“O que um homem realmente precisa? Algumas centenas de
gramas de comida todos os dias, aquecimento e abrigo, dois
metros para se deitar e alguma forma de trabalho que lhe
proporcionará uma sensação de realização.
E isso é tudo, sob o
aspecto material. Todos sabemos disso. Mas recebemos uma
lavagem cerebral de nosso sistema econômico, até que
terminemos numa tumba, debaixo de uma pirâmide de
prestações, hipotecas, utensílios absurdos, brinquedos
que
desviam nossa atenção da estupidez de tudo isso.” (Sterling
Hayden, citado por Kotler em 1988, p. 30)
A citação acima descrita, relata uma antiga e constante discussão
quanto aos
benefícios ou malefícios do
marketing. As dúvidas em relação ao fato de que o
marketing cria demanda ou apenas estimula
a demanda de produtos já existentes é uma
constante desde o surgimento do termo.
Segundo Kotler, o marketing - estudo dos processos e relações
de troca -
apareceu formalmente apenas no início
do século XX. Cobra (1988, p. 34) define o
surgimento do termo marketing como uma expressão
anglo-saxônica que deriva da
palavra mercari, do latim, que significa comércio
ou ato de mercar, comercializar ou
transacionar. O berço do marketing
para Raimar Richers (1989) se encontra
indiscutivelmente nos Estados Unidos. Segundo
ele, a difusão do marketing pelo mundo
foi relativamente lenta, sendo que, mesmo
na Europa, o marketing só começou a ser
aceito após a Segunda Guerra Mundial.
Apesar disso, historicamente, podemos caracterizar a Revolução
Industrial como
período que marca o aumento da oferta
de produtos e da concorrência fazendo com
que a produção não estivesse
apenas voltada para o que, até então, era considerado
básico. Inicia-se a eterna luta pela
satisfação das necessidades humanas. Dentro desta
lógica da natureza humana, Kotler (1988)
sugere que marketing é a atividade humana
dirigida para a satisfação das
necessidades e desejos, através dos processos de troca.
Analisando essa proposta de Kotler, e sem querer abordar de forma mais
aprofundada a questão, vê-se
que, apesar das condições para a sobrevivência serem
tão básicas, como na citação
de Hayden, as necessidades do homem, assim como a sua
evolução, são uma constante
e o marketing apenas se encarrega de satisfazê-las.
1.1 - O QUE É MARKETING?
Segundo a definição oficial da American Marketing Association
marketing é o
processo de planejamento e execução,
desde a concepção, apreçamento, promoção
e
distribuição de idéias,
mercadorias e serviços para criar trocas que satisfaçam os
objetivos individuais e organizacionais (Cobra,
1992).
Em 1971, Stanton, citado por Cobra (1992), definiu marketing como o
desempenho de atividades empresariais interatuantes
destinadas a planejar, apressar,
promover e distribuir bens e serviços
que satisfazem a desejos dos clientes presentes e
potenciais. Já Richard Bagozzi, também
citado por Cobra (1992), sugere que marketing
é o processo de criar e resolver relações
de troca.
Apesar dos inúmeros conceitos de marketing, várias discussões
surgiram em
torno da aplicação social de
todos eles. Foi então que Philip Kotler (1988, p.44)
colocou, dentro dos conceitos de marketing,
novos propósitos de conceito humano,
conceito de consumo inteligente e conceito
do imperativo ecológico, dando origem ao
Marketing de Caráter Societal:
“O conceito de Marketing Societal define a tarefa da
organização como sendo determinar necessidades,
desejos e interesses de participação de mercado e
proporcionar a satisfação desejada mais efetiva e
eficientemente do que a concorrência de forma a
preservar ou aumentar o bem estar do consumidor e da
sociedade.”
O novo conceito societal acrescenta o bem-estar do consumidor e do público
a
longo prazo além de exigir a inclusão
de quatro considerações nas tomadas de decisões:
desejos dos consumidores, interesses dos consumidores,
exigências da empresa e
bem-estar social. O marketing societal desperta
a preocupação em relação a má
distribuição de renda e a necessidade
de adequar produtos e serviços a populações
diferenciadas.
Uma caracterização mais atual do marketing, feita por McKenna
(1993), afirma
que o marketing dos anos 90 é orientado
à criação, e não ao controle de um mercado;
baseia-se na educação desenvolvimentista,
no aperfeiçoamento incremental, e no
processo contínuo, e não em
simples táticas para concentrar fatia de mercado, ou em
eventos únicos. Essas características
devem ser empregadas para enfrentar a grande
diversidade de produtos que surgem e continuam
surgindo. O processo contínuo, citado
por McKenna representa a segurança
de manter uma marca em evidência num período
marcado pela constante evolução
das necessidades.
O grande ponto comum entre as definições de marketing é
a busca pela
satisfação dos clientes e, como
conseqüência da busca da satisfação, está
a
identificação das necessidades.
No processo de identificação pode ser utilizado um
marketing baseado no conhecimento: de novas
tecnologias, da concorrência, de seus
clientes, de sua própria organização,
recursos, planos e formas de fazer negócio; e a
experiência, que enfatiza a interatividade,
conectividade e criatividade (McKenna,
1993, p. 4).
1.2 - MERCADO
“O marketing existe quando o homem decide satisfazer as suas necessidades
e
desejos de uma forma que podemos chamar de
troca” (Kotler, 1988 p. 32). O
conceito de troca, segundo Kotler, leva naturalmente
ao conceito de mercado. Kotler
ainda afirma que a troca é uma das
quatro alternativas de que o homem dispõe para
obter um produto; a primeira delas é
a autoprodução, onde o próprio homem satisfaz
suas necessidades; a segunda é coerção,
onde o homem é capaz de arrancar, a força, o
objeto de desejo sem oferecer nenhum benefício
em troca; a terceira é a súplica, onde o
homem é capaz de suplicar e implorar
comida, por exemplo, sem ter nada de tangível a
oferecer a não ser a gratidão.
Para Marcos Cobra (1992), podemos caracterizar 4 fases características
do
mercado: era da produção - período
compreendido até 1600 e caracterizado pela fase
de subsistência; era da venda - surge
na segunda metade do séc. XIX, com a produção
em massa, como um dos efeitos da Revolução
Industrial; era do produto - iniciada em
1950, a era do produto leva as organizações
a buscarem produtos de melhor qualidade,
desempenho e concepção, apesar
de estar concentrado nos produtos, esta fase
também se caracteriza pela venda massiva
sem levar muito em conta as necessidades
dos consumidores; era do marketing - a partir
de 1970 surge, enfim, a preocupação
com o consumidor e suas necessidades, para
tanto foi necessário uma integração do
meio ambiente interno (produto, funcionários)
e externo (governo, fornecedores,
concorrência, consumidores e comunidade
em geral) de uma organização. Kotler
(1988) afirma que o conceito de marketing,
no fundo, nos traz aos conceitos de
mercados, os quais significam a tentativa
de realizar as trocas em potencial com o
objetivo de satisfazer as necessidades e os
desejos humanos.
Cobra (1992) afirma que o objetivo maior de um profissional de marketing
é
conseguir vender o máximo que um mercado
possa absorver do seu produto ou
serviço. Para isso, o reconhecimento
das forças ambientais que agem sobre uma
organização é de importância
estratégica para transformar problemas em oportunidades
de crescimento. Exemplo disso é a matéria
do jornalista Stephen Kanitz (1994)
entitulada “Produtos Populares, A Nova Estratégia
Empresarial” publicada na Folha de
São Paulo, na qual ele afirma que o
modelo de uma indústria voltada para produzir bens
para os 10% mais ricos da população
já havia se esgotado. Para ele, a saída era
reorientar a produção para os
20%, 30%, 40%, 50% seguintes na escala econômica.
As vantagens citadas por Kanitz seriam enormes
já que “quando o rico fica mais rico, a
renda disponível cresce somente uma
fração. Quando pobre fica mais rico, sai de baixo.
Um crescimento do PIB de até 1% representa
um aumento de 3% no consumo de
ovos” (Kanitz, 1994 p. 2).
1.2.1 - Segmentação
O conceito de segmentação surge depois do período
de “desmassificação”, com
a conseqüente adequação
de produtos e serviços para atender gostos cada vez mais
diferenciados (Cobra, 1992). Para compreender
o sentido de desmassificação,
Sant’Anna conceitua como massa os “membros
que podem vir de qualquer profissão e
de todas as camadas sociais, formada por grupos
anônimos que não se integram e nem
trocam informações” (1989, p.
5). Sant’Anna ainda afirma que, estando os indivíduos
separados uns dos outros e sendo anônimos,
não têm oportunidade de se comunicar
tornando a massa frouxamente organizada e
incapaz de agir de comum acordo. Este
conceito acaba considerando a audiência
não apenas heterogênea, mas também
anônima e seus elementos isolados.
Os princípios trazidos pela segmentação opõe-se
aos de massa por afirmar que
toda empresa deve determinar, não apenas
quais necessidades servir mas também as
necessidades de quem servir (Kotler, 1988).
Kotler afirma que a maior parte dos
mercados é grande demais para que se
possa atender as necessidades da grande
massa. Assim, dentro da segmentação,
cabe atender a um conjunto de necessidades de
um grupo homogêneo o qual chama-se mercado-alvo.
Cobra (1992) aponta alguns requisitos para a segmentação:
deve-se definir quem
está dentro ou fora do segmento; um
segmento precisa evidenciar um potencial atual ou
uma necessidade potencial, ser economicamente
acessível reagir aos esforços de
marketing e ser estável; segmentos
que surgem e desaparecem não são interessantes.
Uma boa segmentação envolve a divisão do mercado por
uma sucessão de
variáveis. As bases, citadas por Cobra
(1992), utilizadas para esta divisão são:
localização geográfica
(limites políticos, área comercial); características
demográficas
(idade, sexo, estado civil, raça, nacionalidade,
religião, tamanho da família);
características sócio-econômicas
(renda ocupação, educação); características
psicológicas (personalidade, atitudes,
estilo de vida, atividades, interesses, opiniões ou
valores); características relativas
ao atributo do produto(benefícios, lealdade a
marca);características comportamentais
do consumidor (razões de compra, lealdade,
influência de compra); características
relativas ao benefício buscado pelo consumidor
(satisfação sensorial, psicológico);
características relativas ao ramo de marketing (tipo
de atividade, tipo de distribuição
ao consumidor, tipo de compradores); características
relativas ao marketing mix (preço,
marca, promoção de vendas, merchandising,
publicidade, esforço de vendas, canal
de distribuição). 1.2.2 - Marketing Indiferenciado
Apesar da segmentação ser apontada por muitos autores como
essencial nos
dias atuais, dado o fato de que o volume de
produtos é cada vez maior e as
necessidades cada vez mais variadas, existem
empresas que preferem não reconhecer
os diferentes segmentos que compõem
o mercado. Este é o chamado marketing
indiferenciado, caracterizado por Kotler (1988)
como o marketing que enfoca o que é
comum nas necessidades das pessoas, procurando
projetar um produto e um programa
de marketing que apele para o maior número
de compradores. Para Kotler (1988) as
vantagens do marketing indiferenciado estão
na economia de custos com propaganda
diferenciada, pesquisas e administração
do produto.
1.3 - SISTEMA DE MARKETING
Para Cobra (1992), a interação de uma organização
com seus meios ambientes
internos e externos se realiza através
do composto de marketing que é formado pelos 4
“Ps” e pelos 4 “As”. Os 4 “As”, considerados
como as 4 funções básicas de uma
administração de marketing,
(Richers, 1981) compreendem: análise - usada para
compreender as forças vigentes no mercado
em que opera ou pretende operar a
empresa no futuro; adaptação
- intuito de ajustar a oferta da empresa, ou seja, as suas
linhas de produtos ou serviços, às
forças externas detectadas através da análise;
ativação - conjunto de medidas
destinadas a fazer com que o produto atinja os
mercados pré-definidos e seja adquirido
pelos compradores com a freqüência desejada
e avaliação - exerce controle
sobre os processos de comercialização e interpretação
destes resultados a fim de racionalizar os
futuros processos de marketing.
Os quatro “Ps” compreendem o produto, promoção, preço
e distribuição os
quais serão analisados separadamente
neste trabalho.
1.3.1 - Produto
Para Kotler (1988), um produto é qualquer coisa que pode ser oferecida
a um
mercado para aquisição ou consumo;
incluindo-se objetos físicos, serviços,
personalidades, lugares, organizações
e idéias. Levando-se em consideração as
definições e objetivos do marketing
a tarefa maior de um produto é satisfazer as
necessidades do mercado. McKenna (1993), coloca
que, do ponto de vista do
consumidor, um produto tem uma infinidade
de significados, portanto é o mercado
quem define o produto.
Segundo Kotler (1988), podemos distinguir 3 conceitos básicos de
produto:
tangível - objeto físico ou
serviço que é oferecido ao mercado-alvo, sua configuração
física, estilo, qualidade, embalagem
e nome da marca; genérico - é a utilidade ou
benefício essencial que está
sendo oferecido ou procurado pelo comprador é aquilo que
nem sempre pode ser visualizado e que acrescenta
o na parte tangível do produto;
ampliado - é a totalidade dos benefícios
que a pessoa recebe ou experimenta na
obtenção de um produto tangível
é o plus, o algo a mais, oferecido por um produto
como instalação, entrega, crédito,
garantia, serviço pós-venda.
Quanto a classificação dos produtos, Cobra (1988), os coloca
da seguinte
forma:
a) bens de consumo: duráveis (bens tangíveis que normalmente
sobrevivem a
muitos usos como roupas e automotores), bens
não duráveis (produtos tangíveis que
normalmente são consumidos em um ou
em poucos usos como refrigerantes, e xampus)
e serviços (atividades, benefícios
ou satisfações que são oferecidas para a venda como
alfaiate, despachantes etc.);
b) bens Industriais: materiais e componentes (entram na fabricação
de outros
bens, são as matérias primas
e os componentes), bens de capital (entram parcialmente
na composição do produto auxiliando
no processo de fabricação) e suprimentos e
serviços (não entram na composição
do produto final).
1.3.1.1 - Posicionamento de Produtos
“A expressão posicionamento do produto ou da marca refere-se ao
lugar que o
produto ocupa em dado mercado, pois a empresa
necessita para cada segmento
desenvolver uma estratégia de posicionamento
de produto.” (Cobra, 1992 p.321). Para
Kotler (1988), logo que o conceito central
do produto é escolhido, define-se o caráter
do espaço de produto em que o produto
novo tem de ser posicionado. McKenna
(1993) afirma que o mercado é que posiciona
o produto e que as empresas devem
entender as engrenagens do mercado para poder
influenciar as formas pelas quais o
mercado posiciona o produto. Ele afirma ainda
que a empresa deve desenvolver um
produto total, ou seja, os produtos devem
possuir características tangíveis e intangíveis.
Ries (1981) afirma que a estratégia de posicionamento de produto
visa, também,
criar uma posição, para um nome
(uma marca), na mente dos consumidores em relação
às marcas concorrentes. Ries também
afirma que o posicionamento também pode
ocorrer pela associação da marca
a algo que já está na mente dos consumidores. Para
os consumidores, os produtos variam de acordo
com a percepção de sua importância
face à quantidade de prêmio que
o produto possa proporcionar na sua compra. Para
Ries (1981), um ponto importante para construir
uma imagem de marca é fixar a
mensagem do produto e sua marca na mente do
consumidor.
McKenna (1993) coloca que a diferenciação de um produto no
mercado pode
estar baseada em vários fatores: tecnologia,
preço, aplicação, qualidade, serviço, canais
de distribuição, público-alvo,
clientes específicos e alianças. Cobra (1992) ressalta que
o composto de marketing - produto, preço,
distribuição e promoção é essencial
na
operação dos detalhes táticos
do posicionamento. Algumas vantagens competitivas
como merchandising (falaremos sobre merchandising
ainda neste capítulo) do produto,
a capacidade de fabricação,
a aceitação dos consumidores, a capacidade de
distribuição e de entrega, são
também apontadas por Cobra como importantes no
posicionamento de um produto.
Os fatores que tendenciam a percepção e a preferência
de consumidores por
determinado produto, com relação
a seus concorrentes serão detalhados no segundo
capítulo deste trabalho.
1.3.2 - Preço
Para Cobra (1988), preço, numa economia de mercado, é um
valor arbitrário
para o pagamento de um produto ou serviço
incluindo-se todos os custos de produção
e o lucro da empresa. Já para o consumidor,
o preço está relacionado a qualidade e ao
nível de satisfação que
determinado produto pode oferecer. Por isso Cobra (1988)
ainda afirma que o preço é o
principal fator do composto mercadológico e que apesar
de outros fatores influenciarem na decisão
de compra, há um limite dentro do qual o
preço é o fator decisivo para
a motivação de compra do consumidor.
1.3.3 - Place - Distribuição
Assim como o produto, a distribuição também deve satisfazer
as necessidades
do consumidor. Para Cobra (1992), a função
básica de um canal de distribuição é
escoar a produção de bens em
geral, sejam bens de consumo, industriais ou de serviço.
Desde o período em que o homem começou a realizar trocas
dos excedentes
produzidos, a distribuição exerce
papel fundamental para manter ou expandir mercados.
1.3.4 - Promoção
Segundo Kotler (1988), promoção é a relação
dos instrumentos que estão à
disposição do emitente, cujo
papel principal é o da comunicação persuasiva. É
dividida
basicamente em propaganda, relações
públicas, promoção de vendas e merchandising.
1.3.4.1 - Relações Públicas
Sant’Anna define relações públicas como:
“Cuidadoso estudo das causas e dos resultados da conduta
humana; sistema de relações com pessoas; arte gentil de
acomodar os indivíduos à nossa própria trajetória;
arte de
fazer bem as coisas e obter crédito por elas; comunicação
serena do comportamento meritório; filosofia de dirigir que põe
o interesse do povo antes de qualquer decisão ou ação;
relações públicas antes de tudo é um método
de interferência
na formação de correntes de opinião pública”
(1989 p. 36).
Para Cobra (1988), os objetivos de relações públicas
de uma empresa podem
ser diversos, inclusive obter imagem favorável
para a empresa e contornar boatos
desfavoráveis a organização.
Apesar de ainda não ser compreendida por muitos, as relações
públicas são
vitais para uma empresa. Através delas
estabelece-se canais com os públicos internos e
externos de uma empresa, com a imprensa, com
a comunidade em geral e assegura-se
a preservação de uma imagem.
1.3.4.2 - Merchandising
“Merchandising é um produto ou serviço certo, na quantidade
certa, no preço
certo, com o impacto visual adequado e na
exposição correta.” (Cobra, 1992, p. 643).
Dentro da estrutura promocional, o merchandising
funciona como um elemento
complementar, exatamente “no momento em que
todas as ações convergem para um
único ponto: o ponto de venda” (Sant’Anna,
1988, p. 21).
Sant’Anna coloca como atribuições do merchandising a embalagem,
design,
destaque, boa apresentação,
material promocional e decoração. Sant’Anna (1989)
divide o merchandising em duas categorias:
merchandising na indústria - planejamento
do produto antes do seu lançamento
de modo que ele preencha todas as necessidades
do público ao qual se destina; merchandising
promocional - estabelecimento de motivos
de compra, o marketing define o que e onde
vender o merchandising como e porque
vender.
O termo merchandising também é utilizado sob outro aspecto
no meio
publicitário, trata-se do merchandising
televisivo, que explora as “melhores
oportunidades mercadológicas nos diversos
programas” (Adib, 1987, p.21). O aspecto
de testemunhal passado por este tipo de merchandising
promove uma poderosa
influência junto ao público já
que “os programas televisivos refletem o cotidiano social,
cultural, econômico e psicológico
de milhões de brasileiros” (Adib, 1987, p.21). Para
Tahara (citado por Calazans, 1992) convencionou-se
chamar de merchandising em
propaganda a aparição dos produtos
no vídeo, no áudio ou nos artigos impressos sem
declaração ostensiva da marca,
por isso o marketing esportivo, como veremos no
capítulo 3, também é
apontado como mershandising.
Cobra (1996) afirma que o mershandising, quer no ponto de vendas, quer
na
televisão, na revista ou no jornal,
é a constução de um cenário para o produto.
1.3.4.3 - Promoção de Vendas
Para Norman Hart (citado por Cobra, 1992), a promoção de
vendas é qualquer
atividade que vise vender, que não
seja face a face, e inclua freqüentemente a
propaganda, tendo ligação direta
com o design da loja. Sant’Anna (1988) complementa
dizendo que a promoção de vendas
engloba a pesquisa, o estudo, a afinação e a
aplicação de todas as idéias
e iniciativas que possam conduzir à coordenação, ao
melhoramento e ao desenvolvimento das vendas.
Ele ainda coloca as diversas formas
de promoção de vendas, onde
estão incluídas: promoção junto aos vendedores
e aos
consumidores, itens promocionais, vales-brinde,
sorteios, prêmios, cuponagem,
amostras, concursos, brides, eventos promocionais,
liquidações, demonstrações,
propaganda cooperativa e programas de incentivo
de venda.
A função da promoção de vendas, para Sant’Anna
(1989), é ajudar os produtos
a encontrar melhor os seus compradores. Kotler
(1988) complementa que a promoção
de vendas deve ser utilizada como um estímulo
de vendas a curto prazo.
1.3.4.4 - Propaganda
Para Sant’Anna (1989), publicidade deriva de público (do latim publicus)
e
significa o ato de vulgarizar, de tornar público
um fato ou idéia. Já a propaganda
compreende a idéia de implantar, de
incutir uma idéia, uma crença na mente alheia.
Apesar disso hoje ambas as palavras são
usadas indistintamente e serão utilizadas desta
forma neste trabalho.
Cobra (1992) aponta a propaganda como fator dominante de diferenciação
do
produto e de marcas, atuando como um proxy,
ou seja, atuando por procuração na
diferenciação de características
do produto. As finalidades da propaganda são descritas
por Kotler (1988) como fixação
do nome da empresa a longo prazo (propaganda
institucional), desenvolvimento de marca a
longo prazo (propaganda de marca),
divulgação de informações
sobre uma venda, serviço ou acontecimento (propaganda
classificada), anúncio de uma venda
especial (propaganda de vendas) e assim por
diante. A publicidade também é
capaz de produzir grandes efeitos na economia das
empresas como: criação e ampliação
de mercados, ação reguladora (aumentar o
consumo quando há interesse em força-lo),
redução de custos, ação sobre os preços
(reduzindo-os para chamar a atenção),
aceleração da rotação dos estoques e melhoria
da qualidade do produto.
Apesar disso, existem dúvidas e divergências quanto aos efeitos
da propaganda.
McKenna (1993) alega que estamos testemunhando a obsolência da
propaganda. Segundo ele o excesso de propaganda
gera uma proliferação de
mensagens (nos E.U.A. os consumidores são
atingidos diariamente por 3.000
mensagens de marketing) causando uma grande
confusão na mente do consumidor.
Para ele no mercado atual, a publicidade deixa
escapar o ponto fundamental do
marketing - adaptabilidade, flexibilidade
e capacidade de resposta. “O novo marketing
exige um ciclo de feedback; esse é
o elemento que falta no monólogo da publicidade “
(1993 p.13). Jean Jacques Lambin (citado por
Cobra, 1992), afirma que há grandes
vazios em nosso conhecimento científico,
a respeito de como a propaganda funciona em
mercados de consumo e de larga escala. Para
Martin Mayer (citado por Kotler, 1988
p. 409), “somente o corajoso ou ignorante
pode dizer exatamente o que a propaganda
faz no mercado.”
Kotler lembra que a Propaganda não é capaz de agir isoladamente.
Se o
consumidor compra ou não depende também
do produto, do preço, da embalagem, da
venda pessoal, dos serviços, do financiamento
e de outros aspectos do processo de
marketing. Ele completa que, para assegurar
uma resposta positiva à propaganda,
deve-se definir o quanto deve ser gasto na
propaganda, que mensagem e modo de
apresentação devem ser utilizados,
como deve ser organizada a propaganda e quais os
melhores métodos para se saber o que
a propaganda está realizando (Kotler, 1988).
Para Sant’Anna (1989), a propaganda cumpre
a sua missão quando contribui para
levar ao consumidor o conhecimento da existência
do produto; a compreensão de suas
características e vantagens; a convicção
racional ou emocional de seus benefícios e,
finalmente, a ação que conduz
a venda.
A eficácia da propaganda também está estreitamente
relacionada com outros
elementos. Um deles é a persuasão
que busca atrair o consumidor (baseando-se nos
motivos que o levam a comprar), causar nele
mudanças no comportamento de compra
e passar benefícios que dêem
suporte a esta compra (Cobra, 1992). Os benefícios aos
consumidores são passados pela propaganda
através das recompensas que são
identificadas, segundo Cobra (1992) como:
recompensa racional - baseada nas
características técnicas do
produto; recompensa sensorial - baseada nos benefícios
psicológicos do produto; recompensa
social - baseada na projeção social que a posse
do produto possa oferecer ao comprador; satisfação
do ego - o consumidor pode
sentir-se mais jovem ou bem-sucedido pela
projeção que o produto proporciona.
1.3.4.4.1 - Propaganda Institucional
Como descrito no item sobre propaganda, uma das finalidades da propaganda
é
a institucional. Este trabalho analisará
um pouco mais a propaganda institucional já que,
como veremos no capítulo 3, o marketing
esportivo é caracterizado por Melo Neto
(1995) como propaganda institucional.
Pinho (1990) afirma que o termo institucional não mereceu ainda,
por parte dos
estudiosos, uma maior precisão conceitual.
Supõe-se que o termo refira-se a uma
espécie de propaganda diferente daquela
de vender um produto ou serviço. Outra
explicação caracteriza a propaganda
intitucional como relacionada a empresas, ou seja,
instituições. De acordo com
Pinho, a função da propaganda institucional é assumir
o
propósito básico de promover
a aceitação da empresa como institução pública.
A Propaganda Institucional é, também, utilizada por empresas
multinacionais para
legitimá-las nos países em que
atuam. A legitimação ocorre através da busca de uma
identificação da empresa no
universo das experiências simbólicas dos seus
interlocutores e através da capacidade
de organização da empresa, indicando o quanto
a empresa pode ser útil para seus clientes
e para a sociedade. As empresas
multinacionais buscam através da propaganda
institucional uma identificação da
organização com os gostos, causas
e interesses do país anfitrião (Pinho, 1990).
1.3.4.4.2 - Mídia
Sant’Anna (1989) caracteriza muito bem a importância da mídia
quando avalia
que de pouco valerá uma peça
publicitária se os veículos escolhidos para divulgá-la
não
atingirem o público capaz de interessa-se
pela coisa anunciada. Por isso este trabalho
está analisando mídia dentro
do ítem propaganda, posto que já definidos os objetivos,
características e princípios
da mesma, esta autora colocará agora algumas das formas
que levam a propaganda até os consumidores.
Segundo Sant’Anna (1989), as palavras mídia (de medium-meio), ou
veículo, ou
meio, é que designam o elemento material
que divulga a mensagem. Para Kotler (1988)
o anunciante ao escolher um tipo de mídia
deverá atingir certo alcance, freqüencia,
impacto e continuidade. Cobra (1992) complementa
que o planejador de mídia deve,
em primeiro lugar, definir o target (mercado-alvo).
Para Sant’Anna (1989), podemos classificar mídia da seguinte forma:
veículos
visuais - para serem lidos ou vistos, como
jornais, revistas, cartazes, painéis e
luminosos; veículos auditivos - rádio
e alto-falantes; veículos audiovisuais - para serem
ouvidos e vistos como televisão e cinema,
e por último veículos funcionais - para
desempenhar uma dada função
como amostras, brindes e concursos.
Cobra ainda complementa com alguns elementos que devem ser considerados
na
escolha da mídia: hábitos de
mídia do público-alvo, as características do produto,
os
custos da mídia, objetivos da mensagem,
audiência do veículo, circulação do veículo
e
audiência efetiva (número de
pessoas com as características do público-alvo, que
estavam expostas ao veículo).
1.3.4.4.3 - Mídia Alternativa
A propaganda de massa, começa a dar lugar aos sistemas que objetivam
atingir
diretamente os consumidores, gerando a segmentação
de veículos de comunicação
(Piratininga, 1994). Walter Longo em sua palestra
no 5o Encontro Internacional de
Mídia, relatada pela revista Mídia...
(1994b), afirma que as empresas procurarão
vender para um determinado consumidor o maior
número de produtos, durante toda
sua vida. A razão de tudo isso seria
a busca pela fidelidade.
Segundo Longo, a explosão de novas mídias deverá desembocar
na
multiplicidade dos meios de comunicação
e que a publicidade vai se integrar
definitivamente na programação
em forma de merchandising. Nelson Sirotsky,
presidente da Rede Brasil Sul (RBS), concluiu
em sua palestra - no 5o Enconttro
Internacional de Mídia - que investir
no uso combinado de meios e aproveitar as
variáveis próprias de cada veículo
de comunicação, devem ser intensificados com o
surgimento de novas mídias nos próximos
anos.
De acordo com os debates do 5o Encontro Internacional de Mídia (Mídia...,
1994a), as novas formas de mídia estariam
descortinando um novo cenário na indústria
da informação e acelerando a
necessidade de reavaliação das posturas atuais de
veículos e profissionais da área.
Walter Longo, superintendente da TVA, afirmou, em
sua palestra, que as empresas estariam novamente
buscando uma comunicação direta
com o seu consumidor. O primeiro passo rumo
a esta comunicação direta já teria sido
dado pelas TVs por assinatura. Longo afirmou
também que as agências terão que se
adaptar ao novo cenário para conseguir
passar uma mensagem eficiente com custos
suportáveis. Bob Alter, vice-chairman
da Cabletelevision Adversiting Bureau do E.U.A
afirmou que a “televisão e mídia
publicitária terão de ser reiventadas” (Mídia...,
1994a).
Em 1995, a revista Mídia... (1995) retoma o assunto em uma matéria
entitulada
“Alternativas de Mídia”, relatando
que o planejamento de mídia só com os meios
tradicionais já estaria ficando ultrapassado.
A concentração de verba em TV, jornal,
revista e rádio cede lugar à
diversificação de alternativas. Por isso, pode-se dizer que
a
função básica da mídia
alternativa é a inovação ligada a maior eficiência
do meio
escolhido em atingir o público-alvo.
São exemplos de mídia alternativa: placas em
ônibus e bancas de jornal, painéis
e placas colocados em locais alternativos,
propaganda aérea, publicidade em táxi,
patrocínio ou divulgação em eventos esportivos,
outdoor móvel, painéis eletrônicos,
publicidade em placas de indicação de rua, enfim
todas as formas de divulgação
de um produto que fogem do tradicionalmente conhecido
(Mídia..., 1995).
As mídias alternativas servem tanto para a comunicação
institucional como para a
de vendas. Mas o uso deste tipo de mídia
deve passar pelo estágio de conhecimento da
marca pelo consumidor. Marcas ainda não
consolidadas devem privilegiar as mídias
cujo espaço permite mais informações
(Mídia..., 1995).
1.4 - MARCAS
“Marca pode ser definida como nome, termo, sinal, símbolo ou
desenho, ou uma combinação destes, que pretende identificar
os produtos ou serviços de um vendedor, ou grupo de
vendedores e diferenciá-los dos produtos ou serviços da
concorrência” (Souza/Nemer, 1993 p. 6)
Para Kotler (1988), os primeiros exemplos de marca ocorreram na arte, com
a
colocação dos nomes dos artistas
em suas obras. A evolução da utilização das
marcas
ocorreu a partir da Revolução
Industrial, quando a enorme demanda, que gerava uma
produção em cadeia, levou fabricantes
e atacadistas a escolherem marcas para seus
produtos.
Quanto a classificação, Cobra (1992) aponta que as marcas
podem ser
individuais (única para um produto
particular) ou de família (onde uma marca é aplicada
a uma linha inteira de produtos).
1.4.1 - Posicionamento de Marca
A marca implica uma personalidade no produto e “é capaz de transmitir,
ou
evocar de alguma forma a imagem criada para
ele” (Souza e Nemer, 1993, p.31). A
marca busca a diferenciação
do produto e sobretudo a lealdade do consumidor,
pode-se dizer também que ela é
conseqüência de uma correta ou incorreta formulação
mercadológica da estratégia
do produto (Souza e Nemer, 1993). Por isso, é comum
que as marcas adquiram vida própria,
tornando-se um patrimônio fabuloso para
algumas empresas. Blecher, numa reportagem
para a Folha de São Paulo (1994), relata
o ranking das marcas publicado pela revista
norte americana Financial World, onde as 5
primeiras marcas somam US$100 bilhões,
sem que nenhuma porção física, como
fábricas, sejam incluídas na
soma. Somente a Coca-cola é dona de R$35,9 bilhões.
Este fenômeno de valorização
das marcas é conhecido como Brand Equity, cuja
primeira dimensão refere-se ao valor
patrimonial de uma empresa e a segunda dimensão
refere-se ao valor agregado, que transforma
um produto em uma marca, criando um
enlace entre consumidores e marcas (Pinto
e Troiano, 1993).
Blecher (1994c), em outra reportagem entitulada “Patrimônio invisível
vale
fortunas”, descreve que a alavancagem das
marcas em transações internacionais
tornou-se prática disseminada a partir
da década passada, na onda de fusões e
aquisições estimuladas pela
conquista de posições de liderança no mercado europeu.
Um caso citado por Blecher é a Buitoni,
do setor de alimentos, que amargava má
situação financeira e problemas
mercadológicos quando foi adquirida pelo financista
italiano Carlo De Benedetti, em 1985. Apenas
três anos depois, a Buitoni foi revendida
à Nestlé por cifra 35 vezes
superior aos seus resultados. Isto porque De Benedetti
adquiriu a Buitoni segundo critérios
contábeis tradicionais, mas vislumbrado o potencial
de marketing possível de ser desenvolvido
na tradicional fábrica de massas e conservas.
Segundo Kapferer (citado por Blecher, 1994c),
autor de “As Marcas, Capital das
Empresas” durante décadas, avaliou-se
o valor de uma empresa pelo seu patrimônio de
móveis, terrenos, fábricas e
máquinas, agora reconhece-se que o verdadeiro valor
residia nas marcas. Kapferer ainda acrescenta
que os balanços das empresas só
continham no ativo imobilizações
materiais, máquinas e estoques; sem nenhum vestígio
das marcas, pelas quais os compradores desembolsariam
somas muito superiores ao
valor do ativo líquido. Para José
Roberto Martins executivo paulista (citado por
Blecher, 1994c), no mercado brasileiro a marca
ainda é tratada como algo “invisível”
pelas empresas e sistemas contábeis
tradicionais.
Para se atribuir valor a uma marca é necessário saber qual
é o valor que o
consumidor atribui a ela. Blecher também
descreve (1994c) que a mente do
consumidor funciona de forma seletiva e que
na impossibilidade de gravar uma profusão
de logotipos, ele aprendeu a montar uma hierarquia.
Ele cita o consultor
norte-americano Al Ries, que descreve a mente
humana como uma escadinha. Segundo
Ries a notoriedade dá vantagens à
marca em todos os casos em que o comprador tem
de se decidir muito depressa. José
Martins, outro consultor citado por Blecher, afirma
que a qualidade do marketing de uma empresa
pode ser medida pela capacidade de
aumentar a rentabilidade através da
percepção de valor e preferência dos consumidores
por determinada marca.
1.4.1.1 - Investimento em Marcas
Transformar uma marca em algo mais que um simples nome ou símbolo,
não é
uma tarefa muito fácil. Para Souza
e Nemer (1993), as ações mercadológicas de uma
empresa visam fazer com que o consumidor associe
à marca uma série de atributos do
produto e uma diferenciação
em relação às marcas concorrentes.
As empresas, que acreditam no peso de uma marca, não restringem
investimentos. Segundo a reportagem de Chiara,
para a Folha de São Paulo (1994) a
maionese Hellmann’s, primeira colocada no
top of mind de 1994, destinava, na época,
10% do seu faturamento líquido com
a marca, enquanto a média do mercado era de
7%. A Consul, que no mesmo período
foi eleita sinônimo de geladeira, investiu em
propaganda e promoção de marca
cerca de US$8 milhões. Natu Nobilis o melhor
whisky no top of mind de 94, investiu cerca
de US$2 milhões na consolidação da sua
imagem. Para a Seagran (empresa que produz
Natu Nobilis), a conquista do top of
mind foi resultante da qualidade do produto,
dos esforços de propaganda e relações
públicas e à constante modernização
da marca que acompanha as tendências e as
necessidades de um público consumidor.
A marca OMO dividiu em 1994 com a
Coca-cola, a posição de marca
mais lembrada pelo consumidor brasileiro. OMO foi
lembrado por 85% dos entrevistados pelo Datafolha.
Ninguém poderia imaginar que a
abreviação de um nome como Old
Mother Owl (Velha Mamãe Coruja) traria tanto
sucesso. A consolidação da marca
OMO no Brasil começou em 1950 com o
desbravamento do hábito de consumo
e, para manter a marca na mente da
dona-de-casa, a estratégia foi a aproximação
constante.
Apesar dos esforços para valorização das marcas, McKenna
(1993) afirma que
estudos recentes mostram que os consumidores
estão experimentando e mudando de
marcas mais do que nunca. Melo Neto (1995)
completa que quando os tempos estão
difíceis, os consumidores abandonam
suas marcas de preferência, mas, quando a
economia volta a aquecer, eles retornam a
elas. Portanto, para garantir a fidelidade à
marca uma empresa deve desenvolver uma estratégia
que proporcione um vínculo real e
constante com o consumidor em potencial.