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  MARGEM DO RIO
        Elane Tomich...1999
      
 No cerco à liberdade,
brota uma relva criança.
Componho canção de verdade
e dela nasce uma dança.
Faço um discurso rasante
e tropeço em consoantes.
Consigo dar o recado,
agitando uma bandeira,
o outro do outro lado
do rio, chega na beira.
Ele acena  com alegria
e eu choro e rio pro rio.
Aceito algumas algias
como parte dos meus dias.
Vêm do tempo que insiste
e o tempo , nem sei se existe.
Quem sabe é convenção,
quem sabe contravenção,
que o tempo é cheio de horas,
horas de estarmos calados
por esperança ou demora,
ouvindo cantos de partidas.
Que a maior festa da vida,
é festa de casamento
      e, se depois vem finados,
antes vem o nascimento!
Por isso eu choro e rio
aqui na beira do rio ,
que veio de pequena fonte
e corre e corre macio,
    buscando um grande horizonte
que é o mar, infinito da fonte!

 
formatado por Flor@

 

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