Impacto da crise cambial no mercado brasileiro


Tema 01: Impacto no mercado brasileiro da crise cambial

Aproximadamente na segunda dezena de janeiro deste ano, o Governo federal, fez uma tentativa de reduzir os juros que beiravam os 50% ao ano. O País vinha sofrendo uma crescente retirada de capitais estrangeiros, temerosos de que o Brasil não conseguisse cumprir metas como a regularização das contas, reformas Administrativa, Fiscal, Tributária e da Previdência. A solução encontrada foi a desvalorização do dólar frente ao real, ou seja, o preço do dólar passou a ser cotado livremente de acordo com a oferta e a procura. Houve também uma tentativa de ajustar as contas do Governo através de um acordo pactuado com o FMI. (Fundo Monetário Internacional).

A consequência dessas medidas foi a queda do Plano Real, que vinha segurando a inflação. Ocorreu um aumento dos preços dos produtos importados, e os produtos nacionais resolveram acompanhar a elevação, sob a alegação de que vinham sofrendo contínuas desvalorizações no passado, e que agora estavam sendo repassadas.O desemprego que já vinha batendo recordes, se acentuou ainda mais.

A inflação retornou, não a índices de 30% mensais como antigamente vistos, mas de forma que pudesse ser facilmente sentida pela população. O consumo e venda dos produtos caíram. A produção diminuiu bruscamente seu ritmo, como uma espécie de estopim causado por anos de não-investimento oficial.

Nem tudo porém foi desastroso. A crise fez surgir produtos novos no mercado com preços mais competitivos, novas marcas surgiram, como refrigerantes até então desconhecidos (Fricote, Frevo). Houve uma leve substituição de marcas antigas por marcas novas e mais baratas.

Quem também saiu ganhando com a atual instabilidade econômica foi a indústria de Turismo, que recebeu um número muito mais elevado de turistas estrangeiros, assim como as exportações de nossos produtos para o exterior, em especial nosso parceiro econômico no Mercosul, a Argentina.
Outro setor que saiu favorecido foi o das instituições financeiras, como os bancos e empresas que lidam com especulações e servem de intermédiários nos negócios, sem se preocupar com a produção.
O mercado passa agora a ter novas preocupações, como o aumento de preço (que antes não havia, devido a estabilidade), e a intensificação do Marketing, como uma tentativa de fugir da crise, além da fusão de ambos. Exemplo disso é o Marketing dos Supermercados EXTRA, McDonald's, que combaterão o aumento do preço dos seus produtos, e a Volkswagen que irá manter o preço anterior do dólar em seus financiamentos. Além disso o mercado se preocupa ainda com descontos e financiamentos mais largos dos produtos. Tenta também a redução de aumento do preço dos produtos importados junto a fornecedores estrangeiros como o lúpulo-malte no caso da indústria de cerveja, e o papel-celulose no mercado de jornais.

Como soluções o mercado tem apontado para o investimento em promoções, em sua crescente diminuição da margem de lucros e no aumento da diversidade de produtos.

O Governo, como parte que faz do macro-ambiente de mercado, também tem tentado ajudar as empresas a enfrentar a crise, com a tentativa de redução de tributos em alguns setores da Economia(caso da Ford, que conseguiu que o Governo reduzisse a 50% a taxa do IPI, como forma de reempregar seu funcionários), bem como a criação de impostos em movimentações financeiras especulativas.

Referências Bibliográficas: Revista Época, ano I, nº 40 Revista Istoé, de 10 de março de 1999, nº 1536 Revista Época, ano I, nº 42 Revista Istoé, de 17 de março de1999, nº 1537 Fim do documento

By Ilan Fonseca. Estudante do curso de Com. Social/Publicidade e Propaganda. UCSal. Salvador-Ba