ðHgeocities.com/madalenafrias2005//lost.htmgeocities.com/madalenafrias2005_/lost.htmdelayedx¥ÕJÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÈ Ñ—Q™OKtext/html€hN Nova pagina 1

LOST


Final da primeira temporada. As informações da segunda temporada são ignoradas. Para quem já viu a segunda temporada, volte no tempo e imagine essa fic como um episódio zero da segunda temporada.

Episódio Zero – Segunda Temporada

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Naquela manhã a jangada havia partido contendo a esperança de todos os ilhados e quatro tripulantes: Sawyer, Jin, Walt e Michael. A ameaça dos outros se revelou uma armadilha da francesa para roubar o bebê, ao menos era isso que Charlie achava. Jack tinha receios que não fosse apenas isso. John Locke abriu a escotilha, queria entrar, mas a precária escada acabava no meio da descida rumo à escuridão.

Era noite, ouvia-se apenas o barulho dos grilos na mata fantasmagoricamente iluminada por tochas acesas. Em volta do abismo negro estava Jack, Kate, Locke e Hurley.

Hurley: Cara! Vocês abriram a parada maldita!

Locke: Você quer dizer a escotilha? Por que ela seria maldita? Talvez ela nos traga respostas.

Hurley: Eu disse que era maldita, macumbada, cheia de zica, vuduzada, do mal!

Jack passava a mão no rosto já impaciente com a situação angustiante de querer e ao mesmo tempo não querer saber o que tinha lá em baixo, além de ter que ouvir Hurley tagarelar sem parar a maldição de uma seqüência de números.

Kate: Calma, Hurley! Fica calmo! O que é que têm os números de tão mal? – Ela passou a tocha para a mão esquerda e com a direita foi conduzindo Hurley a se sentar num tronco de árvore para respirar.

Hurley: Esses números são malditos, tudo que tem esses números só traz o mal... Ganhei na loteria com essa seqüência e só me ferrei! Agora o mais bolado: A francesa perdida nesse buraco há dezesseis anos escreveu essa seqüência de números várias vezes numa folha de papel!

Jack fez uma cara de descrença e voltou a olhar para o buraco da escotilha junto com Locke.

Hurley: Aí, não faz essa cara não! To falando sério!

Jack: O que uma coisa tem a ver com a outra, Hurley? É só uma coincidência...

Hurley: Você fala isso porque não acredita em zica! Em maldição, em vudu, em trabalho do mal, nas paradas sinistras!

Jack: Não, eu não acredito... – Disse calmo enquanto jogava uma pedra no buraco para ver a profundidade.

Locke: Jack não acredita em nada, Hurley... Mesmo estando nessa ilha há um mês, ele ainda não acredita em nada que não seja racional. Racional, como ele é. ... Mas eu... eu acredito em você.

Hurley: Então você não vai entrar aí, né?

Locke: Quem disse isso? É claro que vou!

Hurley: Você não disse que acreditava em mim?!

Locke: E acredito. Mas isso não me faz ter medo assim tão facilmente.

Jack: Não acho que devemos entrar na escotilha antes do amanhecer... É perigoso.

Locke: Está vendo, Hurley? Jack compartilha de seus medos, ele acredita em você... em parte...

Jack: A existência de uma parcela de medo mantém a vida, sem ela seríamos inconseqüentes e suicidas. O medo faz com que avaliemos melhor a situação e cometamos menos erros. Mas isso não tem a ver com superstições e crendices de numerologia... Tem a ver com um buraco escuro em que a escada termina no meio! Tem a ver com a realidade, com aquilo que é palpável!

Locke: Onde está o Hurley?

Kate: Fugiu no mato quando você disse que entraria na escotilha, acho que voltou para as cavernas.

Locke: Você vai me ajudar, Kate? Do Jack eu não espero grande ajuda. Você vai entrar?

Kate: Vou. – Disse decidida, cruzando os braços na frente do corpo.

Jack olhou para ela com aqueles olhos decepcionados, como quem diz em silêncio “eu não acredito”. Kate olhou para o médico um tanto arrependida por ter recebido aquela reação dele. Jack fez um sinal de “não desce por favor” com a expressão do rosto.

Kate: Não... Pensando bem, acho melhor descer amanhã, quando a escotilha estiver melhor iluminada.

Jack sorriu, Locke viu.

O careca começou a cobrir a escotilha com a tampa original retorcida pela explosão.

Kate: Ué?! Você não ia descer?

Locke: Não sem sua ajuda... Não posso descer sozinho. Vou esperar sua coragem voltar... Talvez volte quando você estiver menos influenciada por certas idéias. – Disse enquanto olhava para Jack.

Os três voltaram para as cavernas. Locke foi na frente, Jack e Kate foram um pouco atrás. O médico chegou perto dela e deu uma espécie de pequeno e rápido pseudo-abraço ainda no movimento de caminhada para as cavernas, era um “obrigado”. Kate sorriu um pouco encabulada. Foi mais um pousar de braço no ombro dela do que qualquer outra coisa. Mesmo andando à frente, Locke disse para Kate atrás ouvir:

Locke: Pela história que o Sawyer contou na praia sobre seu passado, Kate, eu pensei que você fosse ter mais coragem... Eu não estava na praia, mas as notícias aqui se espalham rápido... Aliás, foi o Hurley quem primeiro me contou. Seu passado parece ter sido mais vibrante do que sua última decisão.

Kate parou de andar, ficou olhando o chão. Jack ficou mordendo a boca de raiva pelo o que Locke havia acabado de fazer. Ela levantou o rosto e estava com olhos aquosos iluminados pela lua. Voltou a andar.

Kate: Não te perguntei nada, Locke!

Locke: Eu sei... só estava comentando...

Jack: Guarde seus comentários para si mesmo.

Locke: Não pense que eu a recrimino, Kate... Muito pelo contrário... gosto desse seu jeito.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Chegando nas cavernas, encontraram Hurley com cara de assustado enquanto comia a polpa de um coco. Viram Charlie tocando violão para o bebe de Claire e Shannon sozinha, com um olhar distante, segurando a coleira de Vincent, o cachorro.

Charlie: Aí, Jack! Sem a voz do Sawyer aqui para acalmar o cabeça de nabo, só o violão para deixar ele quieto!

Claire: Engraçadinho... Se não gosta dele, dá ele aqui!

Charlie: Não... Eu adoro esse cabeça de nabo...

Said apareceu com um peixe frito num espeto de madeira. Sentou ao lado de Shannon e ofereceu a iguaria, que em breve ficaria rara, para a loira comer.

Shannon: Não to com fome.

Said: Sabe, esse é o último peixe que o Jin pescou... Ele foi na jangada e não sabemos quando eles vão encontrar alguém que os resgate, para depois nos resgatar...

Shannon: Se nos resgatarem!

Said: ...É... Pois é. ...

Shannon: ...

Said: Então, eu me sentiria feliz de comer um peixe que por muito tempo não vou voltar a comer.

Shannon: Ninguém mais sabe pescar?

Said: Um ou outro, mas muito mal...

Shannon sorriu e começou a comer o peixe, apoiou a cabeça no ombro do iraquiano. Enquanto comia, uma lágrima rolou e molhou o ombro dele.

Said: Seu irmão faz multa falta a todos nós, posso imaginar o quanto mais faz a você! ... Eu sinto muito que o Boone não tenha conseguido viver para ser resgatado... Mas nós seremos. Nossas esperanças estão no mar. Como era mesmo aquela música do peixinho que o garoto francês não parava de ouvir? Ela falava sobre o mar, não falava?

Shannon: La mer, Qu'on voit danser le long des golfes clairs, A des reflets d'argent, La mer, Des reflets changeants, Sous la pluie, La mer, Au ciel d'été confound, Ses blancs moutons, Avec les anges si purs, La mer bergere d'azur, Infinie…

Said: Sua voz é linda.

Ela não ouviu, já tinha adormecido.

Jack passou com o coração apertado na frente de Shannon adormecida com o rosto molhado de lágrimas. Ele trazia um coco aberto com uma pázinha da própria casca para Kate e duas goiabas para ele. Sentou do lado dela, ela sorriu ao ver que o coco era um presente.

Kate: Um coco!

Jack: É só o que tem por aqui além das outras frutas... Vamos precisar de mais proteína muito em breve.

Kate: Obrigada pela gentileza, nobre cavalheiro. ... Por que essa cara na frente da Shannon?

Jack: Quê cara?

Kate: Até sangue você doou pra ele e da forma mais “médicos sem fronteira” que eu já ouvi falar!

Jack sorriu sobre a citação dos médicos sem fronteira.

Jack: É... se nós saírmos daqui, talvez eu vá para algum país da África fazer parte dos médicos sem fronteira...

Kate: Experiência não vai te faltar!

Jack: É sempre ruim não poder salvar um paciente... Salvar uma vida. Eu sei que fiz até mais do que podia, mas mesmo assim, é duro enfrentar.

Kate: Posso imaginar...

Ela comia o coco com auxílio da pazinha. Jack surpreendeu-a com uma garrafinha de plástico, cheia de água daquele mesmo coco, que ele trazia escondida no bolso da calça.

Kate: Nossa! Um homem de muitas surpresas! – Os dois riram.

Ele queria iniciar um assunto, mas era muito tímido e reservado. Tomou coragem e meio sem jeito iniciou a conversa:

Jack: Então, o Sawyer contou sobre você para todo mundo...?

Kate: É... Disse que se sentiu ameaçado em relação a um lugar na jangada e resolveu atacar... Tem gente que nem me olha mais na cara...

Jack: E o que ele sabia?

Kate: Não sabia nada... Só sabia que eu era a prisioneira e que não queria ser resgatada por equipe de salvamento, disse que eu queria fugir... Olha... Não quero mais falar sobre isso, ta?

Jack: Tudo bem... Vou deixar você dormir.

Ela sorriu um tanto triste. Antes de se levantar, Jack passou a mão na cabeça dela com olhos vidrados naquele rosto delicado, e disse:

Jack: Se precisar de alguma coisa, eu estou aqui.

Kate: Ta...

A maioria dormia. Mas alguns tinham medo de dormir à noite e preferiam ficar acordados na madrugada e só dormirem pela manhã, com tudo bem iluminado. Todos tinham medo de voltar a ouvir aquele barulho sinistro vindo da floresta. Kate dormia, mas de forma muito agitada. Gemia e se contorcia em cima da cama feita de palhas de coqueiros e coberta pelo manto azul da Oceanic Airlines.

Jack ouviu aqueles ruídos, arregalou os olhos quando viu ser Kate quem os emitia. Levantou-se e colocou a mão em sua testa para ver se tinha febre. Não tinha. Era pesadelo. Resolveu acorda-la de forma tranqüila.

Jack: Kate... acorda... É um pesadelo.

Charlie também acordou com aquele barulho. Chegou perto deles com cara de sono.

Kate: Não... Onde? - Dizia dormindo enquanto gemia.

Jack: Kate, acorda...

Charlie: Nem minhas drogas faziam isso... bem... não que eu saiba!

Kate: SAWYER!!!!!!! – Berrou enquanto acordou e levantou assustada!

Jack recuou o corpo para trás, um tanto espantado e enciumado.

Charlie: Ih, rapaz! Tava sonhando com o Sawyer!

Kate: Jack, aconteceu alguma coisa com a jangada!

Jack: Kate.... Foi só um pesadelo... Você já acordou.

Kate: Não foi pesadelo! Eu ouvi vozes, acho que eram as vozes deles. Ou esses sussurros da floresta.

Charlie: Credo! – Ele estremeceu e se benzeu.

Jack: Pesadelo, Kate... Nada mais do que isso. – Disse enquanto fazia com que o corpo dela voltasse a se deitar com gentileza.

Kate: Eu ouvi as vozes!

Jack: Da sua mente! Vozes do seu pesadelo, que são criados por seu inconsciente. ... Se você não parar com isso, vai acordar a Sun e aí teremos problemas. Não é só o Sawy... ... O Jin, marido dela, está lá.

Kate: Tudo bem...

Charlie: Se estiver com medo, eu durmo do seu ladinho, Kate.

Jack balançou a cabeça como quem não acredita no que ouviu.

Kate: Não, Charlie! Fica para um pesadelo maior!

Charlie: Ta certo. Já entendi...

Jack e Charlie se afastaram de Kate para voltar a dormir. Enquanto se deitavam, Charlie disse:

Charlie: Sonhando com o Sawyer... Aquele babaca!

Jack: É por isso que o Red Sox nunca vence a liga...

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Na manhã seguinte Kate fugiu do Locke que tentou aliciá-la a descer na escotilha. Ela tinha outros planos. Sentou na areia da praia bem de frente para o mar e fechou os olhos. Continuou o ouvir os sussurros. Eram como pedidos de socorro, eram como as vozes da floresta que lhe indicavam um caminho. Jack sentou do lado dela. Dessa vez foi Kate quem lhe deu frutas.

Jack: Obrigado, nobre e gentil dama. – Ela riu. Mas depois voltou a fechar o rosto.

Kate: Eu vi o Sawyer!

Jack levou a cabeça para trás.

Kate: É verdade. Ele estava na água e baleado!

Jack: Foi um sonho, Kate!

Kate: Nada nessa ilha é sonho ou é por acaso, Jack! Você ainda não percebeu isso?

Jack: Eu me preocupo mais com o Walt, que é uma criança, do que os adultos daquela jangada.

Kate: Eu me preocupo com todos. As vozes me dizem que eles estão lá.

Ela apontou para uma praia da ilha que era impossível de chegar por terra, não havia trilha. E ainda mais impossível de chegar por mar.

Jack: Nem pense nisso! Não se mate por causa da visão de um sonho!

Kate: Faz parte da ilha! Acho que eles naufragaram ali e estão feridos.

Jack: Faz parte da ilha mas não dá para chegar!

Kate levantou e começou a tirar a calça jeans! Jack tentou desviar o olhar para outro lugar, mas foi impossível, porque ela correu e se atirou no mar!

Jack: KATE! Volta!

Jack sabia o quanto o mar daquela ilha era traiçoeiro! Uma mulher havia morrido no mar e ele não tinha conseguido salva-la. Estava com medo de perder Kate também. Tirou o sapato e entrou na água de calça jeans mesmo! Nadava mais rápido do que ela e alcançou-a em poucas braçadas.

Kate: Me larga!

Jack: Não me bate! Quero salvar sua vida!

Ela se libertou e continuou nadar! Jack pegou-a de novo e voltou a puxá-la em direção à praia.

Kate: Não vou voltar!

Jack: Você vai morrer!

Kate mergulhou a nadou um bom percurso submersa. Jack pensou que aquilo fosse o fim, mas viu a cabeça dela emergir para respirar. Nadou mais rápido, ela resolveu irem direção às pedras.

Jack: Kate, não!!!

Ondas cada vez mais altas iam arrastando Kate para próximo das pedras, ela poderia morrer com o choque. Jack alcançou-a mais uma vez e abraçou-a com força para que ela não fugisse mais. Os dois olharam para a praia e viram que tanto voltar como continuar estava, agora, igualmente desesperador! Kate tinha um olhar de arrependida.

Jack: Agora calma! Está cansada?

Kate: Estou!

Jack: Então tente boiar!

Era difícil naquele mar agitado. Jack ficou segurando o corpo dela para ela descansar, depois voltaram a nadar, dessa vez de mãos dadas. Um ajudando o outro e puxando o outro.

Bem no meio do mar, Kate foi violentamente puxada para o fundo do mar! Ainda bem que ela estava segurando a mão de Jack! Assustado, ele botou a cabeça para dentro d’água para ver o que era aquilo. Não viu nada e puxou Kate para fora da água!

Jack: O que era aquilo?! - Disse desesperado!

Kate: Uma mão me puxou!

Jack: Mão???? – Ele estremeceu. - Eu não vi nada!

Kate: Nem eu vi, só senti!

Voltaram a nadar, dessa vez ainda mais esbaforidos e amedrontados que antes. Novamente Kate foi puxada para dentro d’água. Jack mergulhou junto e na escuridão do mar tocou a perna de Kate e também sentiu uma mão. Ele foi puxá-la de novo para emergir, mas também foi, ele próprio, violentamente sugado para baixo.

Teve certeza: iriam morrer.

Uma estranha força puxava-os cada vez mais para baixo. Kate berrava dentro d’água e as bolhas saiam de sua boca em enorme profusão. Jack queria dizer para ela não fazer isso, seria ainda pior. Mas era impossível dizer algo sob o mar.

Os dois abraçados começaram a lutar e lutar dentro d’água. Com as pernas livres davam chutes naquela estranha coisa, chutes e mais chutes. Jack foi quem conseguiu se libertar primeiro. Nadou para fora d’água puxando Kate com toda a força! Os dois emergiram e puxaram todo o ar que podiam. Respiraram e respiraram muito.

Jack resolveu colocar Kate nas suas costas e nadar sozinho. Nadava muito bem, era o melhor a fazer.

Por um milagre, conseguiram chegar na maldita praia da ilha que antes era “impossível” de chegar. Ficaram jogados na areia respirando fundo e sem dizer palavra nenhuma por uns vinte minutos. Estavam lívidos, certos que tinham escapado da morte por muito pouco. Respiravam e respiravam, olhando para o céu, com os cabelos na areia.

Eles eram só água, sal, areia e cansaço.

Quando Kate pôde falar, a primeira coisa que disse ainda arfante foi:

Kate: Desculpa...

Jack: Eu não ... deixaria você vir sozinha... Mesmo que fosse ... para procurar... o Sawyer. – Disse igualmente arfante.

Os dois se levantaram, já estavam melhores depois do enorme tempo em prostração completa. Kate tirou areia do cabelo dele, Jack sorriu. Ela pulou nas costas dele e deu um beijo em sua bochecha enquanto dizia: “Obrigada! Sem você estaria morta!” Jack fechou os olhos, enlevado, quando sentiu aquele beijo. Segurou a mão dela, Kate percebeu que era ele quem quase dizia obrigado agora.

Ele abriu os olhos castanhos e perguntou:

Jack: Posso?

Kate: Deve.

Foi ela quem fechou os olhos verdes ao ser beijada por aquele gigante cheio de areia de praia. Foi um beijo molhado em todos os sentidos e bem salgado também em todos os sentidos.

Jack: Você só faz loucuras, Kate...

Os dois sentiram sob os pés uma caixa metálica mal enterrada na areia. Cavaram e facilmente acharam a caixa. Puxaram-na para fora e abriram-na com uma pedra. Os dois se assustaram com o que viram dentro: Um bonequinho de pano igual ao Boone cheio de alfinetes fincados no corpo!

Jack: O que é isso?

Kate estremeceu, não sabe se porque estava encharcada ou com medo, mas estremeceu.

Kate: Parece vudu.

Jack: Mas como? Quem teria feito isso? ... E por que o Boone?

Kate: Eu quero ir embora daqui. Quero voltar para a outra praia agora.

Jack: O problema é o estranho mar, Kate... Lembra?

----xxxxx-----xxxxx-----xxxxx------xxxxx------xxxxxx-----xxxxx-------xxxxx------xxxx-----xxxxxx-------xxxxxx-------xxxxx-----xxxx------xxxxx------xxxx----xxxx

FIM do episódio zero

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

CONTINUAÇÃO

Kate estava preocupada. Ela queria sair logo daquela maldita praia. Chegou perto da água e colocou o pé, mas desistiu.

Jack: Não dá, Kate... Nós quase morremos. Alguma coisa nessa água...

Kate: Quis nos matar.

Jack: Exatamente.

Kate: Nós vamos levar o boneco de vudu com a gente quando voltarmos?

Ele ficou pensativo e balançou a cabeça em negativo...

Jack: Pensa na Shannon... Ela vai ficar muito preocupada.

Kate: Eu já estou preocupada! Alguém fez um vudu para o Boone e ele morreu? Ou depois de morto fizeram alguma espécie de ritual???

Jack: Kate... Pode ser que...

Kate: Você ainda está discrente? Mesmo depois desse boneco numa praia deserta que nenhum de nós tem acesso???

Foi só então que Jack voltou a perceber que Kate estava só de calcinha e blusa. Ela havia tirado a calça. Ela percebeu que ele olhou, Jack virou o rosto encabulado, Kate ficou meio sem ter onde enfiar a cara... Ou melhor: Sem ter onde enfiar as pernas.

Lá longe, bem distante, na praia onde caíra o avião, Jack avistiu um minúsculo Charlie que acenava. Charlie entrou na água, como que querendo nadar até eles. jack e Kate começaram a gritar:

Jack: NÃO! CHARLIE, NÃO! FICA Aí! NÃO VEM NÃO!

Balançava os braços em grandes movimentações dizendo não. Kate mexia os braços fazendo um sinal de "volta, volta". Viram o distante Charlie mexendo os braços como quem diz "por que"?

Kate fez um sinal de cabeça cortada, de morte. Charlie voltou para a areia bem rápido.

Jack: Quer procurar uma trilha pelo mato, Kate?

Kate: Pensei que não tivessem trilhas desse lado.

Jack: E não tem mesmo... Vamos ter que abrir uma.

Kate: Com as mãos?

Jack: É só o que temos.

Kate arfou, como se já previsse o sofrimento que seria. Olhou para Jack com aqueles olhinhos verdes sofridos.

Jack: Bom, nós temos que sair daqui de alguma forma.

Eles começaram a andar em direção ao mato, Kate mancava.

Jack: Espera...O que é isso? Está mancando?

Kate sentou na areia e Jack pegou a perna dela para examinar. Tinha alguns hematomas grandes.

Kate: Tá tudo bem... - Disse um pouco envergonhada.

Jack: Hematomas... Já estão vermelhos... Sem gelo, sem remédio, sem nada... Logo vão ficar roxos... Na certa foi aquela mão que nos puxou, sua perna é mais sensível.

Kate sorriu.

Kate: Não... Foi você.

Jack: Eu?

Kate: Você me chutou inúmeras vezes... - Ela disse rindo, mas informando algo que realmente acontecera.

Ele colocou a mão na testa todo sem jeito. Encostou testa com testa, ali bem olhos nos olhos e nariz com nariz, Kate viu aqueles olhinhos castanhos envergonhados e mortificados. Mas depois ele riu e disse:

Jack: Desculpa. ... Eu estava...

Kate: Tentando me salvar!

Jack: E consegui! ... Não dava para ver nada de baixo d'água...

Kate: É eu sei... Tá desculpado... - Disse risonha enquanto levantava da areia.

Mas Jack segurou-a e deitou-a na areia. Ficou por cima dela, mas sem tocar corpo com corpo, talvez só as pernas. Kate olhou para ele bem em cima dela um tanto insegura.

Ele lamentou o que fez, isso não fazia o seu feitio. Tímido, recuou pedindo desculpa. Agora foi Kate quem o beijou.

Kate: Você é muito fofo, sabia?

Ele riu.

Jack: Fofo?! E isso é bom ou ruim?

kate: Ah... é bom!

Jack: Você disse que o bebê da Claire era fofo ontem!

Os dois voltaram a sentar na areia. Jack tirou a própria camisa, Kate pensou que ele estava querendo mostrar que além de fofo era gato. Ele pegou a camisa e amarrou de leve em volta dos hematomas dela.

Jack: Assim vai te proteger um poucos do galhos da mata. Ia doer muito ficar arranhando isso.

Kate: E o seu peito, super-homem? Pode arranhar?

Jack: ... Por você pode.

Ela riu.

Os dois foram andando pela mata. Jack e Kate quebravam galhas para conseguir adentrar na vegetação. Estavam se cortando muito. Era como se esfregar em arame farpado todo o tempo. Até que encontraram uma nova caverna! Ainda desconhecida!

Muito lá no fundo havia uma luz e um estranho barulho de água corrente.

Kate: Parece uma passagem essa caverna... Como um corredor.

Jack: Ou seja: estranho...

kate: É... Perigo na certa. ... mas eu já cansei de me abrir toda no mato, estou toda cortada.

Jack olhou para ela, teve pena. Ele próprio estava cortado, mas não aguentava vê-la assim. Se tivesse outra camisa, tirava só para poder limpar os traçados de sangue que apareceiam nela, mas não tinha.

Jack: Tudo bem... Vamos entrar na caverna.

Andaram morrendo de medo, viram inúmeros morcegos. Kate agarrou o braço forte e tatuado do médico, ela tinha horror a morcegos.

Foi então, que Jack viu outras caixas iguais àquela da praia. Kate gelou. Mas não por muito tempo. Desesperada, ela abriu uma das caixas.

Encontrou um VUDU DELA MESMA: KATE! Mas sem as agulhas espetadas!

kate: AHHHHHHHHHHHHHH!

Jogou o boneco longe!

Jack abriu todas as caixas, eram todos eles... Todos os sobreviventes do vôo 815. Os que estavam mortos, já estavam espetados com agulha e enterrados na praia, como o Boone.

kate abraçou Jack e escondeu o rosto no peito dele.

Kate: Eu não quero morrer aqui... Não quero...

Jack: Você não vai morrer aqui.

kate: Vamos levar os bonecos conosco!

Jack: Por que?

Kate: Assim, eles não vão ter com o que fazer o vudu.

Jack: Eles?

Kate: Os donos dos bonecos... ... Nossos donos.

Jack: E você não acha que eles sentiriam falta dos bonecos?

Kate: E se sentissem? Iriam buscar de volta?

Jack: Não sei... Vai pagar para ver?

Ela balançou a cabeça em negativo...

Kate resolveu, então, enterrar todos os alfinetes que estavam nas caixas ao lado de cada boneco. Principalmente os seus, ela enterrou bem fundo.

------------------xxxxxxxxxxxxxxxxx----------------------------------xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx----------------------

CONTINUAÇÃO ********

-----------------------------------------------------

Depois de inutilmente enterrar os alfinetes, os dois voltaram a andar. Queriam logo sair da caverna e chegar à luz que viam no fundo, quanto mais andavam, mais alto ficava o barulho de água corrente.

Kate: Aquela coisa que puxou nossas pernas na água queria proteger esses malditos boneco e alfinetes, Jack. Queria que continuasse em segredo.

Jack: Não sei se teria alguma relação com os bonecos... Pode ser uma coincidência. A única conclusão que chego é que queria nos matar. Se era por bonecos ou não, temos que a visar a todos os sobreviventes para nunca tentarem nadar até essa praia.

Chegaram até a luz, fecharam um pouco os olhos, maslogo se acostumaram. E então, eles viram: um lindo lago com uma cachoeira! Jack estava com um ar de maravilhado pela paisagem e Kate com cara de surpresa.

Jack: Que lugar bonito! E eu achando que só tinha água doce la na fonte das cavernas...

Kate: Olha só! Quem diria que eu chegaria aqui por um caminho tão diferente!?!?

Jack: Você já veio aqui?

Kate: Vim com o Sawyer! Foi aqui que nós encontramos a maleta com as armas do policial.

Jack: Sei... com o Sawyer... - Jack olhou para o chão e franziu o cenho. Levou um tempo até tomar coragem de continuar a falar. - Você e o Sawyer nadaram no lago?

Kate: Não estou te contando?! Estávamos nós dois na água quando encontramos a maleta bem no fundo do lago. Existem corpos do avião ali em baixo!

Ela estava entrando na água. Jack sentou numa pedra.

Jack: Existem corpos e você entra na água assim mesmo?

Kate: Ah! Estão muito no fundo! Eu só quero chegar na cachoeira.

Jack estava com um sorriso triste no rosto. Sorriso por ver Kate se divertindo na cachoeira e gritando "vem cá, Jack! A água tá ótima" e triste porque imaginava ela dizendo a mesma coisa para o Sawyer.

Acabou sendo convencido e entrou na água. Ficaram os dois bem em baixo da cachoeira. Kate estava no colo de Jack, ela parecia uma pluma de tão leve dentro d'água.

Ele jogava água na cabeça dela com delicadeza e arrumava o cabelo dela para trás da orelha. Eles se beijaram mais uma vez e Jack abraçou bem forte aquele corpo esguio que estava enlaçado no seu.

Kate: Você é forte...

Jack: Pensei que fosse fofo.

Kate: Fofo e forte. - Ela riu.

Jack: Você e o Sawyer também ficaram aqui na cachoeira?

Ela entristeceu os olhos e se afastou dele. Jack percebeu o erro.

Jack: Desculpa, Kate. Foi só uma pergunta. Afinal... vocês dois já se beijaram e já passaram muito tempo juntos. ... Eu só perguntei.

Kate: Eu beijei o Sawyer porque fui chantageada, e ele nem tinha a bombinha de asma da Shannon!

Jack: Eu só perguntei porque... porque você é linda e eu ficaria enciumado.

Eles ouviram gritos na mata. "Jaaaack", "Kaaaate"! Era a voz do Charlie, do Hurley e do Locke. Os dois saíram apressadamente da água e responderam aos gritos. Todos se encontraram diante da cachoeira.

Hurley: Cara, que lugar é esse?! Que viagem esse visual!!!

Locke: Estávamos preocupados.

Jack: Algo na água nos puxou para baixo. Não é seguro nadar até aquela praia. E a vegetação até ela é muito densa, fazer trilhas lá é perigoso.

Locke: E o que tinha lá?

Jack: Lá? ... Nada.

Locke: Nada? ... E por que Kate quis nadar até lá tão desesperada?

Kate: Foi um sonho. Vi Sawyer baleado naufragando com Jin e Michael naquela praia.

Hurley: Tipo... então no teu sonho nossas chances com a jangada foram para o espaço?!

Jack: Era só um sonho, Hurley.

Charlie: Vocês dois tavam transando nessa cachoeira?

Kate: Quê? - Perguntou assustada.

Charlie: Você de calcinha e o Jack sem camisa! Que situação suspeita...

Jack: E se fosse? - Disse um tanto irritado.

Kate: Jack!!!!!!!!

Charlie: Você ia ser o mais sortudo dessa droga de ilha!

Locke: Não se mete, Charlie.

O grupo foi andando de volta para o acampamento e Kate já estava se sentindo mal com o tanto que Charlie olhava para as pernas dela.

Até que no meio do caminho, Charlie passou a mão na bunda de Kate!

Charlie: Gostosa! Aposto que você dá pra todo mundo!

Charlie levou mil tapas de Kate, todos bem dados e todos na cabeça.

Ele agarrou ela e deu um beijo forçado, passando a mão em seus seios por cima da camisa. Ele suava e babava e estava tentando rasgar a camisa dela, enquanto Kate mordia sua mão com toda força.

Kate: ME LARGAAAA!

Charlie: Eu quero o mesmo que você faz com Jack e Sawyer, piranha!

Jack, que estava mais atrás na trilha, correu e voou em cima de Charlie!!! Jogou-o no chão e lhe deu inúmeros socos. Estava com os olhos vidrados de ódio. Hurley e Locke chegaram um tanto desengonçados da corrida, mas muito preocupados.

Locke: Pára, Jack! PÁRA! PÁÁÁÁRA!

Locke teve que tirar Jack de cima de Charlie com violência. Kate estava agachada no chão abraçando os próprios joelhos e chorando muito. Jack abraçou-a pedindo que ela tivesse calma e parasse de chorar.

Locke: Ele está drogado, Jack. Não percebe?

Jack: Drogado como se a heroína dele acabou?

Locke: Eu venho suspeitando de uma santa que não sai da mão dele já há algum tempo.

Hurley: Cara! Bizarro!

Jack pegou Kate no colo. Ela escondia o rosto no ombro dele. Locke e Hurley também tiveram que carregar Charlie todo o caminho de volta.

-------------------------------------------------------------------------

Eles voltaram para as cavernas. Os demais olhavam assustados para Kate no colo de Jack, ela não era mulher de se deixar carregar no colo! Não era mesmo... E se assustaram com o rosto de Charlie, além de pálido como vela, estava com a boca cortada e com o maxilar roxo. Claire levantou assustada com o bebê no colo.

Claire: Nossa! Quê que aconteceu com o Charlie?

Locke: Ele vai ficar bem, Claire... ...Mas... não fique perto dele por um tempo.

Claire: Por que?

Locke:... Vai ser melhor para você, acredite.

Ela apertou o bebê contra o peito assustada e saiu de perto.

Shannon: Credo! Quê que a Kate tem?

Jack: Nada...

Jack colocou ela deitada na mesma "cama" feita de palha e coberta com o manto da Oceanic Airline. Segurou o queixo dela e virou seu rosto de um lado para o outro, procurando ferimentos.

Jack: Tá tudo bem com você?

Os olhos de Kate se viraram para Shannon ali do lado dela. Estava claro que ela queria ficar sozinha.

Jack: Shannon, será que você poderia nos dar... ...licença?

A loira fez aquela cara de nojo. Disse afetada:

Shannon: Tudo bem... sei que não sou bem vinda mesmo! Podem ficar de segredinho! - Ela saiu.

Jack: Tá tudo bem?

Kate: Tá...

Ele foi fazer um carinho em seu rosto, mas ela afastou-se.

Kate: Aqui não...

Ele ficou um tanto surpreso, tolhido e triste. Mas fingiu normalidade.

Jack: Kate... O Charlie estava drogado.

Kate: Eu mato ele da próxima vez, Jack. - Disse certa do que estava falando.

Os olhos dele ficaram um tanto confusos, um tanto intrigados. Ela já havia matado um homem, Jack imaginava que talvez ela fosse realmente capaz de matar o Charlie se ele tentasse mais alguma coisa. Ele mal a conhecia, mas a imaginação de que ela seria capaz lhe foi bem clara.

Jack: Eu mato ele, Kate.

Isso foi surpresa! Jack dizendo que mataria alguém! Seus olhos verdes ficaram assustados ao ouvir aquilo.

Jack: Estamos numa ilha, vivendo sem leis e regras. Mas se algum homem tentar alguma coisa contra qualquer uma das mulheres...vai pagar.

Kate: Já basta a ilha estranha que temos que enfrentar! E agora temos que desconfiar um dos outros?!

Jack: Pois é... Pensei que alguma regras de convivência já estivessem bem claras aqui, mas não estão. Matar, roubar, estuprar..... nada disso será aceito.

Locke chamou Jack para perto de Charlie. Afastou-o dos demais. Pegou água da fonte e jogou no rosto dele. Said se aproximou.

Said: Ele tá drogada, tá na cara.

Locke: Bingo.

Said: Fui eu que mostrei as santas com heroína pra ele, Locke. Não fazia a menor idéia que ele fosse viciado.

Jack: Não é sua culpa.

Said: O que ele fez?

Jack: ...

Locke: O Jack não quer dizer... Mas o nosso amigo Charlie, se achando o rei do Rock, tentou estuprar a Kate.

Jack olhou para Locke com olhos ressentidos...

Said: O QUÊ? Isso para o meu povo é motivo para assassinato!

Locke: Foi o que Jack quase fez... - Disse sorrindo.

Charlie: Eu sou o REI do ROCK! - Disse abrindo os olhos.

Jack: É melhor você ficar quieto, Charlie... Sabe o que acabou de fazer?

Charlie: Acabei de apanhar...

Said: Antes disso, rei do Rock!

Charlie: Antes disso eu tava com uma dessas garotas que vivem subindo no palco e querem te levar pra cama, sabe? ... Mas eu disse que sou religioso... Ela são muito fáceis!

Jack fuzilou o drogado com o olhar e mordendo o lábio, tirou a santa da mochila do roqueiro.

Jack: Está vendo essa santa, Charlie? Ela vai para o fundo do mar.

Charlie: Não!

Locke: Vai sim, Charlie.

Jack: E se você não quiser acompanhá-la até as profundezas do azul sem fim, é bom se comportar diante das mulheres.

Said: Nós somos homens e estamos aprisionados numa ilha, Charlie. Junto com mulheres desconhecidas para nós. Você pode imaginar o medo delas diante da nossa presença?

Charlie: Essas garotas de show adoram subir no palco... do que vocês tão falando?!

Said: A qualquer momento elas acham que nós vamos implorar ou pedir ou exigir ou obrigar que elas se entreguem aos nosso desejos. Portanto: RESPEITO com elas.

Charlie: Não sei do que vocês estão falando...

Locke: Não minta.

Jack: Eu tenho medo dessa coisa que derruba árvores, Charlie. Tenho medo de imaginar da onda possa ter vindo o urso polar. Tenho medo do que pode ter na escotilha. Tenho medo que pessoas como o Ethan... os "outros" apareçam por aqui. tenho medo que falte comida e remédio para todos aqui. Kate, Shannon, Claire, Sun também têm medo de TUDO ISSO. ... Não permita que elas tenham MAIS UM MEDO. Não faça com que elas tenham medo de serem usadas.

Charlie: O que foi que eu fiz?

Locke: Você agarrou a Kate, Charlie. - Disse com a mão apoiando o queixo.

Charlie: Sério?

Jack: Sério... E se você quer saber, se eu chegar ali perto dela e tocar seu braço, ela vai ter calafrios. ... É isso que nós queremos das mulheres?Que elas tremam na nossa presença?

Charlie: Desculpa... - Colocou a mão no rosto como que lembrando do que fez. - Vocês podem levar a santa embora... mas ao menos deixem um saquinho, para meu choque não ser muito grande.

Locke: Não... Seu choque vai ser total. Você não vai consumir mais nem uma grama disso. E EU vou te levar para floresta e vigiar sua crise de abstinência.

Charlie: O quê???

Locke: Extamente. ... Mas antes, você vai se desculpar com alguém.

Locke, Jack e Said carregaram Charlie para perto de kate.

Kate: O quê ele tá fazendo aqui?

Jack: Veio pedir desculpas, Kate.

Kate: Não quero!

Charlie: Desculpa kate... Não fui eu. ... Meu vício machuca os outros, sabe?

Ela continuou indiferente, Locke teve uma idéia.

Locke: Kate, o Charlie quer lhe dar um abraço.

Jack: O quê??? - Perguntou preocupado. Locke piscou um dos olhos.

O caçador careca sentou ao lado dela e colocou sua mão delicadamente em suas costas.

Locke: Dê um abraço nela, Charlie. - Jack estava inquieto com aquilo, com olhos agitados.

Charlie abraçou Kate, que estava imóvel como uma estátua.

Locke: Abrace-o, Kate. Não tenha medo, volte a ter confiança nele de novo. Ele veio te pedir perdão. ... É viciado em heroína.

----------------------------------------------------------------------------------------------

Continua aqui

GUESTBOOK!!! Deixe seus comentários sobre a fic!!! Sign Guestbook View Guestbook

Counter