As pessoas pertencentes ao primeiro tipo procuram satisfação no mundo externo, seja através daquilo que fazem, seja através de coisas que possuem. Vivem como pessoas limitadas e necessitadas e cujos desejos devem ser satisfeitos para poderem ser felizes; ficando infelizes se não obtém aquilo que pensam ter necessidade, ou se alguém se separa deles ou se suas ações vêm a ser criticadas. O conceito de força, para eles, é colorido de agressividade e capacidade de domínio. Se esforçam de controlar o ambiente que os circunda ou de defender-se dele. Se são religiosos crêem em um Deus externo que regula sua conduta através de um código moral revelado. Muitos não encontram a satisfação que procuram no mundo externo e podem, em seguida, ficar frustrados e talvez amargos. Estes são indivíduos orientados para o exterior, características da civilização que estamos deixando para trás.

          As pessoas do segundo tipo focalizam a própria vida sobre a descoberta da divina verdade interior. Vivem as próprias necessidades como passageiras e as coisas que possuem como secundárias; o mundo externo reflete a eles àquilo que têm necessidade de transformar em si mesmos para encontrar quem são verdadeiramente. Assim que descobrem novos aspectos de si mesmos, não vêm a hora de condividí-lo com os outros, encontram a vida satisfatória e divertida, mas muitas vezes sofrem de impaciência, conscientes da distância que existe entre o seu estado atual e aquele à ser alcançado. Conseguem força da calma e da clareza de visão; para eles as coisas do mundo material são meios, não o fim. A sua religião é dirigida para o interior e é contemplativa; tendem a procurar estados transcendentes e a comunicar estas experiências aos outros. Estas pessoas que olham para dentro de si estão desenvolvendo as características necessárias para a nova civilização humana que deverá substituir esta atual.

Texto extraído do livro:
Findhorn la Comunità Ecologica
The Findhorn Community - Carol Riddel
(texto em italiano)Macro Edizioni -pg 47

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