CAPÍTULO 5
                     METODOLOGIA DA PESQUISA

               Para analisar o grau de associação da Parmalat ao futebol, e a relação da
     empresa com o Palmeiras, se fez necessária uma pesquisa de campo. Selecionou-se um
     time e uma empresa que não fossem no Rio Grande para que este trabalho pudesse
     avaliar o grau de retorno do investimento no esporte como mídia alternativa, sem sofrer
     a influência massiva de torcedores. Isso porque a Parmalat utiliza o investimento em,
     marketing esportivo, como uma estratégia de ampliação do mercado e para
     massificação da marca.
               Já que a Parmalat utiliza o patrocínio do futebol como uma estratégia de
     massificação da marca, poderíamos considerar como universo toda a população da
     cidade de Pelotas. Apesar disso, escolheu-se como universo os consumidores de um
     supermercado para avaliarmos o grau de associação do futebol à marca Parmalat e o
     grau de conhecimento do Palmeiras como clube patrocinado pela empresa. Como foi
     visto no capítulo 2 deste trabalho, a associação é um dos fatores que influenciam a
     decisão de compra.
               O supermercado Real, filial Lobo da Costa (Pelotas - RS - Brasil), foi escolhido
     pela sua localização central, o que possibilita uma maior aglutinação de pessoas com
     variação de idade, sexo e classe social, e por ter o maior número de consumidores da
     rede de supermercados Real desta cidade (Godoi, 1996).
               Quanto ao questionário, pode-se visualizar as perguntas aplicadas nos
     entrevistados no anexo 6. Em relação a elas, poderiam ser consideradas mais de uma
     resposta nas questões: 14, 15, 16, 19, 20, 21 e 23. Nenhuma questão possuia caráter
     indutivo, com exceção da 22, onde o entrevistado era questionado se o fato da
     Parmalat patrocinar o Palmeiras motiva-o a comprar os produtos, não motivava ou não
     fazia diferença.
               O método de aplicação de pesquisa escolhido foi o quantitativo com amostragem
     não probabilística intencional, ou seja, o universo pesquisado não foi definido por
     probabilidade. O critério utilizado, segundo Durand e Oliveira (1991), de análise para
     definição de classe social foi ABIPEME/1991. A aplicação do questionário se deu
     através de entrevistas realizadas entre os dias 17 de junho de 1996 e 22 de junho de
     1996. A abordagem dos consumidores foi feita no local onde ficam os carrinhos de
     compra, ou seja, antes que elas pudessem tomar contato com os produtos expostos nas
     gôndolas do supermercados. O universo foi delimitado de acordo com o número total
     de consumidores que frequentaram o supermercado no mesmo período, ou seja na 3a
     semana, do mês anterior (maio de 1996), resultando em um universo de 27.704
     pessoas. De acordo com Richardson (1990), escolheu-se uma margem de erro de mais
     ou menos 6% com um nível de confiança de 95,5% (dois sigmas), chegando-se a uma
     amostragem de 275 pessoas. Essa amostragem foi dividida, proporcionalmente, de
     acordo com o número de consumidores em cada dia da semana.
               Demonstra-se, a seguir, o cálculo baseado no tamanho da amostra para
     população finita:

     n = (s2 . p . q . N) / [E2 (N - 1) + s2 . p . q]

     n = tamanho da amostra
     s = nível de confiança (95,5% = 2s e 99, 7% = 3s)
     p = 50% (proporção da característica pesquisada no universo)
     q = 100 - p (em porcentagem)
     N = tamanho da população
     E = Erro de estimação permitida

     n = (22 x 50 x 50 x 27.704) / (62 (27.704 - 1) + 22 x 50 x 50)
     n = (4 x 2500 x 27704) / (36 x (27.703) + 4 x 2500)
     n = (10.000 x 27707) / (36 x (27.703) + 10000)
     n = 277.040.000 / 1.007.308
     n = 275,03