Entrevista Café com Jazz - Revista        Backstage
                Apesar do pouco  tempo, a banda carioca Café com Jazz já é                  considerada ícone de música instrumental. Formada  por quatro              experientes músicos, que além de café e   jazz têm muita coisa em       comum, o som do grupo é   uma fusão de diversas influências musicais    e  toques pessoais, que resultam em um estilo   bastante peculiar. Nesta entrevista, você fica sabendo um pouco mais sobre a história da banda,  projetos e tudo sobre o processo de gravação do CD de estréia, concluído em  novembro de 2001.
              Formada por quatro  amigos: o guitarrista Eli Miranda, o baixista     Marcos Natto,  o baterista Sidão Pires  e  o    tecladista Fernando Lopes,    a  banda  Café  com  Jazz  surgiu  quase  por  acaso.  Tudo começou em    setembro  de 1998,  quando Sidão Pires,  ao receber  um  convite   para     realizar uma série de jam sessions na casa de   show Cê Que Sabe  no      Rio de Janeiro,   reuniu o  grupo para compor uma gig de base para o          evento.  Inicialmente não havia planos de dar continuidade  ao trabalho,     tampouco de se firmar como banda. "Nós não esperávamos conquistar    o público que  conseguimos, Não tínhamos nada planejado, apenas             queríamos  fazer um som'. No entanto,  também não podiamos deixar        passar as oportunidades que chegavam até nós", lembra Marcos                Natto.
Inicialmente a programação tinha   o nome de Sidão Pires & amigos, e segundo o acordo  incial duraria cerca de dois meses. Vários músicos  faziam participações especiais, sempre com a mesma banda     na base. A principio o projeto visava cumprir apenas os  dois meses acordados com a casa,  onde seriam presentados diversos temas instrumentais, dos mais  variados estilos. Mas como o resultado superou a  espectativa, não demorou até eles se firmarem como banda  e o acordo ser prolongado. Em pouco tempo, as Jam   Sessions já eram consideradas points de músicos, com um  público recorde a cada edição do evento.    A notória   identidade musical e o imenso entrosamento entre os          componentes eram duas das características mais marcantes  da gig.                    "O som do Café com Jazz é resultado das várias  influências que nós temos,
somado com as características musicais de cada um. Fruto da espontaniedade  do jazz", certifica Sidão. À essa altura, a cobrança do público pelo primeiro trabalho era constante. "A idéia de  fazer CD surgiu pela espectativa que o próprio público  apresentou em relação ao trabalho que estávamos  desenvolvendo", garante Marcos  Natto.
      Estimulados pela resposta do público,  recentemente a banda resolveu entrar em estúdio para gravação  do seu primeiro CD. O disco traz composições próprias de temas instrumentais dos mais variados estilos, passando pelo jazz,  rock, fusion até a salsa e o pop, além de três músicas  cantadas. O trabalho contará também com a participação  especial do saxofonista Eduardo Neves,  de Zé Leal na  percussão,  Lamir Teixeira,  Marlon Costa e Robson Olicar             compondo os metais e Vagner Nocasy e Marcone (Renasoul)  cantando. Toda a concepção dos arranjos ficou a cargo dos componentes da banda, que em parceria com o produtor Reno             Magalhães - Diretor do estúdio Lugar Certo - fizeram questão  de optar pela gravação acústica.        "A gente está tendo uma  preocupação de passar para o CD justamente o som que nós           queremos ouvir é o som que fazemos nas jams sessions.   Gastamos  o tempo que foi necessário para buscar a sonoridade ideal de  cada instrumento, cuidando da afinação, e etc.", diz Marcos  Natto. "Isso é imprescindível, já que se trata de um  trabalho instrumental.
                                                      " É música com  sensibilidade."
        O estúdio onde as gravações estão sendo feitas é o Estúdio Lugar Certo,   no  Rio de Janeiro,  do produtor Reno Magalhães, onde também será feita toda  a pós-produção, Segundo o baterista, o trabalho tem previsão de novembro e a princípio terá uma distribuição  independente.
A divulgação
         Em consenso, a banda garante que  a divulgação acaba vindo sem muito esforço. O baterista  Sidão Pires explica que mesmo com a divulgação feita  boca a boca, o grupo já atinge uma boa média de shows agendados. "De cada jam session, vão surgindo mais duas  ou três. Nós vamos sendo conhecidos de um músico para o            outro",   afirma.    O grupo também está montando uma home  page,    que segundo         Eli Miranda estará disponível até o final de outubro. 
A página (www.oocities.org/cafecomjazz)  irá trazer a  agenda banda, trechos das
das músicas  em mp3, links de partituras, além de contar com toda a  história do grupo. "Essa página também será uma boa forma de divulgar a banda", afirma o  guitarrista.
              Segundo Sidão,    o problema tem  sido conciliar a agenda do Café com Jazz com os shows    dos artistas que eles acompanham, já que todos trabalham  com a música profissional-mente.        No entanto, nenhum dos integrantes nega a prioridade da banda. "Nós adoramos essa gig.
E  daremos prioridade também em respeito às   pessoas que acreditam e gostam desse trabalho", garante  Marcos Natto.
              Para Marcos Natto o surgimento  do grupo também foi fruto da necessidade que eles tinham  de pôr em prática aquilo que eles têm estudado.  Definindo a música do grupo de uma forma bastante  precisa, Marcos Natto diz que é o resultado de  experimentos. "É música-laboratório.
A vantagem desse  trabalho é que nós temos liberdade para fazer o que a   gente quiser. Em uma gig com outros artistas, a gente  não fica tão à vontade,   tecnicamente falando. Podemos explorar    diversos estilos", conta.
            Apesar do show de lançamento   ainda não ter uma data prevista, os planos já começam a               ser tocadps.  Sidão adianta que o show trará inovações e  grandes surpresas. Dentre elas, a banda pretende trazer   para o palco diversas participações especiais e  encenações teatrais paralelamente   à execução das  canções.     "Será um show de entretenimento,  e não apenas   um workshoping instrumental",  explica Sidão , que   completa os grandes momentos que será o solo de bateria                    praparado por ele, onde será tocado junto com uma dança   de sapateado. "Nós iremos fazer um só ritmo. Quem for, não irá apenas em uma apresentação instrumental, vai  ficar marcado",  aposta.
Marcos Natto e o técnico Marcio no stúdio
Marcos Natto & Fernando Lopez
Sidão Pires