"Hey! Omi, vai demorar muito?"

"Não, estou me secando..."

"Por que você não pega a toalha e se seca no seu quarto?"

Silêncio. Youji, que estava passando, escutou a última fala de Ken e, notando o silêncio do garoto dentro do banheiro, ele sorriu e disse em voz alta:

"Kenken, você não espera que nosso puro e angelical Omittchi saia pelado do banheiro, né?"

Ken ia se virar para responder ao fato de Youji tê-lo chamado de Kenken, quando a porta do banheiro se abriu.

"Desculpe a demora, Ken-kun... pode usar o banheiro agora."

Tanto Youji, quanto Ken ficaram parados, com os queixos querendo alcançar o chão, olhando para a figura seminua, molhada e tímida que era Omi.

O garoto olhava para o chão e esperava ansiosamente a liberação do caminho, obstruído pelos seus dois companheiros. Ele segurava a toalha amarela firmemente em volta do próprio corpo, que gotejava a água ainda quente. A toalha, no entanto, era mínima e extremamente sedutora aos olhos de Youji e Ken. Mais da metade da coxa estava exposta, subindo um pouco mais, percebia-se que, nas costas, o tecido felpudo ameaçava escorregar e mais tentador ainda eram os ombros finos cobertos por pequenas gotas de água.

Omi tremeu um pouco e disse baixinho sem levantar o olhar:

"Eu estou ficando com frio... vocês podem me dar licença?"

Os dois homens ficaram vermelhos e ao se moverem trombaram um no outro. Omi abaixou a cabeça mais ainda e fez seu caminho para o quarto sendo observado por dois atentos pares de olhos. No meio do caminho, a toalha amarela desce um pouquinho fazendo os dois assassinos prenderem a respiração e antes do loirinho virar o corredor, ela escorrega por toda a extensão das costas apoiando-se no firme volume de carne mais embaixo.

No primeiro segundo após Omi sumir, Youji dá meia volta e entra no próprio quarto, trancando a porta. Ken entra rapidamente no banheiro, murmurando algo como "ainda bem que não estamos no inverno" e desliga o chuveiro, para tomar uma ducha gelada.

O loirinho fecha a porta do próprio quarto atrás de si rapidamente. Ele leva uma mão ao rosto apenas para confirmar o fato de estar com as bochechas quentes, e provavelmente vermelhas. Suspirando, Omi deixa que a toalha termine de escorregar pelo seu corpo jovem e, na escuridão do quarto, ele caminha em direção ao armário.

Braços fortes o abraçam por trás, mãos quentes e carinhosas vão desfazendo e espalhando as últimas gotas de água pelo corpo nu. Omi prende a respiração ao sentir lábios sob a pele do seu pescoço. O garoto deixa a cabeça cair pra trás e diz num sussurro:

"Aya..."

Naquela noite, Aya não dormiu dentro de casa.
 
 

CONTINUA.....