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.:: Fauna ::.

   Assim como a flora local, a fauna pode-se considerar a presença de determinadas espécies por nível de altitude: nos campos de cultivo (altitudes inferiores a 600 metros, no Vale do Paraíba) é encontrada uma fauna adaptada, não nativa, que inclui aves (gavião, pardal, tico-tico, anuns preto e branco, e andorinhas), pequenos roedores (serelepe, preá, paca e lebre), pequenos carnívoros (cachorro-do-mato e irara), tatu e gambá.

   Entre 600 a 1900 metros na zona florestal de altitude, ocorrem aves de pequeno porte, inhambu, porco-do-mato, macacos (bugio, sauá, mono e mico-preto), tamanduá-colete, preguiça, ouriço-cacheiro, serelepe, furão, irara, gambá, guaiquica e felinos (onça parda ou suçuarana, onça pintada, gato do mato e jaguatirica).

   Nas altitudes superiores a 1900 metros, nos campos de altitude e pequenos bosques, destacam-se aves, entre elas duas espécies de abutres (Coragyps atratus brasiliensis e Cathartes aura ruficollis), a coruja-do-mato, o corujão-da-mata, a seriema e aquelas de pequeno porte, exclusivas das grandes altitudes: Poospiza thoracica, Oreophylos moreirae e Hemitricus obsoletus. De mamíferos ocorrem o cachorro-do-mato, quati, guará e paca.

   Gouvêa (1982) cita ainda alguns dados para a fauna da Mantiqueira, em especial da região do Maciço do Itatiaia, relativos à área do Parque Nacional do Itatiaia:

      "... dos anfíbios representados pelos anuros são conhecidas 64 espécies existentes no Parque e 24 delas     estão distribuídas nos vales, charcos e vegetação do Planalto. Os répteis aparecem em menor grau com 25 espécies em todo o Itatiaia, sendo cinco formas conhecidas no Planalto. As aves com 294 espécies, representam a maior população no Parque Nacional, com 42 formas vivendo na região mais elevada."

   Segundo Ávila-Pires (1977) os mamíferos totalizam 67 espécies e contribuem com 16 formas residentes no Planalto. Entre artrópodos a população mais representativa é a dos insetos, onde nada menos que 90 espécies são exclusivas da região alta, segundo Walter Zilkan.

   A importância dessas regiões como local de estudos é reconhecida pela comunidade científica já desde o século passado. Dentre os 52 cientistas viajantes que percorreram o Sudeste brasileiro no século XIX e que estiveram na então província das Minas Gerais, alguns dos mais importantes estudiosos de nossa fauna e vegetação estiveram na Serra da Mantiqueira: Saint-Hillaire, Barboza Rodriguez, Langsdorff, Warming, Riedel, Sellow e outros.

   Muitos outros estudos da fauna, flora, da biogeografia e do quadro físico se seguiram nas décadas seguintes, entre os quais podemos citar os trabalhos de: P. Occhioni, Aziz Ab'Saber, N.Bernardes, Edgar Kuhlmann, Elio Gouvêa, Gustavo Martinelli.

   A Mantiqueira, apesar da imensa influência humana predatória sofrida ao longo dos últimos séculos, ainda contém ricos ecossistemas, fauna e flora relíquias e espécies ameaçadas de extinção que a tornam um autêntico eco-museu vivo a ser perpetuado.

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