ITAQUAQUECETUBA: UM BREVE HISTÓRICO

Prof. Marcos P. Freitas

ÍNDICE

 HISTÓRICO: A VELHA IGREJA MATRIZ DE ITAQUAQUECETUBA

 BIOGRAFIA DE JOSÉ DE ANCHIETA

 NOSSA PRAÇA

 A NOVA SACRISTIA DE ITAQUÁ CONSTRUIDA EM 1910

 INFORMAÇÕES DO CASAMENTO DOS ÍNDIOS DO BRASIL ( pelo Padre José de Anchieta)

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HISTÓRICO

 

"A velha Matriz de Nossa Sra. D'Ajuda por diversas vezes reformada ergueu-se num dos ângulos do pequenino largo arborizado no alto da colina olhando para a várzea do Tiête" [1]

A fundação da paróquia de Nossa Sra. D'Ajuda, data do ano de 1779, e a igreja mais antiga de nossa região. A velha Igreja de Nossa Sra. D'Ajuda substituiu a capelinha construída em 1624 pelo padre João Alvares. (..."Manoel da Nobrega, the father superior of all jesuits and José de Anchieta, were the three priests who played the most important role in the foudation of the City of de Itaquaquecetuba...") Até 19 de Janeiro de 1759 os padres jesuítas aqui estiveram. Tinham formado o lugar e embelezado a igreja, onde anexo a esta construiram uma residência. Das obras de talha de que era enfeitada não existe mais nada, consta que um antigo fabriqueiro mandou levar tudo à igreja de Nossa Sra dos Remédios em São Paulo.

Até o ano de 1904, existiu a antiga residência dos padres jesuítas que foi demolida naquele ano no dia 28 de outubro, por provisão do Mons. Antonio Pereira Reimão, e com parte do material, foi reformado o arco e o frontispício da igreja que estava em ruínas.[2]

 

 

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Padre José de Anchieta

 

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Itaquaquecetuba foi fundada pelo padre jesuíta espanhol José de Anchieta, em 8 de setembro de 1560. O padre José de Anchieta, Jesuita, foi um dos primeiros missionários a virem para o Brasil. Nasceu em São Cristóvão da Laguna, pertencente a Espanha na ilha de Tenerife, em 1533, e morreu em Iriritiba (Atual Anchieta), no Espírito Santo, em 9 de julho de 1597. Contava vinte anos quando chegou ao Brasil, na comitiva de D. Duarte da Costa, segundo Governador Geral. Em 1554, ele formou o terceiro colégio regular do Brasil, onde, em 25 de janeiro, foi rezada a primeira missa. Como era o dia em que a Igreja celebra a conversão de S.Paulo, o lugar recebeu o nome do apóstolo. Construiu-se, junto ao colégio, um seminário de instrução. Havendo falta de professores, Anchieta tomou a si as aulas de Castelhano, Latim, Doutrina Cristã e Mais tarde, a língua brasílica. Falava e escrevia o idioma tupi com rara facilidade, sobre o qual escreveu uma obra. Graças a esse conhecimento serviu de intérprete junto aos Tamoios, que se encontravam em guerra contra os portugueses. Nessa ocasião compôs o seu poema dedicado à Virgem Maria. Trabalhou incansavelmente não só em Piratininga, como no Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e Espírito Santo. Em 1567, ajudou Estácio de Sá na expulsão dos franceses do Rio de Janeiro. Para os indígenas, ele não representava apenas o socorro espiritual: cuidava-lhes também das enfermidades e ferimentos, valendo-se dos conhecimentos medicinais que trouxera da Europa, mais os que havia assimilado dos selvagens. Na sua catequese, serviu-se da poesia e do teatro com o que tornava mais suave a tarefa de aprender. Tornou-se, assim, o precursor da nossa literatura. Merecidamente foi cognominado de "Apóstolo do Brasil". Obras: Poemas em Louvor da Virgem Nossa Senhora, Arte da Gramática da Língua Mais Usada na Costa do Brasil e várias obras para a História do Brasil, destacando-se a Vida dos Religiosos da companhia dos Missionários no Brasil.

 

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"Estude sua própria personalidade.

De nada nos valerá o conhecimento de todas as ciências do mundo, de tudo o que está fora de nós, se não conhecermos a nós mesmos.

Estude sua alma, que é seu Verdadeiro Eu, que se reflete em sua personalidade exterior.

Nosso corpo é a projeção de nossa alma.

Conheça a si mesmo, para viver uma vida consciente e feliz."

 

 

 

PRAÇA PADRE JOÃO ÁLVARES

Praça Central de Itaquaquecetuba: Praça Padre João Álvares

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"Saiba viver eternamente, buscando estudar e aprender coisas úteis e proveitosas a você e ao próximo.

Quando paramos de aprender e de progredir, começamos a morrer realmente.

Aprenda o mais que puder, em todos os ramos do saber, para iluminar ao máximo o seu espírito.

Aproveite todos os seus minutos, para aprender, para aumentar seus conhecimentos."

 

A NOVA SACRISTIA CONSTRUIDA EM 1910

Em 1910, o vigário José Affonso Zartmann ampliou a capela-mor, mandou fazer uma nova sacristia no lugar da que era antigamente o cemitério das Irmandades e destas existe hoje somente a de São Benedito.

O novo altar-mor já modificado, é obra do irmão Bento, redentorista, o mesmo vigário erigiu também a Via Sacra e fundou a Irmandade do Santíssimo Coração de Jesus. Irmão Coadjutor Redentorista Bento, José Heibl, nascido a 04 de janeiro de 1837 em Edling, Baviera (Alemanha) e falecido em 05 de Novembro de 1912 na Penha e foi aqui ajudado pelo irmão Simão Casbiniano Peicht e pelo Sr. Francisco Ferreira, este conhecido em Aparecida como "Chico Santeiro".

A Crônica da comunidade Redentorista da Penha, no ano de 1911 fala da Festa de inauguração do altar-mor e das novas imagens feitas em madeira de Nossa Sra. D'Ajuda, São José e Santo Afonso e os altos relevos no retábulo, Anjo-Presépio-Anjo feitas pelo Irmão Bento e que hoje ainda podem ser apreciadas na Igreja Matriz.

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"Não Critique!

Procure antes colaborar com todos, sem fazer críticas.

A crítica fere, e ninguém gosta de ser ferido.

E a criatura que gosta de criticar, aos poucos, se vê isolada de todos.

Se vir alguma coisa errada, fale com amor e carinho, procurando ajudar.

Mas, sobretudo, procure corrigir os outros, através de seu próprio exemplo!"

Informação dos casamentos dos índios do Brasil

  1. Padre Anchieta

" Os índios do Brasil parecem que nunca têm ânimo de se obrigar, nem o marido à mulher, nem a mulher ao marido, quando se casam: e por isso a mulher nunca se agasta porque o marido tome outra ou outras, reste com elas muito ou pouco tempo, sem ter conversação com ela, ainda que seja a primeira; e ainda que a deixe de todo, não faz caso disso, porque se é ainda moça, ela toma outro, e se é velha assim fica sem esse sentimento, sem lhe parecer que o varão lhe faz injúria nisso, sobretudo se isso o serve e lhe dá de comer etc. E de ordinário tem paz com suas comborças, porque tanto as têm por mulheres de seus maridos como a si mesmas. Em Piratininga, da Capitania de São Vicente, Cay Obiy, velho de muitos anos, deixou uma de sua nação, também muito velha, da qual um filho homem muito principal, e muitas filhas casadas, segundo seu modo, com índios principais de toda a aldeia de Jeribatiba, com muitos netos, e sem embargo disso casou com outra, que era guaiamã das do mato, sua escrava tomada em guerra, a qual tinha por mulher, e dela tinha quatro filhos, e esta trazia consigo, e com ela estava e conversava, e depois recebeu in lege gratiæ, sem a primeira mulher nem os filhos e genros fazerem por isso sentimento algum.

O mesmo fez Araguaçú, índio também principal e velho, que casou com uma sua escrava tamoia, que havia muito pouco tomara em guerra, sem fazerem caso disso nem o tomarem por afronta outras duas mulheres que tinha, e filhos já homens, e uma filha já mulher casada. E se algumas mulheres mostram sentimento disso, é pelo amor carnal que lhes têm e pela conversação de muito tempo, ou por eles serem principais; mas logo se lhes passa, porque ou se contentam com os filhos que têm, ou se casam com outros; e algumas há que dizem aos maridos que as deixem, que lhes bastam seus filhos, e que eles tomem outra qual quiserem.

E se a mulher acerta ser varonil ou virago, também elas deixam o marido, e tomam outro, como me contaram que fez a principal mulher de Cunhãbêba, que era o principal mais estimado dos tamoios que havia na comarca de Iperoígue, do qual tinha já um filho e uma filha casadouros, e com tudo isso deixou, por ele ter outras, ou pelo que quis, e se casou ou amancebou com outro; e outras fazem o mesmo sem sentimento dos maridos; e assim nunca vi, nem ouvi, que com o sentimento de adultério algum índio matasse alguma de suas mulheres; quando muito espancam o adúltero, se podem, e ele tem paciência pelo que sabe que tem feito, salvo se é algum grande principal, e a mulher não tem pai ou irmãos valentes de que ele tenha medo: como me contaram de Ambirem, um grande principal do Rio de Janeiro, naturalmente crudelíssimo e carniceiro, e grande amigo dos franceses, o qual de algumas vinte mulheres que tinha, por lhe fazer uma adultério, a mandou atar a um pau, e abrir com um manchil pela barriga; e o adúltero, que era um seu sobrinho, andou algum tempo ausentado dele, com medo de ser morto; mas isto bem parece que foi lição dos franceses, os quais costumam dar semelhantes mortes, porque nunca índio do Brasil tal fez, nem tal morte deu. O mesmo, é pior, e com maior facilidade fazem outros às mancebas; por onde parece não é o sentimento por as terem por legítimas mulheres, senão haveria ciúmes, como fez Tamandiba, grande principal de Piratininga, que enforcou uma sua manceba, que era sua escrava tomada em guerra; e o outro índio da aldeia de Marranhaia a outra sua manceba escrava da mesma maneira (se bem me lembra), quebrou a cabeça com uma foice, ou por elas andarem com outros, ou ao menos por o suporem.

Agoaçã, que é o nome comum a homem e mulher, significa barregão ou manceba comum a qualquer homem ou mulher, ainda que não tivesse com ele ou com ela mais que um só congresso; e com as tais andam às escondidas (como se faz em todo o mundo), e por isso ao tal ato chamam também mandaró sc. furtum; e se algum filho hão desta maneira, chamam-lhe filho de meu barregão ou de minha manceba, ou mandaró á guera sc. furtum meum. E isto têm por mal, e assim respondem todos quando se examinam para o batismo.

Mas se as têm de sua mão, de maneira que elas não andam com outro (misi fortè furtim), andam no mesmo foro que as que chamam temirecô, sc. uxores, e parece que com o mesmo ânimo se ajuntam com elas que com as mulheres, sem fazerem diferença nisso, e tão pouco sentimento têm de andarem com elas como com as mulheres; e assim quando os examinam para o batismo, dizem que tantas ou tantas vezes se furtaram delas (ut ipso verbo utamur) e andaram às escondidas com outras, como o dizem daquelas a que chamam temirecô, e tão depressa e tão sem pejo estão com elas como com as mulheres; ainda que destas poucas vi nos índios, contudo de agoaçã, porque comumente a todos chamam temirecô, e com este nome têm diversas em diferentes aldeias, e todas no mesmo foro que aquelas que têm consigo mais de assento em sua própria aldeia.

Os mancebos batizados em pequenos em Piratininga, como não estavam sujeitos quando cresciam, e outros índios cristãos, viúvos, tomavam moças gentias ou cristãs, e as tinham em seus lanços como mulheres com filhos sem nota alguma, e a estas tais lhes costumavam chamar os outros a mulher de N., sabendo muito bem que não o eram por serem eles cristãos, e não as terem recebido na igreja; e se algum destes mancebos se ia ao sertão, e lá se amancebava (como muitos faziam), diziam os pais, já N. tem mulher no sertão, usando todos estes do nome de temirecô.

Temirecô chamam às contrárias que tomam na guerra com as quais se amancebam, e ainda que sejam cristãs, como eram muitas escravas dos portugueses, que tomavam os tamoios em saltos, e as mesmas mestiças filhas dos portugueses, as quais tinham por mulheres como as suas próprias de sua nação.

Temirecô chamavam as índias mancebas dos portugueses, e com este título lhas davam antigamente os pais e irmãos quando iam a resgatar às suas terras, como os tamoios e termiminôs do Rio de Janeiro e de Espírito Santo, os tupis de São Vicente, os tupinambás da Bahia, e finalmente todos da costa e sertão do Brasil, dizendo-lhes leva esta para tua mulher, com saberem que muitos daqueles portugueses eram casados; e ainda que os portugueses as tinham por mancebas, contudo as tinham de praça nas aldeias dos índios, ou fora delas, com mulher, filhos e filhas, porque para os índios não era isso pejo nem vergonha, e lhes chamavam temirecô a mulher de N., e a eles genros, e os portugueses aos pais e mães delas sogros e sogras, e os irmãos cunhados, e lhes davam resgates, ferramentas, roupas, etc., como a tais, como os índios a quem chamam genros lhes vão a roçar ou pescar algumas vezes, por onde não parece serem estes suficientes sinais de matrimônio nem da parte dos que se amancebam com elas, nem dos pais ou irmãos que lhas dão.

O nome Temirecô etê, sc. Uxor vera, creio que o tomaram dos padres, que lhes queriam dar a entender a perpetuidade do matrimônio, e qual é a mulher legítima, porque deste vocábulo etê, que quer dizer legítimo, usam eles nas coisas naturais da sua terra, e assim a seu vinho chamam cãoi etê, vinho legítimo verdadeiro, à diferença do nosso a que chamam cãoi áià, vinho agro. A suas antas chamam tapiîretê, verdadeira, e às nossas vacas à sua semelhança chamam tapiruçú, antas grandes, etc. Mas na matéria de parentesco nunca usam deste vocábulo etê, porque chamando pais aos irmãos de seus pais, e filhos aos filhos de seus irmãos, e irmãos aos filhos dos tios irmãos dos pais, para declararem quem é seu pai, ou filho verdadeiro, etc., nunca dizem xerûbetê, meu pai verdadeiro, senão serûba xemonhangára, meu pai Qui me genuit, e ao filho xeraîra xeremimonhanga, meu filho quem genui; e assim nunca ouvi índio chamar à sua mulher xeremirecô etê, senão xeremerecô (simpliciter) ou xeraicig, mãe de meus filhos; nem a mulher ao marido xemenetê, maritus verus, senão xemêna (simpliciter) ou xemenbira rûba, pai de meus filhos, do qual tanto usam para o marido, como para o barregão; e se alguma hora o marido chamar alguma de suas mulheres xeremirecô etê, quer dizer mulher mais estimada ou mais querida, a qual muitas vezes é a última que tomou, porque etê também quer dizer fino ou estimado, como caâ etê, mato fino, de boa madeira, ibgîra etê, pau fino, rijo, etc.

Às filhas das irmãs não chamam temericô etê, nem por tais as têm; porque muitos índios com terem muitas sobrinhas, e muitas gentis mulheres, não usam delas; mas como os irmãos têm tanto poder sobre as irmãs, têm para si que lhes pertencem as sobrinhas, para as poderem ter por mulheres, e usar delas ad libitum se quiserem, assim como as mesmas irmãs, dão a uns e tiram a outros. Taragoaj, índio muito principal na aldeia de Jaribatiba, que é no campo de São Vicente, tinha duas mulheres, e uma delas era sua sobrinha, filha de sua irmã; e quando se batizou, deixou a sobrinha, ainda que era mais moça, e casou com a outra.

O terem respeito às filhas dos irmãos é porque lhes chamam filhas, e nessa conta as têm; e assim neque fornicarie as conhecem, porque têm para si que o parentesco verdadeiro vem pela parte dos pais, que são os agentes, e que as mães não são mais que uns sacos, em respeito dos pais, em que se criam as crianças, e por esta causa os filhos dos pais, posto que sejam havidos de escravas e contrárias cativas, são sempre livres e tão estimados como os outros; e os filhos das fêmeas, se são filhos de cativos, os têm por escravos e os vendem, e às vezes matam e comem, ainda que sejam seus netos filhos de suas filhas, e por isso também usam das filhas das irmãs sem nenhum pejo ad copulam, mas não que haja obrigação nem costume universal de as terem por mulheres verdadeiras, mais que as outras, como dito é. E por esta causa os padres as casam agora com seus tios, irmãos das mães, se as partes são contentes pelo poder que têm de dispensar com eles, o qual até agora se não fez com sobrinha filha de irmão, nem ainda em outros graus mais afastados que vem pela linha dos pais, porque entre os índios se têm isto por muito estranho.

Os que têm muitas mulheres a que chamam temirecô não é possível saber-se com qual delas se juntaram com ânimo marital, porque nem eles entendem quanto importa falar nisto verdade, nem o sabem dizer realmente, porque para com todas tiveram o mesmo ânimo. E muitas vezes querem mais à segunda, terceira, quarta, e ainda à última que às outras, e por serem ou mais moças ou mais fecundas, ou filhas de principais. E não há certeza para que coeteris paribus se haja de presumir em favor da primeira, antes muitas vezes nestas há menos dúvida e mais probabilidade que não tiveram ânimo de se obrigar a elas, porque como então são mancebas, às vezes tomam alguma velha de que não esperam filhos, porque não acham outra, somente para que lhes faça comer, porque se acertam de não terem mãe ou irmãs, que tenham cuidado deles, são coitados, e contentam-se por então qualquer velha, com que estão bem agasalhados, sempre com olho em tomarem outras de que tenham filhos, como depois fazem, ou deixando a primeira, ou retendo-a, se ela quer, para o efeito sobredito: e como entre os índios há muito poucas mulheres meretrizes e devassas, e a carne aperta com os moços, tomam qualquer que acham, ou velha ou moça, ainda que não seja muito a seu gosto, porque por então não podem mais, esperando e tendo quase por certo que terão depois outras, como acontece principalmente se são valentes nas guerras ou filhos de grandes principais, porque então os pais lhes dão as filhas, e os irmãos às irmãs, e estas se afeiçoam mais que à primeira, a qual aparece que não tomaram senão ad tempus, nem têm ânimo de se obrigar a elas, nem elas a eles, porque já elas sabem que eles hão de tomar outras quando acharem ocasião e as hão de deixar.

Dos que têm uma só mulher de que houveram filhos, com a qual perseveraram até à velhice, pode haver mais dúvida, porque parece que estes têm diferente afeição e ânimo marital, não porque ao princípio o tivessem tal, porque todos se ajuntam com elas duma mesma maneira, e também estes, como todos os outros, in preparatione animi têm muitas, e se as não tomaram, foi não por se terem por obrigados àquelas, senão porque houveram filhos delas, e os serviram bem, e lhes foram leais, e não tiveram poder para ter outras; porque a estes mesmo acontece no cabo da vida tomarem outra moça, quando a acham máxime sendo eles principais; mas se não têm tomado outra pela amizade e conversação de longo tempo com as primeiras, lhes vêm a tomar este amor. E quando os querem batizar dizem que aquelas tiveram de pequenas, e com elas cresceram, e que as não hão de deixar; e o mesmo dizem outros, posto que sejam mancebos ao tempo do batismo, porque se acham já com aquela, e lhe querem bem, porque não tiveram outra nem ao presente têm poder para a achar, e se acertaram de vir a poder dos portugueses, têm medo que lhas tomem seus senhores, e eles se fiquem sem mulher; mas se lhes dão alguma mais jeitosa, facilmente deixam a primeira; e assim acontece não raro que estes mesmos se ao tempo do batismo têm tomado alguma de novo, ou algum principal lhes quer dar alguma filha, ou irmão, facilmente deixam a outra, e não querem se casar senão com a derradeira. E as outras, ou se ficam assim se são velhas e têm filhos, ou se casam com outros (como se disse ao princípio) sem muito sentimento."

 

Notícia do Brasil. Série Leituras Brasileiras – Fundação Projeto Rondon – Ministério da Educação, pp. 5-8.

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"Faça questão de ser alegre e otimista.

Nada na terra pode destruir a felicidade do homem otimista e alegre.

Se lhe chegarem dores, receba-as com calma e não se deixe atingir por elas.

Não coloque sua felicidade no que lhe vem de fora.

Construa sua felicidade dentro de você mesmo, fazendo consistir sua ventura no progresso constante da vida do espírito, na sabedoria do coração."

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"Se suas palavras forem ásperas e duras, se em todas as criaturas você descobrir um adversário, a vida se tornará uma tortura!

No entanto, repare que a Terra é uma escola sagrada.

E você poderá ser feliz, se conseguir ver em todos a boa vontade que os anima.

Atraia para sua convivência amigos devotados, por meio de suas palavras, mas sobretudo de seus pensamentos voltados sempre para o Amor e o serviço do próximo."

BIBLIOGRAFIA:

Atlas de Educação Moral e Cívica. Comissão Nacional de Moral e Civismo. MEC. Palácio Tiradentes. Guanabara. 1971

Azevedo, Prof. Aroldo de. Das páginas de "A Região de Itaquaquecetuba e Poá", da Tese Subúrbios Orientais de São Paulo. São Paulo. 1945

Grandes Personagens de Nossa História. Páginas 77 - 92. Ed. Abril Cultural. São Paulo. 1973

Jornal de Itaquá. 2a quinzena de 1990. Páginas 8 e 9. Itaquaquecetuba. São Paulo.1990

[2] Relatos obtidos na Casa Paroquial

Notícia do Brasil. Série Leituras Brasileiras – Fundação Projeto Rondon – Ministério da Educação, pp. 5-8.

O jornal de Itaquá é uns dos instrumentos mais importantes da imprensa local, tradicional, este órgão registrou nos últimos 20 anos os fatos de destaque do município.

 

Agradecimentos:

Ao caro colega que manja de computador, prof.Sérgio (Vulgo Bolinha) pela foto.

 

 

 

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