Palavras

Diz-me,
diz-me que me ouves,
que aí, no silêncio dos astros que não
têm nome,
as minhas palavras chegam como um
cântico,
como um eco de outras idades,
diz-me sem medo
que me vês mais perto dos candelabros,
nos salões de incenso onde regressei
para ver-te,
para dizer-te como isto dói,
como os anjos me abandonam sempre
que chega o outono.

José Agostinho Baptista

 

 

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