Skeptical Inquirer Electronic Digest Especial
"Sinais de Deus: A Ciência Testa a Fé" da FOX

Tradução: Gilson C.Santos


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CSICOP Responde ao "Sinais de Deus: A Ciência Testa a Fé" da FOX

Programa Visa Índices de Audiêcia Enquanto Abusa da Ciência e Explora o Sistema de Crenças. Envie Comentários para: askfox@foxinc.com.

AMHERST, N.Y - O programa "Sinais de Deus" (Signs from God) transmitido pela rede de televisão FOX em 28 de julho, representou uma nova queda na ética jornalística. Tendo como subtítulo "A Ciência testa a Fé" (Science Tests Faith), o programa foi na realidade uma promoção descarada de alegados milagres religiosos e hábil abuso da ciência. Dando a rede FOX o embarassante passado histórico de fiascos na programação que sensacionaliza o paranormal, "Sinais de Deus" poderia ser ligado a uma "autópsia alienígena reliigiosa".

Espectadores insuspeitos foram tratados por uma ladainha de alegações provocativas - estátuas que sagram, mensagens de Jesus, estigma - que foram "investisgadas" pelo jornalista australiano Michael Willesee. Na verdade, apesar de se descrever como um cético, Willesee se revelou um promotor de tais alegados fenômenos como sendo autênticos. Indo além de um simples mercador de mistério, ele emprega a ciência somente de maneira muito limitada, repetidamente evitando especialistas céticos nos campos específicos (por ex. pessoas estudiosas de estátuas que "choram") e frequentemente por deixar passar os testes essênciais necessários para detectar a fraude. Por exemplo, nenhum médico examinou um ferimento oriundo de um fenômeno de estigma (pessoas que alegam ter surgido "expontaneamente" ferimentos como os de Jesus) e nenhuma tentativa foi feita para impedi-la de infrigí-los secretamente, porém o sangue foi testado mais tarde e foi  provado como sendo seu sangue - como esperado.

Similarmente, nenhum protocolo científico foi seguido oficialmente para evitar a trapaça com o "choro" e "sangramento" da imagem de Jesus; entretanto, uma tomografia computadorizada dúbia foi empregada mais tarde "para testar a possibilidade de trapaça ou fraude", e o sangue foi examinado por especialistas em medicina legal. Quando foi determinado como sendo sangue feminino, Willesee sugeriu que pode ser devido a que Jesus teve somente uma mãe e "nenhum pai".

Tal teimosia, ou talvez uma completa inépcia - ou pior - manteve o programa da apresentação de evidências que foram contrárias às alegações que foram feitas. Por exemplo, a estigmata, Katya Rivas da Bolívia, nunca foi mostrada na realidade apresentando uma ferida, porém antes foi apresentada em cenas incrementadas após cada aparição: primeiro as supostas marcas da coroa de espinhos na testa, depois aquelas de suas mãos e pés. Sua cama abriga providencialmente amplas oportunidades para ocultamento. Além disso, as feridas em suas mãos e pés estava compostas de múltiplas marcas de corte, não furos isolados, enquanto que a localização da ferida no dorso de seu pé esquerdo estava distante daquelas sobre o botão, sugerindo que eles foram produzidos separadamente.

Muitos fenômenos foram totalmente deixados de ser examindos, ou a investigação não foi notiiciada, incluíndo a aparição de uma imagem da Virgem em um piso de concreto (visto como o trabalho de um artista inábil) e o "brilho" multicolorido que manifestou-se na gravura da Imagem de Guadalupe (um logro mas amplamente venerada como uma gravura "milagrosa").

Evidências dúbias foram valorizadas, enquanto que explicações mais prosaicas foram passadas por cima ou nem foram mencionadas. A Sra. Rivas,  por exemplo, foi mostrada produzindo um raro "estado delta" em um eletroencefalograma (EEG), enquanto que uma sugestão de um neurologista que aquilo poderia "ser uma epilepsia" não foi posteriormente explorada. E quando um conservador de arte e um botânico demonstraram cada um, que a imagem produzida nas pétalas da rosa tinham sido falsificadas (eles até mesmo reproduziram os efeitos pressionando as pétalas com medalhões), Willesee tornou-se impaciente e esforçado em redimir a alegação. Ele sugeriu que a trapaça era improvável porque o "milagre" das pétalas não estavam sendo vendidos, ignorando a possibilidade daquilo que os céticos denominam "fraude sagrada" - fraude usada na maneira de os fins justificam os meios para promover a crença religiosa. Tão pouco foi ouvido um estudioso padre católico que lançou dúvidas aos vários fenômenos apresentados e sugeriu a possibilidade de fraude.

A apresentação desprovida de uma postura crítica pelo Produtor Executivo Michael Willesee foi surpreendente considerando sua reportagem cética anterior em tais assuntos como capacidade psíquica e acupuntura. Por estes eforços, Willesee recebeu em 1987 o Prêmio Responsabilidade em Jornalismo do CSICOP. Mas na produção "Sinais de Deus" tanto Willesee como a televisão FOX mostraram uma disposição para trair o ceticismo e o jornalismo equilibrado em troca de audiência e lucros.

 Envie seus comentários a respeito do programa "Sinais de Deus" para a FOX (em inglês)


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Presidente, Comite para Investigação Científica das Alegações do Paranormal

Professor Emérito de Filosofia, Universidade Estadual de Nova York em Buffalo.


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