Marketing e Competitividade
Planejamento do Negócio frente a nova Concorrência
por Mauro M. Laruccia
O forte impacto da tecnologia,
somado ao processo gradual de mudança, orientado para globalização
das relações
econômicas, é uma realidade que devemos enfrentar regionalmente.
As empresas
devem somar conhecimentos,
melhorar sua cultura competitiva, orientar-se para o cliente e "pensar
em termos de negócio",
como estratégia básica de dominar o presente e, logo pensar
em objetivos
maiores de como antecipar
o futuro.
Gerenciar o presente desfrutando
ao máximo a sua competência essencial, sua potencialidade
de
mercado, tecnologia e processo
produtivo, preparando-se assim para o futuro apartir de uma "visão
empreendedora", valorizando
os recursos e a competência, com o passar do tempo, introduzindo
inovações
necessárias, entrando em novos setores de atividade.
Todas empresas se defrontam
com o problema de uma dupla estratégia para a competição
do
presente, sem penalizar
a competição no futuro e vice-versa.
Operar dentro de qualquer
negócio implica hoje um desafio com muitas exigências e requerimentos
distintos dos conhecidos
até o presente: Se as regras são novas e diferentes, então
o jogo é
diferente.
Este processo de mudanças
desde a ótica da comercialização de bens e/ou serviços
não pode ser
ignorado e tão pouco
negado porque, em geral, estas posturas fazem demorar a tomada de decisões
e, neste sentido, o fator
tempo é uma das chaves a considerar para atuar no campo estratégico
que
implica, entre outras ações,
detectar oportunidades e ameaças do setor em particular de cada
unidade de negócios.
A nova competência
implica considerar novos aspectos e condutas, tanto dos clientes como dos
competidores, para definir
um processo de marketing em que devem ser considerados entre outros os
seguintes aspectos:
1. A clara individualização
do cliente previamente a qualquer ação comercial, baseado
nos princípios
de segmentação,
cada segmento de consumidores, pelo qual a empresa demonstra interesse,
deve
ter seu perfil detalhado.
(clientes com nome, sobrenome, ocupação, necessidades, etc.).
Deve-se
notar que um mercado é
formado por compradores que diferem entre si em um ou mais aspectos.
Eles podem diferenciar em
seus desejos, recursos, localizações geográficas,
atitudes e práticas de
compra. Ao avaliar os diferentes
segmentos de mercado, devemos observar três fatores importantes:
(1) tamanho e crescimento
do segmento, (2) atratividade estrutural do segmento e (3) objetivos e
recursos da empresa..
2. Utilização
inteligente da tecnologia disponível no mercado para potencializar
as relações com os
distintos tipos de clientes
(base de dados de fácil utilização como computadores
pessoais, meios de
comunicação
segmentados, TV à cabo, grupos de afinidades e outros). Em termos
de estratégia
operacional &endash;
área nervraugica &endash; devemos adotar uma postura de cautela
ao investir
em novos equipapentos e
tecnologias, pois pode afetar a agilidade e a flexibilidade dos recursos
da
organização.
3. Maiores exigências
dos clientes que estão acrescentando e mudando seus hábitos
de
consumo-compra e onde existe
aprendizagem de novas fórmulas e códigos dando origem a situações
distintas das tradicionais
(ex. clientes mais informados). Devemos entender o que acontece na mente
do consumidor, entre os
estímulos externos e as decisões de compra.
4. A maior consciência
da qualidade implica na aceitação do que o cliente valoriza
como bom e não
do que o empresário
ou comerciante crê ser melhor. Atenção e serviço
ao cliente são a chave a
considerar por quem gerencia
os que devem assumir, na realidade, "seu negócio" que vai além
de seu
produto ou serviço.
E é aqui onde começa o processo de diferenciação
onde se obtém ganhos de
melhoria a partir de escala
de preferências do consumidor &endash; que nos reconhecerá
em termos
de valor percebido distinto.
Posicionamento é projetar a oferta e a imagem da empresa de forma
que
o mercado-alvo compreenda
e aprecie o que a empresa oferece em relação a seus concorrentes.
5. Saber diferenciar entre
competir e competitividade já que entre muitos prestadores de serviços
profissionais tentam competir
(que é uma ação) e nem todos reunem os mesmos valores
agregados
em suas ofertas de serviços,
que implica numa diferença substancial em termos de competitividade
(que é um atributo).
Competitividade implica obter maiores vantagens competitivas e isto nas
empresas se obtém
com a incorporação permanente de tecnologia de ponta e conhecimentos
atualizados na matéria
em que opera. Devemos sempre atuar com uma visão clara, sabendo
quem
são os amigos e os
inimigos, focando nossa estratégia sempre para o alvo certo (targeting).
6. Os clientes médios
buscam relacionar-se a longo prazo com seus fornecedores de bens e serviços
e esta é uma tendência
mundial, onde em distintos tipos de mercados e clientes se comprova certo
cansaço provocado
por anteriores condutas de mudanças permanente de provedores.
7. A especialização
é a chave do êxito e em tal sentido devemos considerar que
a maior forma de
adaptarmos ao nossos clientes
é obtendo respostas na medida em que cada um deles espera tanto
dos produtos e serviços
oferecidos como nas modalidades de atenção, promoção
e serviço de
pós-venda.
Esta especialização
implica em desenvolvimento de uma série de aspectos gerais do negócio
que
envolvem todos os membros
da empresa, que devem conhecer cada vez mais sobre suas funções
específicas e sobre
as exigências de determinados tipos de negócios em relação
com determinados
tipos de clientes.
Por isso a chave é
a capacitação permanente como uma instância informativa,
de análise,
comunicação
e de adequação às realidades de mercado, somados ao
uso de estilos de condução e
programas de trabalho de
acordo com o tempo que corre e se aproxima.
8. Criatividade em um sentido
amplo, referindo-se ao maior uso das vantagens competitivas que
temos ao redor de nosso
negócio, devendo dar origem comercialmente a novas fórmulas
e códigos
que não só
alcançarão aos que vendem e também aos que estão
na administração, fabrica e etc..
9. Pensar estrategicamente:
se obtém apartir da "visão de longo prazo", o fim comercial
que
supostamente perseguimos.
Neste sentido deve ter em conta "qual é na realidade o negocio de
minha
empresa" e que objetivos
foram fixados, obtendo-se no Planejamento Estratégico voltado para
o
mercado, já que muitas
vezes as empresas se vêem afetadas pelas seduções de
curto prazo, o que
pode levar a um fraco posicionamento
da nossa imagem comercial no futuro. Em um exemplo
pensamos ter clara as coisas,
mas de imediato vemos uma oportunidade extra de ganhar com uma
"arvore" no aqui e agora
e nos atermos contra nossos objetivos estratégicos que buscava obter
o
"bosque" a longo prazo.
A busca especulativa neste sentido debilita a alma do negocio e
desposiciona a imagem de
nossa Empresa frente ao cliente que não encontra a vantagem
diferenciada entre nós
e outro competidor qualquer.
Somos um a mais e como tal
nos comportamos, esta característica de nosso estilo empresarial
tradicional que hoje já
tem poucas chances de sucesso é produto de muitos anos de improvisação
e
adequação
à cenários em contínuas mudanças que devem
ajustar-se às novas realidades como um
requisito básico
para garantir a sobrevivência do negócio.
As novas realidades indicam
que os empresários que prevalecerem serão aqueles que entendem
que
a inteligência está
sobre o músculo, a estratégia sobre a tática, e o
profissionalismo sobre a
improvisação.
Ficarão e ganharão quem entender esta lógica e se
preparar para aplicar os princípios
de Liderança, Administração,
Qualidade de Serviços e Marketing que exigem no presente e no futuro
do mercado.
10. Aceitar as Mudanças
que implica no desafio de reconhecer que há novos componentes culturais
que estão mudando
de forma definitiva no comportamento das pessoas desde o lado da oferta
como
no da demanda. Novas fórmulas,
produtos, estilos de direção, vendas e outros sensivelmente
não
resultam porque as "frequências"
dos que operam empregados e clientes são outras e exigem pensar
tecnológicamente
ao comprar, produzir, vender e cobrar.
10 PONTOS CHAVES
1. Individualização do Cliente
6. Clientes à Longo Prazo
2. Uso Inteligente da Tecnologia
7. A Especialização é a Chave
3. Maiores Exigências do Cliente
8. Criatividade no Sentido Amplo
4. Maior Consciência da Qualidade
9. Pensar Estrategicamente
5. Competir e Competitividade
10. Aceitar às Mudanças
Em síntese, a tendência
indica que a competitividade implicará ter cada vez um melhor
Produto-Serviço com
as melhores condições de venda, o que sem dúvida obrigará
a um melhor uso
dos recursos humanos, físicos
e financeiros.
Estamos vivendo um processo
de ajuste obrigado, que foi sentido primeiro na produção
e que agora
avança progressivamente
no setor de Serviços onde a palavra Produtividade implicará
estar
preparados para redução
de custos operativos, tendências à concentração
em poucos prestadores,
mas com maior dimensão
e redução em termos reais dos custos marginais.
Produtividade comercial implica
no uso de novas técnicas de: Promoção, remuneração
da força de
trabalho, utilização
de sistemas modernos de marketing de alto impacto com menor custo e uma
política geral de
administração centralizada no rendimento individual de cada
setor funcional da
empresa, onde cada um deles
deverá ser considerado e avaliado como uma Unidade Estratégica
de
Negócio.