E de repente, tudo muda...
    (Anna Carolina - 04-03-02)
 
Eu devia estar terminando de ler um texto sobre a história da psicologia, Freud, Jung e sua turma... 
Ao invés disso, tô aqui, fazendo de tudo um pouco pra colocar esse site no ar, completinho da silva. 
Mas sempre que eu começo, vejo que seria legal se eu colocasse algo mais, enfim, nunca termina. 
Essa é minha "primeira coluna", espero que seja aprovada! Here we go! 
 
 
Sempre que via as menininhas chorando na TV, quase loucas, por seus ídolos (enquanto escrevo isso, tá passando a propaganda do CD "O submarino verde e amarelo 2" - que é um cd bem legal) eu achava muito bobo... imagina? Ficar gritando e chorando por pessoas que nem imaginavam quem eram essas maluquetes! Nunca me vi nesse papel, honestamente!  
Até que um dia, sexta feira passada, fui assistir uma peça, "Dê uma chance a paz", que é sobre o John e sua carreira com The Beatles. De repente, me vi no papel que sempre repugnei, a de fã chorona, a "maluquete" acima mencionada... isso meio que me fez entender o que tanta gente sente quando vê os ídolos. E olha que eu nem vi os meus de verdade. Vi apenas atores... mas tava tão parecido... era como se eles estivessem ali, todos os quatro! De terninhos, cabelo "de pinico"! Foi lindo.  
Depois, eles tornaram a aparecer vestidos de "Pepper", e novamente, a emoção tomou conta. Não, não gritei, mesmo por que seria convidada a me retirar do teatro, e perderia todo o resto!  
Não sei o que tocou mais. Se foi o assassinato encenado do John, no palco (não tem remédio! Sei que o homem morreu antes mesmo de eu falar "mamãe", sei como aconteceu, mas só de ver um filme ou a peça, no caso, sobre esse infeliz episódio, eu choro), se foi ver o George no telão (pra entender por que o George, visite minha seção "My Sweet George"), ou os "quatro", ali, no palco, na minha frente, ver o rapaz que "era" o John que cantava (tinha o John que "falava"...) que realmente fazia os trejeitos do John, ficava com a perna aberta enquanto cantava... e o George, que ficava batendo com o pé no chão, e dobrava os joelhos de vez em quando, e o Ringo... shaking his "fat hairy head"... 
Agora, depois desse experiência, não me importo com o fato de chorar ao ver um "cover", já que nunca pude ver os originais (se Deus quiser, vejo o Paul esse ano, aqui no Brasil!), ou mesmo ao ouvir Someplace else, Something, Here Comes the Sun. Não me importo se eles nunca vão saber que eu existo... eu sei o quanto eu adoro esses caras e eu sei quem são, e que papel têm na minha vida. 
E pra mim, isso é já é suficiente!