ACOMPANHAMENTO DADOS REALIDADE BRASILEIRA

(No site da Campanha: http://www.jubileu2000.hpg.com.br)

 

  1. Orçamento Público da União, l999 e Divida interna
  2. Gastos com encargos financeiros da Dívida interna, relativos a juros e amortizações: 126 bilhões de reais.

    Gastos MEC: 12 bilhões

    Gastos Saude: 19 bilhões

    Reforma agraria: 1,2 bilhões

    Habitação popular: zero

    Eletrificação meio rural: zero

    Fonte: gazeta Mercantil, 24 jan 2000.

    Divida Interna do governo federal.

    O governo federal encerou o ano de 1999 com uma dívida pública federal no valor de 414 bilhões de reais. E sobre essa dívida o governo está oferecendo títulos públicos, para cobrir a taxa de juros de 19% ao ano. E assim emite títulos, paga juros, para poder ir rolando a dívida.

    Segundo levantamento realizado, cerca de 61% dos títulos públicos federais, com correção cambial, colocados no mercado são comprados por bancos estrangeiros. Ou seja, o capital internacional especulativo vem ao Brasil aplicar seu dinheiro em Letras do tesouro nacional, que tem garantia contra desvalorização cambial, ou seja o governo se compromete a pagar 19% de juros líquidos, mais a correção cambial do real, se houver.

    Estabelece-se assim um vinculo permanente entre a dívida externa (entrada de capital financeiro de curto prazo) com a dívida interna. E os dois mecanismos alem de se completarem, servem unicamente para transferir recursos nacionais para o exterior.

    (Estado de sp 18.2.00)

  3. DIVIDA EXTERNA

2.1.Evolução da dívida externa:

1970: 5,3 bilhões de dólares

1980: 53,8 bilhões de dólares.

1990: 120,9 bilhões de dólares.

1999: 239,O bilhões de dólares.

Fonte: Boletins do banco central.

2.2. Ingresso de capital financeiro internacional, especulativo (de risco)

1980: l, 45 bilhões de dólares.

1990: 510 milhões

1999: 24,37 bilhões

Nota: segundo dados da Folha de São Paulo, cerca de 38% do capital estrangeiro que entrou foi utilizado na compra de empresas estatais, e o restante foi utilizado em bolsa de valores ou reinvestimentos nas empresas multinacionais que já operam no país.

Fonte: gazeta mercantil 24.ol.2000.

2.3. Serviço da dívida externa em 1999

Juros: 15,2 bilhões

Amortizações: 51,9 bilhões

Total: 67 bilhões de dólares.

Fonte: Boletim do Banco Central

    1. Remessa de lucro para o exterior:
    2. Durante o ano de 1999 o Brasil enviou para o exterior cerca de 7 bilhões de dólares, na forma de remessa de lucros e dividendos para as matrizes das filiais multinacionais em operação no país. Esse volume de recursos é o maior da história do país. Nas décadas anteriores o país costumava enviar menos de um bilhão por ano.

    3. A AJUDA DO BANCO MUNDIAL
    4. Dados revelados pelo jornal FSP divulgaram de que no periodo de l980-99, o Banco Mundial emprestou ao Brasil, cerca de 12 bilhões de dólares para diversos programas de investimento em infraestrutura e programas sociais. No entanto, no mesmo período o Brasil pagou devolvendo empréstimos, juros, etc.. um valor aproximado de 14 bilhões de dólares.

      Para quem não sabe, O Dr. Pedro Malam, é ex-funcionário do banco mundial.

    5. LAVAGEM DE DINHEIRO PRO EXTERIOR.

O Ministério público federal, através de sua delegacia em Cascavel, apurou de que durante o ano de l999, foram enviados ao Paraguay, em reais, e trocados em dólares, através de contas fantasmas, de laranjas, ou seja de pessoas, que até podem existir, mas não sabem que seus nomes são utilizados para essas operações bancárias, no valor de bilhões de reais, ou seja aproximadamente 5 bilhões de dólares.

 

 

  1. SETOR FINANCEIRO
  2. 3.1. Lucro dos bancos em 1999.

     

    Itau: 1,869 bilhões de reais.

    Bradesco: 1,105 bilhões de reais.

    Unibanco: 591 milhões de reais.

    Fonte: Estado de sp 18/2/00

    1. Controle do capital financeiro nacional
    2. Com a recente compra do Banco Bozano Simonse pelo Banco espanhol santander, cerca de 40% de todos ativos do sistema financeiro nacional estão sendo controlados pelo capital estrangeiro. E entre o chamado setor financeiro atacadista ou de investimento (que não tem carteira de conta corrente populares) o controle dos bancos estrangeiros chega a 80% do capital em funcionamento no país.

      Estima-se que durante a década de 90, o capital internacional aplicou no Brasil cerca de 115 bilhões de dólares, na compra de empresas estatais e privadas nacionais.

      Fonte; FSP 30.01.2000.

    3. Acionistas estrangeiros massacram acionistas minoritários nacionais.

    Segundo o Dr. Walter Appel, Diretor da associação nacional de investidores do mercado financeiro, "está acontecendo uma verdadeira ditadura por parte dos controladores estrangeiros das empresas que compraram, seja estatais ou privadas, sobre os acionistas brasileiros que ficaram minoritários. Eles realizam manobras no mercado e forçam as ações da empresa cair. E depois que caem, compram vergonhosamente as ações dos minoritários, e assim realizam um grande negócio e se transformam em acionistas controladores absolutos das empresas. Os acionistas minoritários perderam completamente qualquer possibilidade de defesa, principalmente depois da Lei kandir, imposta pelo governo para viabilizar esse tipo de manipulação. Vou citar apenas tres exemplos: isso aconteceu com as ações da Telefonica, com as ações da White Martins, que cairam de 3 dolares para apenas 0,30 e aí eles compraram tudo. E as ações da Brasmotor, que caiu de l,05 dolares para o,30. (FSP- dinheiro, 30.01.2000.)

     

     

  3. NIVEIS SALARIAIS DOS TRABALHADORES BRASILEIROS

NIVEIS DE RENDA DOS TRABALHADORES BRASILEIROS - FINAL DE 1999.

Renda de até um salário mínimo 14,4 milhões trabalhadores 21%

Renda de 1 a 2 salários minimos 14,6 milhões trabalhadores 21%

Renda de 2 a 3 salários mínimos 8,5 milhões trabalhadores 12%

Renda de 3 a 5 salários mínimos 9,9 milhões trabalhadores 14%

Renda de 5 a 10 salários mínimos 7,0 milhões trabalhadores 10%

Renda de 10 a 20 salários mínimos 3,l milhões trabalhadores 4%

Renda acima de 20 salários mínimos 1,6 milhões trabalhadores 2%

Fonte: Dieese, com base no PNAD-Ibge,

(estadão 20/2/00)