Soneto de Minh'Alma

(Genildo Mota Nunes)


Fez-se, na primavera, tão esquecida,
Tão na luta atirada e desejosa,
Que é minh'alma fragrância de rosa
Do campo, machucada, dessa vida!

Se fora assim, porém, desmerecida,
Pequena também fora e desdenhosa...
Nas dores que, do mal, também se goza,
U'a firmeza tivera e decidida!

Estranha vivência a dela e desabrida,
Superara os seus males desditosa,
Quase morta no amor, quase vencida...

Quase ébria no prazer e apetecida,
Resgatou-se ao sofrer, silenciosa,
Os destinos lhe entregues pela vida!


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