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Relógio certeiro: a noiva já desce, e está pronta e morta.
Por sombra de flores os carros deslizam, as portas afastam-se.
O mundo recende, cercado de lua vacilante rosa.
Num grande silêncio a terra se fecha, e as sedas e as pálpebras.
Dorme o pensamento. Riram-se? Choraram? Niguém mais recorda. Na parede lisa, resta a mariposa de asas sossegadas.
Cecília Meireles |
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