O que é a Internet

Este primeiro capítulo apresenta um histórico resumido da Internet e procura descrever a Internet usando um vocabulário acessível para um não-especialista em Informática. Para facilitar a caracterização da Internet são usados vários recursos: analisar os benefícios que ela traz, discutir coisas que a Internet é em confronto com coisas que a opinião pública pensa que ela é, e finalmente resumir os usos mais comuns que têm sido feitos da Internet.

Um ponto importante, no qual o leitor acostumado com o noticiário jornalístico sobre ciência e tecnologia deve se fixar é o de que a Internet não é a Information Superhighway de que fala a imprensa. Esta Superhighway soa muito distante, como se fosse um tema de ficção científica. A Internet já existe, é um sucesso e está acessível ao público brasileiro. A Information Superhighway é um projeto do governo americano que poderá ou não, quando vier a se concretizar, se integrar, em parte, com a Internet.

O capítulo inicial procura também introduzir, de forma muito simplificada, os softwares que permitem acesso e utilização da Internet e transmitir também um pouco da cultura da chamada comunidade de usuários da Internet, hoje estimada em 40 milhões de pessoas. São ainda apresentadas algumas estatísticas sobre o tamanho atual da Internet e suas tendências de crescimento e a situação da Internet no Brasil

Histórico e Descrição Geral

Em janeiro de 1969, a Arpa (Departamento de Defesa dos EEUU) começou a financiar a pesquisa e o desenvolvimento de uma nova rede de computadores chamada Arpanet. O trabalho foi desenvolvido por equipes de engenheiros de hardware e de software . A companhia Bolt, Beranek and Newman, Inc (BBN) foi comissionada para construir os primeiros componentes da Arpanet. Foram eles que produziram o primeiro processador para mensagens (Interface Message Processors ou IMPs). Os primeiros IMPs foram entregues em setembro de 1969 para os primeiros quatro nós da rede: o Stanford Research Institute (SRI), a Universidade da Califórnia em Santa Barbara, a Universidade da Califórnia em Los Angeles e a Universidade de Utah. Em 2 de setembro de 1969, os quatro locais conectados em rede começaram a trocar informações. Estava inaugurada a Arpanet.

A Arpanet foi inicialmente um experimento para determinar que tipos de projetos de rede iriam funcionar, quão robustos estes projetos deveriam ser e que quantidade de informações eles poderiam transmitir. Um dos principais desafios iniciais foi projetar uma rede que pudesse continuar funcionando se algumas de suas seções deixassem de operar. Outro objetivo da pesquisa e desenvolvimento iniciais foi criar uma rede que permitisse a inclusão ou remoção de nós com bastante facilidade. Finalmente a rede deveria permitir a interconexão entre computadores de diferentes fabricantes de maneira fácil.

Um dos principais resultados produzidos pela Arpanet foi o desenvolvimento de um novo protocolo para redes de computadores. O protocolo de uma rede é um conjunto formal de regras que os computadores conectados a uma rede usam para falar uns com os outros. Todos os computadores, independentemente do fabricante, tinham de usar o novo protocolo para serem capazes de se comunicar em rede. Este novo protocolo para redes envolvia uma nova tecnologia chamada comutação por pacotes (packet switching).

Comutação por pacotes é uma forma pela qual diversos segmentos de uma rede de computadores podem compartilhar um meio de transmissão comum. Ao invés de enviar um grande bloco de dados através de uma linha dedicada para o computador destinatário, uma rede baseada em comutação de pacotes subdivide os dados em pequenos pedaços; cada pedaço é enviado através de uma linha de transmissão comum em um pacote que também contém informação sobre origem e destino. Esta informação permite com que muitos pacotes viagem através da mesma rede para chegar todos ao final ao mesmo destino. Componentes dedicados da rede chamados nós para comutação de pacotes roteiam os pacotes da origem para o destino usando a informação contida no próprio pacote. Com esta tecnologia, quando uma parte da rede se torna fisicamente não acessível, os dados podem ser enviados por diferentes caminhos para o seu destino.

Durante os anos 70, pesquisadores que utilizavam as tecnologias da Arpanet começaram a fazer experimentações com novos protocolos de comunicação, projetados para ser mais simples e confiáveis. Este novo protocolo se tornou o TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol). Ao mesmo tempo, o Xerox Palo Alto Research Center estava explorando a comutação de pacotes em cabos coaxiais o que deu origem à rede local EtherNet. Estes dois desenvolvimentos fariam com que a Arpanet original fosse alterada e se expandisse muito para se tornar a atual Internet.

Durante o início dos anos 80, todas as redes foram convertidas para protocolos baseados em TCP/IP e a Arpanet se transformou na espinha dorsal (backbone) que estabelecia a conexão física entre os principais nós (sites) da nova Internet que compreendia todas as redes TCP/IP ligadas na Arpanet. Em 1983, a conversão para TCP/IP foi completada e todas as redes passaram a se conectar através deste protocolo. Naquela época a Internet ainda era pequena. Em 1981, todos os computadores hospedeiros (hosts) ligados à Arpanet eram 213. Em 1986 a tabela de máquinas hospedeiras na Internet já chegava a 2308. Na seção 1.5 deste capítulo serão apresentadas estatísticas atualizadas sobre o tamanho e o crescimento da Internet.

Uma Caracterização Simples do que é a INTERNET

A Internet é hoje uma coleção de milhares de redes de computadores (vide seção 1.5) que interligam milhões de computadores. Estes são utilizados por cerca de 40 milhões de usuários que compartilham um meio comum permitindo a interação entre eles para a troca de informações digitalizadas. Esta rede de redes cresce atualmente a uma taxa de 8% ao mês.

A Internet pode ser vista como um enorme espaço destinado à troca de informações. Por esta razão ela tem sido chamada de Cyberspace ou por outras designações semelhantes.

Os benefícios da Internet podem ser descritos, numa primeira aproximação, através dos seguintes itens:

Aos benefícios mencionados, também ajuda na caracterização, a apresentação de alguns fatos sobre o que a Internet é e o que ela não é:

Prosseguimos esta caracterização da Internet, enumerando as coisas que os usuários da comunidade Internet fazem mais freqüentemente na rede:

Os usuários da rede navegam ou surfam (terminologia bastante usual na atualidade) na rede para fins de entretenimento. Viajando de local para local e de país para país usando o modem o usuário pode, num dado momento, estar revendo os mapas do metro de Tóquio em um computador em Paris e em outro estar lendo os resultados dos campeonatos regionais de futebol que estão ocorrendo no Brasil ou na Inglaterra.

Os usuários da rede também consome o seu tempo afixando notícias (newsletters) ou gerando novos recursos para a rede.

Qualquer membro da comunidade Internet pode ser um provedor de informações (information provider). Todos podem contribuir. Se alguém decide criar um espaço na rede (site) para divulgar as atividades de uma universidade ou grupo de pesquisas, a tecnologia para implementar este recurso esta disponível e é simples (vide Capítulo 2). Se uma empresa resolve colocar na rede a sua presença institucional e seus catálogos de produtos para, por exemplo, vender diretamente através da rede e dar assistência técnica, ela pode fazer isto ela própria ou se valer de consultorias especializadas para fazê-lo. Se os recursos colocados na rede são públicos (e uma enorme quantidade dele é), a divulgação desses recursos é totalmente livre. Se os recursos serão comercializados a empresa precisa compreender muito bem que estratégias de marketing são aceitáveis pela comunidade Internet (vide Capítulo 3).

A Forma de se Tornar um Usuário Cidadão da Internet

O usuário individual ou empresa que deseje se conectar à Internet basta possuir os seguintes recursos: um PC ( personal computer) ou Macintosh com um modem , um software de correio eletrônico e um software para navegação na rede (Mosaic ou Netscape ). O nível técnico requerido do usuário é equivalente ao de um usuário de processador de textos (dos menos complicados).

Em toda parte do mundo, o próximo passo seria entrar em contato com um Internet Service Provider para obter um endereço Internet. No Brasil este tipo de serviço vai começar a aparecer a partir de setembro de 1995. No Apêndice I apresentamos na cópia da nota conjunta do Mistério das Comunicações e do Ministério da Ciência e Tecnologia sobre a Internet comercial no Brasil.

Quando o mercado brasileiro estiver preparado para o provimento de uma variedade de serviços de conexão, o usuário precisará analisar que tipo de conexão lhe é mais conveniente (custo/beneficio). Ele terá à sua disposição as seguintes alternativas:

Cada método apresentado acima difere em complexidade, custo, funcionalidade e facilidade de uso. O que é mais apropriado depende das circunstâncias. O uso de SLIP/PPP através de uma linha discada parece ser a opção cada vez mais atraente para usuários Macintosh ou Microsoft Windows. Uma ligação permanente vai se justificar quando uma organização se tornar um usuário sofisticado da Internet. Embora os custos de uma ligação Internet ainda não estejam estabelecidos no Brasil, o usuário não deverá pagar mais do que uma assinatura de TV a cabo por mês. Se o usuário está ligado de casa a uma universidade ou núcleo Softex ele pagará apenas o custo da ligação telefônica local, embora tenha acesso a todos os recursos internacionais da Internet.

Uma vez conectado na rede, o novo cidadão da Internet deverá fazer uso de alguns recursos de software para mandar mensagens, localizar e recuperar informações e percorrer o universo Internet. Todos os recursos estão hoje no software de correio eletrônico e em dois softwares concorrentes chamados Mosaic e Netscape (que praticamente desempenham todas as demais funções).

Embora Mosaic e Netscape se encaminhem para integrar todas as funções necessárias para interagir com a Internet, os módulos básicos para trabalhar com a Internet são os seguintes (mais detalhes são apresentados no Capítulo 2):

E-mail

Permite o envio de mensagens do sistema do usuário para outro usuário da Internet.

Mailing lists

Sistemas que permitem a combinação dos endereços eletrônicos de vários milhares de usuários da Internet. São freqüentemente usados para discussão de tópicos, publicação de notícias (newsletters) ou qualquer outro propósito imaginável (ex.: grupos de usuários de um certo produto de uma dada empresa). Uma mensagem enviada para uma mailing list alcança todos os indivíduos da lista. Encontram-se na Internet mailing lists sobre milhares de tópicos.

Usenet

Uma área da Internet que é organizada em vários milhares de tópicos. Semelhante às mailing lists mas, em geral, utilizáveis através de software diferente.

Telnet

Possibilidade de usar a Internet para ter acesso a um computador remoto para, por exemplo, executar um software neste outro computador.

FTP

A recuperação de arquivos localizados em computadores remotos é feita através de um software chamado FTP (File Transfer Protocol). Ele é utilizado para transferir documentos (software, texto, imagem e som) tornados disponíveis na Internet por indivíduos ou instituições.

Archie

Um software utilizado para localizar outros softwares ou arquivos localizados na Internet.

Gopher

É tanto uma base de dados quanto um software usado para ter acesso à informação. Há milhares de bancos de dados Gopher disponíveis em todas as partes do mundo na Internet.

World Wide Web (WWW)

Um banco de dados ou servidor de aplicações que contém informações que podem ser manipuladas através de software de navegação ( browsers). Um servidor WWW pode incluir texto, som, imagem e até mesmo imagem de vídeo.

Mosaic e Netscape

Dois softwares, de fácil manipulação, que disputam a preferência do mercado para se tornarem as melhores formas do usuário ter acesso a servidores WWW. A Gestão da Internet e a sua Etiqueta

A Internet é uma associação informal de redes que concordaram em adotar padrões comuns de comunicação. Os protocolos de comunicação são padronizados mas as suas implementações não são necessariamente iguais. Na medida que os padrões técnicos são observados e políticas aceitáveis de uso são observadas um sistema local pode se conectar na Internet e se comunicar com outros sistemas.

Uma organização foi estabelecida para supervisionar a criação, distribuição e atualização de padrões referentes à Internet. A Internet Society (ISOC) foi formada em janeiro de 1992 para desempenhar o papel de "organização guarda-chuva" com autoridade sobre todos os aspectos da administração da rede. Sua "autoridade" emana dos seus membros afiliados que podem ser quaisquer cidadãos da comunidade Internet. Os membros podem ser individuais ou institucionais mas apenas os membros individuais tem direito a voto.

A ISOC pode ser visitada na WWW através da imagem apresentada abaixo:

Percorrendo as ligações nas páginas WWW da sociedade, qualquer membro da comunidade Internet pode se filiar à ISOC.

Vários comitês são responsáveis pelas ações da ISOC. Três comitês importantes são os seguintes: o Internet Architecture Board (IAB), o Internet Engineering Task Force (IETF) e o Internet Research Task Force (IRTF). Para a maior parte da comunidade Internet, o comitê mais visível é o IAB que além de supervisionar o desenvolvimento e evolução de protocolos para a rede, também é responsável pela adoção de padrões e pela atribuição de recursos tais como endereços da rede Internet.

O membro comum da comunidade Internet pode viver toda a vida sem perceber a existência de um "governo". Basta que ele siga muito bem o código de conduta da comunidade. A ISOC descreve o código de conduta no seguinte endereço:

http://www.isoc.org/proceedings/conduct/conduct.html

Alguns aspectos gerais e importantes do código de conduta são os seguintes:

O membro da comunidade deve se considerar um hóspede do provedor de serviços (a Internet) nas suas navegações pela rede. Na Internet acredita-se no valor do acesso aberto à informação e o serviço é prestado levando em consideração apenas o bem estar do usuário sem que nada seja pedido em troca.

O membro da comunidade deve estar cuidadosamente ciente do destino que podem tomar as suas mensagens e do impacto que elas podem causar. Isto é, principalmente, o caso de grupos de interesse na Usenet, quando, por exemplo, uma mensagem muito longa distribuída para milhares de membros do grupo pode prejudicar o tempo de acesso na rede para o restante da comunidade.

Da mesma forma como quando se usa o telefone, deve-se ser cortês e polido em todos primeiros contatos. Colocar uma mensagem em um grupo de interesse da Usenet é como fazer um discurso informal para um forum público.

A facilidade de se poder mover dados a partir de locais distantes requer alguma auto-disciplina. Por exemplo, não transfira um arquivo de 10M da Austrália se o mesmo arquivo pode ser encontrado em um local no Brasil.

É preciso lembrar que forums eletrônicos públicos não estão dispensados do cumprimento das leis, por exemplo, relacionadas à fraude ou roubo. Em caso de dúvidas o membro da comunidade deve se referir a fontes especializadas (veja Capítulo 8).

Algumas Estatísticas sobre a Internet

Durante mais de dez anos a Internet vem sendo medida, a cada três meses, através do número de seus computadores hospedeiros, que chamaremos a partir de agora simplesmente de hosts (máquinas com endereço Internet). Este número é importante porque uma das capacidades-chave da Internet é poder conectar virtualmente qualquer tipo de computador através de qualquer tipo de meio de comunicação.

Uma das últimas medidas (chamada uma Internet Walk ) mostrou 3,2 milhões de máquinas endereçáveis na Internet. Isto representa um aumento de 81% em 1994 com relação a 1993. Na verdade, um milhão de hosts foram agregados à rede apenas no primeiro semestre de 1994! A maior parte deste crescimento pode ser atribuída a mais de 80 países fora do continente norte americano.

O crescimento mensal continua sendo da ordem de 8% ao mês e o número estimado de membros da comunidade Internet é da ordem de 40 a 50 milhões de indivíduos. A empresa de consultoria News on the Net (endereço eletrônico: info@internetinfo.com) constatou que cerca de 1000 empresas se incorporam à rede por mês (a partir de 1994).

A seguir, reproduzimos informações de domínio público da ISOC sobre o número de hosts por país em julho de 1994.


País                     Hosts            % do Total                               



EEUU-Educacional         856.234          27                                       



EEUU-Comercial           774.735          24                                       



EEUU-Governo             169.248          5                                        



EEUU-Defesa              130.174          4                                        



EEUU-ONGs                66.459           2                                        



EEUU-Redes (operação)    30.993           1                                        



EEUU-Local               16.556           1                                        



EEUU Total               2.044.401        63                                       



Inglaterra               155.706          5                                        



Alemanha                 149.193          5                                        



Canadá                   127.516          4                                        



Austrália                127.514          4                                        



Japão                    72.899           2                                        



França                   71.899           2                                        



Holanda                  59.729           2                                        



Suécia                   53.294           2                                        



Finlândia                49.598           2                                        



Suíça                    47.401           2                                        



Noruega                  38.759           1                                        



Itália                   23.616           1                                        



Espanha                  21.147           1                                        



Áustria                  20.130           1                                        



África do Sul            15.595           <1                                       



Nova Zelândia            14.830           <1                                       



Coréia                   12.109           <1                                       



Dinamarca                12.107           <1                                       



Bélgica                  12.107           <1                                       



Taiwan                   9.141            <1                                       



Hong Kong                8.464            <1                                       



Polônia                  7.392            <1                                       



Brasil                   5.896            <1                                       



Rep. Checa               5.390            <1                                       



Hungria                  5.164            <1                                       



México                   4..518           <1                                       



Portugal                 4.014            <1                                       



Singapura                3.703            <1                                       



Chile                    3.308            <1                                       



Irlanda                  3.268            <1                                       



Islândia                 3.145            <1                                       



Rússia                   2.958            <1                                       



Grécia                   2.958            <1                                       



Eslováquia               1.869            <1                                       



Malásia                  1.322            <1                                       



Turquia                  1.204            <1                                       



Outros 39 países         9.408                                                     



Total do Mercosul (c/    9.553                                                     

Chile)                                                                             



Total Geral              3.225.177                                                 





Tabela I - Estatística sobre hosts por país.

A Internet no Brasil

A Internet brasileira existe há vários anos, restrita a atividades não comerciais em universidades, institutos de pesquisa e em algumas empresas de base tecnológica. Por motivos históricos, tem o nome de Rede Nacional de Pesquisa (RNP) e é um dos três programas prioritários do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

O CNPq, órgão do MCT, coordena de forma descentralizada a atribuição de endereços Internet, custeia iniciativas de formação de recursos humanos, opera vários nós da rede e paga à Embratel o custo das conexões dedicadas entre as capitais do país, utilizadas por todos. Os estados da Federação conveniados, por sua vez, pagam à empresa telefônica local o custo das conexões dedicadas dentro de seu território, e assim sucessivamente. O resultado deste sistema de gestão e de custeio é que não há autoridade centralizada de iniciativas, as despesas são rateadas e o usuário paga apenas o custo da conexão de seu computador até o ponto de presença da RNP mais próximo. Daí em diante alguém está pagando e ele pode se comunicar com o mundo, arcando tipicamente com o custo de uma ligação telefônica local. Estão hoje conectadas cerca de 500 instituições em 22 estados da União, com mais de 7.000 computadores hosts e 50.000 usuários.

Rede Nacional de Pesquisa (RNP)

A RNP - Rede Nacional de Pesquisa é uma iniciativa do MCT, cujo objetivo é implantar uma infraestrutura de redes eletrônicas para apoio a atividades de educação e pesquisa no Brasil.

O endereço do site da WWW para a RNP é o seguinte:

http://www.RNP.BR/

A iniciativa, cuja execução é coordenada pelo CNPq, concluiu, até hoje, a: implantação de uma espinha dorsal de comunicação cobrindo a maior parte do país, a velocidades mínimas de 9.6 kbps e a implantação de um conjunto de aplicações em diversas áreas de especialização.

A presença da RNP nos estados foi concebida como resultante da implantação de um conjunto de conexões interestaduais, interligando inicialmente onze estados, com pontos-de-presença em cada capital. Essa arquitetura de linhas de comunicações e equipamentos compôs o que se denomina espinha dorsal (backbone) da RNP. A espinha dorsal da RNP cobre atualmente boa parte do Brasil, com um ponto de acesso em cada capital.

Os estados ainda não cobertos por conexões diretas são Acre, Amapá, Piauí, Rondônia, Roraima e Sergipe. Atualmente, os seguintes estados tem pontos-de-presença oficial da RNP ou um ponto de acesso operado por alguma instituição local e aberto à comunidade de educação e pesquisa na região: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Tocantins. Redes Estaduais afiliadas à RNP e que já atingiram estágio de operação independente incluem as de: Pará, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Alagoas, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

As instituições presentemente conectadas à RNP ou redes estaduais são as primariamente voltadas para educação, pesquisa ou gestão governamental e somam cerca de 500. Segundo as últimas estimativas 7000 hosts estão interligados no Brasil em redes. Adotada a premissa de que cada host seja utilizado por 7 usuários, o número total de usuários ativos hoje é estimado em 5 mil.

Serviços Básicos Oferecidos pela RNP

A RNP é articulada a outras redes similares no exterior e coordena, no Brasil, o acesso à Internet. Os serviços básicos disponíveis na RNP referem-se à interação entre membros de instituições do país e do exterior, e incluem: correio eletrônico; grupos de interesse em assuntos específicos (foruns de debate); acesso a bases de dados nacionais e internacionais, repositórios de pacotes de domínio público, etc. Acesso a máquinas remotas ou login à distância em computadores e supercomputadores ligados em rede; transferência de arquivos, softwares, artigos, documentos, informações, etc...

Além dos serviços básicos, a infraestrutura implantada pela RNP possibilita a implantação de aplicações especiais em áreas especializadas, tais como: Educação à Distância; Desenvolvimento Sustentável; Biologia Molecular; Acesso a Centros de Computação de Alto Desempenho.

A implantação de aplicações nessas áreas é feita a partir do interesse comum e em parceria com as instituições já atuantes nas diversas áreas. Cabe à RNP o papel de detectar áreas potenciais de uso de redes e prover as condições para que instituições atuantes nessas área sejam estimuladas a aproveitar a infraestrutura já instalada para desenvolver e manter novas aplicações.

Maiores informações sobre a Rede Nacional de Pesquisa podem ser obtidas nos seguintes endereços:

RNP - Rede Nacional de Pesquisa
Coordenação Geral
Rua Maria Nassif Mokarzel, 113
Barão Geraldo
13084-650 Campinas, SP
Tel: (0192) 39-4141
Fax: (0192) 39-3070
E-mail: info@hq.rnp.br
RNP - Rede Nacional de Pesquisa
Núcleo de Coordenação
Estrada Dona Castorina, 110
Jardim Botânico
22460-320 Rio de Janeiro, RJ
Tel: (021) 294-9032
Fax: (021) 259-7796
E-mail: info@nc-rj.rnp.br

A Internet Comercial no Brasil

Os primeiros passos para o estabelecimento do acesso comercial à Internet no Brasil estão sendo tomados através de uma cooperação entre a RNP, Embratel e a Telebrás. Muitas novidades deverão ocorrer nesta área no futuro próximo.

O leitor poderá visitar o site da Embratel no seguinte endereço:

WWW: http://www.embratel.net.br/

Clique na imagem para visitar o site
Use a seta Back do browser para retornar ao livro

No site ilustrado pela imagem acima, a Embratel fornece as seguintes informações principais. Diz ela que a EMBRATEL disponibilizá, a partir de agora, o acesso à Internet para a comunidade brasileira fora do âmbito acadêmico e de pesquisa. Acredita-se que o perfil dos usuários da Internet no Brasil passe a ser mais variado, abrangendo tanto o leigo quanto o profissional em informática.

Visando otimizar e facilitar a utilização da rede por todos, a Embratel reuniu, em forma de hipertexto, algumas informações que servem não apenas de ponto de partida para a navegação através dos recursos disponíveis, mas também como base para o entendimento deste novo meio de comunicação, principalmente para os iniciantes.

Visando atender com eficiência os usuários, a Embratel anuncia no seu site dois endereços de suporte:

info@embratel.net.br

Informações genéricas sobre o serviço "Internet via Embratel", formas de acesso, tarifas, cadastramento, etc.; e:

apoio@embratel.net.br

Suporte aos usuários do serviço "Internet via Embratel" para dúvidas, sugestões, críticas e comentários sobre o conteúdo do hipertexto apresentado no site.

Como Utilizar A Internet

O título deste capítulo não deve sugerir que ele seja destinado a técnicos da área de Informática. Ele não é um manual de utilização da Internet e, para aqueles interessados em se aprofundar nos detalhes técnicos, são apresentadas referências ao seu final. As referências, como será visto, são todas documentos de domínio público que podem ser obtidas na própria Internet.

Supomos que o leitor deste livro é alguém interessado em aprender como a Internet pode ser entendida como um veículo de marketing e tudo que ele precisa saber sobre como usar a rede são procedimentos gerais e extremamente simples. A experiência em Informática que um administrador precisa ter para tirar ótimo proveito da Internet é equivalente à adquirida com o uso de um editor de textos de complexidade moderada. O pessoal de suporte técnico em Informática da empresa fará o resto.

Os diferentes softwares disponíveis para a utilização da Internet sugerem aos usuários as diferentes maneiras pela qual a Internet pode ser usada comercialmente. As formas são muito variadas e serão discutidas neste capítulo.

Para algumas companhias, fazer negócio na Internet consiste em usar o sistema de correio eletrônico internacional para mandar memorandos e documentos da matriz da corporação para suas filiais em todo mundo.

Outras companhias entendem que fazer negócio na rede consiste em percorrer os inúmeros bancos de dados disponíveis na Internet para buscar dados sobre o mercado, informação sobre a concorrência e relatórios produzidos por universidades em todo o mundo sem precisar pagar por este serviço.

A percepção de outros sobre o que é fazer negócios na Internet consiste na troca de idéias com colegas em todo mundo em grupos de interesse públicos ou privados para descobrir novos clientes ou nichos de mercado.

Para alguns empreendedores mais agressivos fazer negócios na Internet consiste em enviar, a baixo custo, mensagens para listas selecionadas ou em tornar informação sobre seus produtos disponíveis nos newsgroups que se "reúnem" para discutir os temas mais variados.

Finalmente, o empresário pode desejar criar a sua presença eletrônica na rede na forma de uma loja ou um escritório virtual que será localizado ou não em um ou mais shopping centers ou malls virtuais (como será apresentado no Capítulo 5). Para chegar a este ponto é necessário entender todas as formas de atividades apresentadas acima além de ter uma boa percepção sobre o que envolve fazer com que o seu endereço seja conhecido e de interesse para os usuários da rede.

Neste capítulo faremos uma apresentação dos aspectos essenciais das principais ferramentas (softwares) disponíveis para viabilizar as atividades enumeradas acima.

O Correio Eletrônico

O sistema de correio eletrônico (electronic mail ou email) da Internet é o recurso mais usado na rede. Estima-se que a população de mais de 30 milhões de usuários da rede troque cerca de 4 mil mensagens por segundo.

O número de programas diferentes disponíveis para viabilizar o uso do correio eletrônico na rede (software para email) é muito grande, mas todos eles têm algumas características básicas comuns. Todo programa opera solicitando que o usuário preencha um campo de destinatário com o endereço de um ou mais recipientes da mensagem e um campo opcional, com o nome ou tema da mensagem (subject ). Este é o envelope da mensagem.

O "corpo" da mensagem é um texto que o usuário prepara com o auxílio de um editor de textos simples fornecido pelo software de correio eletrônico que ele utiliza.

Para mandar uma mensagem para alguém é necessário conhecer o endereço Internet da pessoa. Todos os endereços são compostos das três partes a seguir:

  1. O nome individual ou "nome da conta";
  2. O nome do computador que a pessoa usa e
  3. O "domínio" que descreve o tipo de rede que liga o computador à Internet (lembre-se que a Internet é uma rede de redes).

Todo endereço Internet tem a seguinte forma geral:

usuário@host.domínio

onde host é o computador ligado à Internet.

O endereço :

webmaster@www.rnp.br

É o endereço da pessoa encarregada da rede (webmaster) na máquina www do domínio rnp.br (Rede Nacional de Pesquisa - RNP- no Brasil). A informação mais a direita no endereço (br no exemplo) é chamada o domínio de nível mais geral.

Os domínios mais usados na Internet são os seguintes:

com, para pontos de presença comerciais;
edu, para pontos educacionais;
gov, para governo ;
org, para organizações sem fins lucrativos e
siglas especiais para designar países:
br, para o Brasil (como no exemplo);
mx, para o México;
au, para Austrália,
fr, para França, etc.

(observação: embora us possa ser usado

O Exemplo de Um Ponto de Presença na Internet

A "Companhia das Informações" (Cia-INFO) é um centro de serviços via rede que visa disponibilizar informações diversas a níveis nacional e internacional. A Cia-INFO está baseada no Centro de Computação do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, na cidade de São Paulo.

A utilização de seus serviços é gratuita. É vedado o uso comercial das informações disponíveis. Entre as informações disponíveis encontram-se as seguintes:

Cada serviço possui seu modo de utilização. Aproveitaremos, neste capítulo, o exemplo da Cia-INFO para, depois de tratar de cada um dos mecanismos (programas) para acesso e recuperação de informação na Internet (seções a seguir), mostrar como o mecanismo poderia ser usado para buscar as informações deste ponto de presença brasileiro.

Navegando na Internet Com a World Wide Web (WWW)

O maior problema com GOPHER é que os nomes usados como itens nos menus devem ficar restritos a uma linha de texto. Se um parágrafo de informação é necessário para explicar no que consiste um item (que pode se referir, por exemplo, a um arquivo com um texto complexo ou um software ), GOPHER não está preparado para resolver o problema.

A World Wide Web é um conjunto de milhões de páginas de informação distribuídas pela rede. Cada WWW site, como uma instalação GOPHER, é um conjunto de páginas sobre um determinado assunto, instituição, indivíduo ou grupo de indivíduos. Um site WWW, tipicamente, está interconectado com muitos outros sites (como no Gopherspace ).

Cada página de um site ou ponto de presença WWW pode conter informação textual e gráfica e informação na forma de vídeo ou de áudio. Nas páginas da WWW qualquer palavra, frase, figura ou ícone pode ser "marcada" para funcionar como "endereço" (hot words) de outras páginas em um sistema hipertexto. Isto permite o deslocamento entre páginas com o simples uso do mouse (apontando para o que está marcado e apertando o botão). Dissemos, anteriormente, que o GOPHER permite o acesso aos demais serviços da Internet (ex.: TELNET e FTP). Isto vale para a WWW que inclui, também, o próprio GOPHER.

A diferença entre instalar um GOPHER (que é uma árvore de itens de vários níveis, cada um deles permitindo o acesso a informação local e remota, a serviços e a outros GOPHERS) e um WWW site (um conjunto de páginas com a estrutura de hipertexto) é significativa em termos do esforço requerido.

Do ponto de vista do conteúdo, a diferença é pequena: é como "vestir" os menus do GOPHER com "informação contextual". O menu inicial de uma instalação de GOPHER corresponderá a "página de abertura" de um site WWW.

Do ponto de vista de projeto e de codificação a diferença é substancial. O projeto deverá explorar, além de bons textos, todos os recursos visuais disponíveis na WWW (artistas gráficos e comunicadores visuais são bem vindos). A codificação das páginas do site deve ser feita usando uma linguagem de marcação de textos chamada HTML (Hypertext Markup Language) que permite indicar, em cada página, o que é texto normal, o que é figura, o que é um ícone de ligação com outra página e muito mais (vide próxima seção).

Cada página da WWW tem um endereço expresso por uma URL (Uniform Resource Locator). Para navegar o sistema hipermídia que é o universo de sites da WWW o usuário precisa de um software de navegação, usualmente chamado de browser. No capítulo de introdução o leitor já foi apresentado às telas de abertura de três sites da WWW: o da Internet Society, o da RNP e o da Embratel.

Para ter acesso a um dado site, o usuário só precisa informar ao browser a URL (endereço) do ponto de presença desejado. A página é aberta no ponto indicado e a partir dai o usuário "navega" apontando o mouse para os pontos de ligação indicados nas páginas.

Um endereço WWW tem o seguinte aspecto:

http:// <endereço do "site">

Os browsers também permitem o uso de outros serviços da rede. Por exemplo, o uso de endereços como os apresentados abaixo:

gopher:// <endereço do "site"> e

ftp:// <endereço do site>

levariam a uma instalação de GOPHER, a partir da qual o usuário poderia prosseguir a navegação por menus ou a um site do qual o usuário poderia recuperar arquivos.

Prosseguindo com o exemplo que utilizamos até agora, para ter acesso à página WWW da Cia-INFO o leitor deve usar o seguinte endereço:

http://www.if.usp.br/

Apesar de ser um recurso muito recente da Internet, que tomou impulso ao longo do ano de 1994, o tráfego na rede de usuários buscando informações em sites da WWW no final do último ano, já superava, por mês, o tráfego total de ligações interurbanas feitas nos Estados Unidos na mesma unidade de tempo.

Como Explorar Completamente os Recursos Técnicos da Internet

Como já foi enfatizado anteriormente, este livro n‹o pretende ser um manual sobre a Internet para especialistas em Informática. No entanto, visualizamos a seguinte situação. Um empresário ou administrador lê o livro e fica convencido da importância da Internet para o seu negócio ou atividade. Com isto ele decide ou fazer pessoalmente uma incursão mais aprofundada nos aspectos técnicos da Internet ou indicar para os seus colegas da área técnica como eles podem aprender tudo sobre os serviços disponibilizados pela rede.

O ponto central desta seção é o seguinte: todos os detalhes técnicos podem ser encontrados na própria Internet. É raro, por exemplo, um bom site da Internet que não contenha muitas informações sobre todas as ferramentas necessárias para o uso efetivo da rede. No Brasil, dentre muitos outros, basta recorrer aos sites da RNP e da Embratel para obter todas as informações necessárias (seus endereços já foram fornecidos anteriormente).

Sem descrever detalhes, o que faremos nesta seção é indicar como o leitor interessado poderá:

  1. Escolher um bom "browser" para percorrer a WWW;
  2. Aprender a construir e administrar um "site" na WWW;
  3. Encontrar, com facilidade, informações na Internet.

Os requisitos para que os leitores possam usar as informações apresentadas nesta seção são os seguintes: ele deve estar ligado a Internet com a possibilidade de transferir arquivos para a sua máquina e deve ter obtido, por algum meio (a maioria ainda é domínio público), um browser inicial para acesso à WWW (que ele pode preferir substituir mais tarde).

O browser utilizado para gerar as imagens da WWW neste livro chama-se Netscape para Windows. Este software foi lançado comercialmente em outubro de 1994 e está disponível na rede, sem ônus, por tempo indeterminado.

Para o técnico interessado em se tornar um desenvolvedor de aplicações para a WWW, recomenda-se, em primeiro lugar, uma visita na rede ao site chamado: "WWW Development ". O endereço deste site é:

http://WWW.Stars.com/

Nas páginas deste site pode-se obter uma visão geral sobre todos os aspectos pertinentes sobre a WWW, tanto do ponto de vista geral (artigos, livros, catálogos, estatísticas, provedores de serviço etc) quanto do ponto de vista técnico (protocolos, software, padrões, etc.). Este é, talvez, o site mais abrangente sobre a WWW.

Uma vez adquirida uma visão técnica geral, o especialista em Informática deve se dirigir aos dois sites seguintes:

(a)
Para aprender a operar sob todos os pontos de vistas um site na Internet, recomenda-se o estudo do site intitulado "Running A WWW Service" que está localizado no endereço a seguir:

http://scholar2.lib.vt.edu/handbook/handbook.html

A título de ilustração, apresentamos, na tabela abaixo, o índice do site como ele consta, em inglês, na rede:

Read Me First

  1. Introduction
  2. About The World-Wide Web
  3. World-Wide Web Browsers
  4. HTML
  5. Graphics
  6. Searching And Indexing
  7. WWW Servers
  8. Extending WWW
  9. Utilities
  10. Legal and Ethical Issues
  11. CWISes And WWW
  12. Teaching And Learning On WWW
  13. Collaboration On WWW
  14. Libraries And WWW
  15. Future Developments
Appendix 1 Mailing Lists
Appendix 2 WWW Resources
Appendix 3 National UK Services
Appendix 4 Conferences On WWW
Appendix 5 References
About This Handbook
(b)
Para aprender todos os detalhes técnicos sobre como codificar páginas da Web em HTML e para escolher um browser adequado e obtê-lo por FTP, recomenda-se o estudo das páginas do "The Web Communications Comprehensive Guide to Publishing on the Web" que está no endereço:

http://www.webcom.com/html/

A lista abaixo apresenta o índice do site no original.

  1. Introduction to using the World Wide Web
  2. Introduction to HTML
  3. Web Communications HTML Guide
  4. Creating HTML fill-out forms
  5. Guidelines for Creating a Site on the WWW
  6. How to Widely Publicize Your Site
  7. The comp.infosystems.www. <
  8. As Presenças Brasileiras na WWW

    A maciça maioria das presenças brasileiras na WWW são, até agora, de universidades e institutos de pesquisa. Isto se deve, naturalmente, ao pioneirismo da RNP, que é uma rede acadêmica, na introdução da Internet no Brasil.

    No primeiro capítulo já nos referimos ao endereço da própria RNP na WWW e ao da Embratel (que foi obtido através da RNP). A RNP, na sua página localizada na URL:

    http://www.RNP.BR/outros/regionais.html

    fornece uma lista das instituições brasileiras com pontos de presença na WWW. A página está transcrita na tabela abaixo. Indo a esta página, o leitor poderá se conectar com todas as instituições nela mencionadas.

    Através da Embratel é possível chegar a diversos sites comerciais brasileiros na rede. Esta informação é apresentada no Capítulo 5.

    Marketing na Internet

    Há pouco mais de um ano, os executivos de marketing sequer cogitavam em anunciar na Internet. Por 20 anos a cultura da comunidade Internet manteve a tradição de que publicidade e marketing não tinham lugar na rede. Mas a World Wide Web (WWW) criou um apelo muito especial para o profissional de marketing e a situação se alterou completamente.

    Hoje a Internet mobiliza toda a comunidade mundial de especialistas em marketing e estes estão agora criando grupos especiais dentro de agências de publicidade para atender os seus clientes com relação às suas necessidades de publicidade eletrônica na Internet.

    A Internet como ferramenta de Marketing

    José Roberto Pastor

    Apesar de tudo que se tem falado sobre Internet, a grande verdade é que os profissionais de marketing e propaganda ainda estão digerindo com dificuldade este novo conceito de comunicação. Sim, pois desde o advento da televisão, há décadas atrás, não se tem notícia de meio tão revolucionário. E, assim como a TV na década de 50, ninguém sabe ao certo como se desdobrará este novo processo .

    No mundo da Informática o acesso ao ciberespaço já é uma realidade há algum tempo. Para nós , pessoas de marketing, a ficha só caiu realmente depois do surgimento da fatídica World Wide Web (WWW), há pouco mais de 2 anos . Com ela vieram a reboque os "navegadores" Mosaic e o Netscape , este último utilizado por cerca de 75% dos "surfistas" da Web e já demonstrando que veio para ficar. Prova é que grande parte dos computadores vendidos nos E.U.A. já vem de fábrica com este "browser" pré-instalado. O Netscape já vem sendo considerado pelos especialista como o "Windows" da Internet , ou seja uma espécie de padrão.

    Foi com o surgimento do Netscape que a porteira deste cibermundo se abriu ao usuário do Windows em seu computador doméstico - alguém como nós, mortais. A partir daí o que acontece? Bingo! Passamos a poder nos comunicar com milhões de pessoas comuns (leia-se consumidores), de uma forma simples e acessível. E aí vem a grande surpresa: as agências e os profissionais de marketing não estão preparados para lidar com esta nova realidade!

    Curiosamente, o que temos visto são profissionais de Informática desenvolvendo "home-pages" para os ávidos clientes que precisam colocar rapidamente suas logomarcas no ciberespaço - muitas vezes sem saber exatamente porquê. Nada contra a classe de Informática a qual reservo todo o respeito, e sem a qual esta matéria não existiria. Mas seria mais ou menos como um cliente procurando uma produtora diretamente, para produzir um filme do seu produto para a TV. Não estamos esquecendo de algo? Ah sim, a Internet é uma ferramenta de marketing, e como tal deve estar integrada a um Plano de Marketing e Comunicação onde serão contemplados os objetivos do cliente, e uma estratégia coerente deverá prever sua sinergia com os outros meios, digamos, tradicionais.

    No início de novembro deste ano foi realizada em Boston a Convenção e Feira Internacional sobre Internet. A presença maciça de mais de 30 000 pessoas, de diversos tipos de atividades querendo se envolver no assunto; empresas do porte de IBM e Micrsoft de forma onipresente - além, é claro, de tudo o que foi apresentado por consultores de marketing e propaganda- são evidências claras de que o processo é irreversível. Não restam dúvidas: a interatividade chegou para ficar. E, a maior prova disso são as fusões entre companhias telefônicas e firmas de TV a cabo, que diariamente chegam ao nosso conhecimento através da mídia. Os defensores da Information Superhighway prevêem que a Internet de hoje é apenas um embrião do que estaria por vir em termos de sofisticação, no que se refere a acesso a informação. De qualquer forma o caminho é o da interatividade.

    O que se apreende disto tudo é que a Internet hoje, é o que há de "quente" no momento, por quebrar todo um paradigma (o clichê é inevitável), e mudar dramaticamente o rumo do navio. Entretanto, é apenas um começo, assim como aconteceu com a televisão nos idos anos 50- só que elevado à terceira potência. Da mesma forma fica a pergunta: Estarão os profissionais de marketing e comunicação preparados para este furacão cibernético?

    Para nós, brasileiros, o consolo é que mesmo nos E.U.A. onde a Internet realmente está acontecendo (66% dos servidores do mundo estão situados lá)- e apesar de não existirem dúvidas sobre o poder desta ferramenta- ainda pairam muitas perguntas sobre os desdobramentos deste processo. Os critérios de medição de eficiência, por exemplo, ainda não foram padronizados - o que torna qualquer avaliação prematura e imprecisa. Outros fatores, tais como qualidade de transmissão telefônica e posse de computadores ainda são gargalos a serem transpostos para o crescimento da base de usuários. O alerta, por outro lado é que tudo está se desenvolvendo na velocidade da luz, e, aqueles que se recusarem a entender este novo ambiente poderão estar se auto-condenando a obsolescência.

Há algumas questões centrais que devem ser lembradas quando se começa a trabalhar com a WWW usando Mosaic ou Netscape. Estes browsers fazem uso de um recurso para localização uniforme chamado URL (Uniform Resource Locator) para definir o endereço de uma determinada página na WWW. Um endereço URL se refere à primeira página (home page) do espaço reservado na WWW, por exemplo, informações para a divulgação de uma universidade, grupo de pesquisa ou uma empresa. Ao chegar nesta primeira página (basta indicar para Mosaic ou Netscape qual o endereço desejado), o usuário encontrará um repositório de informação estruturado como um sistema hipermídia que permitirá que ele navegue pelas informações apenas apontando com o mouse as palavras ou símbolos chave no texto. Já na próxima seção deste primeiro capítulo indicaremos o endereço de alguns repositórios na WWW (chamados WWW sites) e mostraremos como as primeiras páginas destes repositórios aparecem na tela do usuário.

Como a World Wide Web está mudando a forma pela qual as empresas desenvolvem o marketing de seus produtos

Há pouco tempo lia-se na Business Week:

"Hoje a Internet está se transformando em um lugar quente para a publicidade e a atividade comercial. Publicitários estão se movendo rapidamente para fazer com que suas mensagens cheguem a milhões de clientes potenciais através de anúncios que usam todos os recursos gráficos e outras formas de informação atraentes que agora podem ser colocadas na WWW. O meio de promoção mais eficiente tem sido a possibilidade da Web poder exibir as mensagens de marketing de profissionais de comunicação para grupos selecionados. Na rede, informação promocional, como o anúncio de novos produtos, catálogos de produtos e programações de seminários para treinamento podem ser disponibilizados através da WWW. Clientes interessados podem obter a informação e responder interativamente usando o mouse. Mas a questão permanece sobre se as pessoas certas verão a informação, porque o escopo maciço da WWW pode fazer com que as companhias fiquem perdidas e passem despercebidas na rede, submersas no mar de mais de dez mil sites comerciais hoje existentes na WWW."

A resposta para o dilema do publicitário segue a mesma linha de mudanças que ocorreu no mercado de venda a varejo. A solução é colocar a loja em um shopping center para o qual milhões de clientes podem ir em massa. Isto é exatamente o que está acontecendo na WWW através dos shopping centers eletrônicos que focalizam seus interesses em grupos específicos de compradores.

O capítulo 5 deste livro é dedicado ao estudo dos diversos tipos de shopping centers eletrônicos que existem atualmente na WWW.

Por exemplo, no setor industrial, o IndustryNET On-line Mall se destacou como o maior e o mais utilizado shopping eletrônico com o foco na indústria. Atualmente, ele inclui 250 fabricantes que são líderes mundiais em produtos e serviços usados por compradores da indústria .

Ao longo do último ano, mais da metade das 500 maiores empresas da revista Fortune lançaram programas de marketing na WWW. Companhias como GE, IBM Rockwelle outras lançaram-se na WWW para promover seus produtos e mandar mensagens institucionais para os seus clientes. Esta é claramente uma forma de abrir a companhia para o mundo, procurando, além de anunciar os seus produtos, comunicar aquelas informações institucionais que podem melhorar a imagem da companhia junto a seus atuais clientes e seus clientes potenciais em todas as partes do globo.

A explosão do marketing eletrônico é o início de uma nova era em comunicações que fornece aos executivos de marketing uma ferramenta poderosa para atingir suas audiências.

A parte mais interessante é que o ambiente Internet dá suporte às duas principais filosofias do marketing na atualidade: a possibilidade do anúncio se dirigir (target) a grupos selecionados de compradores e a possibilidade da empresa continuar a manter com este grupo um diálogo interativo.

Em contraste com os programas tradicionais de marketing, que são, essencialmente, formas de comunicação uni-direcionais para audiências muito grandes e com interesses muito diferenciados, o marketing eletrônico na WWW permite o desenvolvimento de uma afinidade muito grande entre o vendedor e o cliente.

Os clientes têm a possibilidade de buscar informação sob demanda e esta informação se relaciona precisamente com seus interesses específicos, o que desenvolve a sensação de que ele está recebendo um serviço muito íntimo por parte da companhia vendedora.

Como os clientes atuais e potenciais desejam ser objeto de uma relação personalizada com as companhias, a possibilidade de manter uma comunicação por correio eletrônico ou através de outros meios, amplia, significativamente, a imagem da companhia na mente do consumidor.

Claramente o mundo do profissional de marketing está mudando. Os novos desafios trarão enormes oportunidades para aqueles que rapidamente adquirirem experiência sobre como conduzir programas de marketing no mercado eletrônico da Internet.

Estratégias de Marketing não Aceitáveis pela Comunidade Internet

A maneira mais garantida de alguém ser expulso da Internet ou ser agredido por usuários da rede é enviar um anúncio não solicitado para um ou mais grupos de interesse na rede. Portanto, a pior coisa que uma empresa pode fazer é mandar qualquer quantidade de mensagens não solicitadas para usuários da Internet. Esta é uma péssima forma de relações públicas.

O destinatário de uma mensagem não solicitada estará perdendo tempo e dinheiro e, além do mais, isto é uma violação direta da privacidade do cidadão da Internet. Uma reação possível (e comum) contra a mensagem não solicitada é o envio, em retorno, de milhares de mensagens, além de outras formas possíveis de sabotagem tecnológica.

Não apenas é uma má política mandar mensagens não solicitadas pela rede mas isto também é um atestado de falta de criatividade, uma vez que existem diversas formas mais interessantes de se anunciar na rede. Algumas recomendações são apresentadas a seguir.

Deve-se descobrir o que é aceitável pela comunidade Internet;

Em alguns forums da Internet qualquer atividade comercial, mesmo apresentada da forma mais sutil, não é apreciada. A empresa interessada em atuar na Internet deve investir tempo procurando conhecer o funcionamento dos forums relacionados à sua área de atuação, anunciando nestes forums de uma forma "politicamente correta".

Mensagens sobre produtos e serviços devem ser mantidas curtas;

Usuários regulares da Internet recebem, em geral, uma grande quantidade de mensagens eletrônicas. Mensagens comerciais muito longas correm o risco de nem serem completamente lidas. Uma mensagem curta deve concluir explicando como mais informações podem ser obtidas.

Deve-se evitar o sensacionalismo;

A comunidade Internet é orientada para o conteúdo. Ela aprecia qualidade, informação filtrada e valor adicionado. A mensagem comercial deve procurar incorporar comentários interessantes e gerais sobre a área de atuação da empresa ou qualquer outro tipo de informação útil de natureza geral.

Empresas devem procurar criar seus próprios forums;

É possível criar um newsgroup na Usenet para a discussão dos produtos da empresa (a Usenet é recebida pela grande maioria de usuários Internet e possui mais de seis mil grupos de interesse).

As empresas devem procurar interagir com a comunidade da Internet.

O mundo de negócios precisará aprender uma nova linguagem para interagir adequadamente com a comunidade Internet. Não se espera, por exemplo, que um membro da comunidade venha pontificar sobre o seu produto como se seus interlocutores não fossem capazes de avaliá-lo.

Literatura sobre como Fazer Negócios na Internet

Já existe uma vasta literatura sobre como fazer negócios na Internet. Os seguintes livros, por exemplo, cobrem o tema de forma bastante completa:

(a)
Rosalind Resnick e Dave Taylor; "The Internet Business Guide", SAMS Publishing, 1994.
(b)
Michael Strangelove; "How to Advertise on the Internet", Strangelove Press, 1994.
(c)
Jill H. Ellsworth and Matthew V. Ellsworth, "The Internet Business Book", John Wiley and sons, 1994.
(d)
Mary Cronin, "Doing Business on the Internet ", 1993.
(e)
John December & Neil Randall "The World Wide Web Unleashed",. Sams Publishing, 1994.

Como já foi dito antes, a dificuldade de se produzir um texto sobre a Internet é que a rede evolui tão rapidamente que todas as informações sobre ela se tornam logo obsoletas. Procuramos dar maior permanência aos assuntos tratados neste livro usando um estilo clássico da área de administração: estudos de casos sobre estratégias para a construção de sites da WWW.

Como regra geral, é na própria Internet que se encontra a maior quantidade de informações sobre ela própria e, no futuro muito próximo, sobre qualquer assunto. O assunto business on the Internet, por exemplo, esta coberto por diversos textos e hiperlivros que podem ser encontrados na própria rede.

A seguir, apresentamos alguns endereços WWW nos quais o leitor pode buscar referências interessantes sobre como utilizar comercialmente a rede. Para ilustração, apresentamos a primeira página de dois dos sites onde está este material.

(a)
No endereço da World Wide Web, WWW,
http://www.rtd.com/people/rawn/business.html

o usuário Internet poderá encontrar um texto curto de muito boa qualidade intitulado "An Introduction to the Internet for Commercial Organizations" escrito por Rawn Shah (rawn@rtd.com).

Os pontos fortes deste texto são os seguintes: análise de produto, análise de mercado e como obter assessoria especializada.

(b)
No endereço
gopher://gopher.phoenix.ca:70/11/Mar95

da WWW pode-se encontrar o texto "Internet Business Guide " escrito por Sternberg em março de 95. Neste texto destaca-se o Capítulo 6 que discute uso de recursos da rede para diferentes tipos de áreas de negócios.

(c)
O texto "Commerce on the Web" foi desenvolvido pela University of Iowa-College of Business Administration. Em um estilo mais acadêmico o texto que se encontra no endereço http://www.biz.uiowa.edu/class/6A170/ da WWW também propõe projetos para estudantes e uma quantidade muito bem selecionada de leituras recomendadas.
(d)
O texto "The Executive Guide to Marketing on the New Internet" na página

http://www.industry.net/guide.html

da WWW tem um ótimo capítulo sobre a Internet e o executivo de marketing. Este livro é também um bom exemplo sobre como se faz marketing na rede. O livro é distribuído gratuitamente (e contém muita informação útil de natureza geral) mas o objetivo subjacente do livro é divulgar o IndustryNET On-line Mall.

(e)
O curso intitulado "Electronic Commerce Course: An Introduction" encontra-se no seguinte endereço WWW:

http://www.cox.smu.edu/mis/ecommcourse.html

O curso é oferecido para estudantes em final de graduação na Edwin L. Cox School of Business da Southern Methodist University. Um aspecto interessante deste curso é que o Prof. Blake Ives pode concordar em supervisionar um estudante de qualquer parte do mundo que deseje fazer o seu curso como um estudo orientado a distância.

Cartões de Visitas e Outras Curiosidades

Concluímos o presente capítulo com algumas curiosidades: mostrando como se pode colocar o cartão de visitas na Internet, ilustrando uma situação em que a Internet é utilizada para atingir o mercado local e contando uma história de sucesso sobre negócios na Internet.

Cartões de Visitas

Há pouco tempo foi lançado na WWW o site de uma empresa chamada The Phoenix Internet Business Card. A empresa anuncia que, por um período de tempo limitado, ela estará exibindo na rede, ao custo de US$ 100 por ano, cartões de visita dos seus clientes.

Os clientes enviam um texto de até duas mil palavras com um sumário do seu negócio e uma lista dos seus produtos. O cliente pode ainda atualizar o "cartão" a cada três meses. O cartão, que ficará disponível através da Internet, poderá ser localizado através do software Veronica (Capítulo 2). O endereço eletrônico da empresa é:

card@phoenix.ca

Panzerotto Pizza

Numa combinação original de pizzas com alta tecnologia em comunicações, duas companhias da área de Toronto se associaram para oferecer o primeiro serviço de pizzas a domicílio cobrindo a área da cidade de Toronto. O serviço é anunciado no endereço:

http://pizza.idirect.com

No anúncio de lançamento a empresa informa que esta é a primeira vez que várias cadeias de pizza atuarão em conjunto cobrindo uma extensão territorial bastante grande. Eles comparam o tamanho do empreendimento com outros menores como a Pizza Hut em Santa Cruz, o Papa John's Pizza (http://www.traveller.com/papajohns/) no Alabama e o Backstreets Restaurant (http://www.bnt.com/~backstreets/) em Virgínia que cobrem extensões territoriais bem menores. Para ilustrar esta curiosidade mostramos adiante o site do Backstreets Restaurant.

http://www.bnt.com/~backstreets/

No ano de 1993, a história padrão de sucesso sobre comércio na Internet foi a do florista que conseguiu, sozinho, trabalhando na rede, gerar uma receita de sete milhões de dólares no ano. Vamos aqui substituir este exemplo por outro igualmente interessante.

Alain Pinel Realtors, uma empresa de corretagem de imóveis em São José, Califórnia, mostrou o que uma companhia pequena pode fazer na Internet. Há três anos a empresa estava lutando para sobreviver no mercado deprimido de imóveis do Silicon Valley. Uma tarefa especialmente frustrante era se manter em contato com engenheiros e profissionais de marketing e vendas que formavam a sua clientela preferencial.

Toda esta situação mudou quando Alain Pinel decidiu investir US$ 180 por mês numa conexão Internet que seus agentes passaram a usar para enviar listagens, análises de mercado e outras informações via email para clientes potenciais na costa este dos EEUU, Austrália e Inglaterra.

Quando a companhia estabeleceu uma comunicação efetiva com a clientela, ela passou também a se conectar com seus parceiros de negócios.

Atualmente, quando a empresa precisa trocar informações com empresas do mesmo ramo, tudo é feito através da Internet. Algumas das pequenas empresas às quais Alain Pinel recorre gastam apenas US$ 50 mensais com suas conexões Internet.

Em resumo, ao longo dos últimos três anos Alain Pinel deixou de ser uma pequena empresa que procurava sobreviver em São José, Califórnia, para se tornar uma agência próspera com vendas anuais na casa de seiscentos milhões de dólares.

A firma emprega atualmente 200 agentes e um staff de apoio com 30 pessoas e já mantém uma base de dados que inclui de 500 a 800 descrições de imóveis (segundo o The Wall Street Journal).