O CAVALO DO BEDUÍNO
Muitas das atuais características do cavalo árabe resultam
de sua adaptação ao deserto. São, com certeza, aspectos
de sua conformação primitiva que foram privilegiados, selecionados
e desenvolvidos com grande sabedoria pelos beduínos. Isso
foi realizado com tal maestria através de conceitos e ensinamentos
passados de geração para geração durante milênios,
que nenhum hipólogo ou compêndio sobre eqüinos se recusa
ou mesmo titubeia em afirmar que o Puro Sangue Árabe é o
mais perfeito animal e o verdadeiro protótipo do cavalo de sela.
Os
olhos - Os olhos do cavalo árabe são típicos de
muitas espécimes de animais do deserto. Grandes e salientes,
eles são são responsáveis por prover o animal de uma
excelente visão, a qual alertava os primitivos cavalos Árabes
dos ataques de seus predadores.
Narinas
- As narinas do cavalo Árabe que se dilatam quando ele corre ou
está excitado, proporcionam uma grande captação de
ar. Normalmente as narinas se encontram semi-serradas reduzindo a
poeira proveniente da respiração nos climas mais secos como
no deserto.
Maxilares
- O tamanho e a grande separação entre os maxilares ou ganachas
no cavalo Árabe proporcionam um bom espaço para a passagem
de sua desenvolvida traquéia - provavelmente esse é um outro
fator de adaptação para aumentar a captação
de ar.
Carregamento
de cabeça - O carregamento natural de cabeça do cavalo
Árabe é muito mais alto do que qualquer outra raça,
especialmente ao galope. O alto carregamento da cabeça facilita
a passagem do ar, abrindo as flexíveis narinas e alongando a traquéia.
É comprovado que os cavalos Árabes possuem maior número
de células vermelhas do que as outras raças, o que pode indicar
que o cavalo Árabe usa o oxigênio mais eficientemente.
Pele
- A pele negra por debaixo dos pêlos do cavalo Árabe é
visível devido a delicadeza ou ausência de pêlos em
torno dos olhos e focinho. Essa pele escura em torno dos olhos reduz
o reflexo da luz do sol e também protege contra a queimadura.
A fina pele do cavalo Árabe proporciona a rápida evaporação
do suor resfriando o cavalo mais rapidamente.
Irrigação
Sanguínea - As veias que se se tornam visíveis por saltarem
à flor da pele quando o cavalo Árabe ebfrenta um grande esforço
físico, em contato com o ar, resfriam rapidamente a circulação
sanguínea, proporcionando maior conforto em longas jornadas.
Crina
- Os pêlos da crina são normalmente finos e longos, protegendo
a cabeça e o pescoçoda ação direta do sol.
O longo topete na testa também protege os olhos do reflexo e da
poeira.
Focinho
- O pequeno e cônicofocinho também deve ser creditado da sua
herança do deserto. A escassez de alimentos deve ter reduzido
o focinho para o admirado tamanho e formato de hoje. Os finos e ágeis
lábios provavelmente são resultados de ralos pastos do deserto.
Os cavalos dos beduínos pastoreavam apenas espodádicamente
comendo poucos chumaços de grama aqui e ali, enquanto seguiam em
suas longas jornadas. Lábios ágeis podem rapidamente
se prover de pequenas porções de ralas gramas e ervas.
Estrutura
Óssea - É o fatoque muitos cavalo Árabes possuem
apenas cinco vértebras lombares, diferentes das seis comuns em outras
raças. Essa vértebra a menos explica o pequeno lombo
e a resultante habilidadeem carregar grandes pesos proporcionalmente ao
seu tamanho. No entanto, modernas autoridades do cavalo Árabe,
como Gladys Brown Edwards, afirmam que não são todos que
possuem cinco vértebras, muitos possuem o padrão de seis
vértebras. Até hoje não é sabido qual i número
mais comum de vértebras no cavalo Árabe e não há
evidência de que o Árabe que possui cinco seja mais puro ou
mais desejável do que o que possui seis.
Carregamento
da Cauda - O alto e natural carregamento da cauda é resultado
da singular estrutura óssea do cavalo Árabe. A primeira
vértebra da cauda, que se liga a parte interna da garupa é
levemente inclinada para cima, ao contrário de outras raças
que se inclina para baixo.
A
cabeça - A distinta beleza do cavalo Árabe é uma
das principais marcas do tipo da raça. O clássico perfil
é marcado por duas características: jibbah e afnas,
muito admiradas pelos beduínos.
Jibbah
- é a protuberância acima dos olhos. Nem todos
os cavalo Árabes maduros possuem, mas ele é óbvio
nos potros. O Jibbah aumenta o tamanho da cavidade nasal proporcionando
maior papacidade respiratória.
Afnas
- O afnas é a chamada "cabeça chanfrada". O chanfro
é a depressão no osso frontal da cabeça entre
os olhos e o focinho, ela apresenta uma curva côncava no perfil da
cabeça. Embora o Afnas fosse admirado pelos beduínos
como um aspecto de beleza, nem todos os seus cavalos possuíam o
chanfro pronunciado, da mesma forma que hoje nem todos os modrenos cavalos
Árabes possuem esse perfil. Mas uma cabeç aé
considerada boa e típica quando possui: