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- Resoluções do Encontro dos
Estudantes das Universidades Públicas Paulistas realizado
em 06/05/2000
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Pauta das reivindicações ao governo Covas, Cruesp e aos deputados: |
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1.Ajuste salarial de 25% para professores e funcionários já e 7% de aumento real no segundo semestre: 2.Por uma suplementação orçamentária, verba emergencial já, 11,6% da arrecadação do ICMS para as universidades estaduais paulistas e 2,1% para o Centro Paula Souza na LDO; 3.Contra o projeto de lei do governo Covas 96/98, que desvincula o Centro Paula Souza da Unesp, e o parecer substitutivo do deputado Gilberto Kassab, em defesa do vínculo do Centro Paula Souza à Unesp, pela incorporação das Fatec’s à Unesp como campus de tecnologia; 4.Abertura de concurso público para a contratação imediata de professores e funcionários, pela readmissão de todos os demitidos políticos; 5.Em defesa da assistência estudantil: construção e manutenção das moradias, RUs subsidiados pelo estado, assistência médica gratuita e de qualidade para as estaduais paulistas e Fatec; 6.Pelo fim de todas as taxas e do financiamento privado nas universidades públicas, contra a regulamentação das fundações; 7.Em defesa da autonomia universitária, contra o projeto de autonomia financeira do governo federal, democratização da estrutura de poder, com paridade em todos os órgãos colegiados e eleições diretas e paritárias para reitor, vice-reitor, diretor e chefe de departamento. |
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Pauta das reivindicações direcionadas ao Fórum das Seis: |
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1.Iniciar o debate sobre a inclusão dos três DCE’s ao Fórum; 2.O Encontro de públicas indica ao Fórum das Seis a necessidade imediata da incorporação das reivindicações estudantis na pauta de negociação que será discutida com o Cruesp, governo do estado e Assembléia Legislativa. |
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Comando de Greve: |
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Resolução política: Fora Covas, FHC e o FMI Não Pagamento da dívida interna e externa. |
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A greve dos estudantes da USP, Unesp, Unicamp e Fatecs enfrenta-se
diretamente contra os planos educacionais do Banco Mundial. Estes planos
têm por objetivo
desresponsabilizar o estado com o financiamento da educação e impor
o fim da gratuidade do ensino superior. Foram estes mesmos planos que levaram
os estudantes da UNAM (Universidade Nacional Autônoma do México)
a realizarem uma greve de quase dez meses contra o aumento da taxa de matrícula
que saltou de US$ 0,02 para US$ 120,00.
Os governos de Mário Covas e FHC são fiéis servidores dos planos do Banco Mundial e do FMI: privatizam estatais, agora querem privatizar o Banespa e os Correios, arrocham salários e cortam verbas das áreas sociais. Tudo isso para pagar a dívida externa e interna aos grandes banqueiros. Para seguir aplicando o projeto neoliberal, Covas e FHc, frente as ações dos movimentos sociais, reagem cada vez mais com violência. O espancamento e as prisões de trabalhadores, sem-terra, indígenas e estudantes no dia 22 de abril, o assassinato de um sem-terra no Paraná e as quatorze prisões em São Paulo, por conta das ocupações dos prédios públicos no último 02 de maio, são exemplos de uma escalada de violência que busca mascarar-se sob a defesa da ordem democrática e do Estado de Direito. Denunciamos a democracia colonial de FHC, que aprova a sua reeleição com a compra de votos no Congresso, para seguir aplicando o receituário neoliberal. Denunciamos a fraude de um Estado de Direito que não hesita em assassinar trabalhadores rurais sem-terra. Os mais de 500 estudantes da USP, Unesp, Unicamp, UFSCar e Fatecs reunidos neste encontro estadual compreendemos que nossa luta em defesa da universidade pública e gratuita é inseparável da luta por salário, emprego, moradia e reforma agrária, é inseparável da luta contra as privatizações e o pagamento das dívidas externa e interna, e que o atendimento destas reivindicações passa hoje por uma luta para derrubar os governos de FHC e Covas e expulsar o FMI do país. |
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Resolução de apoio ao MST: |
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O encontro estadual dos estudantes das universidades públicas paulistas repudia veementemente as ações violentas do governo FHC e Covas contra o MST. Consideramos a ocupação de prédios públicos e dos latifúndios como método de luta, o qual apoiamos incondicionalmente. Classificar as ocupações do MST como um ataque à democracia não passa de uma torpe mentira. Pois quem ataca as liberdades democráticas são os governos de Covas e FHC, quem mantém presos na Estado de São Paulo 14 companheiros, cujo único delito foi defender a reforma agrária. Outra mentira descarada é acusar o MST de depredação do patrimônio público. Quem depreda o patrimônio público é o governo FHC que só no mês passado adiantou o pagamento de US$ 10 bilhões ao FMI e o governo Mário Covas, que quer entregar, a preço de banana o Banespa para os grandes banqueiros. Exigimos a imediata libertação de todos os presos políticos do MST e o atendimento a todas as reivindicações dos sem-terra. |
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Liberdade
para todos os presos políticos do MST!
Abaixo o pacote anti-reforma agrária de FHC! |
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Resolução do ME: por um Coneb da UNE! |
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O encontro estadual dos estudantes das universidades públicas paulistas entende por necessário a realização de um Coneb da UNE no primeiro semestre para armar a luta das universidades federais contra o projeto de privatização do governo FHC e do ministro Paulo Renato, e acompanhar a dinâmica de mobilização nas universidades estaduais. |
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Resolução de ME: Seminário de Avaliação Institucional. |
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O encontro de públicas apóia e incentiva a participação dos estudantes no Seminário sobre avaliação institucional promovida pela UNE e executivas de curso, a se realizar nos dias 13 e 14 de maio próximos na Universidade federal de Uberaba entendendo este como atividade de greve. |
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Moções |
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Foram
aprovadas as seguintes moções:
em repúdio à atitude do governo em relação
ao MST; e pela liberdade do líder negro norte-americano Mimia
Abul Jamal.
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São Paulo, 06 de Maio de 2.000 Encontro das Universidades Públicas de São Paulo. |
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P.S.:
Foi aprovada uma resolução
internacional cujo o texto original em espanhol, está sendo traduzido
e será entregue em breve. Tal resolução foi aprovada
no primeiro Encontro Internacional em Defesa do Ensino Público,
ocorrido na UNAM (México), entre os dias 20 e 24 de abril.
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A realização do Encontro Estadual
dos Estudantes das Universidades Públicas entre os dias 2, 3 e 4
de julho de 2004 na Unicamp reunirá os universitários de
tais universidades paulistas para discutirmos os problemas relacionados à Universidade, à greve
e à Reforma Universitária. Além disso, buscaremos
formar uma pauta conjunta de reivindicações para fortificarmos
nossa luta estudantil.
A greve das Universidades Públicas Paulistas (USP, Unesp, Unicamp e Fatec), apesar de iniciada em função do reajuste salarial de 16% para funcionários e professores (reajustado o foco, depois, para o aumento do repasse do ICMS para as Universidades Públicas, de 9,57% para 11,6%), também é uma greve dos estudantes. Não só porque acreditamos que a luta pelo reajusta salarial e o aumento do repasse é uma luta por mais verbas para a Universidade, mas também porque temos uma extensa pauta de reivindicações. E foi nesta greve que o movimento estudantil conseguiu organizar-se e dar visibilidade a suas bandeiras. Foram nos Atos do Fórum das Seis, ocorridos na Unicamp, que os estudantes das universidades públicas paulistas começaram a se organizar em Plenárias Estudantis. Destas Plenárias discutimos e encaminhamos propostas para consolidar a mobilização estudantil na greve. Era um momento raro para o movimento, pois poucas vezes tivemos oportunidade de fazer discussão semelhante. Somente a greve para possibilitar isso. Nestas Plenárias Estudantis alguns setores insistiam na necessidade de fazer muito mais do que estava sendo proposto pelas outras categorias. A maioria dos estudantes sabiam que não bastava levar nossa pauta de reivindicação para o Fórum das Seis negociarem com os reitores. Não era numa mesa que conseguiríamos dar visibilidade a nossa luta, muito menos conseguir que nossas reivindicações fossem atendidas. Surgia a necessidade da radicalização. Começou pequena, com alguns setores do movimento estudantil, mais precisamente com alguns setores da Unesp, mas foi crescendo e ganhando adeptos a cada Plenária que realizávamos. Surgia então a proposta de ocupação da Reitoria da Unesp. A primeira tentativa aconteceu no Ato de 3 de junho em São Paulo. Chutamos a porta, poucos entraram e a ocupação não deu certo. Queríamos tentar novamente no dia 15, num outro Ato na Paulista, no entanto, não havia consenso entre nós. Mas numa sexta-feira, no Grande Circo do dia 18, depois de uma Plenária no vão do MASP e de enganar a polícia, os estudantes conseguiram finalmente ocupar a Reitoria. Saímos na grande imprensa, conseguimos marcar reuniões com os reitores, e demos um novo ânimo para a greve e o movimento estudantil. Mas a radicalização não parou por aí. No Ato conjunto do Fórum das Seis, da Apeoesp, dos Servidores da Saúde e da Penitenciária, que ocorreu em frente ao Palácio dos Bandeirantes no dia 25 de junho, os estudantes tentam com as força de seus corpos furar o cordão de policiais. Levamos muita cacetada, jato de água com pimenta na cara, mas mostramos que a nossa radicalização é reflexo da situação precárias das universidades publicas. E foi desta radicalização, destas Plenárias, das Assembléias locais e dos Comandos de Greve, que organizamos este Encontro de Públicas. Sua realização ocorrerá num momento crucial para nós, pois num momento de rumores de terminar a greve estaremos criando mecanismos para continuar nossa mobilização, unificar nossas bandeiras e encaminhar a nossa luta. Por isso chamamos a todos os estudantes das Universidades Públicas Paulistas à participarem do Encontro de Públicas. Vamos discutir com todos estudantes a situação de nossas universidades. Vamos discutir a assistência estudantil (moradia, bolsa trabalho, bandejão), a falta de professores, a falta de funcionários, de infra-estrutura, vamos discutir o caráter da universidade e, principalmente, a Reforma Universitária. Porém, mais do que discutir, vamos propor. |
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Pelo
Encontro de Públicas!
Pela mobilização Estudantil! Pela vitória da nossa luta! |
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