Hidrografia
Quase todos os rios
de Moçambique correm de Oeste para
Leste, dada a diminuição da altitude, do interior até ao
Oceano Índico.
O rio Zambeze é o mais importante, percorrendo cerca de 850 km em território
moçambicano. É navegável em metade do percurso e foi a
principal via de penetração no interior, no início da colonização
portuguesa. O seu vale assemelha-se a uma extensão da costa, com uma
língua que penetra no interior da planície ao longo de 300 milhas.
O rio atravessa uma falha vulcânica, sendo as suas margens uma estreita
planície aluvial, e uma camada mais estreita ainda de escarpas que dão
acesso às terras altas. É neste local que foi construído
o maior empreendimento hidroeléctrico de África, a Barragem de
Cahora Bassa.
O rio Save foi usado principalmente como porta de entrada para o interior, no
tempo das descobertas, encontrando-se
a sul as ilhas Bazaruto. Local repleto de pescadores de pérolas, de turismo
florescente e recifes de corais.
No extremo Sul, litoral de Moçambique, localiza-se a baía de
Maputo.
Geologicamente, o país compreende três unidades
distintas:
Solo cristalino formado por rochas magmáticas e metamórficas
(granito e gnaisse)
Formações, no
Norte do
país e no vale do Zambeze, de grés, xistos e conglomerados
Cobertura
sedimentar da planície, com predomínio de areias e argilas.
Constituição do solo de Moçambique:
Na parte meridional é arenoso, avermelhado ou branco, excepto nos vales dos rios, onde se encontram terras de aluvião.
Na zona central a terra é escura e argilosa, por vezes
pantanosa. A região de Tete, interior, bastante quente, solo bom, rica sob o ponto de vista
mineral (minas de carvão).
Na região de Nampula, o solo, nos intervalos das formações montanhosas, é leve e escuro, bastante fértil.
Na região mais a Norte, até à fronteira da Tanzânia, areias coradas de vermelho pelo óxido de ferro.