Ele entrou no dojo, tudo estava muito silencioso. Kaoro tinha saído pra dar aula e os outros também não estavam lá, provavelmente estavam treinando em algum lugar.

- Banho! Kenshin falou ou largar as comprar dentro de uma das salas.

Ele saiu para esquentar a água e viu que o fogo já estava ligado. Havia alguem tomando banho, Kenshin achou melhor ir ver quem era, se nem Kaoro nem Yariko estavam lá, quem poderia ser.

O andarilho bateu na porta e esperou, logo uma voz grossa veio de dentro do cômodo.

- Kenshin? É você? Pode entrar.

O samurai levou um susto, não imagina que Sano estivesse ali. Se bem que ele praticamente morava lá, então qual era o problema? Kenshin abriu a porta devagar, deslizando a madeira e logo depois fechando.

Sano estava realmente tomando banho, mergulhado na enorme banheira e apoiando os braços na borda.

- Desculpa Sano, é que eu achei estranho alguem estar tomando banho quando o pessoal que mora no dojo estava fora, não quis te interromper.

- Não interrompeu! E você, onde estava?

- Fazendo compras..

- A Kaoro tá te explorando de novo? Ô dama mais folgada!

- É assim que eu pago minha estadia, não custa ajudar, é ela que paga as contas.

- Como se ela não fizesse qualquer coisa por você... Mudando de assunto, deve estar cansado de ir ate as lojas, no centro da cidade, não quer tomar banho?

- Assim que você terminar. Kenshin sorria e se virava para ir embora quando Sano o deteve chamando-o.

- Por que só quando eu terminar? Eu acabei de entrar e não pretendo sair tão cedo. Por que você não entra comigo? Não tá com vergonha de mim esta?

- Não. É que eu não quero incomodar.

- Não vai! Anda Kenshin, relaxa!

Kenshin voltou a sorrir, ele se virou de costa e começou a tirar a roupa. Aquela situação não era nada agradável para ele. No momento em que conhecerá Sano já o desejara, mas ate ali sua relação com o guerreiro tinha sido apenas de bons amigos, um ajudava o outro e nada mais. Tinha ate aquietado seu desejo, mas agora todas as sua fantasias voltavam

Ele entrou na banheira, bem devagar pois a água estava muito quente. Se sentou de frente para Sano que não parava de olhar para ele.

"Lindo" , foi o que Sano pensou assim que viu Kenshin sem roupa, não podia imaginar que ele era tão belo. Amava Kenshin, mas só a pouco tempo descobriu que não era bem como amigo, depois de meia dúzia de sonhos pra lá de picantes ele já não conseguia mais dormir, imaginando a hora que Kenshin entraria no seu quarto e um seria do outro. Só que isso nunca acontecerá, e agora era a hora de tentar transformar sonho em realidade.

Sanosuke continuou a admirar o samurai, ele era tão forte e isso o deixava mais atraído ainda, sempre fora um amante da força, das lutas e Kenshin era a incorporação de tudo isso. Não sabia o que fazer, como agir, e se ele o rejeitasse? E se amasse Kaoro como todos viviam insinuando? Ela o amava, e isso era bem obvio, mais ele, correspondia?

- Sano? Está tudo bem?

Kenshin olhava o amigo com preocupação, passaram alguns minutos e ele não falava nada, apenas olhava.

- Não foi nada não Kenshin, eu só tava pensando...

- Pensando...

- Em você! Quer dizer, em nós, quer dizer, no que a gente já passou junto..

Kenshin sorriu, Sano estava sem graça, não tinha entendido o que ele queria dizer, mas o outro estava muito vermelho.

- Nós dois resolvemos muitas encrencas juntos, é ótimo ter um bom amigo nas horas difíceis.

- É uma pena que é só nessas horas!

- O que?

- Não é nada Kenshin, eu acho que vou embora!

Sano já começava a sair quando Kenshin o segurou pelos braços.

- Você disse que ia demorar!

- Eu sei, mas mudei de idéia!

- Por minha causa?

Kenshin abaixou o rosto, Sano parecia bastante aborrecido e por algum motivo aquilo era sua culpa.

- Kenshin... Sano levantou a cabeça do amigo. - Não é nada, sou só eu, é uma coisa minha, não se preocupe.

- Eu queria ajudar, eu posso?

Sano ficou parado por um momento. Áh, ele podia, e como podia. Seus rostos estavam tão colados que um podia sentir a respiração do outro. Ele aproximou um pouco mais o rosto e viu Kenshin fechar seus olhos claros.

Eles se beijaram, Sano voltou a entrar na água e abraçou o samurai. Estava ofegante, não só o beijo era bom, ele podia sentir o corpo de Kenshin junto com o dele, podia sentir o volume que crescia entre suas pernas e entre as pernas do andarilho aumentando a cada segundo.

Kenshin empurrou Sano, cessando o beijo e fazendo Sano cair sentado na água.

- O que foi Kenshin, por que?

- Por que você me beijou?

- Eu te beijei por que eu te amo, sempre te amei.. eu só não sabia.

Kenshin abaixou a cabeça, Sano ficou um pouco preocupado mais logo viu que ele sorria por trás do cabelo solto.

O samurai se aproximou de Sano, colocou as mãos em seus ombros e sentou no seu colo. A água fazia leves movimentos entre os dois.

- Eu precisava ter certeza!

Kenshin disse e sem esperar respostas ou perguntas beijou Sano apaixonadamente. Era mais forte e mais urgente do que antes. Sano abraçou a cintura de Kenshin e puxou seu peito para mais perto.

As mãos de Kenshin passavam pelos cabelos de Sano, sua faixa vermelha já boiava dentro da água.

A respiração dos dois estava compassada, ofegavam juntos enquanto se separavam um pouco.

- Eu preciso de você, preciso muito.

- Eu também Sano. Eu também..

Sanosuke segurou Kenshin com mais força e saiu da água junto com o samurai. O peso do corpo do outro fez com que ele tivesse que se encostar em umas das paredes para não cair.

Kenshin passava as pernas envolta da cintura de Sano, seu rosto encostava no cabelo escuro e ele podia sentir o cheiro gostoso que o outro tinha. Sano encostava a cabeça no peito de Kenshin, sentindo seu coração por um momento ate descobrir que os mamilos dele estavam ao alcance de sua boca.

Começou a beijar e morder a ponta rosada dos mamilos de Kenshin, o samurai puxava a cabeça de Sano para mais perto, agarrando-se em seus cabelos escuros.

Sano sentou, levando Kenshin consigo, ele começou a se mover devagar, abrindo mais as pernas do andarilho, tentando possui-lo por completo.

Kenshin gritou quando se sentiu invadido, a dor era muito forte, mais ele não parava de se mexer, de levantar e abaixar para ajudar Sano com a penetração. Estavam abraçados, o sexo duro do samurai batia na barriga do outro guerreiro.

Sano beijava o pescoço e os ombros de Kenshin, revezando entre mordidas e lambida quentes que faziam com que o ruivo tremesse e implorasse por mais com a boca colada nos ouvidos do outro, gemendo por entre exclamações de prazer e pela menção do nome do amante.

Sano que já estava quase gozando segurou o pênis e os testículos de Kenshin, apertando e manipulando os dois juntos, lambendo as mãos e misturando sua saliva com as gotas de liquido branco que escorriam

Kenshin apertou mais suas pernas em torno de Sanosuke, era atacado de todos os lados, embaixo e encima, na frente e atras. Sano voltou a entrar em Kenshin com mais força, com a dor o samurai se fechou fazendo Sano gritar e gemer sem conseguir se conter.

Mais uma estocada e Sano gozou preenchendo Kenshin com uma sensação quente e deliciosa.

Sano estava esgotado, mais ainda precisava fazer com que o samurai já louco de prazer gozasse. Deitou Kenshin no chão e abocanhou seu sexo movendo sua boca para cima e para baixo, lambendo todo o baixo ventre de Kenshin.

O samurai olhou para baixo e se viu inteiro dentro da boca de Sano, juntando a visão com a sensação de ter sido preenchido e de estar sendo chupado Kenshin gozou dentro da boca de Sano que beijava a ponta, sorvendo todo o liquido que saia.

Sano deitou por cima de Kenshin e o abraçou, trazendo o samurai para mais perto.

- Você é lindo. Kenshin disse se recuperando da sensação estonteante pela qual tinha passado.

- Você também, eu te amo muito.

Sano sorria pra Kenshin que fazia o mesmo voltando a deitar a cabeça no chão e abraçar Sano. O lugar onde eles estavam estava coberto de vapor, era impossível ver alguma coisa lá dentro. Os dois apenas se tocavam e sentiam as vibrações um do outro.
 
 

- Kenshin, Kenshin, você está ai?

A voz que vinha de fora fez com que os dois guerreiros se levantassem. Kaoru tinha voltado e parecia estar indo na direção do lugar onde eles tomavam banho.

- Fique aqui, eu vou falar com ela..

Kenshin se levantou e colocou a roupa, sem conseguir arruma-la direito, abriu a porta e Kaoru já estava lá, na frente dele prestes a entrar.

- Eu estava tomando banho, fui a cidade e..

- Não se preocupe, eu vi as compras. Sabe, eu também estou bem cansada por ter ido treinar no dojo da oura cidade. E se a gente tomasse esse banho juntos, como antes?

- Hã... não vai dar, é que eu.. bom eu... deixa pra depois tá?

Kenshin fechou a porta deixando Kaoru do lado de fora sem entender o que estava acontecendo. Foi o barulho de Yahiko entrando na sala onde estava a comida que a fez sair dali.

- Larga a comida moleque...

- Eu largo o que eu quiser sua feiosa.

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Kenshin olhou para dentro da sala e viu Sano, já vestido e de cabeça baixa.

- Eu não sabia da sua relação com ela, perdão.

- Por que você esta dizendo isso.

- Eu não quis atrapalhar o relacionamento de vocês.. eu devia saber, afinal você já foi casado... deve preferir a Kaoru mesmo.

- Sano você não sabe do que esta falando.

Sanosuke olhou pra Kenshin e viu o samurai se aproximar.

- É verdade que eu já fui casado, e que amava minha mulher, mais eu também amei meu mestre, e talvez com mais intensidade do que ela. Eu gosto da Kaoru sim, sei que ela me ama e ás vezes tento retribuir, mais isso não tem nada a ver com o que sinto por você. Eu te amo, te desejo... muito mais do que qualquer outra pessoa.

- Me ama?

- Amo, nunca duvide, você não é só meu amigo, é meu amante, meu amor.

Sano abraçou Kenshin que apenas passou a mão pelo rosto do outro homem, beijando seu rosto de leve, sua testa, bochecha, nariz e finalmente um estalinho na boca.

- Você disse a Kaoru que ia tomar banho? Então vai ter que ficar aqui por mais um tempo.

- Verdade.

- Eu tenho uma idéia para o que a gente pode fazer nesse tempo.

Sano tirou a roupa de Kenshin e depois a sua própria, os dois entraram novamente na banheira, abraçados e começaram e se tocar, se esfregar.

Afinal, ainda tinham que tomar banho, e se dependesse deles, aquele lugar ainda ia ficar muito mais quente.