Culgan estava em sua barraca, esperando pela volta de Seed, quando Luca entrou intempestivamente.

"Príncipe Luca, o que houve?"

"Eu vou ficar aqui e não quero ouvir nenhum comentário, entendeu?"

"Claro, Vossa Alteza, como quiser....... o senhor me dá licença um segundo?"

Luca apenas grunhe em resposta e Culgan sai da barraca, para procurar Seed e informar-se melhor sobre o que está havendo. Vai até a barraca do Príncipe, imaginando se porventura Seed não estaria lá.

"Seed?"

Ele olha dentro da barraca e vê Flik, sentado a um canto e Seed, numa cadeira, com expressão preocupada.

"Seed? O que foi?"

Seed vai correndo até Culgan e diz.

"Vamos conversar lá fora."

Saem. Culgan senta-se em uma pedra e Seed começa.

"Acho que o Flik tá doente.... morrendo.... sei lá....."

"Por que?"

"Ele não me agrediu hoje.... e não quis dizer o que tem...."

"E por que você se preocupa?"

"Ah, sei lá.... ele é doido mas é legal.... gosto de conversar com ele.... de longe, bem de longe.... mas gosto..... e o Príncipe Luca também tava emburrado... o que você acha que aconteceu?"

Culgan puxa Seed para perto, e Seed senta-se em seu colo, feliz.

"Eu não sei o que eles têm..... Será que Flik... bom.... se recusou a...."

"Será que Flik não quis dar, era isso?"

"... é.... "

".... Estou com um pressentimento disso, sabia?"

"Imagino.... você tem pressentimentos sobre tudo, Seed."

"Ah, Kuru-chan!" Seed beijou Culgan, e por um momento, os dois esqueceram dos problemas imediatos que eles tinham.

***

Luca esta deitado na cama de Seed, pensando com fúria nas recusas de Flik. Ele fôra tão gentil... gentil até demais para sua natureza.... e agora estava irritado como nunca esteve. Pensou.

"Chega dessa palhaçada! Agora, ou dá, ou desce!!!!"

Luca levantou-se e ficou andando de lá para cá, pensando em como fazê-lo. Avistou uma garrafa de licor em cima da escrivaninha de Culgan e deu um sorriso que indicava aonde iam suas idéias. Pegou a garrafa e saiu, decidido a acabar com essa frescura logo.

Foi em direçao à sua própria barraca com passos largos, decididos e com um grande sorriso nos lábios. Ia ser agora que aquele Blue Thunder ia pagar os prejuízos que fez ao seu quarto.... e ao seu orgulho.

Seed viu Culgan se aproximando e saiu de um pulo do colo de Culgan, que levantou-se também.

"Er... a gente não tava fazendo nada..."

"Dane-se o que vocês dois faziam... podem voltar à sua barraca e continuar lá se quiserem... eu resolvi dormir aqui mesmo." Disse Luca e entrou na barraca.

Culgan apenas suspirou e Seed deu de ombros. "Tá, então.... vamos pra lá, Kuru-chan?"

".... Vamos, Seed... e pare de me chamar assim..... "

"Mas é bonitim!"

"...."

***

Flik estava sentado na cama de Luca, e virou-se para ver quem era quando Luca entrou bruscamente na barraca. Reparou na garrafa de licor.

"Que é isso?"

"Resolvi pedir desculpas pelo que eu fiz, bebendo um pouco de licor... pode ser?" Luca sorriu maliciosamente.

"... Por mim, tudo bem...."

Luca pegou dois copos e os encheu, entregando um a Flik.

"Bom, façamos as pazes, então..."

"... Não parece muito lógico fazer as pazes com o inimigo, mas..." disse Flik antes de beber o primeiro copo de licor de muitos. "Hum, ótimo, esse licor...."

"Verdade..."

Luca continuou a encher o copo de Flik, mas nunca bebia do seu próprio, pensando em embebedar o outro.... não a ponto de fazê-lo não saber o que acontecia, mas para deixá-lo com os reflexos mais lentos e facilitar seu serviço.

"Flik..."

"Hum?" perguntou Flik, com o rosto levemente rosado por causa do álcool que ingerira. A garrafa de licor já ia pelo meio.

Luca sentou ao lado de Flik na cama e segurou-lhe ambas as mãos.

"Que tal nós pararmos com joguinhos?"

"Que?!"

Antes que Flik desse por si e pudesse reagir, Luca já estava deitado em cima dele, prendendo-o a cama com seu peso.

"Saia de cima de mim!!!"

"Eu cansei de ser bonzinho, Flik! Eu tentei por bem.... agora, infelizmente, terei que ser um pouco rude...."

"Eu mandei me sol..." suas palavras foram interrompidas por um beijo de Luca, diferente do primeiro que eles trocaram, esse mais exigente e profundo. Luca aproveitou-se que Flik estava falando para enfiar sua língua na boca rosada do mercenário.

Flik  se mexeu revoltado por uns momentos, mas o calor do beijo e o torpor do álcool tiveram seu efeito, o efeito esperado por Luca, e ele acabou relaxando. Nuvens entorpeciam seu pensamento, e perdidas no meio de sua mente, estavam as reclamações que poderiam haver.

Luca abriu o casaco de Flik e dispôs dele rapidamente, seguindo-o com a blusa amarela que ele usava por baixo. Logo, Luca podia ver o belo e esguio, mas musculoso, peito de Flik, e desceu sua mão para acariciar os mamilos rosados.

"Você pode ser o mercenário mais cruel de todos os tempos, Flik, mas ainda é cor de rosa por baixo de tudo..."

"Foda-se, Luca... .e me solte!"

Luca apenas riu e continuou brincando com um dos mamilos de Flik, arrancando suspiros involuntários dos lábios de Flik.

"Pa... ahhh... re!"

Luca seguiu o movimento de suas mãos pelos lábios, e começou a lamber e mordiscar, fazendo Flik gemer de verdade, dessa vez.

"Ahh.... ahm.... eu.... ahm.... mandei.... parar!"

As mãos de Luca trabalhavam rápidas nas roupas de Flik, e antes que este percebesse, já estava apenas com sua bandana azul como peça de roupa. Luca admirou o corpo bem proporcionado do outro e despiu-se rapidamente, antes que Flik tivesse tempo para raciocinar e o agredisse em partes baixas.

"Você é muito bonito Flik.... " passou a mão pela cintura de Flik. " E tem a cintura fina... unusualmente belo...."

Luca deitou-se de novo sobre Flik e beijou-o outra vez, tão apaixonadamente quanto antes. Flik pôs suas mãos no peito de Luca e empurrou, tentando tirá-lo de cima dele, mas seu débil esforço não surtiu nenhum efeito.

"Você lembra o que eu disse no primeiro dia que eu te vi? Que eu ia fazer você pedir para ser comido? Pois é o que eu vou fazer agora!"

"SOLTE-ME!"

Luca começou a lamber o pescoço de Flik, enquanto acariciava-o entre as pernas, brincando com os pelinhos macios de sua virilha.

".... Você não tinge o cabelo mesmo, hum? Aqui embaixo também tem duas cores..... loiro e castanho..."

"Ahm.... ahhh..."

"Não responde mais? Que engraçado..."

Luca começou a masturbar Flik, primeiro num torturante ritmo lento, depois mais rápido e mais forte. Flik agarrou-se ao lençóis e gemeu, já esquecido de que devia protestar e impedir isso.

"AHM.... Luca..... AHHH!"

Luca ergueu uma das pernas de Flik e olhou entre elas. Sorriu com o que viu. Um pequeno botão rosa, piscando para ele.

"Para quem não queria, você está bem animado..."

Luca abriu mais as pernas de Flik e as pôs sobre seus ombros, descendo para olhar. Admirou por uns segundos o pequeno orifício, antes de começar a lambê-lo.

"AHH! Luca.... você... é ... louco?"

Luca não respondeu, já que estava com a língua ocupada, e continuar a lamber e chupar, resolvendo tentar enfiar a língua depois de um tempo.

"AHnnnnnnn.... Luca....... Ahh...."

Luca lambeu e enfiou a língua, arrancando suspiros apaixonados de Flik, suspiros esses que estavam tendo seu efeito no próprio Luca, que ia ficando tão excitado quanto se podia ficar. Mas ele ia se controlar.... iria fazer o outro pedir primeiro!!!

Luca afastou-se e alcançou rapidamente a sua escrivaninha, em cuja gaveta havia um óleo lubrificante que ele havia encomendado para este fim. Ainda se lembrava da expressão do boticário quando pedira o óleo, e da expressão do mesmo quando disse que ia esmagá-lo se ele ficasse com perguntas. Sorriu ao lembrar disso, enquanto passava óleo no orifício de Flik e brincava com ele.

Enfiou primeiro um dedo, todo de uma só vez. Flik arqueou o corpo, na surpresa dessa invasão e gemeu.

"Ai...."

"Doeu? Pois pela expressão parece que você gosta.... e eu vou fazer doer mais... e ainda assim você vai gostar.." Dito isso, Luca enfiou mais dois dedos em Flik.

"AAAII... ahm..." Flik não queria admitir.... não podia admitir para Luca que era verdade.... que ele adorava quando doía... mas que Viktor era muito gentil para machucá-lo espontaneamente.... e que ele estava adorando aquilo.

"Gostou, hum?" Luca começou a enfiar e tirar os dedos, rapidamente, violentamente, arrancando de Flik gemidos que não se distinguiam entre dor e prazer.

Luca tirou os dedos, fazendo com que Flik resmungasse aborrecido, e sorriu. "Você quer?"

Flik não respondeu, apenas se abriu mais, oferecendo-se. Luca encaixou-se entre suas pernas e começou a esfregar, apenas a cabeça, apenas provocando, no orifício de Flik.

"Diga que quer que eu te coma, senão eu não faço.... " E esfregava, esfregava, aproveitando acariciar também o membro de Flik, que estava completamente duro, caído em cima da barriga esbelta de Flik.

".... Luca...."

Luca impôs um ritmo violento à sua mão e à sua tortura, ainda esfregando no rêgo de Flik, fazendo contorcer-se e gemer embaixo de Luca. Ele parava sempre que parecia que o outro viria a gozar, e depois continuava num ritmo muito mais lento.

"Luca.... LUCA!"

"Peça.... senão..."

Flik resmungou e xingou, completamente esquecido de qualquer outras coisa que não fosse a mão quente de Luca em seu pênis e em seu próprio ânus, que até doía de tanta vontade.

"LUCA, SEU FILHO DA PUTA! ME COME DE UMA VEZ!!! AGORA!"

Luca sorriu, satisfeito com o que ouvira, e enterrou-se em Flik, de uma só vez, até o fundo. Gemeu, aquilo ardera, mas foi bom.... e se ardeu para ele, imagine para Flik.

"AHHH! LUCA!!!" Flik gritou e começou a se mover de encontro ao membro enterrado dentro de si.

Luca parou com a brincadeira, pôs as pernas de Flik nos ombros e deitou-se em cima dele, movendo com fúria e violência, machucando, fazendo doer, mas fazendo Flik gritar de tesão.

"ISSO! AH..... dói... machuca.... AHHHHHH... bom......" Flik gemia e chorava embaixo de Luca, sentindo ser partido em dois com a violência do outro, mas adorando cada estocada.

"Então.... você.... gosta.... assim.. hum? ... Da próxima vez, só... vou te jogar contra a parede.... e meter.... você ia gostar... ia..... Flik?"

"Ia.... IA..... Mas agora cala a boca e me fode.... ahnnnnnnn"

Luca obedeceu, dessa vez e continuou movendo com força e rapidez. A sensação macia e úmida do corpo do Trovão Azul ao redor de seu membro chegava a ser enlouquecedora.

Então, Flik enterrou as unhas nos ombros de Luca e gritou, quando seu corpo não resistiu mais e entregou-se ao orgasmo.

"AHMMM.... LUCA.... AH........." Lágrimas de prazer escorreram de seus olhos. "Eu... te.... odeio!!!!"

Luca deixou-se gozar dentro do outro, sentindo os músculos do ânus de Flik apertando-o.

"Ah... ahr......... que bom.... então nós.... ohhhh.... nos odiamos mutuamente!"

Luca perdeu a força no braços, com o torpor pós-coital que sentia e deixou-se cair em cima de Flik, que tinha a franja loira molhada de suor e colada à testa.

"...."

"Que foi.... você gostou, não gostou?"

"Você.... aproveitou.... am... que eu estava bêbado... eu nem tive tempo... de concordar ou discordar...."

"Das próximas vezes, você nem vai ver de onde eu vim..."

Flik empurrou Luca de cima de si e sentou-se, gemendo um pouco com a dor.

" Não haverá próxima vez!!! Não devia nem ter havido essa!!!"

"Eu não quero saber o que você quer... quando eu quiser... eu venho e como..."

".... eu vou te odiar pelo resto da minha vida!!" levatou-se e pegou as roupas que estavam espalhadas, arrumando-se e vestindo-se como pôde.

"...volte aqui..."

"Eu prefiro dormir no chão!!!!"

Luca sentou-se na cama. "Pare de frescura...."

"NÃO!! Você me forçou, eu não queria..... cada vez que você fizer isso, eu vou odiá-lo mais!!! E amar mais a VIKTOR!!"

Luca levantou-se, furioso, e pegou Flik pelo pescoço.

"Eu vou pegar aquele imbecil. E VOU CAPÁ-LO ANTES DE MATÁ-LO DIANTE DE VOCÊ!!!!!!! E você vai ser meu escravo pelo resto da sua vida!!!!"

Flik deu um murro em Luca, que soltou-o.

"SE VOCÊ ENCOSTAR EM VIKTOR, VOCÊ VAI VER PORQUE AS PESSOAS TEMEM O POVO DA VILA DOS WARRIORS!!!!" ele pegou uma cadeira e jogou em Luca.

Luca desviou por pouco, mas a cadeira pegou em seu braço. Ele xingou.

"Vamos ver!!! VAMOS VER!!!"

Luca agarrou Flik e amarrou a uma cadeira, dizendo.

"Se você não vai ser mais bonzinho, eu também não vou!!!! BOA NOITE!" E deitou-se.

Flik silenciou, amarrado na cadeira, com o corpo doendo, e aquela culpa martelando sua cabeça. Traíra Viktor.... como pudera? Porque deixara?

Lágrimas silenciosas escorreram pelo seu rosto. Por enquanto, não havia nada que ele pudesse fazer.

***

AGUARDE A QUINTA PARTE DE PRISONEIRO DE HIGHLAND!