AKAI BARA

(A Rosa Vermelha)

Por Suryia

Parte III

Ao chegarem no parque os dois sentaram a sombra de uma frondosa árvore.

- Está tão fresquinho aqui. – Disse Keichii se espreguiçando.

- Está cansado? Pode descansar, você fica deitado em quanto eu te pergunto as questões.

- Tá – Responde ele deitando com a cabeça no colo de Kurama.

- Vamos começar. Quais são os elementos figurados do sangue?

- É... hemácias, leucócitos e...plaquetas.

- Está certo. Outra. Qual a célula sanguínea responsável pelo transporte de oxigênio?

- As hemácias!

- Muito bom!! Você está sabendo tudo.

- Ahhh... que isso. Essas eram fáceis. – Respondeu ele sorrindo.

- Então vou fazer uma mais difícil.

- Manda!

Neste instante Yusuke, Kuwabara, Botan e Keiko passavam pelo parque.

- Olha lá!! Não é o Kurama?! – Perguntou Yusuke ao avistar o amigo.

- É ele mesmo. – Confirmou Botan.

- Mas quem é aquela garota deitada no colo dele? – Indagou Keiko meio desconfiada.

- Ihhhi!! Aê Kurama, hein!! – Brincou Yusuke

- Yusuke!!! – Keiko o recrimina muito brava.

- Calma!! Ca...calma Keiko!! Eu num tava fazendo nada de mais...

- Ihh, mas pera aí. Não é uma garota não. É um garoto...eu vi eles no colégio outro dia. – Revelou Kuwabara.

- Ihhhhhh, maior micão. – Comentou Yusuke sem graça.

- Vamos lá falar com ele. – Sugeriu Botan com um sorriso faceiro.

Eles se aproximaram. Kurama e Keichii ao vê-los levantam-se para cumprimentá-los.

- Oi, gente. O que fazem por aqui? – Cumprimentou o ruivo com um sorriso.

- Nada, agente só tava dando voltas por aí. – Responde Yusuke logo depois se aproximando do ouvido do amigo e perguntando. – Quem é esse aí com você, Kurama?

- Ah! Esse é meu amigo Keichii.

- Muito prazer. – Diz o jovem reverenciando a todos.

- Kuwabara, como está a Yukina? – Kurama fizera a pergunta apesar de saber que a resposta não seria nem um pouco agradável.

- Ela... não está nada bem.

- Agora parou de se alimentar de vez e por mais que eu e Botam insista ela se recusa. – Diz Keiko.

- Se Continuar assim não sei a que pode acontecer com Yukina...coitadinha – revela Botam com uma expressão muito triste.

- Yukina é a menina que está doente não é? A que procura pelo irmão. É dela que vocês estão falando não é? – Perguntou Keichii

Todos olham espantados para Kurama.

- Ei, não me olhem assim. Eu não tenho nada a ver com isso. Eu não disse nada!

- Mas como é que você sabe sobre a Yukina?

- Eu posso sentir a sua dor, a tristeza... Eu ouço quando ela chama pelo irmão. É tão triste...dói muito...ela está sofrendo muito e eu...posso sentir... – Diz Keichii juntando as mãos ao peito e fechando os olhos.

Um súbito silêncio se faz entre eles.

- Eu queria muito pedir um favor a vocês. – Balbucia ele timidamente. – Eu queria vê-la. Vocês poderiam me levar até ela?

Todos se entre olham e em seguida lançam seus olhares para Kurama que faz uma afirmativa com a cabeça. Os jovens amigos seguiram para o templo de Genkai esperando encontrar Yukina um pouco melhor naquele dia. Ao chegarem a mestra vem recebê-los, Ela e Keichii se encaram por alguns segundos e o menino curva-se em uma longa reverencia.

- Ei, Yusuke o que esse moleque tá fazendo? Que coisa mais esquisita... – Pergunta Kuwabara completamente confuso.

Mas é Kurama quem responde.

- Ele está reverenciando a mestra em sinal de respeito.

- Mas pra que tudo isso? – Comentou Yusuke com uma cara ainda mais confusa que a de Kuwabara.

- Uma pessoa tão sábia e poderosa como a mestra merece todo meu respeito e admiração. – Disse o jovem com os olhos fechados e curvando-se novamente – Muito obrigado por receber minha humilde presença em seu templo.

- Você é bem vindo. – Respondeu Genkai fazendo um gesto para prosseguirem.

- Ai caramba!! Eu num tôo entendendo nada... – Kuwabara confabulava com Yusuke enquanto Keiko e botam se entre olhavam.

Chegaram até onde estava Yukina. Pararam diante da porta e um silêncio foi feito por todos até Keichii dizer:

- Eu gostaria de entrar sozinho. Posso?

O silencio continuou até Kurama abrir a porta e Keichii dar alguns passos para dentro ouvindo a porta ser fechada atrás de si. Lá estava ela, Yukina. A doce menina que enfrentava uma das maiores batalhas de sua vida. Tinha a expressão muito pálida mesmo, suava e respirava fundo. Parecia estar dormindo. Keichii se ajoelhou no chão e aproximou do local onde ela estava deitada.

- Yukina? Ei, você pode me ouvir? Fale comigo!!

A menina gemeu e se contorceu um pouco na cama como se não tivesse forças ou não quisesse conversar.

- Ei, não se preocupe. Não quero te fazer mal. Só queria te ver – Keichii tocou de leve o rosto da Koorime – Eu sei que está doendo... Eu também perdi algo muito importante pra mim... quer dizer... eu não perdi, acho que nunca tive... estou falando da minha vida Yukina...

A jovem do país de gelo entreabriu os olhos como se tentasse prestar atenção no que era dito. Keichii deitou-se ao lado dela e continuou

- Sabe, Yukina. Eu quis vir aqui também porque eu achei uma coisa muito curiosa entre nós. Curiosa e engraçada se é que pode se dizer assim. Você com tanta vida pra viver querendo morrer... e eu... tudo que mais queria era poder viver e não terei essa chance... É muito ironia, você não acha?

- Co...mo assim? – Yukina fazia força para tentar pronunciar as palavras

- É que eu sofro de uma doença que não tem cura, eu já nasci com ela. E eu vou morrer... pode ser a qualquer momento... e sempre soube disso desde que era pequeno. Isso não é justo...tem tanta coisa que eu queria fazer... queria viver e não posso... Você entende agora?

- Pobre menino... Que coisa triste... – Yukina tenta alcançar o rosto de Keichii.

- Ohh não, por favor. Não sinta pena nem tristeza por mim, apesar disso eu me sinto feliz, prometi pra todos que me amam que eu não ia me deixar vencer e é isso que faço por eles. É muito triste saber que não vamos mais ver alguém que gostamos, no meu caso vou deixar a todos, mas eles merecem que eu lhes de momentos alegres...

- Eu agora...estou entendendo... Eu não deveria sofrer assim... pela falta de meu... irmão não é?

- Não, não é isso. Sofrer agente sofre mesmo. E eu posso sentir o que você sente, só acho que você não deveria desistir, pois no seu caso ainda há esperança ao contrario do meu...

Keichii notou um pequeno sorriso se formar no rosto de Yukina.

- Agente podia fazer um trato. – Diz Keichii com uma voz bem suave – Você quer seu irmão não quer?

- Sim é tudo que eu mais quero!

- Então eu trago seu irmão pra você!

- Mas como? – Yukina mostrava-se surpresa.

- Você não precisa saber como. O que importa é que eu vou trazê-lo pra você. Você acredita em mim, não é?

Yukina fitava o belo sorriso de Keichii e por mais improvável que aquelas palavras pudessem parecer, ela sentia se aliviada.

- Eu acredito...

- Então o trato é seguinte, você tem que fazer o que eu falar até eu trazer seu irmão. Vai ficar bem quietinha esperando, tudo bem? Confie em mim.

Yukina assentiu com a cabeça

- Então vamos começar comendo alguma coisa. Tôo vendo que você nem tocou nessa bandeja aqui. E a trato diz: Não rejeitar comida! Tudo bem!! – Diz Keichii estendendo a bandeja para Yukina que bem divagar começa a fazer a refeição.

- Muito bom... acho que vamos nos dar muito bem... seu irmão vai ficar contente quando chegar e encontrar você bem.

Yukina aproxima-se novamente do rosto de Keichii e tenta tocá-lo dizendo:

- Quem é você? Um anjo?

- Não... eu não sou ninguém. – Responde Keichii baixando o rosto

- Ele é meu amigo, Yukina. – declara Kurama entrando no cômodo.

- Se ele é seu amigo, é meu amigo também – Yukina sorri.

Os outros entram em seguida e espantam-se com a cena. Yukina sentada? Falando? E comendo? Como poderia isso? Se há um minuto ela se recusava a falar com qualquer um. Kuwabara já começava a dar pulinhos pela casa. Genkai olhava para Keichii de um jeito estranho, começava a perceber que não se tratava de um garoto comum e mesmo sem saber com certeza do que se tratava, já admirava o humano de aparência tão frágil, mas que era capaz de fazer coisas que nem o mais forte demônio poderia.

- Nossa Botam!! Olha pra isso... ela comeu quase tudo – Keiko parecia muito surpresa.

- Como você conseguiu?! O que você fez? – Indagou Botam com a mesma curiosidade

- Eu não fiz nada... – Responde olhando para Yukina e em seguida oferecendo seu lindo sorriso ao grupo de amigos que acabava de conhecer.

Ninguém disse mais nada... não era necessário. O sorriso de Keichii e o bem estar de Yukina era a melhor resposta que poderia ser dada naquela hora.

A noite chegara tranqüila, Keichii deitado em sua cama refletia sobre sua vida que agora parecia estar cheia de acontecimentos interessantes, embora a todos parecesse esquisito o fato de ter feito a uma estranha uma promessa de encontrar o irmão sem nem mesmo saber como, sentia que aquilo iria acontecer... mas precisava tentar dormir e deixar aqueles pensamentos tão somente para os sonhos, afinal teria uma prova muito difícil no dia seguinte.

Kurama caminhava pelo pátio folheando calmamente um livro, era hora do intervalo e procurava um local tranqüilo onde pudesse repousar, mas gritos eufóricos quebraram sua concentração fazendo o perceber que se tratava de Keichii vindo em sua direção correndo feito um trem.

- Minamino!! Minamino!!! Eu passei!! Eu passei!! – Diz o menino atirando-se no pescoço do ruivo que foi altamente receptivo ao abraço deixando até mesmo o livro cair no chão, chamando assim a atenção de todos por perto.

- Ei!! O que houve?!?- Pergunta ele sorrindo e achando muito engraçado a euforia de Keichii.

- Eu passei!! Tirei dez na prova!! Passei!! Graças a você!!

- A que isso... o mérito é todo seu...

- Nada!! E eu to muito feliz!! – Insiste ele se pendurando ainda mais no pescoço de Kurama.

Após alguns instantes de desligamento para o mundo eles percebem estar sendo observados pelos outros estudantes.

- oh ouu... ihh...acho que eu fiz besteira... Ta todo mundo olhando pra gente.

- Não esquenta a cabeça.

- Desculpa, Minamino. Isso não vai mais acontecer. Pegou super mal.

- Deixa isso pra lá. O que importa é você não precisa mais se preocupar com essa matéria.

- Tem razão. Agora eu vou voltar pra sala. Agente se vê amanha na primeira aula – Diz o jovem acenando e sorrindo como sempre.

Ao retornar pra sala Keichii percebe ser observado por algo mais que os colegas da escola. Era a mesma sensação que tivera no parque. Sentia que estava cada vez mais perto de cumprir o trato que tinha feito com Yukina não compreendia como isso ajudaria, mas era o que sentia.

Keichii pensa: "Ele me segue, eu sei... Ele me observa com muita raiva... mas está confuso... Por que ele não vem falar comigo?!!? Tudo bem, quem sabe quando chegar a hora..."

E o jovem ignorou a presença e retornou a sala, realmente não era hora de se preocupar com aquilo.

Alguns dias se passaram enquanto Keichii e Kurama seguiam sua vida. O caos parecia estar diminuindo, já não havia mais o risco de perder Yukina de repente embora a situação ainda fosse delicada. Será que as coisas estariam entrando nos eixos?

Keichii andou tranqüilamente pelo parque a caminho da escola, era uma manhã bonita, o sol brilhava, mas havia uma brisa fresca que batia no rosto. Podia ouvir os pássaros cantando nas árvores e até que ele apreciava bastante aquelas manhãs que por alguns instantes o faziam esquecer de tudo, respirar fundo e sentir como era bom respirar, apenas respirar. Foi quando de repente ele avistou um vulto negro mais adiante e à medida que foi caminhando a figura foi tomando forma, e pôde perceber quando ficaram cara a cara de quem se tratava. Pararam um de frente para o outro. Keichii observava, Era um jovem de expressão muito séria, era apenas um pouco mais baixo que Keichii, ele estava vestido de preto, tinha um dos braços enfaixado e segurava uma espada na mão direita. Em nenhum momento Keichii deixou de sorrir, muito pelo contrário, sorriu ainda mais quando terminou de contemplar o rosto do jovem com aquela expressão severa que o encarava.

- Você!! – Disse a figura de preto apontando a espada na direção do menino – Você vai morrer!!!!

Ele fechou os olhos por alguns segundos e quando os abriu esboçou um largo sorriso e disse:

- Hun... então você é o Hiei. Você é exatamente como eu imaginei que fosse.

- Do que você está falando seu humano estúpido?!! Deveria estar é preocupado com a sua vida em vez de ficar dizendo coisas idiotas – Hiei se surpreendeu com a investida de Keichii e tentou desconversar dessa forma, não queria se apresentar, queria livrar-se dele o mais rápido possível – Eu disse que você vai morrer!!!!

- Eu sei, eu ouvi. Eu ouço muito bem. - Diz ele sem parara de sorrir, era inevitável, estava muito feliz. Tinha certeza que era ele, o mesmo sentimento, combinava com o que Kurama sentia, não podia ser diferente embora soubesse o propósito que levara Hiei a procurá-lo.- Nossa, você foi muito mal com o Shuichi, não devia fazer isso, ele gosta tanto de você.

- Cala a boca!!! – Diz Hiei muito transtornado – Não acredito que aquele idiota abriu a boca desse jeito.

- Não, por favor, não pense mal do Shuichi, ele não me disse nada, mas eu sei que vocês se gostam.

- Eu já disse pra você se calar!!!- Grita ele voltando a empunhar a espada.

Keichii não disse mais nada, apenas o encarou profundamente e sorriu. Hiei começou a hesitar, que tipo de pessoa estaria diante da morte e não contraía nenhum músculo da face se quer, que não mostraria nem um pinguinho de desespero que fosse. Aquilo era muito estranho. Hiei esperava que ele gritasse ou implorasse por sua vida, qualquer coisa menos aquilo. O encarou ainda mais, e tudo que via era um enorme sorriso e uma expressão tão doce que fez a espada tremer em sua mão. Aquele olhar, o sorriso lembrava Kurama, sentiu que estava fraquejando. Fechou os olhos até que aquele sentimento passasse e segurou a espada mais firmemente

- Você roubou uma coisa de mim e eu quero de volta. Por isso eu vou te matar!!! Pode tentar correr se quiser, mas não vai conseguir fugir!

Keichii abaixou lentamente e colocou sua pasta no chão.

- Eu não vou fugir e nem vou correr, Hiei. Se me matar é o que quer eu estou bem aqui.- Disse ele abrindo os braços totalmente receptivo. – Se você pensa assim pode me matar se você quiser.

Hiei tremeu, aquilo não estava acontecendo de verdade, Como é que um humano podia ter tal atitude? Ele continuou parado sem conseguir se mexer. Estava boquiaberto. Devia estar sonhando e quando olhava para o menino tentando buscar o ódio que o fizesse completar seu objetivo tudo que encontrava era aquele sorriso, lindo como o de Kurama. Hiei balançou. Não ia conseguir matá-lo.

- Sabe de uma coisa, Hiei. Você disse que eu roubei algo de você, mas está enganado. O que você acha que perdeu nunca poderá ser tirado de você. Eu não represento nenhuma ameaça pra você. Não está acontecendo nada entre nós. Você entende? Mas se mesmo assim você acha que deve me matar tudo bem, embora eu acho que isso não vai fazer você se sentir melhor. Isso não vai unir vocês novamente.

- Você não sabe do que está falando!!!!!!!!!!!!!!!

- Ahh eu sei sim... Posso sentir todos os seus temores, todos os seus conflitos. E Você mesmo sabe que existe uma saída melhor para resolver tudo e fazer as coisas voltarem ao normal. Porque você tem tanto medo de revelar essa verdade que tanto te atormenta???

- Cala boca garoto!! Você tá brincado demais!! – Diz Hiei ficando ainda mais nervoso.

- Você não percebe que desse jeito não vai resolver nada. Olhe pra você. Está sozinho. Tem uma outra pessoa que você gosta muito que está dependendo de você e você prefere se afastar de tudo quando poderia ter todos ao seu lado... Isso é muito triste...

Hiei parou e abaixou a espada, já era tarde, estava confuso, aquele humano sabia demais, não podia ser que Kurama tivesse contado aquilo tudo pra ele. Ele falava de um jeito que tocava seu interior fazendo seu peito doer demais, era muito estranho. E pior de tudo é que ele sabia que o jovem tinha razão. E sua sinceridade era clara, principalmente em seu sorriso.

- Porque vocês não tentam conversar? Não vê que ambos estão sofrendo? - Diz ele ao notar o olhar de Hiei em direção ao chão – Bom, Hiei eu não vou contar nada pro Shuichi sobre esse nosso encontro, conte você quando julgar ser o momento certo. Agora eu preciso ir.

Keichii abaixou e recolheu a pasta do chão, Hiei acompanhou todos os movimentos com atenção.

- Eu não acredito em nada do que você fala – Balbuciou o Yokai ainda tentando se defender.

- Se ainda não acredita tudo bem, mas antes de ir eu queria lhe dizer mais uma coisa. É muito feio ficar espionando a conversa alheia!

A esta altura o Demônio do fogo não estava entendendo nada mesmo e ficou ainda mais intrigado.

- É isso mesmo. Naquele dia em que eu o Shuichi fomos tomar sorvete... Eu sei que você estava lá o tempo todo.

Agora tudo estava acabado. Aquilo fora para Hiei o golpe de misericórdia. Como um humano podia ter percebido sua presença? Logo ele que era o mestre na arte de se ocultar. Conseguira diminuir tanto seu yo-ki que nem mesmo Kurama havia percebido, e um menino simples e indefeso (indefeso?) conseguiu descobri-lo. Era um pesadelo.

- Se algum dia você quiser conversar, me procura, eu vou ficar muito feliz em ouvi-lo. Eu sei que você me acha!! – Disse ele se virando e dando alguns passos.

- Garoto!!!! – Chamou o Yokai em tom muito forte.

- Meu nome é Keichii. – Informou ele oferecendo a Hiei um sorriso ainda mais doce.

- Você... é muito abusado...

- E daí? Você também é! – Respondeu ele agora partindo definitivamente.

- Hunf... abusado, mas adorável – Diz Hiei bem baixo para si mesmo e embora que isso tenha sido muito confuso de certa forma tinha adorado aquilo tudo.

 

CONTINUA...