Gao Silver の Blog - o lugar onde se pensa o tokusatsu
Gao Silver の Blog
Blog sobre Tokusatsu, um pouco de Tokusatsu e Super Sentai todos os dias!
- Recomendado o uso de codificação da língua japonesa (日本語).
- Contem "Spoiler" de episódios recentes.
A luz da galáxia
"E a procura continua. Depois da derrota do primeiro comandante do Barban, o segundo, Budou - um espadachim estilo "samurai" - prossegue na busca. Ryouma, após salvar o menino Yuuta, está dentro de uma caverna quando uma grande explosão acontece, provida pelo inimigo. Ele, que já estava muito ferido, é salvo por um guerreiro misterioso. É o Cavaleiro Negro (Kurokishi - 黒騎士) Bull Black. Logo que ele apareceu, todos descofiam que este seja na verdade Hyuuga, o irmão perdido de Ryouma, que desapareceu no início da série. Contudo, eles chegam a conclusão de que não se trata da mesma pessoa. Bull Black, assim como o Barban e o Gingaman, está a procura da Luz da Galáxia (Ginga no Hikari).
Se portando como uma verdadeira "terceira força" (ver post antigo) dos anos 80, como nenhum sexto membro fez, ele enfrenta tanto o Barban como os guerreiros da galáxia, as vezes ajuda, as vezes luta. Este, no entanto, não está exatamente sozinho. Junto com ele aparece uma grande mecha, o JuuSeiJuu (重星獣 - literalmente "Pesado Animal Estelar") GouTaurus, o maior animal até agora. Este gigante touro serve como "armadura" quando Bull Black cresce para gigante - do mesmo jeito que Wolzard em Magiranger. Além disso, ele tem um irmão mais novo, que foi morto pelo Barban em seu planeta natal, e por isso quer derrotá-los.
Enfim, a Luz da Galáxia finalmente aparece. Este, entretanto, é o fim de Budou. Uma das comandantes do Barban engana o monstro que ele havia mandado para roubar o "precioso", fazendo parecer que Budou havia traído os piratas espaciais. Ele é preso, mas com a ajuda de outros 2 monstros, consegue escapar, e se vinga da enviada para criar a farsa. Contudo, a Luz da Galáxia, ignorando até mesmo Bull Black, se une ao Gingaman, fazendo o primeiro "power up" coletivo. Bem ao estilo Lion, de Thundercats, eles recebem uma garra na mão esquerda e a espada SeiJuu-ken melhorada na direita, além de outros detalhes. Budou e seus lacaios são derrotados, e o Gingaioh tb recebe novos apetrechos.
A série começa a melhorar bastante, não que estivesse ruim. A chegada de Bull Black, ao estilo de sexto membro inimigo e/ou misterioso, fez muito bem a série. Sua mecha, o GouTaurus, é o maior e mais bonito Animal Estelar até o presente momento. Só o seu irmãozinho, usando um traje parecido com o dele, mas bem menor, é muito tosco. Os comandantes de Barban estão de parabéns até agora, excelentes inimigos, e a divisão em "mini-sagas" na série foi uma escolha bem feliz. Enfim, Gingaman continua, e Bull Black ainda promete, seus segredos e mistérios, como uma repentina dor no peito. Os personagens estão bem melhor explorados. É a lenda da galáxia!"
Por: Gao Silver, á luz da Lua de 10 de Outubro de 2006, 20:00
O som dos demônios
"Kamen Rider Hibiki. Por muito tempo, tive a impressão - baseada na impressão dos outros - de que esta não era, definitivamente, uma boa série. O Kamen Rider da vez não se transformava dizendo "Henshin!", não tinha um "Rider Kick" e nem uma moto veloz no qual ele apareceria correndo na abertura ou no encerramento. Ano passado, eu estive muito ocupado assistindo e produzindo os DVDs de Magiranger - outra série que baseada na impressão dos outros não era boa - para me preocuparar com o colega de horário desta série.
Este ano, depois de ter assistido várias séries Super Sentai, mas com a mediocridade da atual, aliado ao sucesso do Kamen Rider atual, resolvi assistir. Kamen Rider Hibiki é uma ótima série. Como já aconteceu - ou melhor, sempre acontece - a "impressão" dos outros estava errada. Hibiki é uma ótima série. A história começa quando um garoto ("shounen yo!"), Asumu Adachi-kun, conhece um senhor chamado Hibiki. Ele se transforma em um Oni ("demônio" das lendas japonesas) e luta contra monstros nas florestas e montanhas. Ele conta com a ajuda do pessoal do restaurante Tachibana, duas moças e um senhor, principalmente, que formam uma organização de apoio chamada Takeshi.
Apesar de ter apenas 14 anos, Asumu conta a história, de seu ponto de vista, é claro. Ele começa tentando um exame para entrar em uma difícilima escola (hmmm... onde eu já "vivo" essa história??), no caso, no que poderia ser considerado aqui como o colegial. Ele conta com a companhia de uma adorável e kawaii menina, Hitomi-chan, que tb entra nessa famosa escola. Pouco depois, outra adolescente entra na história. Ela se chama Akira, e é aprendiz do Ibuki. Este é o segundo Kamen Rider que aparece, e usa uma espécie de corneta como arma - é interpretado pelo ator de Tuxedo Kamen de Sailor Moon Live Action (agora, um herói de verdade). Hibiki, o primeiro, por sua vez, utiliza-se de uma espécie de baqueta de tambor, além de utilizar-se do fogo.
Os monstros, geralmente, são enormes, mas são trazidos, e na maioria das vezes alimentados, por 2 seres, um homem e uma mulher. Estranhamente, eles têm as vozes trocadas e sempre parecem os mesmos, mesmo sendo sempre derrotados logo. Esses seres em pares geralmente têm uma característica e uma habilidade específica, de acordo com o episódio. Aqui, todas as histórias são sempre divididas em 2 episódios, o que deixa muito interessante a trama. As lutas sempre acontecessem em florestas e montanhas, para onde Hibiki e sua assistente, além de Ibuki e sua aprendiz Akira, estão sempre indo. Usando os Disc Animal, eles localizam dos monstros e seres.
Contudo, o melhor da série são as histórias paralelas, independente das lutas. Adashi-kun-tachi sempre tem grandes histórias. Ele cresce convivendo com Hibiki. Ele sai de seu casulo e aprende sobre a vida. O visual não parece de um Kamen Rider? Um pouco de otimismo vence isso fácil. A arma nessa série é o som dos tambores e da corneta. Os heróis são demônios (Oni). Enfim, esta não é uma série para qualquer um. Esta é uma série exclusiva. Esta é uma óima série."
Por: Gao Silver, á luz da Lua de 14 de Outubro, 21:30
Identidade secreta?
"Assistindo a série dos Animais Estelares, me veio a cabeça um tema do qual sempre quis falar, mas que nunca achei uma deixa. No meu Sentai atual, Gingaman, os heróis não têm o menor pudor de se transformar na frente de qualquer um, a começar pelo menino Yuuta. Mas também pudera, com os trajes que eles usam, fica difícil esconder qualquer identidade heróica. Não é possível, no entanto, determinar se o padrão de herói japonês esconde ou não sua identidade, diferente do americano. Especialmente nos gêneros Super Sentai e Kamen Rider, exista uma grande divisão entre os partidários das duas vertentes.
Em algumas séries, como Magiranger, a identidade secreta é uma regra que não deve ser quebrada, como dito várias vezes nesta série. No Sentai anterior, contudo, os Policiais da S.P.D. não tinham nem como esconder sua condição, já que faziam parte de uma organização pública oficial. A possibilidade ou não de ter a identidade relevada é diretamente ligada à essência da série, ou seja, o seu tema. Em organizações militares ela geralmente é pública, em organizações secreta, é privada. No entanto, em um levantamento informal e superficial, a tendência dos Sentai mais antigos é revelar e os mais novos é ocultar a personalidade heróica. Sinal dos tempos, com algumas exceções, é claro.
Em alguns casos, entretanto, esconder a identidade é algo extremamente necessário. Em Fiveman, por exemplo, era preciso para proteger os alunos da escola das ameaças inimigas. A possibilidade de serem usadas pessoas próximas ou parentes como reféns é uma preocupação constante. Alguns heróis sofreram bastante pelo uso de reféns, como o Jaspion, campeão tb neste quesito - ele que não escondia nem um pouco quem era, tanto que tinha o mesmo nome transformado ou não. Já outros deste estilo, como o Jiban, faziam de tudo para proteger quem realmente eram. Naoto, inclusive, sempre aparecia se fazendo de atrasado depois de lutar como Jiban, para encobrir que era o grande herói. No entanto, tb sofreu com reféns.
Em outros estilos, a coisa não varia tanto - a maioria segue mesmo o estilo secreto. Entre os Ultraman, mesmo que o hospedero seja um membro da organização de defesa, manter o sigilo é tradição, assim como a maioria dos Other Heroes, que precisam fazer o estilo Jiban ou correr para o armário. Já entre os Kamen Rider, a coisa volta a ser mais dividida. Por ser um herói solitário - ou geralmente pelo menos lutando sozinho - e que não tem muitos conhecidos e as vezes até família, a identidade normalmente é conhecida pelo inimigo, porém, não pelas pessoas comuns, ou até as mais próximas. Mas isso não é regra, especialmente nos últimos, com o número crescente de ajudantes não-guerreiros. Enfim, a disputa aqui é acirrada. E você, revela sua identidade secreta??!
PS: post em homenagens à todos aqueles que sempre quiseram ser heróis, mesmo depois de passar a fase de ganhar presente no dia das crianças, revelendo ou não sua identidade!"
Por: Gao Silver, á luz da Lua de 12 de Outubro, 19:30
A lenda dos Animais Estelares - Parte 2
"Muito para falar, um pouco de cada vez. A série mal começou e já temos uma despedida. O primeiro a ser catapultado é Sambash, o primeiro comandante de campo que enfrentou o Gingaman. Em sua última e triste participação - para um personagem que até prometia - ele se utilizou da figura do irmão mais velho de Ryouma, Hyuuga, para achar a Luz da Galáxia (Ginga no Hikari), mas a caixa que supostamente a continha estava vazia. O pirata atirador, então, é derrotado pelo GingaRed e explode no ar ao cair de um precipício. A história dos irmãos, porém, é a mais Shun e Ikki possível; Ryouma foi enganado direitinho pelo monstro disfarçado de seu irmão - interpretado pelo ótimo ator do verdadeiro líder de Kakuranger - e quase entrega o ouro ao bandido.
Ainda é um mistério o paradeiro de Hyuuga, se ele está vivo após cair nas chamas. Mas relembrando os famosos irmãos citados, ele incentiva Ryouma no momento em que este estava quase desistindo, depois de apanhar muito. Enquanto a história de fundo avança até que rapidamente, para um início de série, a vida dos guerreiros no cotidiano segue firme. Um ponto que foi levantado no especial Gingaman Vs Megaranger é bem verdade: os trajes que eles usam são bens esquisitos para a vida atual, situação semelhante vivida pelo Zyuranger vários anos antes. As roupas lembram algo como o velho oeste, caindo bem com o encerramento da série, com uma bem música "country" enquanto andam em cavalos fantasiados(!) com máscaras.
Os "eyecatchs" (que anunciam a saída e volta do intervalo) da série tb tem um lado meio antigo - desenhos da série, bem anos 80, com um locator falando o nome do Sentai. Uma coisa, porém, que é bem verdadeira, é a movimentação igual aos animais na hora da lutas dos guerreiros, que foi copiada alguns anos depois por Gaoranger. Mas os animais, aqui, tem características diferentes. O gorrila do grupo, o Gingarilla, pertence ao GingaBlue, que por sua vez tem como elemento a água. Ou seja, nada a ver uma coisa com a outro, o animal e o elemento. Diferente, por exemplo, do GingaGreen, elemento ar, e o Gingalcon, um dragão alado.
Essa característica, no entanto, restringe a tradução do termo Juu (獣 ou Kemono) - nem todos os "animais" são realmente bichos de verdade, pelo menos, fora de lendas, como o próprio dragão alado. Já os Power Animals são animais reais. Talvez, aqui, o termo melhor seja "bestas", mas isso é muito depreciativo em Português. Oh, Well! Mas o pior de tudo é a feiura exacerbada do Gingat da GingaPink, uma espécie de gato rosa peludo, com uma cara horrenda. O visual dos SeiJuu, em geral, deixa a desejar. Enfim, nem tudo é perfeito. Mas a série prossegue em um bom ritmo neste início, melhor do que a média, e tenho certeza que daqui só irá subir, até chegar às galáxias!"
Por: Gao Silver, á luz da Lua de 10 de Outubro, 20:00
A lenda dos Animais Estelares
"O final de uma série é a certeza do início de outra. A série da vez é Gingaman, a única que ainda não assisti desde Bioman até os últimos episódios de Boukenger. Para acabar com essa lacuna, fui atrás da precursora de Gaoranger. Como toda série que envolve histórias do passado, esta começa há 3000 mil, quando os Piratas Espaciais Barban invadiram a Terra pela primeira vez. Os Animais Estelares (SeiJuu - 星獣) e o Gingaman da época, após várias lutas, os aprisionaram. Os habitantes da floresta Ginga (Galáxia) então treinaram várias gerações de guerreiros para lutar. Quando a geração atual foi escolhida, um terremoto quebra o selo que aprisionava o Barban. Hyuuga, escolhido como um dos guerreiros, acaba desaparecendo na luta, e seu irmão mais novo, Ryouma, fica em seu lugar. A floresta então é transformada em pedra pelo ancião, para que a energia deles não seja sugada pelo Barban.
O Gingaman, então, é acolhido em uma fazenda por um escritor de histórias infantis e seu filho, Yuuta - que participa bastante das histórias. Eles ainda contam com a ajuda de um pequeno ser, totemo kawaii, chamado Bokku - que termina todas as frases dizendo seu próprio nome - bem ao estilo do Mandora Boy, de Magiranger (quem não adora desses mascotes infantis??!!), e a árvore Mokku, que foi entregue pelo Ancião antes de se transformar em pedra, e cresceu tão rápido como os feijões mágicos de uma fábula qualquer. As garras (kiba) que eles utilizam lembram bastante as armas do Zyuranger, e apesar de parecerem toscas a princípio, depois ficaram mais úteis.
Contudo, o grande destaque da série realmente são os Animais Estelares. Inicialmente, estes têm formas "animais" de verdade, mas para a união eles se transformam em uma forma "metálica" (chamada de "kin" = prata). Antes, porém, eles utilizam toda sua energia para absorver um gás maligno espalhado pela cidade por um monstro, e se transformam em pedra. Com grande esforço, o Gingaman conseque revivê-los e ganhar a união como Gingaioh (銀凱王 - "Rei da vitória da galáxia"). Os Seijuu, especialmente o GingaLeon, fez amizade com o garoto Yuuta, em um piquenique logo antes desse último incidente.
Ainda é cedo para falar sobre os personagens, mas algumas impressões já começaram a aparecer. Ryouma (GingaRed) ainda é bem imaturo, mas já é o líder. Hayate (GingaGreen) é o série do grupo, ao estilo do Ayase de Timeranger. Gouki (GingaBlue) é o grandão sentimental, que como todos sabem, adora a floresta. Hikaru (GingaYellow) é o garotinho do grupo. Saya (GingaPink) ainda não mostrou a que veio. Do outro lado, nos piratas espaciais, o que chama a atenção é o exageiro, especialmente nas fantasias do Capitão (Gancho) Zahab e do pequeno Pucrates. No entanto, para contrastar, estão os micro-trajes da mulher do grupo inimigo, Sherinda. Isso, porém, não é por acaso - a intérprete é a atriz pornô Kei Mizutani, dona de fartos atributos corporais, devidamente mostrados na série. Uma boa razão para assistir!"
Por: Gao Silver, á luz da Lua de 8 de Outubro, 21:00
A supremacia inabalável da liderança vermelha
"Entre os vários mitos que se espalharam pela tokunet, este com certeza é um dos mais fortes. Contudo, o objetivo de Gao Silver の Blog é sempre quebrar os mitos das supostas "verdades", que muitos apenas reverberam, como um disco velho, sem nem mesmo saber do que está falando, ou ter ido procurar se a informação é realmente correta ou não. O mito de hoje é sobre a liderança feminina nas séries Super Sentai Kakuranger e Timeranger. É comum vincular-se a informação errônea de que a NinjaWhite e a TimePink foram as mulheres líderes na história desse gênero. Isso, contudo, não é verdade.
Para fazer tal afirmação, portanto, assisti a série Kakuranger do início ao fim para ter certeza do que estou falando. Nessa série, é verdade, houve um grande esforço para que a ninja Tsuruhime fosse considerada a líder da equipe, porém, a lideração não é considerada e sim conquistada. Como única ninja de formação, Tsuruhime detinha todas as informações sobre esse universo no início da série, e por isso orientava os outros até que estes recebessem seus poderes e conseguissem formar uma equipe Sentai. Contudo, após esse período inicial, a coisa muda de figura.
Desde o início, Sasuke, o NinjaRed, se destacou como o verdadeiro líder, daqueles que não assumem as glórias, mas sim o trabalho. Por diversas vezes, e uma delas logo no início da série, Sasuke salvou seus companheiros capturados pelo inimigo Youkai, chegando quase a sacrificar sua vida para isso, como já vimos vários líderes vermelhos fazerem antes. Durante a série, o NinjaRed conquistou o respeito de seus companheiros, e principalmente dos Generais Deuses - foi o único que utilizou as espadas de 2 Generais: a linda espada de fogo de Muteki Shougun, em tamanho menor, é claro, e recebeu uma arma, uma espada menor, do Tsubasamaru, em uma das poucas vezes em que este falou, que foi diretamente com Sasuke.
Por outro lado, Tsuruhime nunca mais exerceu qualquer tipo de liderança no Kakuranger. Ela, incluse, passou do papel de sub-líder para o de menininha assustada que não consegum nem passar direito com saudades do pai - sendo que foi Sasuke quem a impediu de matar o próprio pai, enganada pela Youkai irmã de Daimaou - mais uma prova da liderança do NinjaRed. Foi Sandayu quem insistia em dizer que ela era a líder ("leader doshite... leader doshite...") quando esta foi procurar seu pergaminho, coisa que nem isso ela consegui sozinha, diferente dos outros. Jiraiya, o NinjaBlack, estava mais para sub-líder do que ela.
O segundo caso é o de Timeranger. Aqui, diversamente da anterior, a atuação da liderança da mulher da equipe é realmente bem maior, mas não supera a do vermelho. O fato aqui é que, do grupo que veio do futuro, Yuuri, a TimePink, realmente era a líder. Contudo, quando eles chegam até o presente e encontram Tatsuya, o TimeRed, este assume de vez o comando da equipe. No mesmo caso do anterior, pode parecer que ela é a líder pq Tatsuya não conhecia os equipamentos do século 30, mas, novamente igual a anterior, isso cai por terra logo.
Desde o início, Tatsuya organiza o grupo que veio do futuro - sendo que ninguém ali ia muito com a cara do outro - e os faz lutar como uma equipe, coisa que Yuuri não conseguiu ou não quis. Isso é o trabalho de um líder. Tatsuya fundou a "Tomorrow Research" (investigação do futuro) para eles trabalharem, e foi peça-chave no relacionamento com a empresa de seu pai e a Polícia do Futuro que este criou, da qual fazia parte Naoto, que mais tarde usaria os poderes de TimeFire. Alias, quando a Polícia do Futuro queria contratar os 4 membros do Timeranger - exceto Tatsuya, claro - era para Naoto ser o novo líder da equipe. Entretanto, os 4 escolheram ficar ao lado do TimeRed, como seu verdadeiro líder.
Contudo, um líder se faz no campo de batalha, e Tatsuya era especialista nisso. Ajudou todos os outros 5 membros (incluíndo Naoto) e mais alguns pelo caminho, como seu aluno que entrou para uma gangue. Foi Tatsuya quem desconfiou e quis a todo custo ajudar Ayase em sua doença mortal, foi ele quem ajudou Domon a namorar a jornalista, tb foi compreensivo com as esquisitices de Sion (ou Shion), além de, claro, ajudar Yuuri a resolver os problemas com a morte de seus pais no passado, por um criminoso que depois foi revivido. No final da série, ao TimeRed é confiado os poderes de TimeFire, e é ele quem manda seus companheiros de volta para o seu tempo, assumindo a luta sozinho. Se importar com todos e com cada um individualmente é a função de um líder, e o reconhecimento dos outros é a consagração.
A razão pela qual, dizem, o vermelho é sempre o líder é pelo vermelho da bandeira do Japão. É uma teoria bem plausível, e que até agora, como mostrei, ainda não foi quebrada. Contudo, é claro o desejo dos "fãs" de que uma mulher seja realmente líder e até que seja o vermelho da equipe. Se isso acontecer um dia, uma mulher pode realmente ser a líder de uma equipe - do início ao fim, claro. Mas devido à ainda machista sociedade japonesa, muito repressiva, acho extremamente difícil isso acontecer, por mais intenção que eles realmente possam ter. Por enquanto, vamos curtir os vermelhos, que desde o início são os preferidos e os líderes dos 30 anos do Super Sentai!"
Por: Gao Silver, á luz da Lua de 6 de Outubro, 21:00
Ninja de gozaru!
"À primeira vista, onomatopéias de golpes na tela. Após assistir com atenção, uma série cativante e - sim, isso mesmo - dramática. Vale ressaltar que os efeitos de onomatopéias foram poucos e caíram rápido durante a série. Saiu isso, e entraram boas histórias. Entre os 5 ninjas principais, pessoalmente, o grande destaque mesmo foi Jiraiya, o NinjaBlack. Com um estilo às vezes de "cool guy", às vezes atrapalhado, mas na maioria das vezes um verdadeiro guerreiro. A seqüencia de episódios onde Jiraiya re-encontra seu antigo mestre, e descobre como seu pai foi morto, é simplesmente dramática e emocionante. Isso sem contar as excelentes cenas de luta, entre discípulo e mestre, algo bem Hyouga e Camus. Ele falando inglês durante os episódios tb foi um atrativo à parte, especialmente pq ele fala um inglês ocidental, e não do jeito horrível que os japoneses falam.
Quando ele se metia em confusão, era sempre com os dois palhaços da equipe, Seikai, o NinjaYellow, e Saizou, o NinjaBlue. Eles geralmente se envolviam em confusões com crianças e mulheres, como aquela cortou o carro de Saizou e o deixou quase pelado na rua (ela era uma Youkai, é claro). Fora isso, estes dois personagens pouco adicionaram à série, sendo bem pouco trabalhados durante a série. Decepção tb foi a menina Tsuruhime, a NinjaWhite. Ela começou a série como uma menina confiante e até prepotente, foi considerada a "líder" (ver post anterior), mas acabou como uma simples menininha insegura procurando por seu pai.
Inicialmente desacretidado, Sasuke, o NinjaRed, foi o segundo destaque da equipe. Verdadeiro líder, ele sabe motivar seus companheiros e fala de igual para igual com os Generais Deuses. Apesar de não protagonizar nenhuma história pessoal familiar, como Jiraiya e Tsuruhime, ele sempre esteve à frente, foi um guerreiro que nunca desistiu; como no episódio em que sozinho, sem transformação, defendeu uma criança contra as 5 ninjas Hanaranger. Foi o único que recebeu as espadas de 2 Generais Deuses, Muteki Shougun e Tsubasamaru. Realmente um líder.
O primeiro grande festival de mechas tb foi um caso à parte, com altos e baixos. Primeiramente, os Três Generais Deuses (SanShinShou) eram mais do que simples robôs, eram verdadeiros guerreiros. Os 3, especialmente o Muteki Shougun, orientava os ninjas do mesmo jeito que as Bestas Protetoras em Zyuranger. Por outro lado, o número exaustivo de mechas, especialmente pelo fato de existiram 2 grupos de 5 mechas praticamente iguais - os Kyodai JuuShou (Gigantes Generais Animais) e os JuuShou Fighters (Generais Animais Lutadores) - foi a grande decepção. Primeiramente, a grande semelhança e a substituição do primeiro grupo pelo segundo, logo que este último apareceu. Contudo, logo que os Chou Ninjuu (Super Animais Discretos - estes sim realmente animais, diversamente dos outros que só têm cabeça de animais, com exceção do God Saruder do NinjaRed) apareceram, os Juu Shou Fighters foram literalmente esquecidos. Os Kyodai JuuShou foram utilizados apenas poucas vezes para formar o Muteki Shougun (uma vez talvez?!).
A própria chegada do Kakure Dai Shougun (Grande General Escondido) limitou a aparição do Muteki Shougun apenas por vontade própria, já que o Kakuranger só usava os Chou Ninjuus desde então (afinal, foi a maior luta para consegui-los!). O interessante é a forma como estes generais podem aparecer por meio das técnicas ninjas dos heróis ou então por vontade própria, aparecendo já formados, repentinamente. Isso quando o Muteki Shougun não aparecia na sua forma de edifício, especialmente no início da série. Já o Tsubasamaru era o único que apenas aparecia por vontade própria: ninguém podia chamá-lo, ele aparecia quando queria. Ele tb é conhecido por falar pouco - apenas uma vez com Sasuke, quando lhe entregou sua espada, e no final, junto com os outros Generais. Fora isso, mudo!
Do outro lado, o Youkai foi uma organização bem interessante. De lendas japonesas, cada Youkai tinha uma história, inicialmente contada pelo "tiozinho" narrador - que só reapareceu uma vez para fazer uma reportagem, no episódio de "review" da série - e depois pelos próprios monstros ou alguém envolvido no episódio. Os monstros Youkai sempre davam histórias muito boas, mesmo nos episódios comuns. As 5 ninjas Hanarangers foram um destaque à parte, excelente. Juniya e Daimaou, os líderes em cada metade da série, respectivamente, tb não deixaram a desejar - foram realmente malignos, e gostavam de encarar os ninjas frente a frente, especialmente o primeiro. Enfim, um Sentai extremamente interessante e injustiçado. Não seja a ser brilhante, mas deixa muita série com "bom nome" no chinelo. Mais uma que deixará saudades!"
Por: Gao Silver, á luz da Lua de 3 de Outubro, 22:00
A vitória do amor e da coragem
"Com o maior número de episódios das séries Super Sentai dos anos 90, com um total de 53, o maior desde de Changeman, a série dos ninjas tem um final morno, como o de costume. Depois de ajudar o Kakuranger, o pai de Tsuruhime é transformado em estátua por Daimaou. Contudo, este tenta usá-lo para destruir a cidade e pressionar os ninjas. A irmã de Daimaou, YamaUba, entrega uma espada a Tsuruhime e diz que o único jeito de parar seu pai é com um golpe certeiro no coração. Os fieis discípulos ninjas de Hakamenrou, entretanto, dão suas vidas para salvá-lo. A garotinha finalmente se reencontra com seu pai.
Spoiler do final da série - não leia se não quiser saber como acaba!!!
O último episódio marca a derrota de Daimaou. Contudo, isso não viria com uma simples luta. Daimaou, segundo os Três Generais Deuses (Sanshinshou - 三神将), é a personificação de todos os sentimentos ruins dos humanos - tais como egoísmo, ódio, desprezo à vida - e de todo o mal feito ao acaso às pessoas comuns, que não podem vê-lo. Os Generais até tiram a transformação dos ninjas para impedir que eles o matem, e assim todo esse mal seria expalhado pelo mundo inteiro. Eles deveriam, então, usar seus sentimentos de amor e coragem para vencer e selar o mal. O único modo de derrotá-lo era esse, selar (do japonês, "fuin" 封印 - muito usado em séries tokusatsu).
Acreditando na beleza da vida e dos sentimentos das pessoas, Sasuke-tachi, com a ajuda dos Três Generais e de NinjaMan, conseguem colocar Daimaou, o Grande Rei do Mal, de volta onde os Youkais estavam selados no início da série, e aprisioná-lo lá por mais tempo. Daimaou e os outros Yokais, no entanto, juram que reviverão, com a ajuda dos sentimentos ruins da humanidade. Finalmente a luta dos ninjas está encerrada, e todos partem no Nekomaru em direção ao Monte Fuji(!). Fim. Pessoalmente, achei um final fraco, especialmente em comparação com as seqüências de episódios já apresentadas durante a série, como a busca pelos pergaminhos ou o renascimento de Daimaou.
A história de Tsuruhime, a NinjaWhite, com seu pai, foi o elo mais fraco desse final. Uma história muito pouco trabalhada, com cara que foi colocada lá sem muito planejamento. A intenção de Hakamenrou, contudo, tb deixou bastante a desejar, parecendo demais com a do Mestre Kaku, da série anterior, Dairanger, só que esta muito melhor trabalhada. No entanto, isso nem de longe tira o brilho desta grande série muitas vezes mal-compreendida pelos "fãs" - como a maioria delas, alias - e que oferece muito mais do que chega aos olhos, especialmente dos leigos. A série, porém, dá indícios de cansaço no gênero, acentuado na série seguinte. No todo, a série é bastante interessante e traz aos ninjas seu espaço merecido. Super Henge!"
Por: Gao Silver, á luz da Lua de 1 de Outubro, 21:30
Arquivo: Setembro de 2006
A essência do Tokusatsu: "Mamoru tame ni"