Enfim, Sós

Por Miaka Yuuki


Uma brisa forte soprava naquele fim de tarde. O céu estava rosado, com algumas nuvens alaranjadas e os galhos das árvores balançavam como se estivessem dançando ao som do vento, exalando um delicioso cheiro de natureza.

"Yuki... porque demora tanto? Já estou em frente à janela há meia hora e você não aparece...".

Touya andava de um lado para outro, preocupado com o que teria acontecido com seu namorado. Yukito não havia dito que horas chegaria, porém Kinomoto já havia percebido que sempre chegava em torno das seis, estando assim, atrasado trinta minutos.

O belo garoto de cabelos negros sentou-se no sofá e mergulhou em seus pensamentos. Apesar de estar um pouco chateado com a demora de Tsukishiro, sentia-se feliz porque teriam, não apenas o fim de tarde, mas também a noite inteira para estarem juntos, pois Sakura havia ido para a casa de Tomoyo e iria passar a noite lá e seu pai estava em Tokyo a trabalho e só voltaria daqui a dois dias.

"A monstrenga e o papai estão fora... vamos ficar sozinhos... dormir aqui... só nós dois... finalm...".

A campainha o interrompeu. Yukito havia chegado.

Kinomoto beijou-lhe os lábios suavemente, impedindo-o de continuar. Touya retribuiu o sorriso e fez sinal para que Yukito o seguisse até o quarto. Tsukishiro acompanhou em silêncio seu namorado. Enquanto subiam a escada, o observava atentamente. Seu olhar com ar misterioso, a voz calma, o sorriso encantador. E o charme estava presente em todos os gestos que ele fazia. Yukito deixou escapar uma risada. Com certeza sabia como Touya tinha dificuldade nessa matéria que, por coincidência, era sua preferida. Kinomoto assentiu com a cabeça e abriu a porta do quarto e então os dois entraram. Tsukishiro sentou-se na cadeira junto à escrivaninha, de frente para Touya que havia se sentado na cama. Começaram a estudar, e Kinomoto se esforçou para não pensar no que fariam quando terminassem. Lembrou do dia em que conheceu Yukito: Tinha acordado mau-humorado, entediado. Ainda não havia feito muitos amigos e achava que a aula seria uma chatice, como tudo naquela cidade. Afinal de contas, Kaho já havia partido, e ele ainda não a esquecera. Chegou no colégio antes da aula começar e quando entrou na sala e viu Tsukishiro, seu coração falhou uma batida. Ele não ligou muito para isso, só depois de mais ou menos meio ano, percebeu que havia se apaixonado por seu melhor amigo. Tsukishiro sorriu:  
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Depois de três horas seguidas de estudo, resolveram parar para comer algo.

Na cozinha, prepararam um chá e comeram alguns pacotes de biscoitos.

Acabaram de lanchar e voltaram para o quarto.

Kinomoto jogou-se na cama e ficou em silêncio, olhando o teto por alguns segundos e suspirou:

Tsukishiro sorriu e obedeceu imediatamente, deitando-se ao lado de Kinomoto, que o abraçou bem forte e depois beijou levemente seus lábios. Chegou bem perto do rosto de Touya, podendo sentir sua respiração. Tirou os óculos e tomou-o em seus braços, beijando-o doce, porém, intensamente.

Certamente, essa noite seria inesquecível. Era maravilhoso estar sozinho com a pessoa amada, trocando carícias, declarações e sentir-se seguro em seus braços, como se nada de mal pudesse acontecer enquanto estivessem juntos.

Ambos estavam muito nervosos. Seus corpos estavam trêmulos, suando frio, contudo, seu desejo crescia a cada beijo, fazendo com que intensificassem cada vez mais as carícias. Yukito estremecia quando sentia que mais um botão de sua camisa estava sendo aberto, e Touya, ao tira-la do corpo de seu namorado, beijou-lhe os lábios e logo depois, o pescoço, descendo para o peito nu, sugando um dos mamilos. Tsukishiro dava pequenos gemidos de prazer, deixando Kinomoto ainda mais excitado.

Triiiiiiiiiiiiiiiiiiiim!!!

Triiiiiiiiiiiiiiiiiiiim!!!

Touya fechou a cara e foi até a sala.

Kinomoto voltou irritado para o quarto. Tsukishiro abraçou seu namorado por trás, ao mesmo tempo em que desabotoava sua camisa e apalpava o abdômen definido de Touya. Yukito mordiscou a orelha de Touya e deu um leve gemido quando percebeu que as mãos ainda trêmulas dele desabotoavam sua calça. Então, reagiu dando um meio sorriso e beijou seu namorado de maneira intensa e sedutora.

Kinomoto estava completamente entregue às carícias de Tsukishiro e o desejava cada vez mais, à medida que sentia um calor vindo de seu baixo ventre, então deu um beijo quase que desesperado nos lábios de seu namorado.

Kinomoto sentiu um arrepio percorrer todo seu corpo. Sonhava com esse dia a muito tempo, e finalmente o sonho se tornaria realidade. Então, abraçou firme e carinhosamente o corpo nu de seu namorado e o beijou novamente, agora com mais ímpeto.

Foi então que Touya ouviu o barulho.

Era Sakura. Touya assustou-se e enrolou-se em uma toalha. Kinomoto ficou completamente aborrecido com essa mudança de planos de sua irmãzinha, mas não podia demonstrar sua fúria, pois Sakura não sabia de nada. E era melhor continuar sem saber. "Ah, essa monstrenga não desiste...".
 


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  Yukito inclinou-se na direção de Kinomoto e sussurrou para que Sakura não ouvisse:


Miaka Yuuki Mar/01
Não seja tímido(a), qualquer coisa, mande-me um e-mail!
miaka_yuuki_monozuki@yahoo.com.br
 


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Estes personagens não pertencem a mim, a série Card Captor Sakura pertence a CLAMP e Cia. Esta fanfic é minha, portanto, se eu encontra-la em HP’s que não tiveram minha autorização para posta-la, os responsáveis estarão muito encrencados! ò__ó