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A FÉ E A
ESPERANÇA
A fé e a esperança são amigas inseparáveis.
Poderíamos dizer que a fé está para a esperança como o Sol está para a
Lua. A Lua não tem luz própria: reflete aquela que recebe do Sol. Daí
porque a Lua difunde raios pálidos e isentos de calor, enquanto o Sol
espalha raios intensos e fúlgidos que, além de iluminar, aquecem e
vivificam. O Sol é a própria luz; a Lua não é, reflete a luz recebida.
Assim, a fé é como o Sol. É força comunicativa que se irradia do
coração de quem a tem e se reflete no coração de outrem gerando neste
a esperança. Jesus tinha fé. Seus discípulos tinham a esperança gerada
pela fé exemplificada de seu Mestre. Assim também os corações que
se aproximam de Jesus e estabelecem com Ele certa comunhão,
iluminam-se com a luz patente do Seu imaculado espírito. A Lua clareia
os caminhos em noites escuras tal qual a esperança nos sustenta nas
horas de trevas. O Sol ilumina e fecunda a estrada da vida, como a fé
fortalece as fibras íntimas da alma, robustecendo-a na caminhada para
Deus. O Sol é energia: movimenta, vivifica, ativa e produz. A luz
amortecida da Lua mostra os obstáculos; a luz brilhante e vívida do
Sol distingue e remove os tropeços dos caminhos da vida. A
esperança faz nascer no coração do homem as boas e nobres aspirações; só
a fé, porém, as realiza. A esperança sugere, a fé concretiza. A
esperança desperta nos corações o anseio de possuir luz própria,
conduzindo, portanto, as criaturas à fé. Quem alimenta a esperança
está, invariavelmente, sob o impulso da fé que lhe vem de alguém. A
força da fé é eminentemente conquistadora. Quem admira os exemplos e os
feitos edificantes, põe-se, desde logo, em harmonia com o poder de
quem os realizou. Este, projeta naqueles suas influências benfazejas:
é o Sol fazendo a Lua refletir a sua luz, ou seja, a fé gerando a
esperança. Saulo de Tarso, doutor da lei e membro do sinédrio, após
conhecer e absorver os ensinos do Sublime Carpinteiro de Nazaré,
passou a refletir com fidelidade as verdades da Boa Nova. Contagiado
pela fé dos discípulos singelos do Meigo Rabi, chamados homens do
caminho, dispõe-se a reformular sua vida, passando de perseguidor a
defensor ardoroso das idéias cristãs, convertendo-se no grande
pregador Paulo, também chamado Apóstolo do gentios. Foi refletindo
a fé do Cristo que os primeiros cristãos se entregaram ao martírio de
cabeça erguida e serenidade no olhar. Bem-vinda seja a esperança!
Bendita seja a fé! Uma e outra espancam as trevas interiores. Que
seria da alma encarcerada na carne se não houvesse fé, nem
esperança? Pense nisso! Se é doce ter esperança, é valor e
virilidade ter fé. Enquanto a esperança suaviza o sofrimento, a fé
neutraliza seus efeitos depressivos. Se a esperança nos sustenta
nas lutas deste século, a fé nos assegura desde já a vitória da vida
sobre a morte.
Pensemos nisso!(Autor
Desconhecido)
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