O PACTO DE ANDROMEDA

Por Ya Su


Shun era pequeno, triste e temeroso. Tinha receio de falar e de agir. Na ilha de Andrômeda, o treinamento era duro, mas ele não se importava. Queria apenas rever seu irmão Ikki, separado dele. Aos poucos ele foi se tornando menos isolado, mas sempre preferia treinar contra alvos sem valor como pedras e rochedos. O mestre dele, o cavaleiro de prata Albiore, preocupado com o isolamento de Shun comentou algo com June de camaleão. Esta gentilmente pediu aos irmãos Redda e Spikka para que tentassem se aproximar de Shun. Em poucas semanas iniciaria o treinamento de duelos e ele precisaria se confrontar com outros aprendizes de cavaleiros.

Redda e Spikka eram um pouco maiores que Shun o primeiro impulsivo e descontrolado e o outro contemplativo e seguro. Ambos se completavam, estavam sempre juntos e, a certo tempo, já se conheciam como os elos de uma corrente. Inseparáveis, fortes e duros. Seus olhares de cumplicidade levariam a Shun conhecimentos que ele nem imaginava.

Após o treino nos rochedos, Shun foi para uma praia abaixo dos rochedos que a tarde era incoberta pela maré, debaixo de pedras, uma espécie de caverna aberta ao mar, onde ele se lavava e olhava o sol, pensando em Ikki e reforçando seus votos de volta ao oriente. O silêncio era quebrado apenas pelos ruídos das ondas ao encontro da areia. Shun sentia em seu peito um vazio pela ausência de Ikki e tentava através da respiração se acalmar aos apelos da puberdade deitando-se e apoiando os braços na areia.

De súbito sua respiração foi quebrada por risos no interior da caverna. Confuso Shun se dirigiu aos sons e encontrou sobre as pedras Redda e Spikka, abraçados e olhando para ele como se fora um convite. A visão que tinha perturbava sua mente. Redda era alto e possuía os cabelos curtos e rosados, e um olhar agressivo que lhe fazia lembrar de Ikki, Spikka, cabelos compridos e castanhos, uma doçura nos lábios e um olhar fixo que o fez baixar a cabeça.

>Spikka> Olá. Porque está sempre sozinho e pensativo aqui Shun, se poderia desde que chegou e enturmar e conversar com os outros como nós fizemos. Não sabe o quanto uma companhia pode ser agradável. Spikka olhou para Redda que o acariciou os cabelos. Shun apreensivo não sabia o que fazer e ouviu o paço dos dois se aproximando.

>Redda> O mestre Albiore começará os treinos em grupo com correntes daqui uma semana e você terá de nos conhecer, de uma forma ou de outra. Iremos lhe mostrar como os elos de uma corrente podem ser fortes.

Shun não sabia o que fazer e se viu encurralado pelos dois. Spikka se posicionou na frente de Shun e Redda atrás. Seus braços se entrelaçaram como em um elo. Eles se abraçaram com Shun ao meio. Confuso, Shun levantou a cabeça e viu os dois se beijarem ternamente. Seu corpo todo ficou supersensível e ele notou que algo forte e rijo o comprimia, tanto na frente como por trás.

>Shun> Parem, me soltem. Tudo o que quero é reencontrar meu irmão. É por isso que me dedico aos treinos e só.

As mãos dos dois se dirigiram em torno da cintura de Shun e lhe despiram delicadamente. O suor frio dele demonstrava aos irmãos que ainda não sabia realmente o que ira acontecer, mas seu volume entre as pernas já demonstrava que realmente iria gostar.

>Spikka> Terá isso como recordação da Ilha de Andrômeda quando voltar, e irá ensinar tudo ao seu irmão, como nós mostraremos a você. A frase foi interrompida por um beijo que deixou os lábios de Shun completamente dormentes. A excitação que sentia com o toque dos dois o deixou sem reação. Sem camisa e com as calças baixas, Redda pode apreciar seu lindo e branco traseiro, virgem e delicado. Shun sentia medo e algo estranho e prazeroso, ao sentir o falo quente e duro de Redda roçando sua bunda lentamente. Spikka acariciava os mamilos dele de modo tão sutil que o faziam se contorcer de ansiedade.

Redda apertava entre sua língua bruscamente a orelha de Shun e passou a tocar o pequeno anel dele de forma rude, demonstrando suas verdadeiras intenções. Spikka vendo a pressa do irmão, abaixou e abocanhou de uma só vez o membro de Shun, envolvendo inclusive seu pequeno e rosado saco, roçando com as mãos, por baixo, o anel do garoto e o enorme falo do irmão, direcionando-o para a entrada. Shun sentiu-se totalmente impossibilitado de reação e apertou os cabelos de Spikka ao sentir a cabeça do membro de Redda alisar o seu anel. A profunda dor que sentiu com o início da penetração se misturava com o prazer de sentir seu próprio membro sugado com todo ímpeto e luxúria por Spikka.

Incapaz de resistir a dor Shun começa a chorar e se contorcer.

>Spikka> Vamos procurar algo mais confortável pra você... largando o membro de Shun já melado e o puxando para baixo, o posicionando de quatro.

>Redda> Isso, abre essa bundinha virgem... tal frase foi bem aceita por Shun que agora se deparava com a enorme vara de Spikka diante de sua face...roçando, nos lábios do garoto o princípio do seu líquido quente...

>Spikka> Vamos garoto, abocanhe e lamba tudo, como eu te ensinei... Shun ouviu passivamente as ordens do seu novo colega, mas se mostrou meio sem jeito para abocanhar algo tão rijo... Descontente, Spikka em um sinal a Redda fez com que Shun fosse penetrado bruscamente de uma só vez, tendo ao mesmo tempo, seu lindos cabelos verdes puxados com força para trás...Tal atitude o fez gritar, e abrir a boca, fração mais que suficiente de tempo para que Spikka enfiasse seu falo garganta a baixo do garoto. Os movimentos se intensificaram e Shun se sentia totalmente arrombado. Suas pregas totalmente doloridas e sangrando deixavam Redda ainda mais compulsivo, em estocadas mais fortes. Quase sufocado pelo pau de Spikka, Shun se surpreendeu quando este lhe deixou e tocou o queixo dele fazendo sinal para Redda.

>Redda> Venha aqui, senta agora em mim... Redda puxava os ombros de Shun para trás e se sentou, enquanto Spikka levantava as pernas do garoto, lhe tirando o apoio, e fazendo com que toda a vara de Redda se enterrasse no menino... Os gritos de Shun eram abafados pelos dedos de Spikka que se sentava na frente do garoto unido seu saco ao do irmão, e sentindo o atrito dos movimentos de Shun aos de Redda.

As mãos de Spikka se encontravam ao solo procurando a entrada rosada de seu irmão e a tocando com os dedos, cada vez se aproximando dos dois. Redda manteve Shun imóvel envolvendo todo seu membro e direcionou seus braços ao encontro de Spikka lhe puxando. O abdômen de Spikka passou a roçar no membro rijo de Shun, já totalmente melado em uma pressão contínua.

Com um sinal, Redda levantou Shun, que sentiu um vazio e alívio ao ver que Redda não mais o preenchia, ao passo que Spikka segurava juntos o membro do irmão e o dele, para algo que marcaria Shun para sempre. Com uma das mãos Spikka unia os cacetes rijos e grossos ao passo que Redda lentamente abaixava Shun de encontro as varas. Com a outra mão Spikka ia abrindo o orifício de Shun, já arrombado e totalmente dolorido para dar passagem a algo infinitamente maior. Os dois membros começaram a entrar em Shun com tamanha dificuldade que ele passou a morder os lábios até que estes começaram a sangrar...tentando resistir ele foi incapaz de conter a força de Redda e a própria ajuda da gravidade, sentindo seu espaço vazio ser preenchido lentamente por duas enormes varas de uma só vez. Imóvel e totalmente preenchido as lágrimas de Shun refletiam além dor o reforço da promessa de que passaria a enfrentar qualquer coisa para rever Ikki e que não irai perder nunca mais o controle de seus atos.

Redda e Spikka se tocavam bruscamente e se abraçavam comprimindo Shun, retirando-lhe o ar. Seus grunidos de prazer foram surpreendidos por uma pequena reação de Shun a princípio sem importância que foi crescendo e os deixando no limite do prazer e da dor. Shun começou a se contrair apertando ainda mais os membros dos irmãos, fazendo-os gemer de dor e prazer. Shun sentiu seu interior ser preenchido por uma carga enorme de esperma em jatos tão fortes que lhe tocavam por inteiro. Redda e Spikka começaram a afrouxar a guarda após o forte abraço do gozo que quase asfixiou Shun que não se rendia apesar da dor. Os três caíram exaustos e suados. Shun misturando sangue e esperma tentava reunir forças para levantar, em vão, como os dois irmãos caídos no chão duro em respiração ofegante.

Ao se limpar na praia após recompor suas forças Shun viu seu abdômen inundado pelo próprio esperma dele, mostrando que também sentiu intenso prazer com aquilo. A água do mar lhe machucava as partes, mas reforçava a idéia de que por mais prazeroso que fosse ele iria achar um modo de revidar, embora duvidasse de seu próprio coração com respeito a isso.

Quando Redda e Spikka acordaram, não encontraram Shun lá, e se olharam exaustos e sujos, doloridos. Também sentiram de forma dolorosa a experiência. Se abraçaram em um beijo terno e foram se lavar.

**** O treinamento se desenrolara de forma inesperada. Ao contrário do que Albiore e June esperavam, Shun preferia apanhar dos seus oponentes, as vezes se esquivando, as vezes nem se importando, principalmente quando os adversários eram Redda e Spikka. Realizara apenas o mínimo para se manter na disputa pela armadura de Andrômeda e poder reencontrar Ikki. O último confronto realizado ao nascer do sol seria contra Redda, e ele sem mais recursos, tentava descansar a noite quando foi surpreendido por Spikka.

> Spikka> Você ainda está perturbado com nossa tarde juntos, Shun? Terá de pensar nela durante a disputa com Redda ou eu mesmo poderei recordá-la agora. Spikka enfiou delicadamente suas mãos dentro da calça, deixando Shun apreensivo e temeroso... Um ruído o fez se assustar e Spikka a retirar as mãos da calça.

June entra nas instalações de Shun e vê Spikka.

>June> Você não deveria estar aqui, e sim nas suas acomodações. O tom brusco de June fez com que Spikka abaixasse a cabeça e se retirasse. Ela olhou para Shun que estava assustado e aliviado e se sentou no leito do garoto.

>June> Finalmente seus dias de retornar ao Oriente a cada dia ficam mais próximos. Não se deixe intimidar e pense no que você mais deseja. Agora descanse e concentre suas energias no seu objetivo, em tudo o que você lutou e o que passou aqui para realizá-lo. Ternamente ela beijou a fronte de Shun lhe trazendo conforto. As dúvidas, medos e ansiedades de Shun se reduziram com aquele beijo e ele simplesmente adormeceu./

Pela manhã estava diante de seu rival, e envolvido pelos olhares atentos de todos os garotos que com ele treinavam. O olhar apreensivo de Albiore o fazia lembrar de tudo que passara. O toque de Albiore deu início ao combate. Redda investia com fúria contra Shun, e a maioria dos garotos torciam por ele, tendo como exceção os olhares de June que tentava motivá-lo e o olhar imparcial, mas apreensivo de Albiore. Apenas se esquivando Shun já se encontrava arranhado pelas correntes de Redda e em um descuido provocado pelo fixo olhar de Spikka, Shun se viu envolvido pelas correntes de Redda. A força de Redda o arrastava para o chão e o deixavam sem ar.... o fazendo lembrar do que havia ocorrido. Os de June eram abafados pelos gritos dos garotos que torciam por Redda. O olhar de Shun cada vez mais vazio foi surpreendido pelas palavras de Redda...

>Redda> É essa toda a sua força? Não parece que seja verdade. A armadura de Andrômeda será minha e todos os seus sonhos serão jogados ao mar, como a lembrança do seu irmão inútil, não é Shun? Renda-se não há como você me superar...

Albiore estava prestes a fazer o sinal de vitória a Redda quando foi interrompido por um pedido de June. Esse tempo foi o que Shun precisou para lembrar do seu único e verdadeiro objetivo. Do seu verdadeiro bem querer. Da pessoa que deu a própria vida indo no lugar dele para a Ilha da Rainha da Morte. As lágrimas de Shun cessaram e ele se levantou se livrando das correntes. O olhar de todos se manteve centrado nele que manifestava uma determinação que antes não era notada. Os gritos de Redda foram precedidos de uma investida com a corrente que Shun não conseguiu desviar. A corrente de Redda envolveu o braço de Shun. Entretanto isso não foi um sinal de desmotivação. Com um único movimento ele puxou Redda com tanta força que este veio ao seu encontro sem a mínima chance de defesa. Com um soco forte e preciso Shun fez com que ele caísse com uma enorme dor na altura do estômago.

A felicidade de June não durou ao ver que após a batalha que Shun surpreendentemente venceu, pois Albiore mostrou a ele que para conquistar a honra de vestir a armadura de Andrômeda seria preciso vencer o sacrifício enfrentado pela rainha Andrômeda, sacrificada a um monstro marinho e salva pelo seu amado na mitologia.

O olhar de Redda e Spikka ao se surpreender com a derrota se tornaram ternos com relação recíproca.

>Spikka> Mesmo tendo perdido, não se sinta derrotado, pois me terá para sempre. Já Shun será levado a morte pelo sacrifício. Os dois se abraçaram discretamente contemplando Shun ao início da tarde ser preso aos pilares de Andrômeda.

A maré subia e já cobria quase que todo o pescoço de Shun que recusava os apelos de June a abandonar o teste. A tristeza de June aumentou quando já se aumentava o tempo em que a cabeça de Shun estava totalmente encoberta. No fundo do mar ele elevava seu cosmos ao encontro da alma de Andrômeda. As correntes se voltaram a ele se tornando um só cosmo e ele as quebrou. A partir daquele dia elas e Shun teriam um pacto eterno no qual elas seriam presas a ele para sempre. Shun hesitou, mas viu que era a única forma de ver seu irmão. Ao quebrar as correntes elas se envolveram ao corpo dele o tocando calorosamente, e aquecendo a água. Elas envolveram Shun e o tocaram por todos os caminhos. Confuso e decidido Shun a recepcionou em um grito de dor e satisfação que elevou seu cosmo a tal ponto que fez com que a água a sua volta se afastasse. Ele estava para sempre preso como mais um elo, mas poderia seguir seu caminho ao encontro de Ikki.

O olhar de aprovação de Albiore o fez ver o novo cavaleiro de Andrômeda. Após receber os parabéns de June Shun volta a praia para recordar de Ikki e dizer as estrelas que agora conseguiria voltar ao oriente. Foi surpreendido pela respiração já conhecida dos seus antigos adversários. Sem se virar ele firmemente pediu...

>Shun> Afastem-se, não desejo vê-los novamente.

>Spikka> Viemos parabenizá-lo pela sua conquista e providenciar uma despedida da qual nunca mais se esquecerá...

Shun ouviu as correntes de Redda e Spikka girarem em sentidos opostos ao seu encontro...

>Redda> Agora você terá o que merece... Correntes duplas!

Shun foi atado pelos irmãos e estava prestes a resistir quando a caixa com a armadura se abriu e libertou o cavaleiro que vestiu a armadura de Andrômeda. Uma nova investida dos dois foi totalmente impedida pela velocidade da corrente circular que os desarmara e os prendia. As correntes suspenderam Redda e Spikka que viram suas roupas rasgadas pelo novo cavaleiro de Andrômeda com um simples comando às correntes. Embora incerto se desejava continuar, Shun não obteve dúvidas das correntes que por iniciativa própria envolvia os dois e os apertava cada vez mais.

Redda e Spikka começavam a sentir falta de ar quando perceberam que os elos da corrente se dirigiam a seus membros adormecidos. Ela os apertou até que dessem sinal de vida e se dirigiram ao anel dos dois. A corrente de ataque começava a penetrá-los, elo por elo com um roçar forte que os fazia gemer e sangrar. A corrente circular ternamente envolve Shun tocando-lhe os lábios e o falo, rijo, respondendo a visão que presenciava. Os elos também envolviam seu membro, mas de modo terno o estimulando e posicionando a circular da corrente na sua entrada. Shun percebeu que era agora não era mais vítima do sacrifício e sim que era parte dele. Iria testar as vítimas da corrente até o limite que ele mesmo agüentaria. A parte circular da corrente o penetrava numa força terna e firme, ao mesmo tempo em que seus elos estimulavam o membro de Shun que já mostrava o princípio do líquido do prazer. A boca de Shun se envolvia nos elos delicadamente, ele assistia passivamente Redda e Spikka serem bruscamente penetrados pela corrente de ataque. A corrente os pressionava e corria fazendo os cortar a pele com o atrito a envolvendo com o sangue até os membros já vermelhos e doloridos. As pregas eram violentamente violadas e a dor estava presente nos olhos dos dois irmãos. A dor aumentava para eles proporcional ao prazer de Shun que se mostrava cada vez mais receptivo a corrente. Redda e Spikka incapazes de resistir a tanta força simplesmente desmaiaram pouco antes de Shun gozar violentamente. O gozo dos dois veio em meio ao sangue quando a corrente se soltou lentamente dos seus corpos feridos e inconscientes.

As correntes se recolheram e Shun teve a visão dos dois. Exaustos, machucados em uma mistura de sangue e esperma como ele se encontrara noutra vez. Não desejava aquilo á eles, mas não foi capaz de negar prazer a sua nova parte. A corrente tinha vida própria, e o desejava. Como cavaleiro de Andrômeda ele estava pronto para voltar ao oriente, mas não saberia até onde os desejos da corrente o fariam ir. Ele era apenas mais um elo, que passivamente daria continuação a maravilhosa corrente de Andrômeda.
 

Fim


Por Ya Su  yaoi1@bol.com.br
Outubro de 2001