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Curso de Microeconomia
Por
Hilmar Ilton Santana Ferreira,
Professor de Microeconomia da UESC INTRODUÇÃO
– Faz Microeconomia a senhora Maria se, antes de ir à feira, relaciona na
mente a quantidade de tomate que se
dispõe a comprar para cada um dos preços
a que pode encontrar a solonácea; ou
o professor Shikida quando ajusta
uma função produção aos dados quantitativos de diferentes produções
obtidas para diferentes quantidades dos muitos insumos
usados num processo de produção particular; ou o pesquisador Yamamoto ao
desenvolver uma equação diferencial
representado um fenômeno econômico
que caracterize a ação de uma ou
mais pessoas, físicas ou jurídicas. Uma
o faz sem saber, outro produz um estudo empírico
e o último teoriza. Muitas são as maneiras de se utilizar a teoria dos preços (outro nome da Microeconomia), das quais apenas
duas categorias elaboradas e uma intuitiva estão acima
relacionadas. Programa de
Microeconomia da UESC/DCEC Unidade
I : - Introdução à Microeconomia 1.De que trata a
Teoria Microeconômica: Conceitos, usos e interrelações. 2.Situação da
Microeconomia no contexto da Teoria Econômica: o campo da
microeconomia e metodologia. 3. Teoria
elementar de funcionamento do mercado.
3.1.Conceitos e elementos da procura e oferta.
3.2. Tabelas e curvas de procura e oferta.
3.3. Mudanças nas
e das
curvas de procura e oferta .
3.4. O equilíbrio e a estática comparativa : o movimento dos preços.
3.5. Excedente e escassez. 4. Elasticidade
4.1.Conceitos e fatores que influenciam
4.2.Determinação e análise dos coeficientes no arco e no ponto.
4.3.Elasticidade-preço; elasticidade-renda, elasticidade-cruzada;
elasticidade-expectativa de preço. icroeconomia
é
o tradicional sub ramo
da Teoria Econômica que
estuda, analisa, sintetiza, teoriza, constrói o comportamento dos agentes
econômicos individuais ( consumidores, produtores, empresários, capitalistas,
trabalhadores, donos ou proprietários dos recursos). O outro componente
tradicional da Teoria das
chamadas Ciências Econômicas é
a Macroeconomia. Aqui
vale lembrar com BUNGE(1987; 161): “uma doutrina
é um corpo de idéias suscetível de ser transmitido ou ensinado. Ao
contrário, uma teoria é uma
doutrina muito especial: é um sistema hipotético-dedutivo, ou seja, um
corpo de idéias organizado logicamente. Mais precisamente, uma teoria
é um conjunto de proposições, todas elas referentes a um dado assunto
(p.ex. o subdesenvolvimento), e tais que cada uma delas é uma premissa
( p.ex.uma hipótese) ou uma conseqüência lógica de outras proposições
da teoria. Finalmente, uma teoria científica é uma teoria comprovável empiricamente, ou pelo
menos convertível ( por especificação ou agregado de premissas) numa teoria
verificável mediante dados observacionais ou experimentais. Exemplo de
doutrina: o estruturalismo. Exemplo de teoria: a teoria da utilidade (
ou valor subjetivo) de von Neumann e Morgenstern. Exemplo de teoria científica:
a teoria de Coleman das redes de influência social.”
Assim, segundo este ponto de vista, comungado pelo autor destas
mal traçadas linhas, a
Microeconomia, como toda a Teoria Econômica, se quer passar de doutrina
e assumir o status de teoria,
tem que se organizar de forma lógica e, se aspira ser teoria científica,
ter suas proposições verificadas empiricamente. Sem dúvida para
tal papel verificador é fundamental o emprego da Econometria.
Etimologicamente, Microeoconomia é também uma palavra de origem
grega, significando suas raízes, pequena,
casa e lei. O que não implica que a disciplina estude coisas menores
ou possua menor importância. Aliás, as fronteiras entre a Micro e
Macroeconomia são às vezes terra
de ninguém, havendo estudos de empresas maiores do que muitos estados,
e ensaios sobre funções microeconômicas
agregadas referentes a todo o mundo. Um pouco de história
Caberia aqui um histórico, mostrando entre outras informações,
quando e por quem foi usado pela primeira vez o termo. Fica o vazio deste
informe para posterior preenchimento.
É costume, no entanto, distinguir
nos Clássicos a qualidade eminentemente
microeconômica dos seus
trabalhos. Assim, v.g., para ROSSETI
(1977; 83
) “em seus primeiros passos , nos
séculos XVIII e XIX, a Economia cuidou, basicamente, das unidades
elementares de consumo e de produção – dos consumidores e das empresas.
A origem da Análise Microeconômica remonta, assim, aos primeiros autores
clássicos, como Adam Smith ( 1723
– 1790), David Ricardo (1722-1823) e John Stuart Mill (1806 –1873),
na Inglaterra; e Jean Bptiste
Say (1767-1832), na França. As investigações microeconômicas desses
autores clássicos só iriam chocar-se a partir da segunda metade do século
XIX, com o teor macroscópico da crítica marxista, que abordou o sistema
econômico ocidental a partir de um enfoque globalista, desviando a atenção
dos teóricos da época para o exame de questões de natureza bem diversa
daquelas que até então haviam sido teoricamente enfrentadas. Mas, após
o breve intervalo da contundente
crítica de Marx(1818-1883)
, um outro grupo de teóricos
iria novamente ocupar-se do desenvolvimento da Análise Microeconômica.
Este segundo e destacado grupo ocorreria
a partir de 1870, na
Áustria ( com Eugen von Böhm-Bawerk(1851-1914),
Friedrich von Wieser(1851-1926) e Karl
Menger (1840-1921)), na Suiça ( com Léon
Walras(1834-1910) e Vilfredo
Pareto(1848-1923)) e na Ingaterra ( com Alfred Marshall(1842-1924), que reviu praticamente toda a Análise
Microeconômica tradicional,
procedendo à chamada síntese neoclássica).” Mas há controvérsias.
EKELUND JR & HÉRBERT (1999; 1), por exemplo,
consideram como de domínio público o fato de os clássicos haverem
tratado da macroeconomia e os neoclássicos da microeconomia. Na sua meticulosa e recente
obra, EKELUND JR & HÉBERT( 1999; xi-xii) mostram que as origens da disciplina
remontam mais à França do que à Inglaterra e que os primeiros ancestrais
da Microeconomia seriam mais os engenheiros do que os economistas. Para
tais autores se é reconhecida a importância de alguns autores franceses
do começo do século XIX, como por
exemplo Augustin Cournot(1801-1877),
em geral apresentado como “um sábio
trabalhando em esplêndido isolamento”,
se ignora a contribuição maior daquele povo.
Em realidade em torno da École
Nationale des Ponts et Chaussés,
, gravitava um grupo eminente de escritores ali preparados para o serviço
público e que em muito contribuíram para o surgimento da Microeconomia.
Um deles, Jules Dupuit(1804-1866),
moldara a essência da economia neoclássica marshalliana e deu expressão
aos mais contemporâneos princípios, muito antes dos reconhecidos pioneiros
do assunto William Stanley Jevons(1835-1882), Karl Menger(1840-1921) e
Léon Walras(1834-1910). A
obra desses dois estudiosos americanos é produto de trinta anos de trabalho,
o que valoriza e persistência, e seus resultados são fenomenalmente originais,
novos e anticonvencionais. A citação de tais resultados
aqui tem o objetivo de deixar claro que é valioso pesquisar, buscar informes
sobre fatos importantes soterrados
pelo hábito da mera repetição de trabalhos consagrados. E quanto se perde
por causa desta postura tão difundida! Que contribuições pioneiras de
tantos povos permanecem ignoradas por descompromisso com a informação!
Vale ressaltar, como o faz MYERSON(1999;
1068), comentando o papel desempenhado pela teoria dos jogos não cooperativos, do final dos anos 1940s, de John
Nash, na história da teoria econômica, que a definição restrita da
Economia como a Ciência Social
voltada para os temas de produção e alocação de bens materiais, tem sido
suplantada(a definição) por uma mais ampla que considera como campo dessa
ciência “a
análise de incentivos em todas
as instituições sociais”. Tal
estudo de Nash que ficaria nas fronteiras da economia, nos domínios da
pesquisa matemática, pela definição mais antiga, agora, com a referida
ampliação, se insere nas províncias econômicas. O que, aliás, ocorre
com muitas outras contribuições surgidas em tal período, a exemplo das
muitas técnicas de Pesquisa Operacional.
E é também graças a essa ampliação, que assuntos como Escolha
Pública ( Public Choice) se incluem no campo da Economia (Ver a home-page
do Prof. Cláudio Djssey Shikida – www.oocities.org/CollegePark/Hall/5536/index.html - 18.1.2000).
Tal informe serve para alertar quão amplo pode ser
o tratamento, tanto teórico como aplicado da teoria econômica e
da microeconomia. Não é, no entanto, um compromisso do presente enfoque.
A respeito de
definição - Faz-se agora um “aquecimento
mental”, procedendo-se uma incursão em
MACIEL (1974),
para que se chegue
com mais segurança a uma conceituação e a uma definição da microeconomia. A
Lógica trata da coerência interna e pois da validade do pensamento. Ela
precede a Gnoseologia que
cuida de modo similar do
conhecimento em si. Pensamento e linguagem (expressão verbal, mais especificamente)
andam juntos e são inseparáveis. A Lógica cuida do primeiro, assim como
a Gramática, da linguagem. A Lógica também vem antes da Gramática. A Gramática
deve ter uma base lógica. É preciso uma filosofia (uma lógica) da linguagem
. É preciso distinguir a linguagem
natural ( ou ordinária) de linguagem
discursiva ( ou científica). Há três elementos, em ordem crescente
de complexidade, na linguagem discursiva: as palavras, as proposições e os argumentos
. As contrapartes do pensamento
paras estas três entidades são, respectivamente,
a concepção, ou apreensão, ou formação
da idéia ou ainda conceito (contraparte da palavra ou termo), o juízo (contraparte
da proposição, relação entre idéias) e o raciocínio ( contraparte do argumento, relação entre juízos). Fig.
1.1 Correspondências entre os entes básicos da linguagem e do pensamento A
Fig. 1.1 sugere que o pensamento vem antes da linguagem e que esta é a
expressão daquele, nos três níveis de complexidade. “A
idéia, ou conceito, é a representação mental de um ser. A palavra, ou
o termo, é a sua expressão
verbal. Ambos se eqüivalem logicamente, embora sejam filosoficamente distintos”
(MACIEL, 1974; 27). O
conceito e o termo têm duas propriedades fundamentais: a compreensão
e a extensão. Compreensão
de um conceito seria o seu conteúdo, todos os seus atributos, notas ou
aspectos inteligíveis que levam o espírito a
apreender ou conceber
o conceito. “costuma-se chamar de notas
esses atributos. Assim, a compreensão de um conceito é, essencialmente,
um conjunto de notas. Para o conceito homem
são notas: “ser”, “vivo”, “animal” e “racional”. A compreensão mede a
complexidade de um conceito.”( MACIEL,
1974; 27). Já
a extensão é a propriedade
de um conceito que mede a sua generalidade ( o grau de aplicabilidade) e indica o conjunto dos seres
ao qual o conceito se aplica, se “estende” ou convém. Por exemplo, o conceito
de homem tem por extensão um conjunto de seis bilhões de indivíduos
que vivem neste planeta. Homem histórico teria extensão maior,
por envolver outras gerações, para frente e paras trás. Quanto
mais simples (menor número de notas) um conceito, mais geral (mais extensão
ele terá) . Extensão e Compreensão mantém uma razão inversa. Nessas
idéias se baseia a teoria das categorias da
Lógica Clássica. ”As categorias
são concebidas como classes mais gerais de conceitos ou palavras. É o
mesmo que concebê-las como ”gêneros
supremos”. “As categorias são
os instrumentos por excelência do pensamento na geração de qualquer forma do conhecimento” (MACIEL,
1974; 28). Classificação, gênero,
espécie são conceitos, idéias, termos ou palavras que advém daí. Das duas
últimas, advinha qual a que tem mais compreensão e a que tem mais extensão. “Duas
operações podem se aplicar ao conceito ou ao termo, do ponto de vista
de suas propriedades fundamentais ( a compreensão e a extensão ). Estas
operações são, respectivamente, a definição e a divisão. A
definição é a operação que analisa a compreensão de uma termo. Ora,
a compreensão é uma “medida” da complexidade do conceito. É justamente
porque são complexos que
os conceitos precisam ser definidos
(“definir”, no Dicionário, é “expor com clareza e precisão os caracteres
genéricos e diferenciais de uma coisa”, “tornar conhecido”). Os conceitos
são definidos – isto é, têm
suas compreensões analisadas – para serem melhor compreendidos.
A definição se faz, em
geral, pelo “gênero próximo” e pela “diferença específica”. Já se vê
que o manejo desta operação depende fundamentalmente do manejo
que se tenha das categorias. E como estas estão na raiz mesma do processo
de geração do conhecimento, é fácil entender porque, em geral, é tão difícil
definir.” “A divisão é
a operação que analisa a extensão de um conceito ou termo. Como a extensão
vem a ser um conjunto de ‘indivíduos
ou seres’ (no original constava “notas”,
o que, evidentemente, é um erro de revisão. Nota do transcritor),
dividir o conceito é desmembrar esse conjunto em seus elementos. O conjunto
( ou o todo, o próprio conceito) é um “gênero”, os elementos ( ou as partes,
ou notas) são as espécies respectivas” (
MACIEL, 1974; 30). Com
a musculatura mental aquecida, sem riscos de estiramentos, retorna-se
à Microeconomia. Algumas definições(
e extensão) de Micreconomia - “
A teoria do preço, ou
microeconomia, trata da atividade
econômica de unidades econômicas individuais, tais como consumidores,
proprietários de recursos e firmas comerciais.
Preocupa-se com o fluxo de bens e serviços das firmas ou empresas comerciais
para os consumidores, com a composição do fluxo e com a avaliação ou formação
de preço das partes componentes do fluxo. Preocupa-se também com o fluxo
dos recursos produtivos (ou seus serviços) dos seus proprietários para
as firmas comerciais, com sua avaliação e com a distribuição entre os
empregos alternativos. Geralmente, a teoria do preço pressupõe uma economia
estável – sem grandes flutuações para baixo ou para cima – e razoável
pleno emprego dos recursos. Adotaremos tais pressuposições , neste livro,
não porque as flutuações e desemprego sejam irrelevantes,
mas porque se nos ativermos a elas (as pressuposições), poder-se-á estabelecer
a teoria do preço de maneira inequívoca e mais simples”....”A teoria do
preço é um tanto abstrata” ...”...não nos dá uma descrição exata do mundo
real” (LEFTWICH, 1974; 8-9). “A
Microeconomia, ou Teoria de Preços, é a parte da Teoria Econômica que
estuda o comportamento das famílias e das empresas, e os mercados nos
quais operam. A Microeconomia preocupa-se mais com a análise parcial,
com as unidades (consumidores, firmas, mercados específicos), enquanto
a Macroeconomia estudos os grandes agregados (Produto Nacional, Nível
Geral de Preços etc.)”( VASCONCELLOS & TROSTER, 1993; 33). “A
Teoria do Preço trata, fundamentalmente, dos fluxos de bens e serviços
das empresas para as famílias, dos fluxos de serviços produtivos das famílias
para as empresas, da composição desses fluxos e da formação dos preços
dos componentes dos fluxos. O estudo de tais fluxos conduz a definição
tradicional do problema econômico, isto é, a alocação de recursos escassos
entre usos alternativos. A verdadeira economia consiste em obter a máxima
satisfação das necessidades com os recursos disponíveis”
( BILAS, 1970; 16). “Como
muitas outras disciplinas, a Economia é dividida em ramos e sub-ramos.
Os maiores ramos são Microeconomia, que é o estudo das ações econômicas
dos indivíduos e bem definidos grupos de indivíduos, e Macroeconomia,
que é o estudo de amplos agregados tais como emprego total e renda nacional.
Esta dicotomia é em algum senso artificial, desde que os agregados são
meramente a soma cifras individuais. Entretanto, ela se justifica pelas
diferenças básicas nos objetivos e métodos dos dois ramos” (HENDERSON & QUANDT, 1971; 2-3). De
muitos manuais consultados, os autores
não definem nem dividem a Microeconomia.
De fato, definir é uma operação sobre o conceito de difícil execução.
VARIAN (1993; 1) começa o seu
manual afirmando a inadeqüabilidade do hábito de se por no primeiro capítulo
dos livros de Microeconomia seu escopo
e método, por mais interessante
que isto pareça. Evita falar na definição. E assim procede porque acha
difícil alguém apreciar tal discussão antes de ver em execução alguns
exemplos de análise econômica. Outros
que fazem considerações iniciais sobre o uso e limitações da Microeconomia,
consideram as análise positiva x análise normativa,
apresentado dois exemplos que buscam responder à pergunta “por
que estudar Microeconomia?”
, além de estudar o que é mercado
e preços nominais x preços reais,
são a dupla PINDICK & RUBINFLED
(1998; 3-16). Lembram esses autores que “como qualquer outra ciência, a
Economia é comprometida com explicação
e predição de fenômenos observados”.
E tais categorias estão baseadas em Teorias.
E Teorias são verificáveis, falíveis. A validade e a utilidade de
uma teoria depende em como ela explica e prevê fenômenos concernentes
ao seu campo de ação. Esta
rápida passagem pela literatura dá para ter uma idéia de que notas ou
atributos se faz uso para definir a disciplina, portanto sua compreensão,
e a que campos ela se aplica, sua extensão. Eis um
bom exercício: faça um rol das notas que definem a Microeconomia.
Faça-o agora e volte a fazê-lo no fim do curso. Seria
conveniente fazer agora uma divisão
da Microeconomia, uma estirada sobre a extensão do conceito. É comum nos
textos mais antigos, se dividir a Microeconomia em : 1.
Estudo
dos Mercados, Oferta e Demanda. 2.
Teoria
do Consumidor 3.
Teoria
da Firma ou da Produção (e custos) 4.
Teoria
da Firma e Organização do Mercado 5.
Teoria
da Distribuição 6.
Teoria
do Equilíbrio Geral 7.
Teoria
do Bem Estar Econômico. (
Ver FERGUSON, 1972; xi-xvi). Em
literatura mais recente se encontra mudanças na extensão do conceito Microeconomia:
I.
Introdução: Mercados e Preços. ·
Preliminares ·
O básico de oferta
e demanda. II.
Produtores, Consumidores e Mercados Competitivos ·
Comportamento do
consumidor. ·
Demanda individual
e de mercado. ·
Escolha sob incerteza ·
Produção ·
O custo de produção ·
Maximização do
lucro e oferta competitiva ·
Análise de mercados
competitivos III.
Estrutura de mercado e estratégia competitiva ·
Poder de mercado:
monopólio e monopsônio ·
Formação de preço
e poder de mercado ·
Competição monopolista
e oligopólio ·
Teoria dos Jogos
e estratégia competitiva ·
Mercados de fatores
de produção ·
Investimento, tempo
e mercados de capital IV
– Informação, falhas de mercado e papel do governo ·
Equilíbrio geral
e eficiência econômica ·
Mercados com informação
assimétrica ·
Externalidades
e bens públicos. Tal
estruturação se encontra em PINDYCK
& RUBINFELD (1998;v ). Como
há quem arrume o corpo doutrinário/teórico da disciplina assim: I
– Introdução à Microeconomia *
Microeconomia: Uma metodologia de trabalho II-
Escolha Individual ·
Uma teoria das
preferências ·
Obter e gastar:
o problema da escolha econômica ·
Solução indireta
de problemas: aplicações da teoria da escolha ·
Escolha sob informação
imperfeita III-A
firma ·
A teoria da firma ·
Produção e custo:
um insumo variável ·
Produção e custo:
muitos insumos variáveis IV
– Mercados de bens ·
A teoria da concorrência
perfeita ·
Monopólio ·
Teoria dos jogos
e oligopólio ·
Diferenciação de
produtos
V- Mercados de recursos e equilíbrio geral ·
Mercados de insumos
e a alocação de recursos ·
A distribuição
de renda ·
Alocação alocação
intertemporal de recursos ·
Eficiência e alocação
de recursos: uma abordagem do equilíbrio geral ·
Externalidades
e bens públicos. (EATON & EATON, 1999;iv-xix) Uma
das mais citadas e referidas divisões da Microeconomia é a da American
Economic Association(1999; 887-898) , publicado em cada número
do periódico Journal of
Economic Literature
: D
– Microeconomia D00
– Geral D1
– Comportamento da Dona de Casa e Economia da Familia D10
– Geral D11
– Economia do Consumidor: Teoria D12
- Economia do Consumidor:
Análise Empírica D13
– Produção da Dona de Casa D18
- Proteção do Consumidor D19
– Outros D2
– Produção e Organizações D20
– Geral D21
– Comportamento da Firma D23
– Comportamento Organizacional; Custos de Transação; Direitos de Propriedade
D24
– Produção: Produtividade do Capital e de todos os Fatores; Capacidade D29
– Outros D3
– Distribuição D30
– Geral D31
- Distribuição Pessoal da
Renda e da Riqueza D33
– Distribuição Funcional da Renda (Distribuição entre os Fatores) D39
– Outros D4
– Estrutura de Mercado e Formação
de Preços D40
– Geral D41
– Competição Perfeita D42
– Monopólio D43
– Oligopólio e Outras Formas de Imperfeição de Mercado D44
– Leilões D45
– “Rationing”; “Licensing” D46
– Teoria do Valor D49
– Outros D5
– Equilíbrio e Desequilíbrio
Gerais D50
– Geral D51
- Economia da Produção e
da Troca D52
– Mercados Incompletos D57
– Análise de Insumo – Produto D58
- Modelos de Equilíbrio Computáveis
e Outros Modelos de Equilíbrio Geral Aplicados D59
– Outros D6
- Economia do
Bem Estar D60
– Geral D61
– Eficiência Alocativa; Análise de Custo – Benefício D62
– Externalidades D63
– Equidade, Justiça, Inequidade, e Outros Critérios Normativos e de Mensuração D64
– Altruísmo D69
– Outros D7
– Análise da Tomada de Decisão Coletiva D70
– Geral D71
– Escolha Social; Clubes; Comitês D72
- Modelos Econômicos do Processo
Político D73
- Burocracia; Processo Administrativo
nas Organizações Públicas D74
– Conflitos; Resolução de Conflitos D78
– Análise Positiva do Planejamento ( “Policy – Making”) e Implementação D79
– Outros D8
- Informação e Incerteza D80
– Geral D81
– Critérios para Tomada de Decisão sob Risco e Incerteza D82
– Informação Assimétrica e Privada D83
– Busca(Pesquisa), Aprendizado e Informação D84
– Expectativas ; Especulação D89
– Outros D9
– Escolha Intertemporal e Crescimento D90
– Geral D91
– Escolha Intertemporal do Consumidor D92
– Escolha Intertemporal da Firma e Crescimento, Investimento e
Financiamento D99
– Outros. Vê-se,
pois, que é uma divisão ampla e – pelos vazios da numeração – em elaboração,
evoluindo com a sociedade. Para
contextualização, eis o quadro
geral da divisão da Economia: A
– Economia Geral e Ensino B
- Metodologia e História
do Pensamento Econômico C
- Métodos Matemáticos e Quantitativos D
– Microeconomia E
– Macroeconomia e Economia Monetária F
- Economia Internacional
G
– Economia Financeira H
– Economia Pública I
- Saúde, Educação e Bem Estar J
– Economia do Trabalho e Demográfica K
– Lei e Economia L
– Organização Industrial M
– Administração de Negócios e Economia de Negócios; Comercialização (“Marketing”);
Contabilidade N
– História Econômica O
– Desenvolvimento Econômico, Mudança Tecnológica e Crescimento P
– Sistemas Econômicos Q
– Economia Agrícola e Economia de Recursos Naturais R
– Economia Urbana, Economia Rural e Economia Regional Z
- Outros Tópicos Especiais. Como
se vê, definir e dividir um conceito, mesmo um científico, que se supõe
ser o mais neutro e eqüidistante possível das muitas weltanschauung
[HF1]ou
visões de mundo, é tarefa
de difícil realização, controversa e sempre imperfeita. [HF2][HF3] Microeconomia:
Situação, Objeto, Campo, Usos, Metodologia- A
Microeconomia é uma parte componente da Teoria
Econômica. A teoria é o segmento da Economia (ou da Ciência Econômica
) que versa sobre leis, princípios, sistematização.
Caracteriza-se pela consistência
interna, coerência, objetividade.
A Teoria Econômica é a versão científica da Economia. Como Teoria Cientifica,
mantém o compromisso da verificabilidade.
Um
conhecimento do meio econômico com base na superficialidade,
credulidade e praticidade se constitui na Economia
Descritiva, que enfatiza o Senso
Comum. Economia
Descritiva mais Teoria Econômica formam o conjunto da Economia
Positiva, que trata o mundo econômico como
ele é. A Política Econômica,
carregada de Ideologia, se constitui
na setor Normativo da Economia ou
Economia Normativa. Busca objetivos
predeterminados, diz pois como
deve ser a Economia ( Economia mundo real, não Economia ciência; na
nossa língua é preciso cuidado para diferenciar estas duas idéias ou conceitos,
que são expressos pelo mesmo termo ou palavra, economia;
já no idioma inglês não há tal problema, graças aos dois termos economy
e economics. O mesmo ocorre em esperanto, com ekonomio e ekonomiko). É
a parte aplicada da Economia, que pressupõe a (ou depende da) Economia
Positiva. Pode ser conduzida por governos ou particulares, havendo muitas
vezes pessoas que acumulam as duas funções, algumas vezes de modo promiscuo.
( ROSSETI, 1977; 78-82). Um
preceito tipicamente normativo está expresso por LEFTWICH(
1974;4): “O desempenho de uma economia de preferência deveria ser julgado com base
no fato de estar ou não proporcionando o mais alto nível de vida permitido
por seus recursos e técnicas, deixando de lado uma parcela da produção
a fim de aumentar a futura
capacidade produtiva. Não se pode pedir mais de uma economia, não se deve esperar que ela proporcione menos”. O
objeto da Microeconomia era
a atividade econômica das pessoas físicas e jurídicas. Mas só a atividade
abordada pelo seu especial método. Eis o seu campo
de atuação. Hoje há uma expansão deste campo. Em
realidade não há apenas um método para a disciplina. Ou talvez se possa
falar, como acima, de um só método e de alguns sub-métodos. A Microeconomia pode ser apresentada de modo oral ou(acepção de intersecção) verbal, de modo gráfico ou (acepção de reunião) analítico. Pode
ainda vir sob a forma axiomática,
quando estruturada em axiomas ou
pressupostos básicos, dos quais se deduz
todo o corpo teórico. Pode-se ainda induzir
a partir de fatos concretos. Nada impede que se lhe aplique diferentes
tipos de lógicas, entre elas algumas para-consistentes.
Certamente para diferentes métodos poderão resultar diferentes microeconomias.
Todas as que sobrepujarem o teste da verificabilidade , isto é, todas
as cujos preceitos são verificáveis no mundo real, merecem a aceitação
como ciência. Vale
a atenção à afirmativas de BUNGE(1987): “Os primeiros a
empregar o método científico nas ciências sociais foram os economistas,
há mais de um século. Os economistas científicos, como Marx, Cournot,
e Walras, longe de limitar-se a juntar dados ou enunciar hipóteses especulativas,
formularam modelos precisos, recolheram dados relevantes para esses modelos
e fizeram prognósticos que, a longo prazo, permitiram avaliar os mesmos.
O fato de tais modelos terem sido grosseiros não impede que tenham sido
concebidos e utilizados de maneira científica. Tanto o foram que os economistas
posteriores puderam utilizar essa experiência para formular e aplicar
modelos melhores em alguns aspectos, ainda que, naturalmente, sempre imperfeitos”.
Para
alguns autores a Microeconomia é um estudo típico das economias de livre
empresa ou, como se costuma dizer hoje, de mercado. Embora tenha sido
em tal contexto que ela mais se desenvolveu, não parece correto, à primeira
vista restringi-la assim. Seu campo de atuação pode se achar em todo e
qualquer sistema econômico. Como
finalidades e usos da Microeconomia é costume se relacionar: a)
fornecer meios para compreender
como funciona a economia; b)
predizer
a natureza e a direção
prováveis das mudanças na organização e na atividade econômica; c)
funcionar como base para
recomendações de políticas que
possam adaptar ou modificar a atividade econômica, segundo o rumo que
se julgue desejado. LEFTWICH(1974;
8 ) BILAS(1970;
18 ) relaciona como
propósitos desta disciplina a previsão, a política econômica, o exame das condições do bem-estar econômico
e decisões administrativas de empresas comerciais(ou de todos os setores,
pode-se acrescentar). Como
o uso empírico da Microeconomia depende da Econometria, vale lembrar com
INTRILIGATOR, BODKIN &
HSIAO (1996;4) os usos desta última disciplina: Análise
Estrutural ( o lado científico
da disciplina que entende
o mundo real via mensurações, testes e validação e que produz uma retroalimentação
da teoria, aperfeiçoando-a), Previsão e Avaliação Política. Metodologicamente
a Microeconomia é reducionista e
não holística. No sentido de que ela reduz o mundo real, com o propósito de torná-lo manuseável. Do emaranhado
de fatos e fenômenos econômicos ou não (mas relacionados) a estudar, ela
procura selecionar grandezas e
variáveis relevantes para montar
seus modelos de atuação. Grande
quantidade de fenômenos é simplesmente ignorada. Cai na vala comum do
erro e da ignorância. Aliás, na arte da modelagem ou da modelação, precisão ou realismo e manuseabilidade
são propriedades dos modelos inversamente relacionadas entre si: quanto
maior uma, menor a outra. Quanto mais variáveis entram no modelo, mais
ele fica realista e menos manuseável. Conforme
FERGUSON (1972; 5 ), a
Microeconomia parte do mundo real, complicado, procede abstrações teóricas,
monta modelos lógicos, simplificados, faz argumentações lógicas com tais
modelos e obtém conclusões lógicas. Tais conclusões são submetidas a interpretações
lógicas para voltar ao mundo real. Volta agora como explicação, como previsão,
como projeção. Tal autor apresenta,. com base em outro estudo, um diagrama
comparando o método microeconômico
com o estatístico experimental. Vale a pena ler tal apresentação.
É
enfatizado aí e em todos os manuais o emprego de modelos na disciplina.
Fala-se em dois mundos: o mundo real e o mundo modelar.
Vive-se no mundo real.
Analisa–se, procede-se sínteses, estuda-se enfim o mundo modelar com os instrumentos, basicamente matemáticos,
da ciência microeconômica. O modelo, pois, se constitui em peça fundamental
do conhecimento utilizável. O conhecimento desejável deve transitar entre
os dois mundos. Atuando
sobre o mundo real via o mundo modelar; interpretando, explicando e prevendo
sobre o mundo real depois de operar sobre modelos, cabe uma digressão
sobre eles. Para
GUILLAUME(1971; 5 ), “um
modelo é um sistema abstrato que permite o estudo dum fenômeno ou de um
sistema real. Construir um ser abstrato, isto é, inteiramente constituído
por sua definição, para estudar um objeto real é uma atividade
científica muito freqüentemente
utilizada. Os sucessos de tal
método são incontestáveis. Ele elimina as
ambigüidades e os equívocos da linguagem, definindo conceitos operatórios
e exatos a um nível de rigor onda a lógica formal é aplicável”. “Um modelo, por definição, é
qualquer representação de um fenômeno real tal como um sistema
ou um processo real. O fenômeno
real é representado pelo modelo a fim de explicá-lo, de predizê-lo, de
controlá-lo – propósitos correspondentes aos três escopos da econometria
já discutidos”....”Existem muitos tipos de modelos nos vários campos onde
eles têm sido aplicados. Entre os tipos mais importantes estão os modelos
verbal/lógicos, modelos físicos, modelos geométricos e modelos algébricos.
Talvez o mais simples tipo de modelo e o primeiro usualmente usado em
qualquer campo de pesquisa seja
o modelo verbal/lógico. Ele usa analogias verbais, tais como metáforas
e símile e o modelo resultante é algo chamado paradigma”
(INTRILIGATOR,
BODKIN & HSIAO, 1996; 13-15).
Para
estes autores, dois dos paradigmas mais antigos e melhores se devem a
Adam Smith: o da fábrica de alfinete, para a divisão do trabalho e o da
mão- invisível, para o sistema de livre empresa. Como modelos
físicos os autores relacionam jovens e belas mulheres para a moda,
modelos de aviões em escala testados em túneis de vento, modelo do átomo,
modelos astronômicos, modelos de moléculas de proteína,
e outros de fenômenos de
muitas naturezas. Para os
propósitos econométricos, modelos algébricos, estocásticos são os mais
apropriados. Na
disciplina Pesquisa Operacional
é encontradiça a classificação dos modelos:
Modelos
Icônicos: têm por base a imagem Modelos
Analógicos: baseiam-se em analogias, propriedades representando outras
propriedades. Modelos
Simbólicos : Matemáticos, mais gerais e abstratos. Estes
últimos se subdividem em :
Equações de comportamento:
Função Consumo Função Demanda Equações
institucionais ou legais: Equação de imposto de renda Equações
Tecnológicas: Função produção
Equações de definição ou identidade:
Y = C + I
Equações de equilíbrio móvel :
Qd = Qs
(ACKOFF, R. L. & SASIENI,
M. W. –1971; 70-71). Trabalhando
com modelos, a Microeconomia se conduz por múltiplos procedimentos. Tem
por pano de fundo a Física, de onde retira algumas categorias. Fala-se
em equilíbrio quando os agentes
atingem posição que tende a permanecer. Refere-se a equilíbrio
total quando são tomada em conta relações entre todas as grandezas
da economia e a equilíbrio parcial quando se selecionam algumas. Invoca-se o qualificativo
estático quando não se considera
a evolução temporal das mudanças nos parâmetros
e/ou nas variáveis
das várias funções. E a contraparte dinâmico se os estudos consideram este evoluir no tempo, com indexação
das variáveis para os diversos tempos. Comparando-se duas situações (de
equilíbrio) entre grandezas econômicas que compõe um quadro antes e depois
de mudança(s), diz-se que se procede um estudo de Estática Comparativa. A nomenclatura carece de explicação, ressaltando-se
apenas que o termo estática implica
na consideração de um só momento no tempo. A estática comparativa é qualitativa
se apenas indica a direção(o sinal)do movimento de uma variável por força da ação de outra.
Se indica também a magnitude da
mudança, aí então é quantitativa..
Mudança quantitativa é mais geral e abrange a mudança qualitativa.
Outras divisões dos campos das Microeconomia são Estática
do Equilíbrio, Dinâmica Comparativa e Dinâmica do Equilíbrio. FERGUSON(1972; 6-8)
agrupa os praticantes da Economia ( e aqui não só da Microeconomia) em
três grupos no que respeitas a visão dos vínculos entre teoria e verificação: 1.
Os
Extremamente Aprioristas,
para os quais a ciência prescinde da verificação das suas proposições,
sendo um sistema apriorístico de verdades deduzidas de um conjunto de
postulados. 2.
Os
Ultraempiricistas,
em posição diametralmente oposta, não reconhecem legitimidade no que não
for verificável; não passar pelo teste da comprovação empírica. 3.
Os
Positivistas Lógicos assumem
posição intermediária. Isentam os axiomas ou postulados da verificação
empírica, que deve ser aplicado as proposições daí deduzidas. O
microeconomista deve estar atento para o mundo real, objeto de seu trabalho
e para a Matemática, linguagem dos seus modelos, embora haja quem combata
a “matematização” da
disciplina. Para CHANG
(1974; 4-5) eis as vantagens
de se usar o enfoque matemático: 1.
“A ‘linguagem’ usada é mais
concisa e precisa. 2.
Existe uma riqueza de teoremas matemáticos a nosso serviço. 3.
Nos obrigando a explicitar todos os nossos pressupostos para o
uso dos teoremas matemáticos, nos previne da armadilha de adoção não intencional
de pressupostos implícitos e não desejados. 4.
Permite-nos tratar o caso geral de n – variáveis.” Como
desvantagens do emprego da linguagem matemática o autor relaciona o fato
de este não ser o vernáculo de todos os economistas, provocando dificuldades
de comunicação entre economistas matemáticos e não matemáticos. Além disso
ocorreria o perigo de se ser tentado a tratar apenas os problemas passíveis
de solução matemática. Além disso, “pode-se desavisadamente levar a Matemática a um papel de senhor
em vez de servo”. Teoria elementar
de funcionamento do mercado. De
mercado, do latim, mercatus, us, trato mercantil, compra e venda, um bom dicionário de
idéias, termos semelhantes ou analógico, como AZEVEDO (1983) pode apresentar a seguinte relação de termos análogos:
praça, telônio, ágora, praça de
comércio, vendedouro, feira, nundinas[HF4](
ant.), quermesse, bazar, chandeu
(China[HF5]), [HF6][HF7]bezesã
(Síria),
entreposto,
núcleo, empório, interposto, centro comercial, ribeira, alfândega , aduana,
armazém, armarinho, loja, mostruário, taceira, mostrador, vitrina,
montra (gal.), papelaria, tabacaria, estanco, vidraçaria, casa
comercial, de negócio, mercearia, quiosque, taverna, botequim, bar, tasca,
esteiraria, malcozinhado, sebo (bras.), casa de alfarrabista, venda, vendola..
Ufa! Sirva este monte de palavras para mostrar como cansativo e rico é
o labor humano. E é sobre este emaranhado do mundo real que está por trás
destes termos, que se começa apresentando as primeiras simplificações
feitas pela disciplina com os fins colimados de explicar, prever, auxiliar
na elaboração de políticas. O
mercado é a entidade onde, por
meio da qual ou via seus agentes se processam as trocas entre os homens
e suas instituições econômicas.
De existência real simples ou multi-complexa, variando desde as
pequenas vendas de atendimento vicinal até aos sofisticados mercados internacionais de
commodities, de capitais
ou de futuro, esta instituição econômica é estudada com modelos de mercados,
que tomam em conta algumas grandezas para explicar o fato real. No
mundo real, os mercados são considerados
instrumentos de alocação de recursos e meios de produção. Na economia
descentralizada, de livre empresa, este papel dos mercados é ainda mais
enfatizado. Mesmo reconhecendo-se
que há diferentes mercados, com
características próprias, algumas das quais bastante prejudiciais ao bom desempenho
como alocador eficiente de recursos do mercado, alguns círculos insistem
na tecla de que, neste campo,
não há salvação fora do mercado( a repetição da palavra é proposital,
para enfatizar a ênfase que hoje se dá a essa instituição), como se todos
os mercados de existência real fossem perfeitos, como se não houvesse
imperfeições de mercado. O
mercado funcionaria como um “deus
ex-machina”, capaz de transformar cenários indesejáveis em ótimos.
Nada de intervenção governamental, sempre imperfeita. Só as forças
de mercado, os seus mecanismos, podem levar à felicidade. Claro que
há pontos de vistas opostos e que valorizam o planejamento, às vezes indicativo,
às vezes intervencionista. Nesta área é muito comum se resvalar do campo
da ciência – que precisa de comprovação empírica – para o da ideologia,
que é doutrinária e prescinde o
confronto com a realidade. E, claro, há mercado onde prevalece
o planejamento e há planejamento no mercado. O planejamento é função importante
das grandes empresas multinacionais. Há um texto do Prof. Delfim
Neto, antes de ser ministro, onde ele afirmava textualmente que a opção
não é entre planejar e não planejar, mas
sim entre planejar bem e
planejar mal. A
Microeconomia, pretensamente científica, não doutrinária, enfrenta seus
problemas de modo a submeter seus achados à validação empírica. Seus aportes
devem ser testados no mundo real, em geral com o uso da Econometria (
embora haja posição legítima de quem diga que se a realidade não confirmar
a teoria, pior para a realidade) . Não se está aqui assumindo uma posição
ultraempiricista, propondo-se que tudo deva ser comprovado pelo mundo
real. Compõe-se talvez com os positivistas lógicos que isentam postulados/axiomas
deste teste. Para
enfrentar as atividades do mercado a disciplina procede a simplificações
e monta modelos matemáticos. Separa grandezas relevantes e com elas trabalha.
Os mecanismos de mercado são acionados por dois entes básicos, duas forças
( ressalta a influência da Mecânica) fundamentais: a
demanda ou procura e a oferta. Pelo
confronto dessas duas forças os mercados – sejam de um produto ou de muitos(agregados);
sejam locais ou internacionais – entram em equilíbrio. A qualquer intervenção
de fora os mercados acionam tais seres para, quebrado seu equilíbrio prévio,
ir para novo equilíbrio. Os homens concretos que fazem os mercados, os
agentes do mercado, se comportam ora oferecendo coisas, ora procurando.
Exercem assim aquelas funções do mercado, a função oferta e a função demanda.
E para estudar este fato, montam-se modelos de ofertantes(ofertadores)
e demandantes (demandadores).
Agentes teóricos, portadores apenas de algumas qualidades que interessam
ao modelo, desprovidos de sua humanidade, tendo interesse apenas para
a Microeconomia e nunca, por exemplo,
para os imaginosos romancistas que registram, contam e antecipam
todo o drama da existência humana. E montam-se também modelos das próprias
funções : função demanda (função procura) e função oferta. Com
os modelos de funções oferta e demanda, tendo por pano de fundo os agentes
teóricos, o mecanismo de mercado é sempre acionado quando se quebra o
equilíbrio existente e faz este especial tipo de mercado atingir outra
posição de equilíbrio. Este é o modelo de Mercado de Competição Perfeita (estudado ainda neste curso). Isto
é o que se chama desempenho do mercado como agente alocador de recursos
produtivos. Em
geral este é o mais simples dos modelos microeconômicos envolvendo duas
funções, o primeiro que se aprende e tem interessantes aplicações dentro
de suas limitações. Nele funcionam oferta e demanda explicando quantidades
ofertada e demandada de um produto
pela variável preço do produto quando se trata de mercado deste
produto. Em outro estágio, tomam-se modelos mais abrangentes, com oferta
e demanda sendo explicadas por outras variáveis além de preço do produto.
Certamente que, mesmo neste caso continua-se trabalhando com equilíbrio
parcial e não com o modelo do
equilíbrio total.
Elementos da Procura
e da Oferta.
Distinguem-se
três categorias de componentes de demanda e oferta: 1)
Elementos Objetivos
Da
demanda: a existência de quantidades do bem e
a existência de poder de compra dos demandores. Da
oferta: a existência de
quantidade do bem. 2)
Elemento Subjetivo Da
demanda e da oferta: a disposição do demandante de adquirir o bem
e a disposição do ofertante de vendê-lo. 3)
Elementos Condicionantes Da
demanda e da oferta: o preço e o tempo. O
tempo merece consideração especial no desenho de demanda e oferta. Tais
grandezas se constituem em fluxo,
i.e., em quantidades de bens por unidade de tempo. Variando a unidade
de tempo, para o mesmo fato concreto, varia a quantidade demandada ou
a ofertada nesta unidade
de tempo. As influências sazonais ou estacionais
são outras marcas indeléveis do tempo. A armazenagem e seu tempo exercem
influência nestas grandezas. (
GARÓFALO & CARVALHO, 1975, 1976). As
funções demanda e oferta. A
função demanda. A
função demanda expandida ou com mais de uma variável explicartiva. No
estudo da função demandas muitas são as variáveis que explicam as quantidades
demandadas. A função demanda é concebida teoricamente, mas com compromisso
com o mundo real. Em geral
se montam modelos em que as quantidades
que um demandante está disposto
a adquirir de um dado bem, produto ou serviço é função
de algumas variáveis.
O demandante pode ser individual ou coletivo (respectivamente, função
demanda individual, função demanda agregada), o mercado pode ser local,
regional, nacional, mundial. Em algum tempo, quem sabe,
poderá ser galático
e intergalático. Em
geral e costumeiramente se diz : QDX
= f ( PX , P1,
P2 , ......, Pn
, TM, Y, G, Ex, T,
W, VB,...) (1) Onde:
QDX
= Quantidade demanda
(que o demandante está disposto a
demandar) do bem X por unidade de tempo. A quantidade
demandada
é um
fluxo e não um estoque.
(unidade ou dimensão: unidade física/ unidade de tempo). PX
= Preço do bem X .
(unidade ou dimensão: $/unidade física ) P1,
....., Pn = Preços de bens relacionados [ substitutos(sucedâneos) ou complementares]
ao bem X (unidade ou dimensão: $/unidade física). TM
= Tamanho do Mercado. Grandeza a definir para cada caso concreto. A própria
população humana é uma variável próxima desta.
Y
= renda do demandante (individual
ou agregado) (unidade ou dimensão: $/unidade de tempo) – A distribuição
da renda( e sua várias categorias, pessoal,
regional, funcional) é outra variável explicativa. G = Gosto do demandante.
A definir. Às vezes é preciso estabelecer uma variável que expresse o
gosto. Uma variável delegada ou
proxy. Ex
= Expectativas dos demandantes. Podem ser de várias naturezas.
T
= Tempo, que pode ser considerado de múltiplas maneiras, contemplando
inclusive a sazonalidade.
W = Riqueza. Estoque
de bens expresso financeiramente. (unidade ou dimensão : $).
A distribuição da riqueza é outra variável de grande poder explicativo.
VB
=
É
preciso ter cuidado com as unidades em que se expressam as variáveis também
em Economia. Em Física há os Sistemas de Unidades das medidas das grandezas
e suas dimensões (a expressão das diversas grandezas em termos de grandezas
básicas. Exemplo, a grandeza velocidade
é expressa por espaço / tempo.
Então a dimensão da velocidade é
comprimento / tempo (L/T)).
Este estudo se chama Análise Dimensional.
É possível e conveniente aplicar análise dimensional em Economia,
em Microeconomia? Em alguns casos, pelo menos, tudo indica que sim. De
qualquer modo é preciso ter presente em que unidades se expressam as grandezas.
Quantidade Demandada, v.g., é expressa em Unidade
física / tempo. Preço, em $/
unidade física. Daí
o cuidado de expressar as dimensões das grandezas acima.
Especificação.
A
função (1) acima é genérica, que em cada caso é especificada
de modo adequado às características concretas. São muitas as possibilidades
de montagem dessas funções em estudos da empírie. A especificação linear
é a mais freqüente. Sinais
esperados da relação (coeficientes de regressão) entre a variável dependente
e cada uma das variáveis independentes.
As
considerações que se seguem sobre o sinal esperado das relações entre variável explicada e cada uma das variáveis explicativas são
válidas apenas para os casos em
que as variáveis independentes estão em numerador
ou têm expoentes positivos.
No caso em que elas exibem expoentes
negativos ou se apresentam
em denominador nas suas expressões
algébricas, então as relações entre as variáveis e o sinal que as expressa
são exatamente o contrário do que se segue.
É o que acontece com as variáveis Pt
e
Yt
* nos
modelos ( 4 ), abaixo. Quando, num mesmo termo de um modelo existirem
variáveis independentes no numerador e no denominador, faz-se a combinação
dos dois sinais, obedecidas as regras algébricas para os sinais.
a) Quantidade demandada do bem X (QDX) x Preço do bem X(PX):
Em condições normais, fora das situações de exceção, as duas variáveis estão associadas
negativamente: aumentando o preço, cai a quantidade demandada;
diminuindo o preço, aumenta a quantidade demandada. É verdade a associação
inversa, i.e., aumentando a quantidade, cai o preço; caindo a quantidade,
sobe o preço. Logo, o sinal esperado do coeficiente da variável é negativo. b)
Quantidade demandada do bem X x
Preços dos bens associados: Para bens complementares,
sinal negativo já que caindo o preço de um bem complementar aumenta
a demanda do bem X. E aumentando
o preço do complementar cai a quantidade demandada do bem em tela.. Para
bens substitutos, sinal positivo, pois subindo o
preço de um substituto de X, sobe a demanda do bem X. Caindo o preço,
cai a dita demanda. Bens
complementares se comportam como o próprio bem. Bens substitutos invertem
o comportamento.
c) Quantidade demandada do
bem X (QDX) x Tamanho
do Mercado (TM):
Funciona nas funções de demanda agregada. O sinal esperado é normalmente
positivo,
pois parece razoável se esperar que quanto maior o mercado, maior a demanda
nele vigente.
d) Quantidade demandada do
bem X ( QDX) x Renda
do demandante (Y ) :
Para bens normais e (reunião, não intersecção) superiores o sinal esperado é positivo.
O estudo do
efeito renda ajudará
a entender melhor este tema.
e) Quantidade demandada do
bem X (QDX) x Gosto do demandador (G):
Embora esta não seja
uma variável previamente definida, quase sempre é de se esperar que a
variável que represente o gosto mantenha uma relação(em conseqüência também
o sinal ) positiva
com a quantidade demanda do bem. Daí os investimentos feito em
propaganda.
f)Quantidade demandada do
bem X ( QDX) x Expectativas dos demandantes:
As expectativas podem levar a variáveis com coeficientes de sinal
positivo ou negativo.
Se os demandantes esperam que no futuro próximo ocorrerá escassez
do bem X,. então por conta desta expectativa
as quantidade demandada deste bem agora sofre um incremento. Então
se a variável é tamanho da escassez futura a
associação e o sinal são positivos.
Se a variável expectativa é de futura abundância do bem X, então
a associação é negativa, o mesmo ocorrendo
com o sinal do coeficiente.
g) Quantidade demandada do
bem X ( QDX ) x Tempo:
O Tempo pode ser considerado
de muitas maneiras, como por exemplo como uma seqüência, representando
tendência histórica crescente ou decrescente. O sinal podendo ser negativo
ou positivo. Outra forma de considerar o tempo é levar em conta a influência
das estações do ano na quantidade demandada do bem. Para este caso cai
muito bem a consideração de uma variável binária ( ou dummy
), que pode assumir apenas dois valores 0 e 1. Zero na ausência e
um na presença da dita estação. É uma técnica de Econometria
freqüente nos estudos empíricos.
h) Quantidade demandada do
bem X (QDX) x Riqueza (W) :
Em geral é de se esperar que haja associação positiva
entre as duas variáveis ou grandezas.
O mesmo se pode esperar da distribuição
de riqueza. Aplicações
empíricas da função demanda: 1)
Equação
de demanda agregada do manual de projetos da ONU(CEPAL):
(
MELNICK, 1958; 29) Log Q = log K + e log P + E log
Y
(
2 ) Que
é uma transformada de
Q = K . Pe . YE
(
3 ) e
onde Q
= Quantidade demandada per capita (por habitante) P
= Índice de preços relativos e
= Elasticidade-preço da demanda Y
= Ingresso(renda) por habitante (per capita) E
= Elasticidade-renda da demanda K
= Uma constante 2)
Demanda
por café comum e solúvel nos EUA (
BACHA, 1968): q1t
= a10
+ a11
( P1t / Pt
) + a12
(
P2t / Pt ) + b1 ( 1 / yt* )
+ g1
D + e1t
(4 ) q2t
= a20
+ a21
( P1t / Pt
) + a22
(
P2t / Pt ) + b2 ( 1 / yt*
) + g2
D
+ e2t onde
q1t
= consumo civil de café comum
nos EUA em 1000 sacos de café torrado. q2t
= consumo civil de
café solúvel nos EUA em 1000 sacos de café solúvel. P1t
= preço ao consumidor de café comum nos EUA em US$ cents/libra P2t
= preço ao consumidor
de café solúvel nos EUA em US$ cents/libra Pt
= índice de preços
de alimentos aos consumidores nos EUA, 1958=100 Yt*
= renda pessoal disponível nos EUA, em bilhões de dólares de 1958. D
= Dummy : 1951/53=0, 1954/65=1. e1t
e e2t
= termo erro. O
primeiro dos modelos acima tem uma especificação Cobb-Douglas
ou Potência. Fala-se da
Segunda forma apresentada, em que as variáveis explicativas são multiplicadas
entre si e elevadas a um índice ( função 3 ). Prova-se que tal índice
é exatamente a elasticidade da quantidade demandada em relação à respectiva
variável. A forma
da função (2 ), transformação logarítmica, é uma transformada
com fins de possibilitar o ajustamento da função a dados do mundo real
via método linear de regressão. O modelo usou apenas
duas variáveis explicativas: preço
( um índice de vez que se trata de estudo agregado ) e renda per capita.. Outras variáveis foram ignoradas. Ao assim proceder,
há sempre motivos que justifique o procedimento. Já
o segundo modelo, das duas funções ( 4 ) ,
usou como variáveis exógenas o preço
do bem, o preço de um bem substituto, um índice de preço de alimentos,
renda pessoal disponível e uma variável
dummy. A
função demanda restrita ou com uma variável explicativa (
a condição ceteris paribus) Pode
ser considerada função demanda mais simplificada ainda, em que a variação
da quantidade demandada é explicada apenas por umas variável independente
qualquer. Certamente que
aqui se está aprofundando o reducionismo.
A função (1) já era reducionista. As que se seguem serão mais. A
expressão genérica deste modelo mais
reduzido é :
QDX = f
( Z ) Sendo
Z qualquer uma das variáveis explicativas. Os
casos mais conhecidos são os em que Z
assume o papel de Renda do
Demandante (Y) e nesse
caso a função recebe o nome especial de Função
( ou curva) de Engel,
muito utilizada nos estudos empíricos de renda e consumo familiares. É
o caso dos estudos do IBGE conhecidos como ENDEF
– Enquete de Despesas Familiares[HF8]
:
QDX
= f
( Y ) e
o caso em que Z é o
Preço do Bem X. Neste
último caso, têm-se a clássica função demanda restrita, a maior
parte das vezes apresentadas simplesmente como função
demanda e que se constitui talvez no mais simples dos modelos econômicos
genéricos, não específicos. O mais elementar dos específicos seria esta
função demanda linear.
QDX = f
( Px ) .
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