voltados para o domínio da psicologia da criança. O último deles, Origens do pensamento na criança, é de 1945. De 1937 à 1949, lecionou no Colégio da França, com interrupção no período de 1941-44, durante a ocupação alemã. Nesta instituição, considerada o berço da psicologia francesa, ocupou a cadeira de psicologia e educação da criança.

Em 1948, cria a revista Enface, publicação que deveria ser ao mesmo tempo instrumento para os pesquisadores em psicologia e fonte de informações para os educadores. Neste periódico, que ainda atualmente tenta seguir a linha editorial original, Wallon publicou artigos sobre pesquisas individuais e com colaboradores, e escreveu prefácios a números especiais. A variedade dos temas sobre os quais tratam os prefácios ("os livros para crianças", "cineclubes para jovens", "a adolescência", entre outros) atesta seu interesse pela multiplicidade de campos onde se dá a atividade da criança.

RUMO À EDUCAÇÃO

Ao longo de sua carreira, as atividades do psicólogo Henri Wallon foram se aproximando cada vez mais da educação. Se, por um lado, viu o estudo da criança como um recurso para conhecer o psiquismo humano, por outro lado, interessou-se pela infância como problema concreto, sobre o qual se debruçou com atenção e engajamento. É o que mostram seu interesse teórico por problemas da educação e sua participação no debate educacional de sua época. Considerava que entre a psicologia e a pedagogia deveria haver uma relação de contribuição recíproca. Via a escola, meio peculiar à infância e "obra fundamental da sociedade contemporânea", como um contexto privilegiado para o estudo da criança. Assim, a pedagogia ofereceria campo de observação à psicologia, mas também questões para investigação. A psicologia, por sua vez, ao construir conhecimentos sobre o processo de desenvolvimento infantil ofereceria um importante instrumento para o aprimoramento da prática pedagógica. Escreveu diversos artigos sobre temas ligados à educação, como orientação profissional, formação de professores, interação entre alunos, adaptação escolar. Mesmo em seus textos dedicados especificamente a temas da psicologia são frequentes as referências à atividade da criança na escola. Participo ativamente do debate educacional de sua época, quando os críticos ao ensino tradicional reuniam-se no Movimento da Escola Nova.

Wallon participou do Grupo Francês de Educação Nova – que presidiu, de 1946 à 1962 – e onde pode conhecer as diferentes doutrinas propostas pelo movimento .Integrou também a Sociedade Francesa de Pedagogia, que reunia educadores com objetivo de trocar experiências e reflexões. Nesta entidade – que presidiu de 1937 à 1962 – pode entrar em contato com o meio dos professores e com os problemas concretos do ensino primário. Mesmo envolvido com o movimento, Wallon conseguia manter certo distanciamento crítico, fazendo considerações ainda hoje pertinentes. Uma delas diz respeito ao risco de espontaneísmo subjacente às propostas de renovação pedagógica. Dos expoentes da Escola Nova, Decroly era o que mais lhe agradava. Identificava na pedagogia do educador belga, pontos de convergência com sua psicologia, sobretudo no que tange à exigência de a escola encarar a criança como ser total, concreto e ativo e de manter-se em contato com o meio social.

Seu interesse pela educação esteve presente na viagem que fez ao Brasil, em 1935. Alguns dos mais importantes trabalhos de Wallon foram divulgados no Brasil, embora com repercussão limitada num círculo restrito de intelectuais. Nas palavras do sociólogo Gilberto Freire, que anfitriou Wallon no Rio de Janeiro, passaram "o dia todo correndo escolas e o morro da Mangueira". Wallon ficou fascinado pelo país, que visitou entre as duas grandes guerras, referindo-se sempre com entusiasmo e carinho às pessoas que aqui encontrou. Porém, a sua obra não recebeu, nos meios científicos e educacionais brasileiros, a acolhida que merecia, tendo-se em conta a importância das contribuições do autor para a criação da psicologia científica em nosso século, bem como a riqueza, a fecundidade e o lugar que seus trabalhos ocupam no movimento epistemológico contemporâneo, em virtude do status particular que conferiram à psicologia. Deve-se lembrar que, por um lado, a Segunda Guerra Mundial dificultou – quando não interrompeu – os contatos com cientistas europeus, não apenas no campo da psicologia, e, por outro, a influência cultural norte americana acentuou-se no Brasil desde aquela época. Nas universidades brasileiras, a pesquisa e o ensino, em psicologia, foram então profundamente marcados pelas teorias e modelos importados dos Estados Unidos.

Durante a Resistência envolveu-se em discussões acerca da reforma do sistema de ensino francês. Logo após a Libertação foi designado, pelo Conselho Nacional da Resistência, com secretário-geral da educação nacional. Permaneceu no cargo por um mês, até a nomeação de um ministro, por parte do governador de DeGaulle. Ainda em 1944, Wallon foi chamado para integrar um comissão nomeada pelo Ministério da Educação Nacional, encarregada da reformulação do sistema de ensino francês. Assumiu a presidência da comissão em substituição ao físico Paul Langevin, morto no final de 1946. Os trabalhos da comissão resultaram num ambicioso projeto de reforma de ensino, o Plano Langevin-Wallon. Esse projeto, cuja versão final foi redigida por Wallon, é a expressão mais concreta de seu pensamento pedagógico. Portador do espírito reinante da resistência, o plano representa as esperanças em uma educação mais justa para uma sociedade mais justa. A reforma proposta ( que não chegou a ser implantada ) deveria operar-se no sentido de adequar o sistema às necessidades de uma sociedade democrática e às possibilidades e características psicológicas do indivíduo, favorecendo o máximo desenvolvimento das aptidões individuais e a formação do cidadão. Henri Wallon morreu em 1º de dezembro de 1962, em Paris, quando preparava seu último artigo.

ASPECTOS DA OBRA DE WALLON QUE PERMANECEM ATUAIS E ORIGINAIS

Na Europa, em particular na França, mesmo após a morte de Wallon, o interesse por sua obra manteve-se vivo, como atestam os inúmeros artigos, livros e teses a ele consagrados, assim como as sucessivas reedições de seus livros. Nos últimos anos este interesse tornou-se ainda maior em vários países, até mesmo nos Estados Unidos. Seus mais importantes trabalhos ( obras e artigos ) foram traduzidos em diversos em diversos idiomas: espanhol, italiano, inglês, húngaro, polonês , russo, etc. Alguns de seus livros mais conhecidos foram traduzidos para o português e um deles foi publicado no Brasil em 1971(Origens do caráter na criança, São Paulo, Difusão Européia do livro). Wallon é considerado um psicólogo atual, já que suas preocupações são referentes ao estudo da criança ( em particular da 1º infância). São justamente estas preocupações que se encontram no primeiro plano de psicologia em nossos dias.

Outra importância da obra de Wallon hoje se justifica também pela preocupação central que este psicólogo teve em firmar a especificidade da psicologia, opondo-se à qualquer espécie de reducionismo (organicista ou sociológico) ou ao dualismo "alma e corpo". Wallon não aceitava dissociar o biológico do social. Henri Wallon hoje no Brasil, é relançado pois sua obra representa uma alternativa de reflexão e estudo, tendendo a privilegiar as contribuições das neurociências e de certas teorias psicológicas em moda. Podemos encontrar nos trabalhos de Wallon não apenas um referencial teórico geral, mas também fundamentos para o desenvolvimento de pesquisas em psicologia da criança. Wallon em sua obra, trata da psicologia e da educação de uma forma igualitária, sem deixar que uma supere a outra. Para ele a psicologia e a pedagogia constituem dois momentos complementares de uma mesma atitude experimental.

Tendo como princípio a idéia de que a comunicação entre a ciência e ação deve ser permanente, as preocupações de Wallon como cientista estiveram sempre ligadas às suas preocupações com a educação, a reeducação e a saúde física e mental da criança. Foi este aspecto de sua obra que Piaget pôs em relevo quando afirmou: "... o que dá um valor particular às pesquisas deste grande homem de ciência, é o fato de elas se dirigirem simultaneamente para a busca da verdade e para a aplicação pedagógica e social"( Cf. Tran-Thong.30, 1969). A prática educativa constitui uma fonte permanente de questões indispensáveis para a pesquisa psicológica e pedagógica. Wallon lembrou, por exemplo, que "os problemas pedagógicos é que incitaram a busca de outros procedimentos para avaliar e utilizar as forças e as formas do desenvolvimento psicológico da criança". Wallon discutia que o estudo da criança não deve envolver apenas educadores e psicólogos, mas sim deve exigir colaboração de todos que estão em contato com ela. O modelo walloniano descreve a criança como um ser animado para objetivos, utilizando para realizá-los certos meios comportamentais. Estes meios diferem e se multiplicam à medida que a criança se desenvolve.

A função principal que Wallon atribui à emoção no desenvolvimento das capacidades expressivas de sinalização coloca-o como um dos pioneiros no estudo do não-verbal e, em particular, das "posturas-sinais". As mímicas do bebê é que, principalmente, atraíram sua atenção. Ele as considerava como produto selecionado de um equilíbrio inicial, para o qual não se justifica a necessidade de qualquer aprendizado. Justamente desta maneira que elas são concebidas atualmente, à luz dos trabalhos que mostraram a existência inicial, no bebê, de uma gama bem maior de expressões faciais do que as utilizadas em cada cultura. O aspecto mais valorizado da obra de Wallon continua sendo, porém, seu modelo de desenvolvimento psicogenético.

Conclui-se que a concepção de Wallon sobre a educação se caracteriza, essencialmente, pelo otimismo decorrente de sua concepção da criança e de seu desenvolvimento. Para ele, a fatalidade não existe:

"A constituição biológica, ao nascer, não será a única lei do destino ulterior da criança. Seus efeitos podem ser amplamente transformados pelas circunstâncias sociais de sua existência, sem que a escolha pessoal esteja ausente".

CRONOLOGIA DE WALLON

1879: 13 de junho: nasce em Paris, numa família republicana, de tradição democrática.

1899-1902 : cursa a Escola Normal Superior.

1903-1908 : Estudos de medicina, seguindo, a conselho de T. Ribot, a tradição médico-filosófica da psicologia francesa, inaugurada por P. Janet.

1908-1931 : Assistente do Prof. Nageotte, inicialmente, no Hospital de Bicêtre e, depois, no Hospital da Salpetrière ( com interrupção durante os anos de guerra ).

1914-1918 : Mobilizado como médico do exército francês. Participa do movimento Compagnons de I'Université Nouvelle, que lançou as bases para um ensino renovado.

1920-1937 : Encarregado de conferências sobre a psicologia da criança ( Sorbonne).

1925 : Doutor ès Lettres, com a tese L'enfant turbulent. Cria o laboratório de Psicobiologia da Criança, que foi integrado, em 1927, sob sua direção, `a École Pratique de Hautes Étude ( 3ª seção ).

1927 : Presidente da Sociedade Francesa de Psicologia.

1935-1936 : Organiza e prefacia a publicação, em dois volumes, das primeiras conferências pronunciadas no Círculo da Rússia Nova, sob o título A la lumière du marxisme. Este círculo de estudos contou com a participação de Pieron, Laugier, Politzer e Solomon, entre outros.

1937 : Presidente da Sociedade Francesa de Pedagogia.

1937-1949 : Professor, no Collège de France, da cadeira Psicologia e Educação da Criança ( com interrupção de 1941 a 1944, por decisão do governo de Vichy).

1939-1945 : Participação ativa na resistência francesa, à testa do Front Nacional Universitário, contra a ocupação alemã.

1944 : Secretário-geral do Ministério da Educação Nacional, no governo da Libertação. Introduz, na França, a psicologia escolar ( orientação escolar ).

1946 : Deputado de Paris, na Assembléia Constituinte.

1947 : Apresentação `a Assembléia Nacional do projeto Langevin-Wallon de reforma do ensino. Cria a revista Enface.

1949 : Aposentadoria oficial. Manteve suas atividades científicas no seu laboratório, até

1953, e, depois desta data, na sua residência, em virtude de um acidente que o deixou imobilizado.

1962 : 1º de dezembro : morre em Paris, quando preparava seu último artigo ( Mémoire et raisonnement. Enface, n. 4-5, 1962).




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